Não se apaixone por mim escrita por Evelyn Andrade


Capítulo 5
Capítulo 5




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/674045/chapter/5

—Você vai vestida assim? - Perguntou Lissa enquanto via eu ajeitar o vestido extremamente curto e apertado na frente do espelho.

Um sorrisinho escapou por meus lábios.

—Vamos a uma festa Liss, não á uma missa na sua igreja. -Digo. - Você deveria experimentar coisas mais exoticas.

Lissa ri e balança a cabeça negando.

—Não muito obrigada, estou suficientemente bem com minhas calças jeans. 

Eu rolo os olhos. Lissa era incrivelmente bonita, no entanto, não sentia necessidade de expor tanto seu corpo quanto eu, seus cabelos loiros claros desciam um pouco abaixo de seus ombros e seus olhos jade contrastavam lindamente com sua blusa baby look da mesma cor.

—Sabe, notei que Mason está caidinho por você. -Comentou Lissa divertida.

Dei de ombros.

—Ele é bonitinho, mas não o suficiente. -Digo. - Estou dando uns amassos com Adrian.

—Você tá pegando o Adrian? - Perguntou Lissa pouco surpresa.

Me virei em sua direção. E ela me encarou com as sobrancelhas arqueadas enquanto prosseguia: 

—Mas ele é namorado da Jill. - Comentou Lissa.

Dei de ombros.

—Eles terminaram. -Digo. -E Adrian nem gostava dela, ele é caidão na da Sidney Sage.

—Então porque vocês estão se pegando?

Dou de ombros novamente.

—Ele me acha gostosa, é o suficiente pra mim. 

—Não me lembro de você ser tão fácil. -Ela comenta;

Eu rio.

—Eu não sou, mas Adrian é confiavel o suficiente para que eu deixe ele colocar as mãos nos meus peitos!

—Suficiente também para tirar sua virgindade? 

Um sorriso irênico se abre no rosto de Lissa e eu rolo os olhos.

— Não posso acreditar que minha melhor amiga é a maior piranha, e é virgem! -Comenta Lissa caindo na risada.

— Não posso acreditar que minha melhor amiga é a maior comportada, no entanto, tranza com o namorado na casa dos pais!

Lissa atira uma almofada em mim e ambas rimos do desacaso.

—--

—Você vai vestida pra escola assim? -Perguntou Jade sentada na minha cama enquanto passava gloss em seus lábios.

Voltei a me encarar no espelho. Calça jeans,uma regata preta e sapatilhas azul tão escuras que se eu não tivesse olhado na etiqueta escrito "Azul escuro" pensaria que eram pretas. Amarrei meu cabelo em um rabo de cavalo baixo e não passei nenhuma maquiagem, seria assim agora.

—Jade não estou nem ai pra maquiagem. -Digo. 

Jade rola os olhos.

—Mas antes vocês gostava...

Sua voz morre ao longo que termina a frase, sei que não é sua culpa, é inevitável que as lembranças de um tempo não muito distante voltem a sua mente, e infelizmente voltam a minha também. Tenho certeza que se revivesse a mesma coisa todos os dias eu morreria de dor, por mim e por todos a quem machuquei. 

Balanço a cabeça afastando lembranças que eu gostaria de a todo custo esquecer.

—Não vou usar nada pra me enfeitar. -Digo.

—Não vai usar nada para realçar sua beleza, você quer dizer. - Diz Jade. - Não adianta se esconder de baixo de trapos horriveis e cores melancólicas, pessoas que nasceram para brilhar não se escondem por muito tempo.

Dei de ombros.

—Não nasci pra brilhar Jade, quando você vai perceber isso? 

Jade levanta da minha cama e coloca o gloss que antes usava em cima do criado mudo.

—Quando as vacas começarem a voar.

Depois de uma pausa ela acrescenta.

—Pode me dar uma carona até a cidade vizinha? 

—O que você quer fazer na cidade vizinha? -Pergunto desconfiada.

Ele tira um folheto de trás de sua calça jeans e me mostra a grande liquidação de livros em uma livraria que ele costumava visitar muito em nosso antigo lar.

—Pelo menos aqui no interior tem alguma coisa que preste né. -Digo meio culpada.

Parte da nossa mudança era culpa minha, e eu sempre me sentia culpada por ter que fazer meus irmãos e mãe se mudarem para um lugar completamento desconhecido e longe. 

—Claro, tenho uma consulta no piscicologo lá. -Digo.

Eu era a única que tinha carteira e a única que possuia um carro dos irmãos, já que ambos eram mais novos.

—Pensei que suas consultas tivessem acabado.

—Essa é a última. -Comento não querendo entrar muito no assunto.

Jade percebe e logo trata de mudar de assunto, desviando nosso papo para opiniões sobre sua roupa.

                                                                                              *****

— É um saco ter que vir pra escola com a irmã mais velha. -Comenta Jaspe quando estaciono o carro em frente ao portão de entrada de nossa nova escola.

—Quando tiver dezoito anos, poderá ter seu próprio carro. -Digo. - E assim não terei que trazer você.

Jaspe dá de ombros.

—Tanto faz. -Responde.

Jade rola os olhos.

—Eu acho legal, somos como os três mosqueteiros, lógico que eu sou a mais bonita dos três mas não fiquem ofendidos, há batalhas igualmente para todos! 

Jaspe ri e eu sorrio, esse era o maior fetio de Jade, uma grande e louca sonhadora. Desconfio que seus livros que sejam o portão maravilhoso ao qual ela atravessa e conhece a fantasia, agradeço a Deus por sua ingenuidade e por ser tão maravilhosa. Ela é como um ser completamente puro e infantil, posso ver sua alma quando olho para seus olhos, e ela brilha, Jade se engana quando diz que posso brilhar, ela não vê o quanto está enganada.

Jaspe sai do carro junto a Jade.

—Podem ir indo na frente, já alcanço vocês. -Digo. 

Eles seguem na frente enquanto eu passo os olhos pela rua abarrotada de estudantes, no entanto, só o meu carro está estacionado. Droga, eu deveria ter pensado, não é uma cidade tão grande assim, pessoas não costumam ir pra escola de carro. Tentando não chamar atenção acabei acendendo um farol em minha direção. Pensando bem a escola não era tão longe de casa, eu poderia ir andando todos os dias se quisesse. Sim, eu com certeza faria isso amanhã.

— 3º A. Nossa primeira aula é História com a senhorita Adevanir.  

Me viro um pouco assustada ao reparar que a pessoa falava comigo, mas ao me virar não fiquei tão surpresa ao ver meu vizinho.

—O que? 

—Sua sala. -Ele diz. -3 ºA, estamos na mesma turma, posso te levar até lá. 

Eu ergo minhas sobrancelhas surpresa.

—Como sabe disso? -Digo.

Bash dá de ombros e um sorriso dança em seus lábios.

—Tenho contatos.

—Tem certeza que estamos na mesma? -Pergunto

Ele assente afirmando.

Um gemido involuntário sai por meus lábios em forma de desgosto. Principalmente quando lembro de duas noites atrás, quando o senhor sorriso tentou pegar minha mão.

—Normalmente não é essa a reação que as garotas tem quando sabem que vão ficar na mesma sala que eu. -Ele debocha.

—Não sei se percebeu, mas sou um pouco diferente. 

Dou as costas pra ele e começo a andar na direção que meus irmãos seguiram para a secretária.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Lissa e Rose no começo de tudo! curioso para descobrir o que aconteceu com a Rose? continue acompanhando e comentando!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Não se apaixone por mim" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.