Não se apaixone por mim escrita por Evelyn Andrade


Capítulo 45
Capítulo 45




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Respirar se tornou uma tarefa completamente difícil.

A passos lentos e extremamente confiantes o meu novo e conhecido colega de classe sentou-se em uma cadeira não muito longe de mim, eu gostaria de poder afirmar com certeza que eu estava em um subido delírio de minha mente, mas infelizmente, não era bem assim.

Tentei prestar atenção no caderno a minha frente, mas estava completamente impossível. Irrevogavelmente fui dominada pela presença inebriante e assustadoramente inesperada de Dimitri. Parte de mim estava assustada por vê-lo aqui, algo teria acontecido? Todavia a outra parte, a parte mais sentimental e que se derretia como manteiga acreditava que ele havia me seguido até aqui por que realmente gostava de mim, Deus! Quem fazia esse tipo de coisa hoje em dia? Eu havia claramente dando-lhe um fora, o expulsado de minha vida para evitar que futuramente eu o machucasse, mas como uma piada de mau gosto do destino aqui estava ele.

—Abram seus livros na página 88. –Instruiu a professora. – Tati, comece lendo.

—E por que eu? – Perguntou a garota. – Pede para algum dos novatos prof.

Imediatamente minha mão se levanta e percebo quando rostos se viram em minha direção, muitos deles surpresos pela minha interferência.

—Eu posso ler professora? – Pergunto quando a professora permite que eu fale.

Ela sorri e acena com a cabeça.

—Tudo bem Rose, não precisa, eu vou ler. – Tati responde alto e claro.

Um sorriso estampa minha face, eu não fazia ideia de quem era aquela garota ou qual sua sutil implicância comigo, mas ver seu esforço para tentar se sobressair sobre ficava evidente a cada minuto.

—Não há problema querida. –Digo. – A palavra é minha, você pode ler depois.

Os olhos curiosos agora estão repletos de zombaria e eles fazem com que Tati imediatamente se cale. Quando minha voz soa perfeita pela sala ela não treme e encobre imperfeições que ninguém pensa existir. Assim que acabo outros alunos prosseguem e o tempo parece correr um pouco, a professora dá sua aula como terminada e em seguida outro professor entra – Matemática – cruzes, eu odiava essa matéria, mas foi com satisfação que pude perceber que a professora lecionava muito bem, eu não a conhecia, ela parecia ser nova na escola, claramente podia enxergar seu sorriso gentil quando ela punha a explicar a mesma matéria por diversas vezes.

O sinal que anunciava o recreio foi finalmente soado, apressadamente os alunos começaram a evaporar da sala de aula. Adrian se aproximou de mim sorridente.

—É bom ter você de volta. –Ele comentou.

—Qual é a dessa garota? – Pergunto apontando Tati com o queixo.

Adrian rola os olhos e solta uma risadinha.

—Aspirante a Rose Hathaway, não percebeu? – Ele ri novamente. – Ela me lembra de você em seus piores momento.

Eu rolo os olhos.

—Eu era tão irritante assim? – Pergunto.

Adrian para durante alguns segundos fingindo pensar e em seguida assente com a cabeça, eu bato em seu braço de brincadeira fazendo-o recuar.

—Aí credo, mal chegou e já está me agredindo. –Ele diz com um biquinho estranho me fazendo rir.

Quando volto a olhar para o restante da sala percebo que só restam eu e Adrian ali, para onde foram Lissa e Dimitri, tentando não dar importância a isso caminhamos para fora da sala, imediatamente assim que piso no corredor sou recepcionada com uma chuva de papeis brilhante laminados que caem sobre minhas roupas e cabelo.

—O que é isso? – Pergunto.

Mia imediatamente se joga em meus braços e agarra meu pescoço. Quase havia me esquecido do projeto mal-acabado de polly que era Mil Rinaldi, a pequena garota de cabelos loiros cheios de cachinhos era como a purpurina em pessoa, claro que ela não passaria minha volta em branco.

—Sua vadia! – Ela disse. – Por que não retornou minhas ligações?

Eu rolo os olhos e imediatamente um sorriso se abre em meu rosto.

— Não queria escutar sua voz chata. –Respondo.

Minha imediatamente bate seus pequenos pés raivosa.

—Como é que é Rosemarie?

— Para com os chiliques Mia. –Intervém Mason que se aproxima de mim.

Mason me estende a mão para juntos fazermos nosso comprimento de amigos, eu sorrio, eu costumava saber aquilo de cor e salteado, mas quando eu sem querer erro meu amigo ruivo leva uma de suas mãos ao coração e finge-se de triste.

—Esqueceu o comprimento secreto Rose? Acho que estou magoado.

Eu rio.

—Falta de costume Mase. –Respondo.

Meu corpo é jogado para trás com tanta força que acabo por bater minhas costas na parede. O tufo de cabelos loiros claros turvou minha visão, meu coração se acelerou quando eu senti as lagrimas de Lissa molhando minha camiseta.

—Me desculpa. –Ela sussurrou entre os soluços. – Me desculpa.

Eu estava perplexa demais para responder naquele exato momento, as pessoas começaram a no olhar e os cochichos recomeçaram, naquele momento minha vontade de protege-la se aflorava novamente, o que havia de errado comigo? Como eu ainda podia querer cuidar dela quando ela havia me machucado tanto? Por que meu coração continuava a se importar. Naquele ponto eu via as fraquezas das pessoas como meu ponto alto, todos eram inimigos até que se provasse o contrário, o sentimento se solidão parecia cada vez mais próximo, mas estando ao lado deles atrás de uma parede de vidro me fornecia alguma segurança.

Lissa continuava a me apertar, o que eu deveria fazer? Vê-la como inimigo? Consola-la como antes? Por que essa inquietação me atormentava tanto? Ser gentil com o inimigo, significa ser cruel com você mesmo, eu nunca mais ficaria exposta de qualquer jeito.

—Estão olhando o que? – Pergunto para as pessoas no corredor nos encarando.

Eu separo Lissa de mim e a puxo pelo braço.

—Vamos. –Digo.

Todos os olhos estão em mim agora, curiosos me avaliam tentando adivinhar o que farei a seguir, é como um circo, eles sãos os espectadores animados e eu sou o animal enjaulado.

Enquanto andamos pelo corredor meus olhos se cruzam com os olhos de Dimitri, ele levanta uma sobrancelha em minha direção, o que ele está fazendo? A incerteza bate em minha porta, eu estava fazendo a coisa certa? Por que seus olhos brilhantes e sua sinceridade irritante continuavam a me perseguir?


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Notas finais do capítulo

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