Não se apaixone por mim escrita por Evelyn Andrade


Capítulo 33
Capítulo 33


Notas iniciais do capítulo

2 semanas sem capítulos?! perdão galera!



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Quando eu abri os olhos pela manhã um sorriso bobo se formou em minha boca, cobri o rosto com o travesseiro e suspirei alto. Como as coisas podiam estar mudando tão rapidamente? Talvez Jade estivesse certa afinal das contas, para sua vida mudar a primeira atitude deve partir de você mesma.

Levantei-me, naquele lindo sol da manhã eu pretendia usar roupas normais. Sem todo aquele preto mórbido ao qual eu havia me condenado. Um jeans normal e uma regata verde foi o suficiente.

Quando desci as escadas para o café Jaspe soltou um alto e longo assobio.

— Quem é você e o que fez com minha irmã? 

Eu ri e minha mãe adentrou a sala.

—Rose, você está tão linda.

Eu rolo os olhos.

—Gente, eu só coloquei uma regata verde, nada demais. –Digo.

E tudo parece devagar voltar aos eixos. Jade desce as escadas apressada e para quase na minha frente.

—Mudança no viso de novo?

—Jade não importune sua irmã. –Mamãe diz retornando à cozinha.

Na escola, as pessoas tornaram a me encarar.

—Hey Rose! –Alguém me cumprimentou.

Eu acenei com a mão e sorri. Naquele dia minha volta como rainha estava sendo marcada, a monarquia escolar brevemente voltaria aos eixos. Distribui sorrisos e gentilezas, o importante não era ser legal, o importante era faze-los se lembrar de mim.

Em algum ponto daquela caminhada da fama até minha sala de aula vi Jade com Dimitri e seus novos colegas, nem mesmo parecia que estávamos naquela escola a apenas 4 semanas. Era algo meio doido até de questionar, como as pessoas se propunham a seguir falsos lideres?

Meu coração palpitou quando Dimitri piscou para mim, naquele dia ensolarado sua camiseta preta realçava seus olhos escuros e ele parecia tão quente como o próprio sol. Era tarde demais para mim, eu já gostava daquele cretino.

Jade acompanhou o olhar de Dimitri e sorriu em minha direção em seguida chamando a atenção de Dimitri para alguma coisa. Um braço rodeou meu pescoço e logo eu estava sendo puxada.

—Bom dia Rose.

A ruiva sorridente me empurra para dentro da sala de aula já cheia.

—Como foi o final de semana? –Ela pergunta.

Dou de ombros pouco interessada em relatar.

—Normal. – Digo. –E o seu?

Cassie rola os olhos e afunda na cadeira a minha frente.

—Minha mãe está saindo com um cara novo. Tirando isso, fiquei em casa jogando vídeo game.

—Que empolgante.

—Você gosta?

—Não muito, mas aposto que poderia acabar com você.

Cassie dá uma alta risada atraindo alguns olharem em nossa direção e em seguida cochichos.

— Combinado então, um dia desses vou acabar com você no vídeo game. –Ela diz.

Jade entra na sala e rapidamente os olhos de Jade a seguem junto a Dimitri, um longo suspiro escapa de sua boca.

—Pensei que vocês dois tinham voltado a se falar?

Cassie balança a cabeça.

—Dimitri é um idiota.

—Só agora você percebeu? –Pergunto.

Ela ri novamente.

Alguém passa ao nosso lado e propositalmente derruba o fichário de Cassie que estava sobre sua mesa.

—Hey! –Ela diz.

O garoto de cabelos castanhos para e se volta em nossa direção.

—Que foi sapata? Batendo um papinho com a nova namorada?

Eu levanto uma sobrancelha questionadora e mordo o lábio inferior confiante o encaro.

—O que você disse cara de dálmata?

O garoto me encarou surpreso, seu rosto branco e com algumas poucas pintinhas lembravam-me levemente um cachorro dálmata, no entanto, não pude perder a oportunidade.

—Você não escutou o que eu disse? – Ele perguntou.

Dou de ombros.

—Desculpe, tenho ouvido seletivo. Não foco em falsos.

A classe rompe em risadas, nem mesmo havia percebido o silencio antes presente e como as pessoas prestavam atenção agora, mas já era comum, o povo não pode evitar uma boa fofoca, e naquele momento eu lhes daria motivo para falar.

O garoto momentaneamente ficou sem palavras e assim que pensou em retrucar eu voltei a falar.

—Sei que você não tem educação, já provou isso, mas se você não abaixar e pegar o fichário dela vai estar mostrando como é otário, e eu não tenho tolerância a otários.

O garoto sorri provocando.

—E o que você vai fazer bonitinha?

—O que está acontecendo aqui? – Perguntou uma voz irritada da porta.

O professor entrou na sala observando tudo aquilo irritado. Eu me levantei da carteira e segui até o professor com minha melhor cara de pobre coitada.

—Professor posso falar com o senhor um instante?

O professor relutante saiu comigo para fora da sala.

—Professor aquele aluno que estava parada ao meu lado estava me intimidando.

—O que? –Ele pergunta surpreso.

—Sou nova por aqui, e minha única amiga por enquanto é a Cassie, e as pessoas cochicham sobre ela e maltratam ela, e a mim também, não pensei que nessa escola houvessem casos de bulliyng.

—Não tem. –O professor diz soando preocupado e surpreso ao mesmo tempo. –Nunca houve coisas assim.

Eu assinto.

— Agora está havendo professor.

—Não se preocupe Rose, entre na sala, vou resolver tudo.

Voltamos para a sala agora silenciosa e sentei-me sorrateiramente em minha cadeira, não demorou muito até escutarmos pelos alto falantes da escola o nome do garoto que antes atormentara Cassie. O nome Leandro continuava a ser chamado com urgência, eu não fazia ideia de como o professor havia comunicado a direção sem nem mesmo sair do lugar.

Por algum motivo o garoto sabia que estava sendo chamado por minha causa pois ele olhou em minha direção antes de sair e eu cheia de charme mandei-lhe uma piscadela.

Cassie se virou em minha direção e sorriu.

—Obrigada, mas não precisava de tanto.

—Ele pegou o fichário? – Pergunto.

Ela nega com a cabeça.

—Então precisava sim. –Digo. –Como é que você comandava essa escola?

Ela dá de ombros e então responde:

—O povo daqui é mais lerdo.

Eu reviro os olhos.

—Obrigada. –Ela diz. – Mas acho que eles são preconceituosos demais para me aceitar.

Eu nego coma cabeça.

—Você é um ser humano, não um animal, tem os mesmos direitos que todos aqui, eles só precisam parar de serem ignorantes. - Eu falo. –E eu só estou começando.


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Notas finais do capítulo

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