Não se apaixone por mim escrita por Evelyn Andrade


Capítulo 31
Capítulo 31


Notas iniciais do capítulo

Desculpem por não postar semana passada e pelo capítulo de hoje ser pequeno, estou muito ocupada e sem qualquer tempo para postar, mas mesmo assim não vou desistir da história!



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Por alguns segundos permaneci congelada. Senti minha pulsação aumentar e fiquei nervosa, pude escutar Dimitri me chamando, mas eu simplesmente não conseguia responde-lo, eu fechei os olhos e logo em seguida suas mãos quentes estavam sobre mim me sacudindo.

—Rose, você está bem?

Eu precisei de algumas longas e rápidas respiradas para abrir os olhos e sorrir.

—Foi só uma tontura, estou bem. –Digo.

—Quer ir ao hospital? Talvez o acidente de ontem foi mais grave do que o esperado.

Nego com a cabeça e tento sorrir.

—Está tudo bem. –Digo.

Antes que Dimitri possa me fazer mais perguntas eu saio do quarto com o coração quase saindo pela boca, Lissa era prima de Dimitri? Eu havia matado a prima de Dimitri? As coisas só pioravam, meu humor se tornara negro como uma noite escura de inverno e a última coisa que eu queria fazer agora era comer.

Quando eu me aproximei da sala de estar passei a escutar uma voz diferente no ressinto, não demorei muito tempo para alcançar o local e descobrir quem conversava animadamente com a mãe de Dimitri.

—Rose, você está aqui também! –Diz Cassie sentada no sofá.

Eu reviro os olhos. Cassie possui um sorrisinho em seu rosto e imediatamente encaro Jade que possui uma carranca na testa. Sinto a presença de alguém atrás de mim e sei que é Dimitri.

—Eu chamei Cassie. –Ele diz. –Espero não ser nenhum problema.

 Sua mãe sorri feliz e pelo que posso ver todos ali parecem concordar com que ela fique, menos minha irmã, percebo seu desconforto notável enquanto ela tenta olhar para todos os lados menos para a ruiva sorridente.

Todos seguimos para cozinha e nos sentamos diante da linda mesa sobreposta. Nossas mães dispõem a conversar enquanto nós, os jovens, permanecemos calados e sempre com a boca cheia para que perguntas fossem evitadas, mas infelizmente, várias bocas cheias não eram pareôs para perguntas curiosas.

—Como vai à escola garotos? – A mãe de Dimitri pergunta.

Cassie é a primeira que se dispõe a responder.

—Não muito bem tia, as pessoas estão cochichando sobre mim.  

A conversa dava um solavanco de repente bem inesperado. Cassie passou a encarar Jade seriamente enquanto a mesma fingia que não ligava. A minha frente Dimitri falou:

—Não se preocupe Cassie, estrelas nunca ficam longe dos holofotes.

A ruiva balança alguns de seus cachos quando vira sua cabeça para sorrir docemente para Dimitri, o que me leva a crer que os dois haviam se entendido.

Algo toca minha perna em baixo da mesa, primeiramente ignoro pensando que alguém deve ter esbarrado sem qualquer intensão, no entanto, quando sinto algo alisando minha perna tudo me leva a crer que não é uma simples coincidência. Levanto meus olhos para encarar Dimitri que tem em seu rosto um sorriso travesso, era assim, de repente com um simples toque meu irritante vizinho obtida o poder de apagar os coisas ruins de minha mente. Eu respirei fundo quando um arrepio subiu por minha espinha e puxei a perna e Dimitri riu.

—O que foi querido? –Sua mãe perguntou.

Olhei dele para ela um pouco preocupada com sua resposta.

—Apenas me lembrei de uma piada. –Ele diz.

Seus olhos profundos me encaram, não consigo conter a vontade que tenho de ler sua mente, o que ele estaria pensando agora? Ele realmente gostava de mim? Ou apenas me imaginava como seu novo brinquedo descartável? Pensar sobre isso me deixava inquieta.

O almoço passou sem mais delongas, a conversa se tornou amena e muitas risadas foram ouvidas. Meu celular vibrou no bolso de minha jaqueta lembrando-me da inevitável noite que me esperava, o jantar com meu pai.

Era horrível possuir esse sentimento deslocado com seu próprio pai, mas eu não tinha nada a fazer, não podia culpa-lo, pois, a culpa não era inteiramente dele e eu tinha uma grande parcela nessa prestação, se ele era a faca eu era a ponta afiada que mirava no coração.

Nos despedimos após o almoço sem mais delongas, fiz o possível para ignorar os olhares de meu vizinho, mas era impossível negar que ele me confundia e pior ainda que mexia com algo dentro de mim.


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Notas finais do capítulo

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