Não se apaixone por mim escrita por Evelyn Andrade


Capítulo 30
Capítulo 30


Notas iniciais do capítulo

Eita que o negocio vai ficar tenso!



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Depois de comer metade da torta, eu já me sentia cheia e um bolo se formava em minha garganta a cada nova garfada. Comecei a pensar que iria perder, céus! Porque eu havia apostado algo tão absurdo? Mas ao levantar o olhar e me deparar com Dimitri tive a certeza que não poderia deixar que ele me vencesse.

Garfada atrás de garfada terminei a torta por completo, eu estava tão cheia que respirar era dificultoso. Meu vizinho encarava-me surpreso.

—Como você fez isso? Você têm uma anaconda na barriga ou algo do tipo? –Perguntou ele de forma perplexa mais divertida.

Eu ri.

—O que vocês estão aprontando?

Dimitri olha para trás e logo seu sorriso desaparece. Jade caminha até nos sorrindo, mas percebo pelo seu olhar que algo a incomoda.

— Estou comendo torta. –Digo.

—Parece delicioso. –Ela comenta.

Penso se Dimitri vai citar nossa aposta, ou pelo menos oferecer-lhe algo para comer, mas ele não o faz, não sei ao certo o porquê, mas sua postura alegre torna-se obscura rapidamente, o que me faz pensar o porquê da presença de minha irmã estar o incomodando.

No instante seguinte a mãe de Dimitri irrompe a cozinha com minha mãe e Jaspe a tira colo, eles conversam animadamente e parecem não notar o clima que ali havia se estabelecido.

—Hey Jaspe, gostaria de ver minha coleção de vídeo games?  - Pergunta Dimitri na sã tentativa de desaparecer dali.

Jaspe acena animado e eles saem da cozinha na direção em que havíamos vindo. Minha mãe volta a conversar e eu e Jade nos sentamos a mesa principal enquanto esperamos pacientemente.  Vários minutos se passam até que a mãe de Dimitri se vira e fala:

—Jade, querida, você pode pegar os refrescos no congelador?  

Jade assente obediente e se levanta.

—Rose, você poderia chamar os garotos?

Eu pisco meio tonta e assinto enquanto levanto.

—Siga para sala e vá pelo corredor oposto a esse, tenho certeza que achará o quarto.

Sigo conforme ele me instruiu e não demoro a passar por outro corredor cheio de porta retratos. A porta de Dimitri está aberta, ele e meu irmão parecem animados enquanto conversam sobre um jogo que ambos gostam. Eu bato na porta.

—Sua mãe está chamando todos para almoçar. –Digo.

Jaspe se levanta sorrindo.

—Depois conversamos mais sobre isso. –Diz Dimitri.

Jaspe assente e eles se cumprimentam batendo as palmas das mãos.

Após Jaspe sair do quarto eu dou alguns passos à frente.

—Não esquece senhor gênio, está me devendo um desejo. –Digo.

Dimitri revira os olhos e dá mais um passo à frente.

—Eu não esqueci Roza. Cumprirei seu desejo, vai pedir agora?

Nego com a cabeça.

—Não tenho desejos agora.

—Que pena. –Comenta Dimitri.

Eu rio, e ele dá mais um passo para a frente, consequentemente eu recuo e acabo batendo em sua cabeceira de canto resultando em um de seus milhares de porta retratos caindo do chão.

—Desculpe. –Digo.

Abaixo para pegar o porta retratos e assim que viro a foto congelo. Inicialmente pensei que veria mais fotos de Dimitri ou sua mãe, ou até mesmo lindas paisagens, mas a protagonista da foto está sorrindo com o cabelo amarrado em maria Chiquinha. Meu coração se acelera e as palmas de minha mãe começam a soar, é como a repetição macabra de um pesadelo.

—Não tem problema Rose. –Diz Dimitri pegando o porta retratos de minha mão.

Eu continuo encarando a foto e Dimitri revira os olhos.

—Não se preocupe, essa é só minha prima Val, não vou te matar por rachar o vidro de um dos meus porta retratos. –Ele diz humorado.

Eu engulo em seco. A prima “Val” como Dimitri havia chamado era uma cópia idêntica de Lissa.


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Notas finais do capítulo

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