Não se apaixone por mim escrita por Evelyn Andrade


Capítulo 2
Capítulo 2




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Era sábado pela manhã quando eu acordei sobressaltada. Outro pesadelo havia se infiltrado sobre meus sonhos bons me deixando frustrada, suada e com medo. Respiro profundamente e passo meus olhos pelo quarto já claro pelo sol. Algumas batidas na porta anunciam alguém prestes a me encomodar.

— Já está acordada Rose? - Escuto a voz doce de Jade do outro lado da porta e me sinto mas aliviada.

Jade era minha irmã caçula, a gêmea de Jaspe, e mesmo sendo assim, eu e ela costumávamos passar grande parte do tempo juntas, creio que ter um irmão gêmeo não era grande coisa pra ela, mesmo assim, ambos tinham uma coisa especial só deles, da qual fui excluída por não estar na mesma placenta a dezesseis anos atrás.

—Já acordei sim. - Digo um pouco mas alto para ela entender.

Jade abre a porta e sorri, mas não entra.

— Estou indo fazer uma caminhada pelo bairro, conhecer o território, não está afim de vir comigo?

Jade sempre foi a mais doce dos três irmãos. Enquanto ela sorria e dizia " Não obrigada. " a futuros pretendentes, eu por outro lado os incitava a continuar e quando cansava de ver seus rostos os descartava como lixo. Bem, mas isso foi antes.
Jade tinha um beleza naturalmente rara, sua pele branquinha contrastava perfeitamente com seus cabelos negros e olhos verdes, seu nome fazia jus a aparência, ela parecia uma boneca. Fisicamente a coisa mais parecida em nós é sem dúvida o nariz, tanto eu quanto ela e Jaspe dividimos a mesma genética hereditária por parte de pai,todos temos um nariz meio aredondado na ponta.

—Vai ou não?

Volto a olhar para o rosto suplicante de minha irmã e decido, eu precisava passar algum tempo com ela, tenho certeza que parte do olhar triste que carrega não é por ela, é por mim.
Jade espera do lado de fora enquanto me arrumo, uma escolha simples de roupa é a coisa perfeita para não chamar qualquer atenção, já basta sermos novas por aqui, roupas glamourosas seriam motivos de fofoca.
Quando abro a porta Jade me encara não surpresa, e sim descrente de minha escolha para roupas.

—Você realmente mudou.- Ela comenta, mas não identifico traços de mágoa ou qualquer outra coisa além de pesar.

Com as calças de moletom prata, uma blusa fina amarela, um casaco escuro e chinelos saimos pelo portão de casa, Jade aínda volta a me perguntar se tenho certeza sobre determinada escolha de roupas. Respondo:

—Esse é meu novo estilo agora.

Jade faz uma cara tão engraçada que tenho vontade de rir falsamente para ver se ela fica animada, desisto, ela me conhece, notaria na hora a falsidade de minha risada.

— Você está assassinando a moda. - Ela diz com um gemido emburrado.

Sorrio, no seguinte instante algo bate em mim, forte e duro como uma rocha, meu corpo cambaleia para trás e me preparo para o impacto que está por vir entre mim e o asfalto, mas isso não acontece. Ao invés disso braços fortes me puxam de forma protetora.
Quando estou de pé novamente noto minha respiração irregular e meu coração acelerado. No instante seguinte vem a descrença com as palavras do estranho:

—Você não olha por onde anda?

—Pelo que posso observar estámos em uma caussada, e não em uma pista de maratona olímpica. -Retruco levantando meus olhos na direção do estranho.

Então eu paro. Deus, ele é lindo. 

Sua pele bronzeada dava contraste a seus belos olhos castanhos escuros, que agora me encaravam divertidos,seu cabelo castanho escuro tinha um corte Tipico e comum. Me soltei de seus braços rapidamente quando percebi que eles ainda me seguravam.

— Você é nova por aqui? - ele perguntou

Rolei os olhos com a rápida mudança de assunto, enquanto minha irmã assumia as redeas.

—olá, sim somos as novas moradoras. - Jade diz - Desculpe atrapalhar sua corrida, ainda não estamos cientes dos costumes de nossos vizinhos.
O estranho sorriu.

—São as moradoras da casa branca? - Ele pergunta direcionando sua cabeça na direção de nossa casa.

—Sim. - Jade responde.

O sorriso do garoto se alarga.

—Eu moro na casa ao lado, a azul.

Meus olhos correm pelas propriedades e não é difícil achar a linda casa de cor azul, já que a mesma fica ao lado esquerdo da minha.

— Eu sou o Dimitri. - Diz o garoto estendendo sua mão em minha direção.

Estou chateada por seu comportamento inicial rude, mas minha mãe me deu educação o suficiente para cumprimentar um estranho.

— Sou Rosemarie, e essa é minha irmã Jade. -Digo meio a contra gosto.

—É um prazer conhece-las.

Eu não diria isso, então fiquei calada.

—Vamos Jade. - chamo minha irmã.- Tchau.

O garoto me encara com um sorriso divertido enquanto nos afastamos. Ele tem cara de maduro, eu chutaria uns 19 anos. Respiro profundamente, percebi como ele me encarou, e eu estava repudiante olhares como aquele o que fez um alerta piscar em minha mente: Eu tinha que manter distância desse tal de Dimitri.


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Notas finais do capítulo

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