Save my soul escrita por rickthesizzler


Capítulo 6
Everything's Gonna Be Alright


Notas iniciais do capítulo

Tava aqui sem sono então comecei a escrever esse cap as 00:09 e acabei agora... kkkkk espero que gostem, Justin é um viado, mas sabe ser um amor quando quer HAHAHA
esse capítulo não teve nada demais, só pra lembrar é um desabafo da Evie por ter medo de trovões, é um cap meio tristonho e fofinho ao mesmo tempo. A partir daí, várias coisas vão acontecer, fiquem atentos ♥ ♥ ♥



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POV's Evie: 

Retirei a pizza do micro-ondas e quase a deixei cair no chão, o prato estava um pouco quente e o fato de Justin estar me observando não estava ajudando muito. Peguei um prato, dois garfos, uma faca, a coca e sentei-me a mesa. Cortei a pizza em vários pedacinhos quadrados, era só espetar o garfo na pizza que ela saia perfeitamente. Era fácil e prático, não sujava mais pratos e ficaria tudo numa boa. Ainda chovia muito lá fora e Justin ainda não parava de me reparar, eu já estava ficando nervosa. 

—Você poderia por favor parar de ficar me olhando? -Disse enchendo nossos copos. 

—É que você tem uma remela nos olhos... -Ele disse e na mesma hora deixei um pouco da coca entornar na mesa e me levantei rapidamente indo em direção ao banheiro. 

Passei meu dedo indicador pelo canto dos meus olhos e não encontrei nada, olhei para o espelho e não havia nada sujo. 

—FIlho de uma...-Disse puta da vida e comecei a rir. Ele me paga. 

Voltei para a mesa e Justin não parava de rir e metade da pizza já não estava mais no prato. O fuzilei com os olhos e soltei um sorriso depois. 

—Você comeu a minha pizza quase toda sozinho. -Disse um tanto decepcionada.  

—Ué, eu tava com fome e você tava uma vida pra lá, eu comi mesmo, depois te dou outra.

Dessa vez fui eu quem o fitei, era eu quem estava reparando em cada detalhe daquele ser humano magnificamente lindo a minha frente. O jeito como ele se sentava, seus braços apoiados sobre a mesa de vidro, seu jeito de mastigar, seu maxilar que se travava a cada mordida, seus olhos que estavam observando seu copo de coca-cola, seu cabelo perfeitamente bagunçado de um jeito excitante... 

Diria que ele está tentando me encantar, ou não. As vezes ele é assim com todas e eu sou só mais uma, até porque até hoje nem sei seu sobrenome, falando nisso, decidi perguntar. 

—Então, acho que se você vai ficar na minha casa, deve me contar sobre você, certo? 

—O que quer saber? -Ele disse largando o garfo no prato que já se encontrava vazio e passando a língua por seus dentes. 

—Qual seu sobrenome? 

—Bieber, Justin Bieber e o seu? -Ele perguntou cruzando os braços.

—Walker, Evie Walker. -Disse 

—Hm... -Ele disse me fitando, admito que fiquei um pouco excitada. 

Seus olhos caramelados me olhando de um jeito sedutor, como se quisesse me seduzir a qualquer custo me deixou um tanto louca. Já fazia um bom tempo que minha vida sexual estava parada. Devia fazer uns 4 meses já. 

Fred veio a minha mente. Lembrei-me de quando nos conhecemos, foi um pouco engraçado. Ele nas horas vagas jogava com o time da faculdade dele. Alguns meninos do terceiro ano treinavam com os garotos mais velho da faculdade. E foi assim que eu o conheci. 

*Flashback on*

Eu não tinha nada de importante pra fazer mesmo então dessa vez eu resolvi assistir ao treino dos garotos do terceiro ano com os garotos da faculdade já que um garoto da faculdade cujo nome era Fred, me interessava e muito. 

Sentei-me na arquibancada e fiquei assistindo. A arquibancada não era cercada, esse era o maior perigo. Como sempre fui desastrada e as vezes um pouco azarada, tudo de ruim acontecia comigo. 

—Ei Steven, me passa a bola! -Fred gritava para um cara musculoso que estava com a bola de futebol americano em mãos. 

Fred estava em minha direção e eu não havia sentado no lugar mais alto da arquibancada -o que foi uma péssima ideia-. Quando Fred acabou de fazer o pedido para que o musculoso passasse a bola para ele, eu pude ver a bola vindo em minha direção e acertando minha testa e eu cai. Foi um belo strike. 

—Nossa! Você ta bem? -Fred veio correndo em minha direção e segurou minha mão me ajudando a levantar.

—Acho que...- Quando vi quem estava em minha frente, não consegui nem responder sobre meu estado. Tudo que saiu foi: -Nossa, você é ainda mais lindo pessoalmente. -Disse segurando suas mãos suadas e coloquei a mão a minha testa sentindo um enorme "galo" na mesma. 

—Acho que a bola bateu muito forte, vem cá, eu te ajudo. -Ele sorriu e parecia que eu estava no paraíso. 

*Flashback of* 

—Ei maluca, ainda tá na Terra? -Justin disse me tirando de meus devaneios. -Tá rindo sozinha aí olhando pro nada, ta tudo bem? 

E mesmo antes que eu pudesse responder, trovejou muito alto e imediatamente todas as luzes foram apagadas. Levantei-me imediatamente e fui até a cadeira de Justin e me sentei em seu colo -foi automático, eu juro- e afundei meu rosto em seu pescoço. 

—Você é uma cuzona mesmo. -Ele disse rindo e logo em seguida passou seus braços por minha cintura, me segurando como se eu fosse uma criança de 5 anos. 

—Eu tenho muito medo Justin, eu tenho trauma. -Disse quase chorando. (é sério, eu tenho trauma) 

—Ei olha pra mim. -O olhei. -Ta tudo bem ok? -Ele disse eu assenti. Mais uma vez trovejou de novo e de novo, o estrondo foi bem alto. 

Dessa vez não resisti, um flashback veio a minha mente e comecei a chorar. Justin me olhava sem entender nada. Me levantei de seu colo e me sentei na cadeira do lado. Ele se levantou, abriu a geladeira e pegou um copo d'água e me entregou. Ainda estava tudo apagado, mas quando acostumamos com a escuridão, conseguimos ver um pouco do que está ao nosso redor, usei a minha famosa visão noturna que Deus me concedeu e olhei para Justin que parecia um pouco nervoso. 

—Por que você tem trauma de trovões? -Ele perguntou e eu gelei. Ele percebeu meu nervosismo e eu bebi um pouco da água e coloquei o copo na mesa. 

O peguei pela mão e o levei para a sala. Sentei e ele sentou-se a minha frente. 

—Bom -Comecei e pude ver que a atenção dele estava totalmente voltada a mim. -Quando eu tinha 6 anos, meus pais decidiram sair comigo e com minha irmã mais velha que tinha 12 anos. Eu e ela não nos dávamos muito bem. Vivíamos brigando por coisas idiotas. Éramos totalmente o oposto uma da outra. Eu queria algodão doce e ela pipoca, eu refrigerante e ela suco, eu pop e ela clássico. Éramos definitivamente o oposto. -Ri- Ela não queria de jeito nenhum que fossemos ao circo. 

*Flashback on*

—Papai! Papai! Vamos ao circo por favor! -Eu suplicava. 

—Mas Evie querida, está chovendo. 

—Por favor papai, eu nunca fui a um. -Dizia com minhas mãos juntas como se eu estivesse fazendo uma súplica. 

—Evie ele disse que não. E eu também não estou afim, daqui a pouco vai passar um filme de romance e eu quero ver. -Minha irmã Ema dizia. 

—Vamos Ema, vai ser legal. Por favor papai vamos! MÃÃÃÃÃÃÃE -Sai pela casa gritando minha mãe. 

—O que foi Evie? -Ela disse correndo em minha direção um tanto preocupada. Eu cheguei ofegante e sorrindo até ela. -Você me assustou pestinha. -Ela se agachou e me fez cócegas. 

—Vamos ir no circo mamãe, por favor, te imploro. Eu nunca fui em um circo sempre quis ir em um circo ver os palhaços o elefante a moça que anda em uma corda no alto comer o algodão doce de lá por favor por favor por favor mãe. -Eu dizia tudo sem dar uma pausa. 

—Respira menina! -Ela sorriu. -Mat, o que você acha de irmos ao circo hoje com as meninas? -Ele se referiu ao meu pai. 

—Está chovendo, não sei se seria uma boa ideia. -Ele disse e eu fiquei muito chateada. Minha mãe percebendo minha feição tristinha, chegou perto do meu pai e sussurrou algo no ouvido dele que eu não faço a mínima ideia e ele sorriu esquisito e passou a língua pela boca, ele devia estar com sede né...

—Tá bom, se arrumem, nós vamos. -Ele disse por fim. 

—Nós vamos pro circooooo, nós vamos pro circoooooo -Eu fiquei toda feliz e passei voando por Ema que estava na sala assistindo alguma coisa chata. 

—O que? -Ema chegou na cozinha onde estava o papai.

—Se arrume Ema, vamos ao circo com Evie. 

—Mas pai, eu não quero ir ao circo com essa coisa. -Ela apontou pra mim que estava correndo em círculos esperando minha mãe voltar para me dar banho, já que ela estava pegando minha roupa. 

—Ei! Eu não sou coisa. -Parei de correr e me defendi. 

—Vá logo Ema, se não te tiro a TV. -Ema bufou e foi se arrumar. 

[...]

O espetáculo infelizmente havia acabado. Estava chovendo muito e o trânsito da cidade estava bem ruim. Meu pai decidiu pegar o caminho mais curto passando por uma rua que normalmente só se passavam caminhões. Estávamos todos sorrindo e cantando uma música que sempre que andávamos no carro com o papai, todas nós eramos obrigadas a escutar. Até Ema estava sorrindo e cantando. Era a melhor família de todas. Eu estava sentada no banco de trás, logo atrás do meu pai. Minha mãe sempre me colocava o sinto de segurança, colocava em Ema também, mas as vezes ela tirava e claro, dessa vez ela tirou. Estava tudo muito bom pra ser verdade...

Enquanto meu pai passava por uns caminhões que eram extremamente grandes, eu pedi ao papai que trocasse de música e assim ele fez. Meu pai era o melhor pai de todo, eu o amava mais que qualquer coisa nesse mundo, mais até mesmo que algodão doce. 

A chuva fora do carro caia que era uma beleza, relâmpagos e trovões as vezes tomavam conta das ruas. Mas de repente, enquanto meu pai trocava a música, um trovão muito alto e estrondoso fez com que meu pai levasse susto e jogasse o carro para a direita, onde havia um penhasco que não era tão alto. Eu levei um susto e pude sentir o carro fazendo de minha família e eu um verdadeiro suco humano. 

Foram 4 capotadas, eu me lembro perfeitamente. Ema segurou em minha mão e a apertou forte me puxando para perto e me dando um abraço de urso. Minha mãe se soltou de seu cinto na primeira capotada e a porta foi arrancada com uma certa força que a fez sair do carro. 

—MAMÃE! -Gritei e pude sentir uma lágrima escorrer por minhas bochechas. 

Na segunda capotada meu pai se jogou para trás, onde Ema e eu estávamos e nos abraçou. 

*Flashback of* 

—Ele me salvou Justin, e eu não pude fazer nada depois. A notícia que recebi da minha avó que disse que meus pais foram parar no céu, foi extremamente terrível pra mim. -Eu estava chorando horrores, odiava ter que me lembrar disso.- Quando fiz 15 anos, procurei saber com minha avó que criou Ema e eu como minha mãe havia morrido. Ela disse que quando minha mãe caiu do carro depois que a porta foi arrancada com a força da queda, o carro passou por cima dela, amassando todos seus ossos. -Eu dizia fitando o chão. -Por isso tenho trauma de trovões, toda vez que chove forte, eles me assombram. 

Eu olhava para Justin que me fitava com uma dó enorme em seus olhos. Eu sorri fraco e ele passou a mão por minhas bochechas secando minhas lágrimas. 

—Não precisa ter mais medo, eu estou aqui. -Ele disse e me abraçou, um abraço de urso. 

—Obrigada Justin, e-eu nunca contei essa história toda pra ninguém, nem mesmo pra Fred. Odiava me lembrar dessa angústia, dessa culpa que eu carrego até hoje. 

—Mas a culpa não é sua. -Ele disse soltando nossos corpos e eu o fitei. 

—Claro que é, se eu não tivesse inventado de ir ao circo na chuva, se eu não tivesse insistido tanto com isso, não teria acontecido nada. -Dizia e meus olhos voltavam a ficar marejados.

—Mas e o que houve com Ema? -Ele me perguntou me pegando de surpresa.

—Depois do ocorrido, ela não queria me ver pintada nem de ouro, nunca mais. Ela dizia que a culpa era toda minha, se não fosse eu e aquela minha vontade idiota de ir ao circo, nossos pais estariam vivos. Eu fui morar com meus avós por parte de pai e ela com os avós por parte de mãe. Eu nunca mais a vi Justin, já faz 14 anos. Eu tentei de todas as formas me comunicar com ela, mas ela recusava todas minha ligações. Tentei ir na casa de meus avós quando fiquei um pouco maior e ela fugia de mim, nem se quer me lembro mais de sua face. 

Eu chorava tanto, me sentia tão insegura ao contar essa história mas tão segura ao mesmo tempo quando estava com Justin. Ele já não sabia mais como me confortar, então nos olhamos e ele colou nossos lábios. Foi um beijo suave, um beijo de "Tudo vai ficar bem" e ficou. Com ele ali me protegendo, eu não tinha tempo ruim. 

 


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Notas finais do capítulo

bom, espero que tenham gostado! mil beijos e até o próximo capítulo