Christian estava muito diferente, depois daquele dia que já tinha passado a uma semana. Ele desmarca nossos passeios dando desculpa tolas que não entendia e quando vinha para casa sempre queira ficar conversando com a minha mãe, queria ficar só perto dela e desconfortável comigo.

— Pai eu vou andar um pouco. Disse ao meu pai me levantando.

— Tudo bem, volte cedo ok?

— Sim.

Sai de casa e comecei a andar pensativa.

Fui até a casa do Christian mais seu pai me disse que estava na casa de um amigo chamado Sam. Esse não me é familiar.

Ele me disse onde ficava e eu fui até lá. Caminhando pela praia com as mãos dentro do bolso estava pensando no comportamento dele.

Quando cheguei naquela casa todos me olharam surpresos.

— É.... com licença.Disse entrando. - Christian está por aqui? perguntei a uma menina de cicatriz no rosto.

— Ele acabou de sair com Sam. Disse ela sorrindo para mim.

— Sabe para onde eles foram?

— Para a praia. Disse.

— Obrigada. Disse me virando.

Ela me chamou.

— Mocinha espera. Disse ela me alcançando.

— Sim?

— Sei que vai ser estranho mais.... independente mente se ele te dizer para se afastar dele ou... dizer coisas como não pode ficar com você, que ele não é o bastante para você e que quero que você se afaste dele. Ela respirou fundo. - Se afaste, digo isso por experiência própria. Sorriu ela. - Espero que o encontre.

— Obrigada.

Aquela menina me deixou com a pulga atrás da orelha. Me disse aquilo como se estivesse me alertando de algo.

Caminhei até a praia e o vi jogando bola com os meninas que ele mesmo não gostava.

Quando me viu se desconfortou.

— Oi Christian, passei em sua casa seu pai disse que estaria na casa de seu amigo Sam, e acho que a namorada dele ou irmã, me disse que você estaria aqui na praia. Disse sorridente. - Será que podemos conversar?

— Claro, eu já queria conversar com você. Disse ele jogando a bola para um menino.

Caminhamos pela praia a fora em silencio.

— Você pode me dizer o que está havendo? perguntei. - De uns tempos para cá tem agido muito estranho comigo, ficando desconfortavel com a minha presença, desmarcando nossos passeios e ficando mais perto da minha irmã do que comigo.

Ele suspirou quando disse " Minha irmã".

— Eu não posso esconder por tanto tempo de você assim. Percebi que estávamos dentro da floresta.

— Esconder?

— Sim.

— O que?

— Eu não sou o certo para você Nanda, você merece alguém muito melhor que eu, alguém que possa ama-la a vida inteira muito mais do que eu já a amei.

Aquelas ultimas palavras me machucaram.

— Por que está dizendo isso?

— Por que.... Ele franziu o cenho. - Eu me transformei em algo completamente fora do alcance de me manter ao seu lado, não sou mais o mesmo que eu era depois daquela noite.

— Mais podemos superar isso juntos. Disse confiante.

— Eu sei, mais será muito perigoso para você ficar perto de mim. Ele se aproximou de mim e beijou o topo de minha cabeça. - Eu não quero vê-la feria, vê-la mal, pelo contrario que vê-la bem e feliz.

— Então por que está dizendo tudo isso?

— por que é preciso. Disse ele pegando uma linda flor amarela do chão e me entregando. - Não posso mais ficar com você, eu não sirvo para  você e você não serve para mim. Ergue meu rosto com o seu dedo indicador direito e me deu um memorado selinho. - Eu a amei, eu juro que eu a amei, e sempre continuarei te amando, mais quero que se afaste de mim e seja feliz com outro pessoa.

Uma lágrimas escorreu de seus olhos.

Minutos depois dele ter partido eu comecei a caminhar para o mesmo lugar por onde ele foi embora.

— Christian? O chamei na esperança que eu pudesse estar perto dele. - Christian? Mais eu sabia que nessa altura ele estava bem longe.

Minutos depois eu comecei a andar em círculos estava perdida na floresta. Mais o pior foi quando a lua surgiu no ápice.

Descuidada eu tropecei em meus próprios passos. Minha flores se afastou de mim a uma metro de distância. Tentei me esquivar para frente para pega-la, mais meu corpo estava fraco. Para melhorar a chuva começou a cair sobre mim.

Olhando para a minha mãe que não conseguia pegar minha flor eu desmaiei ao fazer esforço para alcança-la. 

Em meio ao meu desmaio senti dois braços quentes me segurando, e o cheiro da minha flor perto de mim.

Christian tinha me deixado a beira do sofrimento nessa noite.

Como pode ter falado tudo aquilo para mim depois de tantas promessas? Tantos beijos? Juras de amor?

Eu não sei o que pode estar acontecendo, mais dez daquele dia que ele desapareceu tudo mudou nele, entre nós. Ele tinha virado um pesadelo nos últimos dias, mais mesmo assim não quer dizer que eu não o amo. Talvez amanhã nós podemos conversar melhor e nos entendermos. Minha mãe sempre fala que uma boa conversa as fezes calhar bem.

E é isso que farei, conversarei com Christian, direi a ele que eu o ama e que não sei viver sem ele. Sei que ele também me ama apesar de estar distante comigo, e não gostar da minha presença ao seu lado. Tudo isso irá passar se conversarmos como pessoas civilizadas.