A viagem pra trinta semideuses foi tranqüila.

O difícil foi subir a colina, parece que os monstros todos estavam nos esperando escondidos a espera de um deslize para nos devorar.

Até a metade da colina os monstros não estavam vindo de grupo, atacavam sozinhos, era mais fácil de defender. A partir da metade vinham de três, em sua maioria ciclopes.

Gritavam insultos e tentavam pisar nos semideuses.  Depois de um tempo acabaram se revelando. No seu cinco dragões voavam e soltando rajadas de fogo em todas as direções.  Os ciclopes vinham de todos os lados, suas armas não eram sofisticadas, pedras e paus, porem se não fossem burros poderiam causar lesões graves em um semideus.

Abner assoviou para Tempestade que um segundo estava lá acompanhada de Esplendor e Alegria. Cada um montou em seus respectivos cavalos. Gabs observou e gritou:

 - Ei cabeça de molusco – Ela gritou para Abner – Acabem com os dragões.

Acabar com os dragões foi fácil. O difícil foi depois quando eles voltaram só que com duas cabeças. Uma soltava um vapor que deixava a pessoa desorientada e o outro um acido. Letícia pensou. “O fogo já não era o bastante?!”.

A resposta claramente era não!

Abner percebeu que os dragões demoravam cinco minutos pra voltar.

Então precisava de mais duas pessoas no ar. Não deu tempo nem de gritar.

Alícia subia em uma carruagem de fogo, a carruagem de Débora. Ao lado dela Joana brandia a espada de prata invocando raios que acertavam em cheio as cabeças dos dragões que demoravam mais três minutos pra se recuperarem e contra atacar.

Isso dava oito minutos a Abner para ir chamar ajuda e voltar.

Ele gritou o plano para as meninas que aceitaram.

Ao longe dava pra perceber que os campistas estavam no refeitório na hora do jantar, tecnicamente seria fácil. Se não houvesse nenhum contra tempo.

Abner se concentrou e começou a conversar com tempestade. Joana estava pronta pra soltar o raio. Abner pensou “Aí, Tempestade, prova que seu nome não é apenas um nome, tem um significado além. Prova que você é rápida com um raio” Abner sentiu os nervos de Tempestade se contrair  com o trovão assim que o primeiro resquício de raio surgiu no céu ela respondeu “Sou conhecida como  a pégaso mais rápida de minha linhagem”.

A partir daí o que Abner viu foi um borrão só percebeu eu estava no refeitório  um minuto depois.

Quando recobrou a consciência Quíron, Senhor D. e Tempestade, encaravam-no. Abner gritou:

 - ESTAMOS SENDO ATACADO NA COLINA! RÁPIDO CAMPISTAS DE ARES E ATENA RÁPIDO!

Ele voltou a montar em Tempestade, se permitiu acariciar o focinho dela.

Voltei bem na hora. As meninas insultavam os dragões que estavam se recompondo.

Estava no chão, área onde Abner poderia causar alguns tremores, e até furacões.

Os campistas de Ares estavam saindo, os vinte filhos de Ares mais os quinze de Atena estavam surgindo e dando uma boa vantagem para os semideuses.

Os irmãos de Abner já estavam a postos, Abner gritou para rebeca.

 - Abra crateras! AGORA!

Não demorou muito, os dragões estavam dentro das crateras, e mais importante, mortos. O exercito de ciclopes fora derrotado.

Quíron chegou a galope:

 - Está tudo bem?

Isa desceu do pégaso em passos largos.

 - Agora você apareceu seu centauro inútil?!

Quíron não pareceu espantado com a agressividade de Isabella.

Antes que Isa pudesse dar um soco na cara de Quíron Letícia interferiu levando Isa relutante pro outro lado, falando coisas no ouvido dela que pareceu acalmá-la um pouco.

 Abner tomou a frente.

 - Quíron, entenda Isa esta com sua saúde mental muito frágil, e creio que essa fragilidade nenhum filho de Apolo pode curar, somente um medico, uma pessoa que nós mortais costumamos procurar quando estamos doentes, um na área especifica. Tipo um psicólogo.

 Quíron me encarou e logo em seguida deu um sorrisinho. 

 - Garoto bobo, eu sei o que é um psicólogo e pode deixar que eu irei providenciar alguma coisa.

Isabella voltou.

 - Ei! Eu to bem aqui e to ouvindo tudo, não to louca não preciso de m medico pra isso.

Alícia postou-se ao lado de Abner.

 - Isa ninguém está te chamando louca, so achamos que seu emocional pode estar um pouco abalado.

Isa a encarou.

 - Olha aqui ruivinha, cala essa sua boca que você chegou ontem aqui já está querendo mandar?! As coisas não são assim não! Chega ontem e já quer mandar, em mim! Só porque ta dando uns pega no Abner ta se achando a líder? Coloque-se no seu lugar, ou eu te colocarei com um tapa na sua...

Isa não foi capaz de terminar as provocações e as ameaças. Letícia estava com ela nos braços.

 - Alguém precisava colocar um freio nessa garota.

Fazia tempo que os campistas não comiam uma comida tão boa quanto a do acampamento meio-sangue.

Depois do toque de recolher Quíron me chamou pra uma conversa.

Após tudo o que falei Quíron galopou de um lado para o outro. Seus cascos batiam no piso.

 - Hum... Isso é mais grave do que eu pensei. Amanha conversamos mais, ah e não se esqueça amanha temos captura de bandeira. E mais uma coisa, tem um garoto novo no seu chalé, veio junto com outros campistas do acampamento vingança ao Olímpo.

A noite passou rápida Rebecca e Will me acordaram.

O garoto novo estava sentado me encarando no beliche de cima da cama de Will.

Me virei pra ele.

 - Qual o seu nome novato?

O garoto estreme céu.

 - Edward

 - Sou o líder do chalé. Will e Rebecca passem a ele a estratégia. Quem esta no nosso grupo?

—Poseidon        - Apolo

—Hades            -Ares

— Zeus            -Hécate

—Ártemis    -Hefesto

—Hermes     - Deméter

— Atena       -Hera

Quíron encontrou todos os campistas que iriam participar.

 - vocês já sabem das regras então não vamos perder tempo com isso. Que comece os jogos!

O time liderado por Poseidon perto do riacho, e o outro time no punho de Zeus mais acima no terreno.

A equipe de Poseidon liderada por Abner estava adequada da seguinte forma: Abner, Rebecca e Will e agora Edward formamos os furacões, levantando poeira e não deixando os adversários ver o ataque. Joana criava tempestades, Alícia invocava os animais para terem vantagens numéricas, Letícia invocava monstros que faziam todas suas vontades, o chalé de Atena ficaria responsável pela defesa liderada por Catarina e a equipe de Hermes cuidaria das armadilhas e do ataque, com a líder desequilibrada Isabella.

O time lidarado por Apolo estava assim: a equipe de Apolo cuidaria da defesa, os integrantes do chalé de Ares cuidariam do ataque, Hécate ficaria na intermediaria cuidando da magia fazendo coisas para confundir os inimigos, a equipe de Hefesto cuidaria de todas as coisas que não eram vivas, as armadilhas, desmontariam as que os filhos de Hermes montaram e fazer novas armadilhas, Deméter e Hera ajudariam Ares a chegar a bandeira com seus poderes.

 A concha soou.

 Ambos os times estavam preparados e apostos.

Time Poseidon gritou de um lado “ATACAR!”.

Time Apolo gritou do outro “AGORAAAA!”.

Estavam quase chegando ao local de do embate time contra time quando um terremoto sacudiu todo acampamento uma forma humana vestida de preto com uma aura e poder maligna brotou do solo.

Ambos os times congelaram. Não dava pra ver o rosto. Mais um cheiro de velório inundou todo o bosque.

Letícia tomou a frente, toda tremula e mais branca do que o normal se abaixou em respeito, seguida pelo chalé inteiro de Hécate, e logo todo o acampamento estava prostrado perante aquele deus estranho.

 - Filha – ele olhou para Letícia com olhos frios – semideuses inúteis! Onde eu vim parar!