Fix Me escrita por Angel


Capítulo 33
Dragon


Notas iniciais do capítulo

Eii. .. Não se esqueçam de comentar. Isso me da animo para escrever!
Boa leitura



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Caminhei na grande sala cinza que havia imagens de paisagens nas paredes e meses compridas encostadas. Pessoas que estavam divididas em grupo específicos me olhavam como se eu fosse alguma estranha, o que não é mentira.
De um lado Havia um grupo de asiáticos,  do outro de vários negros e vários outros de pessoas que se conheciam de suas regiões.  Cada grupo da máfia chinesa,  americana, japonesa,  alemã e até mesmo de africanos ( eu nem sabia que existiam) estavam separados em seus cantos. Ao caminhar mais para frente, trombei com um cara magro e alto que estava de costas para mim.
— Desculpe.
Ao olhar para cima, deparei-me com Evan e seu sorriso delicado ao me ver.
— Alice!
Logo me abraçou forte, fazendo-me gemer pela dor que ainda não sumira.
— Evan?! Você está bem?!
— Sim. Por alguma razão,  depois que saímos do shopping eu apaguei e acordei aqui, todo enfaixado. Mas na verdade eu apenas havia machucado a cabeça e o braço. - Ele me mostrou a faixa que havia em volta de seu braço.  - Mas estou bem melhor.
— Você sabe onde está todo o pessoal?
Perguntei preocupada.
— Alex e Lauren sumiram e David não para de encarar o pessoal da Alemanha. Se você não aparecesse logo, acho que as coisas ficariam feias aqui.
— Onde ele está?
Perguntei procurando-o atrás de Evan.
— Você deve ter passado por ele sem perceber. Está sentado no canto da sala apenas olhando. - Ele se aproximou de meu ouvido.  - Ele não fala nada desde que o encontrei.
Voltei ao meu caminho e procurei-o, encontrando-o no meio da multidão.
— David?
Falei olhando para ele preocupado.
Ele simplesmente balançou a cabeça sem tirar os olhos de um ruivo que havia ali. E então o reconheci.
— Nick!
Falei mais alto do que deveria. Ele se espantou e se aproximou de nós me abraçando forte e me elevando um pouco do chão.
— Gatinha!
Senti a raiva de David atacando minha nuca. Mas maior era a minha revolta por estar no mesmo buraco que esse traidor. Me afastei e soquei seu rosto com toda a força que sobrará.
— Você!  Justo você está aqui!
Me surpreendi tentando ao máximo ignorar a dor. Ele suspirou.
— Eu sabia que Cameron era doida, mas me trair por causa do meu amigo foi demais.
— Ela já não estava traindo ele com você? !
Falei ríspido e com os braços cruzados disfarçando minhas mãos trêmulas.
Ele balançou a cabeça.
— Touché
— Mas o que você está fazendo aqui?
— Ainda não percebeu? Sou filho de um dos mafiosos mais influentes da Alemanha.
Abri a boca.
— Até você?!
Ele riu.
— Eu e o resto das pessoas que se vestem com essas roupas ridículas.
Falou esticando a camisa fina cinza. E então liguei os pontos. Dragon poderia ser o pai de... Lucas e Cameron. Criou os ghosts para ter apenas os dois como donos no mundo da máfia,  assim, raptado e matando todos os herdeiros.
Coloquei a mão na cabeça.  Agora tudo se encaixava.
— Mas que...
Antes de eu me expressar a porta se abriu, todos ficaram de pé e taparam minha visão,  o único som que se ouvia ecoando era de saltos batendo no chão.
— Nick,  não consigo ver.
Encarei ele é percebi que ele estava sério.
— São eles.
Agora sim eu queria ver mais do que tudo.
Subi em cima do banco e me apoiei em Nick que nem percebeu minha presença.  E então encontrei Cameron de vestido vermelho grudado, Lucas de terno e cabelo para trás e barba para fazer e um velho vestido formalmente,  um pouco magro com um charuto em sua boca, cabelos brancos assim como sua barba, ele não parava de rir.
Ele tirou aquela coisa fedida da boca, soltou uma fumaça e respirou fundo.
— Olá, filhotes. Estão se divertindo? Falta pouco para a diversão começar. E agora que tenho quase todos os enfeites de minha coleção, vou explicar as regras. Fujam e morram, fiquem e vivam. Pronto.  Simples, não?
Percebi que todos ficaram inertes com a voz cortando do velho, mas isso durou pouco. Uma outra voz de origem desconhecida se rebelou.
— Você acha que isso é viver?! Muitos de nós nem sabia a origem de nossas famílias e agora nossos destinos é sobreviver nesse cubículo? !
Todos olharam em volta e ninguém encontrava a origem da voz, mas eu a reconheci e tremi um pouco, de preocupação.  Olhei para trás e não encontrei mais David sentado.
— Droga! - chamei a atenção de Nick.  - Cadê o David?!
Ele deu de ombros e voltou a olhar para o velho.
— Ora, ora. Senhor Cameron, eu presumo.
O velho voltou a falar e então percebi que era tarde demais. Voltei a olhar para frente e encontrei a nuca de David.
— Idiota que nem o irmão.
Nick riu. Bati em sua cabeça revoltada.
— Cala a boca! Precisamos ajudar ele, antes que o matem.
— Já era, gatinha. Ele acabou de assinar sua sentença.
Congelei ao ouvir isso. Percebi que o povo começou a se rebelar com David e os guardas estavam com dificuldade de controlá-los. Desci e tentei o mais rápido chegar até o garoto, encontrei o velho rindo, uma risada maliciosa, olhou para o garoto como se ele fosse uma formiga.
— Então é de sangue mesmo ser tão teimoso.
" O que ele quis dizer com isso? "
O velho levantou sua grande mão para bater no garoto até eu aparecer e impedir. Segurei seu pulso com toda minha força. Percebi que todos ficaram parados ao ver a cena.
Percebi que Lucas ficou surpreso e com um olhar triste, acho que foi imaginação minha.
— Toque nele e eu te mato.
Falei com fúria na voz, mas ninguém sabe o quanto minha alma tremia!
O velho se surpreendeu e depois jogou sua cabeça para trás gargalhando.
— Ora ora. Se não é a filha de Mary Anne. - Me assustei com seu comentário. - sabia que eu já tive um caso com sua mãe?
Ele estava me irritando.
— Mas ela era bem difícil,  fiquei tão triste ao saber que ela teve que casar com Mark e sofrer tanto. Aquele homem não vê nada a não der seu próprio umbigo.
Abaixei a cabeça e pensei. Logo comecei a rir de deboche.
— Ele não vê nada além do próprio umbigo? - Falei um pouco baixo. E o encarei.  - Quem aqui deixou seu filho quando ele era apenas um menino inocente?  Quem aqui raptou um monte de adolescentes mimados só para ter todo o poder no mundo do crime? Quem aqui só olha para o próprio umbigo mesmo?
Sorri de um jeito diferente, eu não sabia dizer, mas sei que consegui calar a boca daquele velho.
Ele soltou seu pulso de minha mão e tentou me bater, logo me desviei e soquei seu rosto.
Tudo ficou com um silêncio mortal.
O velho, que estava com o rosto virado, lentamente voltou a me encarar enquanto limpava o sangue de sua boca.
— Matem-na.
"Quem assinou a sentença de morte mesmo?!"


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Notas finais do capítulo

E então? Será que Alice vai morrer desta vez ou se safar de novo?
O que vocês acham?
Comentem! ^^