Fix Me escrita por Angel


Capítulo 32
Cubo


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora meus amores...



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– Por favor, me diz que é mentira. Me diz que você foi enganada por essa vaca e que está aqui para me salvar.
Minha voz falhava e as lágrimas eram descontroladas.
– Desculpe, Alice.  Mas é verdade.  Eu sou o Ghost. Não qualquer um, mas o chefe.
– Impossível.  O chefe deve ter mais de quarenta anos!
– Sim. O primeiro fantasma tem mais de quarenta anos. Antes de ficar velgo e sbstituir o none por Dragon e dar o trono ao seu filho  que há muito tempo estava desaparecido.
– Mas... mas... Eles te raptaram! Te torturaram!
Ele ficou surpreso.
– Como... Como você sabe disso?
– A Mamãe. .. Não.  Minha mãe me falou. Eu só não quis acreditar.
Falei brava.
– Lógico.  - Falou sem expressão. - Mas você está atrapalhando os planos de meu pai. Então precisarei desaparecer com você.
Lucas sorriu de um jeito malicioso que fez minha espinha congelar. Saiu com Cameron ao seu lado e me deixou naquele quarto vazio,  presa numa cadeira com...
– Thomas. -Ele estava sangrando e inconsciente apenas resmungando. - Thomas, por favor. Acorda.
Ele forçou os olhos e depois, com muito esforço,  levantou a cabeça.
– Mi... Minnie?
sorri aliviada.
– Não me mata de susto assim.  Cansei de pensar que você está sempre morto! Me prometa que essa foi a última vez!
Ele olhou para mim confuso.
– Você... não é a Minnie. - Me surpreendi.  - Você é... mais velha.
– Será que ele esqueceu.
– Thomas. - ele fechava os olhos aos poucos. - Ei. Presta atenção em mim. Sou eu, a sua Minnie,  mas preciso de sua ajuda. - Ele me encarava com o pensamento longe. Sabia que ele iria desmaiar a qualquer momento. Então gritei.
– THOMAS!
Ele levantou a cabeça rápido e assustado e logo fechou os olhos e fez  expressão de dor. Piscou algumas vezes e forçou a visão novamente. Olhou em volta e depois para mim.
– Anne?
– Ótimo!  Ainda esqueceu de mim!
Reclamei e ele não entendeu.
– Onde estamos?
– Thomas, presta atenção.  Se concentre. Tente se lembrar da última vez que nos vimos.
– No hospital?
– Não.  Se concentre!
– Do que você está ... - Ele parou e ficou surpreso. - Alice?!
Suspirei aliviada.
– Você gosta mesmo de me assustar, não é?!
Ele riu irônico e gemeu de dor em seguida.
– Mas é sério.  Onde estamos?
– Eu não sei. Qual foi a última coisa que você se lembra?
– Depois da explosão,  eu e Dany fomos para o fundo do restaurante.
– Fundo? Como assim?! Era impossível ter fundo. Havia estrada de um lado e água do outro. Só se você pulasse e nadasse sem se machucar com as rochas!
– Deixa eu explicar?
Falou sério e com a respiração alterada.
– Desculpe.
– Havia uma saída de emergência secreta. Apenas para os funcionários.  E já que eu conhecia bem o lugar,  saímos por lá.  Era um túnel debaixo da cafeteria.  Só que, quando saímos,  nos deparamos com vários Ghosts e eu não pude fugir. Eles mataram Dany e me trouxeram para cá.  Me torturando perguntando onde estava os outros herdeiros.
Me surpreendi com isso e fiquei assustada também.
– Porque você não falou?!
Ele olhou para mim.
– Porque eu sabia apenas de uma herdeira. E daria minha vida para que eles nunca cheguassem perto de você.
Encarei todos os ferimentos de facas, manchas de eletricidade e socos em todo o seu corpo. Ele sofreu tudo isso para me proteger. Abaixei a cabeça e fechei os olhos prendendo as lágrimas.
– Idiota.
Sussurrei.
– O que?
– SEU IDIOTA! VOCÊ QUASE MORREU!
Briguei com ele brava e com o rosto fervendo de raiva. Ele apenas sorriu.
– Valeria a pena.
– Não!  Não fala isso!
– Lembra a primeira vez que nos vimos no hospital?
Falou baixo e respirando alto.
– Não gaste forças agora! Deixe para a gente conversar quando sairmos daqui.
– Eu havia sonhado com uma garota que estava dormindo na minha cama. Eu a encarei e me apaixonei em seguida. E então percebi que precisava protegê-la para continuar vivendo em paz. - Respirou fundo de novo. - e então acordei e te vi em cima de mim vermelha de vergonha.
Riu fraco.
– Para... - eu soluçava.  - Para de falar. Por favor. Eu... - tremi. -  estou com medo.
– Não se preocupe.  Eu te protejo.  Esqueceu?  Você é minha.
– Eu descobri quem é o chefe dos fantasmas e ele está aqui. Não quero que ele te machuque mais. Então. .. para de falar e descanse para ficar melhor logo!
– Quem... É... ele?
– Thomas?
Ele fechava os olhos aos poucos.
Ouvi um barulho de porta se abrindo. Ele me soltaram da cadeira e me arrastaram. Com medo comecei a gritar o nome de meu único amigo que podia confiar.
Vi que Thomas havia falado meu nome antes de apagar de vez! E então sai do quarto e picaram algo no pescoço.  Nessa hora eu achava que era meu fim.
******
P. O. V Thomas
Abri os olhos e encontrei-me numa cama, dura e pequena. Me mexi para sentar e senti que um trovão havia me atingido.  Tirei o cobertor de cima de mim e vi faixas vermelhas e encharcadas com meu sangue. Daí me lembrei das tortura e depois de Alice. Gritando e com medo. Nunca havia visto seu rosto de pânico,  aquilo apertou meu coração.  Levantei-me com força,  ignorando o máximo a dor e comecei a bater na porta.
– Abram essa porta! Agora!
Soquei a porta com tanta força que fez eco. Uma pequena janela que havia na porta se abriu apresentando olhos azuis familiares.
– Desculpe, gatinho.  Mas não vai rolar. Agora você será só meu ou de mais ninguém.
– Cameron?!
– Oi!
Falou afinando a voz.
– O que você está fazendo?!
– Bom,  depois que eu soube que você estava me traindo com aquela quenga da Alice. Tive que fazer algo.
– Você me raptou, me torturou e quase me matou só por causa de ciúmes? !
– Também.  Mas vou deixar você mais curioso com o outros motivo.
Ela riu. Me aproximei da porta como se fosse voar no pescoço dela.
– Onde está a Alice?!
Ela se afastou um pouco por causa do susto e depois voltou com cara de vitoriosa.
– Não se preocupe. - Ouvi um grito de longe de uma voz familiar, perdi o chão na hora. - Em breve ela não será problema.
E logo fechou a pequena janela. Abafando os gritos, mas eu ainda conseguia ouvir. Alice sofrendo.  Meu peito queimou de raiva e preocupação.  Eu precisava fazer alguma coisa. Mas o que?!
******
P. O. V Alice
Acordei com a maior dor no corpo. Acordei de repente. Acordei eletrocutada. E adivinha quem estava me assistindo enquanto eu recebia vários volts, ainda sem roupa?!
Lucas.
Estava parado na porta de ferro que havia na minha frente enquanto um cara com máscara preta me torturava. Quando eu tentava pedir sua ajuda o cara me molhava com um bastão de ferro que tinha uma esponja molhada e eletricidade conectada em um fio sem fim.
– Já chega.
Falou Lucas quando percebeu que eu estava a beira da morte.
– Mestre?
– Pode levá-la para o quarto.
Foi a última coisa que ouvi antes de apagar.
Quando acordei em um cubículo senti que aquele lugar era familiar.  Cinza e gelado. Só que desta vez havia uma cama.
" Ótimo,  voltei ao meu pesadelo!"
Aquela prisão do meu sonho havia se tornado realidade. Não me mexi, mas apenas por respirar já doía meu corpo todo.  Dormi mais um pouco.
Quando acordei novamente, encontrei Lucas na minha frente, de cabeça baixo, soluçando.
– Lu?
Ele levantou a cabeça e percebi suas lágrimas. Seu olhar era triste, muito triste.
– Oi.
Forçou um sorriso.
– Eu tive um pesadelo. Que bom que foi apenas um sonho.
Ele abaixou a cabeça novamente e voltou a chorar. Balançou a cabeça negando e voltou a me encarar.
– Desculpe, Alice. Não foi um sonho. E parece que nosso dias felizes nunca mais voltarão.
– Do que você encarar tá falando? Cadê a mamãe?  Onde...
Quando fui me mexer, senti algumas dores e flashes passaram em minha cabeça sobre o pior dia da minha vida.
– Me perdoe.
Ele colocou a mão em cima da minha, mas logo afastei.
– Me tire daqui e eu penso no seu caso.
Falei sério e ele ficou surpreso,  mas logo limpou o rosto e ficou sério.
– Sei que você não irá me perdoar. Mas não preciso do seu perdão. Sou o chefe dos fantasmas e futuramente o chefe de toda a máfia. Você não irá sair daqui viva. Se quer sobreviver, seja obediente,  e eu penso no seu caso.
Ele se levantou e saiu do quarto e fechou a grande porta fazendo eco. Virei para a parede e chorei. Até cair num sono. Já que não tenho nada para fazer, não me preocupei.
O tempo se passou lento. Não sabia quantos dias eu estava aqui, mas diariamente alguém aparecia com minha três refeições e vem cuidar de meu ferimentos.
Finalmente consigo sair desta cama dura e andar. Com esforço,  mas não desisto de melhorar logo. Preciso sair daqui.  Preciso saber o que houve com meus amigos.
No momento eu estava meditado no meio do quarto quando ouvir batidas na porta.
– Já melhorou o suficiente para ir ao cubo!
Disse uma voz desconhecida. Logo a porta se abriu apresentando dois caras enormes com máscaras pretas e capuz. Suspirei e levantei do chão indo até eles. Minha roupa era leve e cinza, como as paredes de cimento.
Ao me aproximar, os dois levantaram bastões de ferro que na ponta havia uma pequena luz azul. Eletricidade.  E enquanto eu estiver boazinha, não irei me aproximar desses "brinquedos".
Os dois me guiaram em um corredor sem fim até eu encontrar uma porta dupla em uma das paredes do lado. Um deles digitou uma senha e colocou sua mão, e a porta se abriu.
– Bem vinda a sei novo lar.
Ao entrar,  encontrei várias pessoas,  homens e mulheres.
– Parece que a coleção está quase completa.
Falou o outro cara. E então percebi que todas essas pessoas haviam sido raptadas por um motivo.
Eles também eram herdeiros.


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