Past said hello escrita por MilaChan


Capítulo 10
I feel something


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem. Muito obg a leitora que comentou. Boa leitura



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 Audrey me guiou até a casa dela e ao abrir a porta eu êxito um pouco em entrar.

  Ela se vira.

 - Você não vem? - Pergunta ela a mim.

 - Vai mesmo me convidar pra entrar?

 - Como eu disse, um feitiço protege essa casa se você voltar aqui e eu não permitir que veja este lugar você não conseguirá entrar. Mas por hora, pode entrar.

  Eu atravesso a porta e entro na casa. Um lugar bem aconchegante e simples, havia uma lareira de frente a um sofá com uma manta dobrada em cima. Uma escadaria que dava acesso ao segundo andar da casa e perto da sala havia uma cozinha. O que mais me chamava atenção era a enorme quantidade de grimórios que havia na casa e as diversas ervas que haviam na cozinha.

   - Pode tirar o casaco, deve estar bem molhado - Diz ela desabotoando a sua capa, deixando a mostra apenas seu vestido com um corpete de mangas caídas.

  Ela se abaixou perto da lareira e começou a colocar lenha, por fim pronunciou um feitiço que fez o fogo da lareira e das velas espalhadas pela casa acenderem.

 - Me conte mais sobre a Katherine - diz ela se voltando pra mim.

 - Por que quer saber dela?

 - A maneira como falou dela, seus olhos pareciam lamentar muito o que quer que tivesse acontecido a ela.

  Penso se devo mesmo contar a ela tudo sobre meu passado, pois no momento em que eu disser que ajudei Klaus a criar uma trilha de corpos em busca do seu sonho de se tornar um híbrido, é bem provável que Audrey me considere igual ou até mesmo pior do que ele.

 - Eu posso te contar, mas é bem provável que você nunca mais me olhe do mesmo jeito.

  Os olhos dela mostraram curiosidade.

 - Meu irmão Klaus é fruto de uma relação entre minha mãe e um lobisomem, ele carregava dois genes com ele os de um vampiro e um de lobisomem. Porém um feitiço foi lançado para que a parte lobisomem ficasse trancada dentro dele. Os anos se passaram e o objetivo dele era o de despertar esse outro lado, mas para isso ele precisava do sangue de uma duplicata. Katherine.

 - Ele estava disposto a passar por cima de tudo e de todos, matando cada ser que atrapalhasse seus planos e eu o ajudei. Saímos a procura de Katherine, mas nesse meio tempo eu me apaixonei por ela e quando eu tentei impedir já era muito tarde. Ela fugiu e quando finalmente a encontramos, tinha se suicidado. Depois daquele dia eu dei um basta naquela vida e vim para a América, precisava de distancia da minha família.

  Ela se sentou no sofá e olhou para mim nos olhos.

 - Eu não estou no direito de julga-lo. Odeio seu irmão o seu irmão não só pelo fato de ele ter matado a minha família, mas por ele ter gostado de fazer isso. Eu já matei muita gente, pais, mães... Eu também já destruí famílias, assim como você já deve ter feito é da nossa natureza. Mas eu nunca fiz por prazer, era a única forma que eu conseguia me alimentar. Meu organismo só consegue aceitar sangue humano e para saciar todo o meu corpo eu precisava drenar todo o sangue das pessoas.

  Ela fez uma pausa.

 - Mas eu me sentia tão culpada. Eu era uma assassina, era eu a causa da destruição de várias vidas. Então eu decidi desligar as minhas emoções, porém apenas o lado vampiro estava desligado a parte bruxa permanecia. A culpa ainda estava lá, mas por um lado até que era bom essa sensação me fazia manter controlada. Eu não quero ser uma assassina Elijah, eu não quero me tornar um monstro e é isso que me diferencia do seu irmão Elijah deveria pensar o mesmo.

  Ela jamais seria um monstro, apesar do olho de vampira e da dimensão inacreditável que é o seu poder. Audrey é tão delicada, ao mesmo tempo me parece tão frágil jamais conseguiria olhar para ela e enxergar um monstro.

 - Quem são as pessoas que teme nessa cidade? - Pergunto a ela.

 - O prefeito e os policiais dessa cidade tem uma sociedade, contra os vampiros. Eles vigiam tudo, hospitais, festas, ruas... Já sabem sobre a verbena, havia muitos vampiros vivendo por aqui, mas pouco a pouco eles foram descobertos e nunca mais foram vistos. Cada ano fica mais difícil sair de casa, todo cuidado se torna praticamente inexistente.

  Um conselho... O prefeito veio me questionar com perguntas estranhas, Audrey está certa todo cuidado é pouco nessa cidade.

 - Audrey, quando foi a última vez que se alimentou? Perguntou tocando na pele de seu rosto.

 - O que? Por que essa pergunta agora?

 - Sua pele está muito ressecada e você me parece magra demais.

 - Não vou mentir, com o Conselho da cidade vigiando constantemente se alimentar não tem sido uma tarefa fácil. Mesmo que seja de pacientes terminais em hospitais. O prefeito tem posto pessoas pra vigiar.

  - Então tem passado fome... Isso não é nada bom.

 - Eu sei, mas nas minhas condições se eu me alimentar de alguém essa pessoa morrerá e ele saberão que há vampiros presentes na cidade - Eu puxo a manga do meu casaco e descubro meu pulso.

 - Não sou um humano, sou imortal e ainda um dos originais. Meu sangue deve ser o suficiente para te saciar.

 - Mas... compartilhar sangue...

— Eu sei que é algo íntimo demais, mas não há mais ninguém por quem eu faria isso - Eu me aproximo mais dela no sofá.

 - Não sei se posso aceitar isso Elijah, posso te machucar.

 - Você irá aceitar e não chegará nem perto do que a minha família te machucou - Pego uma mexa do cabelo dela e coloco atrás de sua orelha e deixo meu pulso a sua frente, de início ela fica receosa. Mas em seguida vejo seu outro olho começa a pulsar e em seguida crava as presas em meu pulso.

  Nunca tinha compartilhado sangue, mas a sensação é diferente do que eu imaginava. As costas dela arqueiam conforme ela vai sugando e cada vez que ela pressiona com mais força os pelos do meu braço arrepiam e um pequeno gemido escapa da minha boca e após algum tempo ela solta meu braço. Há sangue escorrendo pelo canto de seus lábios, seus olhos vão ao pouco voltando ao normal.

 - Por que você me ajuda? Naquela noite na sua casa, agora... Porque?

 - Porque eu sinto algo forte quando estou perto de você e quero te ajudar a vencer os obstáculos dessa cidade e te dar a chance de conhecer as coisas belas desse mundo.

 


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