Jurassic Park escrita por Cahxx


Capítulo 8
Capítulo 7 - Herói




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— Estou nessa - o grandalhão se dispôs.

— O que? Sem chance! - Scott entendeu sua ideia - É suicídio!

— Ele está certo - Sarah explicou - Os raptors não voltariam se ainda estivessem com medo de você.

— Então terei que dar a eles uma nova razão para temer.

— Podemos pelo menos debater sobre isso? - Billy tentava convencê-lo.

O barbudo virou-se para o piloto e apenas disse:

— É o único jeito.                                          

— Oscar...

— Você sabe que sou o único que tem chances de chegar aquele painel.

— Talvez. Mas quem disse que você deve ir sozinho?

— Olha Ryans, nós temos que tirar essas pessoas daqui. O Billy sozinho não pode, ele mal sabe pilotar um helicóptero.

— Que merda!

— Ok, quero que todos aguentem firme enquanto faço isso. Vocês ficarão bem.

— Qual é o plano? - Billy perguntou de praxe.

— Estou trabalhando nisso. Logo vocês ficarão sabendo.

Ele foi a um canto do mezanino e encarou um pequeno lago de lava vulcânica preenchido por um caminho de pedras. Abaixo de onde eles estavam, os encanamentos formavam uma parede protetora.

— Certo, posso descer aqui. Já fiz pulos a essa distância. Tudo bem! Preciso que um de vocês mantenham os Raptors distraídos do outro lado enquanto eu desço.

— Ok, antes eu achava que você era corajoso, mas agora penso que é um louco - Billy reclamou.

— Você tem outro plano?!!!

Billy franziu os lábios:

— Nós podemos jogar o senhor doutor lá embaixo. Vai distraí-los bem.

Jessy correu até Oscar:

— Não vai! Você vai morrer!

— Não me descartem ainda - Oscar sorriu. - Mantenham eles ocupados - ele se dirigiu a Scott - Pelo menos alguns segundos.

— Saquei - o piloto fez que sim.

— Ei - Nima se aproximou - Obrigada.

Oscar apenas consentiu com a cabeça e saltou a grade. Scott desceu as escadas e esticou a perna, chamando a atenção dos dinossauros. Estes passaram a tentar pegá-lo dando brecha para que Oscar caminhasse poucos metros ao lado.

O barbudo saltou sobre as pedras e pulou para a grade dos canos de tubulação. Um dos raptors pareceu notar sua presença.

— Espero que ele volte... - Jessy murmurou.

— Confie nele - Nima acalmou a garota - Ele é habilidoso.

— Pensei que o odiasse - Billy ironizou.

— Mas eu admiro a habilidade dele. Se tem alguém capaz de fazer isso, é ele.

Oscar saiu detrás dos canos e logo viu-se cercado pelos animais que desistiram de Scott . O barbudo sacou a faca e os ameaçou:

— Querem se juntar ao camarada de vocês?!

— Oscar! - Scott gritou - Estou indo aí!

— Não! - Sarah e Oscar gritaram em uníssono, o barbudo erguendo a mão e Sarah segurando o piloto pela jaqueta.

O mercenário desviou de dentadas e conseguiu cortar o focinho de um deles. Scott cortou um dos canos para jorrar vapor em cima dos bichos: isso pareceu afastá-los por um tempo. Oscar aproveitou e correu até o painel. Porém, um dos Raptors o avistou e saltou em suas costas.

— Cara...! Levanta! Levanta! - Scott gritava.

O grandalhão ignorou a mordia e se arrastou até o painel. Novas vieram. Sentia sua carne ser aberta e rasgada como se levasse facadas consecutivas. Algo o motivava ainda mais. Centímetros e mais centímetros de força. As vozes de Billy e Scott gritando, o choro de Jessy... tudo parecia já distante agora.

Finalmente erguera a mão e apenas deixou que a palma caísse sobre o botão. A porta abriu, mas o grupo ignorou: suas faces misturadas em dor e horror acompanhavam o corpo do mercenário ser arrastado para dentro de um buraco na parede.

— Eles estão vindo! - Sorkin alertou a todos para seguirem em direção a passagem.

Billy estava paralisado no mezanino. Scott se aproximou do rapaz para chama-lo.

— Cara, eu sinto muito, mas precis...

Billy apenas empurrou seu braço e permaneceu encarando o buraco a espera do amigo. O grupo correu para dentro da porta. Billy deu um último soco contra a grade e seguiu Scott. Assim que o mercenário passou, o piloto e Gerry escoraram-se na porta e forçaram a fechadura, trancando-a.

— Eles estão aqui - Scott alertou, encarando um dos dinossauros pela janela da porta.

— Não - Gerry corrigiu - Agora foram embora.

— Que estranho... - o piloto se virou para Sorkin - Por que eles fogem assim, do nada?

— Tem algo aqui dentro que os assusta. Eu não saberia dizer o que.

— Você está bem, Billy? - Jessy perguntou ao rapaz que estava agachado a um canto.

— O que diabos você acha?! - ele vociferou assustando a menina. Scott se aproximou.

— Ei, calma cara.

— O... O que Oscar fez foi um ato de bravura. Quando voltarmos teremos certeza de que ele receba o devido reconhecimento por sua---

— Você acha que eu me preocupo com essa merda?!

— Vamos dar a ele um pouco de espaço - disse Gerry.

— Cinco minutos! - ironizou o rapaz - Me dê cinco minutos e estarei BEM - ele se aproximou de todos e os encarou a centímetros de seus rostos - Eu sei o que estas pessoas pensam de nós! “Um bando de mercenários! Um bando de desistentes da escola! Que somos substituíveis...!”

— Nós não pensamos isso! - Jessy contradisse. - Falem pra ele!

— Oscar vale mais do que mil de vocês! E ele sabia disso e mesmo assim ele morreu pra salvar suas bundas! Então NÃO ME DIGAM que vocês vão honrá-lo, porque vocês NÃO MERECEM ISSO!

— Chega Billy! - Scott vociferou.

— Ora! Então aqui temos o piloto perfeito que só tá empenhado em salvar essas pessoas porque quer comer a doutorazinha!

O piloto saltou pra cima dele e o prendeu contra a parede. Billy tentou se soltar. Cuspiu no rosto do adversário. Scott apenas virou a face e socou o mercenário. Jessy voltou a chorar perto do pai.

— Parem! - Sarah pediu, cansada daquelas cenas - Realmente eu não sei se estamos mais seguros com aqueles bichos ou com vocês dois aqui! Querem se matar?! Façam longe da gente! Pouco me importa o que farão daqui pra frente!

— Claro que pouco te importa! Oscar já morreu pra salvar sua vida!

— Pois eu queria que tivesse sido você...! - a garota disse por último e todos pararam de falar. Scott soltou o mercenário e este apenas puxou os braços, indo retirar-se a um canto.

— Ok, ok - Gerry tentou acalmar a todos - O que quer que a gente faça, Billy?

— Nada. Eu falei que ficaria bem, se lembra? TUDO que eu preciso... é de espaço. - e deitou a cabeça nos braços, escorado num armário.

— Ah... Eu sei que precisamos descansar - Sorkin interviu - Mas o que assustou os Raptos deve estar por perto.

— James está certo - Scott suspirou - Preciso que todos fiquem em alerta enquanto eu e ele verificamos a sala.

— Não - Sarah interrompeu, sua voz saindo mais fria - Dr. Sorkin precisa descansar. Eu faço isso.

Scott encarou suas costas e revirou os olhos:

— Você realmente vai acreditar nesse maluco?

— Pouco me importa vocês dois - ela respondeu - A mim, só importa tiramos todos daqui.

— Gente - Nima chamou a todos - O que é isso? - ela pontou para um monte de folhas a um canto da sala. Jessy se aproximou e seus olhos se depararam com um braço por debaixo das folhas.

— Jess, não veja isso! - Gerry exclamou. - Nima, pode...?

— Claro - a latina abraçou a garota - Venha, Jessy. Tente não olhar, ok?

Sarah se abaixou em frente ao corpo e começou a analisar a cena. Gerry veio logo em seguida. O veterinário encarou os olhos do homem que estavam abertos e paralisados em uma expressão de horror. Sua boca, aberta num grito. O coração do veterinário parou quando viu os olhos do ferido lhe fitarem.

— Está vivo!

— O pulso está fraco, mas tem batimento. Vejas as mordidas.

— Mordidas? Sim, se parecem com as de Nima.

— Isso. Ele está vivo, mas só tecnicamente. Está paralisado e o cérebro quase morto. Esse é o estágio final do veneno.

Gerry retirou algo dentre o mato e ergueu para Sorkin verificar:

— James, veja isto.

— Ovos...! Isso é um ninho. Pelo formato me parece ser de Casuar, talvez de Emu...

— ... ou de Raptor - sugeriu Gerry.

— Ora, não seja bobo. Sabe que todos os dinossauros do parque são...

— Fêmeas. Eu sei. Mas gosto de manter hipóteses para nossa segurança.

— Billy - Sarah chamou por ele - Esse cara está vestido como você.

— Ele tem uma tatuagem no braço como a minha?

— Sim, ele tem...

Billy socou o armário:

— Que merda tá acontecendo aqui? Ele tá vivo ou não?!

— Ele está vivo... mas em estado de coma. Alguma coisa depositou ovos em seu abdome.

— Alguma coisa O QUE?! - o mercenário se espantou.

— Ele está sendo mantido vivo por...

— DeCaf - o rapaz rosnou entre dentes.

— D o que?

— A vítima é Daniel Cafaro. Outro soldado descartado.

— Ah, meu Deus - Sorkin sussurrou - Eu sabia que eles tinham saído de alguma forma, mas nunca pensei que...

— Você sabia disso...?! - Billy se aproximou do cientista - Você SABIA?! - e sacou a faca. - Eu vou matar você!!!

XxxxXxxxX

— Billy, solte ele!

— Billy! Pare!

— Fique fora disso!

— O que você está fazendo?

— Estou te avisando! Se afaste!

— Vamos... Pare com isso!

— Pai! Faça alguma coisa!

— Calada! Fique perto dela!

— Fale-nos, doutor! - Billy mantinha a lâmina perto do pescoço do Sorkin - O que tem lá fora? Quem fez isso nele?!

— Tro... Eles são chamados de Troodon Pectinodon. Eles deveriam ser sacrificados, mas...

— O que?! Deixou eles soltos?!

— Não! Não... eu os mantive em quarentena. Para estudos. Eles... eu pensei que eles seriam levados para o confinamento alguma hora, mas eu estava errado.

— Você sabia dessas criaturas o tempo todo, enquanto estávamos lá fora andando como idiotas, procurando o helicóptero!

— Billy...

— Fomos quase mortos por um de nossos próprios homens. Provavelmente mordido por uma dessas coisas que atacou o D-Caf! Nossas suas equipes estão mortas, Oscar está morto! Tudo por causa dos seus dinossauros! Tudo por SUA causa!

— Oscar não ia querer isso - Gerry interviu - Ele morreu salvando todos nós. Não ia querer o doutor morto.

— Se ele soubesse disso, iria sim! De qualquer jeito esse imbecil é um mentiroso! Mentiu pra todos nós! Me colocou em perigo por causa dos seus objetivos e sua preciosa coisa anormal. O que mais ele está escondendo? Me perguntou - e então ele se virou para Sarah - Se sua aluna também não é sua cúmplice nisso!

E apontou a faca para a garota. Scott entrou na frente e segurou o braço do mercenário.

— Ah, claro... O senhor super herói das donzelas sempre aparece na hora certa.

— Em sua defesa - Sorkin continuou - Sarah não sabia de nada. Ela, assim como os demais, apenas veio ao parque no dia errado e na hora errada. Se eu soubesse de tudo isso antes...

— Ah, por favor!

— Sim, ele mentiu pra todos nós - Gerry tentou - Mas ele nos ajudou quando pôde. Nima está viva por causa deles e Jessy e eu também.

— Ele poderia ter avisado antes!

— Eu não tinha como saber. Na minha cabeça, eles estavam no confinamento de quarentena.

— Oh, então eu sou o inimigo agora?! Sou o cara malvado aqui?! Eu só estou tentando abrir seus olhos, fazendo alguém dizer a verdade!

— Sim, você é o cara malvado - Nima disse pegando todos de surpresa - Eu vi que Oscar tinha mudado, mas você se tornou tudo que eu achava que ele era. E está prestes a se tornar um assassino também.

— Ah, qual é! Não sou eu! Está na hora dele aprender sobre responsabilidades!

— Ele não é o único responsável - foi a vez de Sarah - Isso também cai nas mãos de Hammond e da InGen. E agora, todos nós estamos sofrendo por isso.

— Billy, solte ele - disse Scott - Precisamos de todos os corpos vivos que conseguirmos.

— Tudo que precisa dizer, doutor, é: “minha culpa”. “É minha culpa”. Vamos, doutor...! Deixe-me ouvir isso.

— Não, mas isso não é...

— DIGA!!!

Sorkin encolheu-se na parede e então suspirou:

— É... É m-minha... culpa. É minha culpa.

— Pronto, não foi tão difícil, né? Seus amigos podem ter te salvado aqui, mas pelo menos arranquei a verdade. Vocês querem ele com vida? Vocês o tem.

James deixou-se cair no canto.

— Gravem minhas palavras - Billy rosnou para Scott e Sarah - Ela vai salvar uma daquelas criaturas antes de levantar um dedo pra ajudar vocês. Agora, sejam todos úteis. Vou dar uma olhada no D-Caf.

— Ok. Não podemos ficar aqui muito tempo - Scott reiniciou as ordens - Vasculhem a sala e tentem encontrar algo útil.

Nima espiou pela janela da porta:

— Não vejo nada aqui. Parece estar limpo. - ela ainda encontrou um cilindro de ar vazio e uma pá suja de excrementos.

— Precisamos sair daqui - Sarah disse.

— Sim, eu sei - Scott se aproximou - Estão todos prontos?

— Sim - foi a vez de Nima - Não é hora de ficar velando - e todos encararam Billy ajoelhado em frente ao corpo do soldado. Billy avistou uma lata por entre o corpo e a escondeu no colete.

— Billy, você achou algo?

— Não. Estão todos prontos?

— Parece que você tirou alguma coisa dele - Gerry foi incisivo - Melhor mostrar se ele tem algo que pode nos ajudar!

— Não foi nada! Apenas pequei seus Dog Tags.

Gerry manteve o olhar fixo e o rapaz revirou os olhos:

— O seguro não pagará a família dele sem os Dog Tags - e mostrou as plaquetas em suas mãos - Satisfeito?

— Certo, desculpe por duvidar. Poderíamos traze-lo conosco?

— Por que mano? Ele já tá enterrado.

Scott e Sarah se entreolharam. O piloto então se pronunciou:

— Tudo bem, prestem atenção.

— Não, Ryans - Billy o interrompeu - Eu falo agora. Certo. Ouçam. Tudo que aconteceu são coisas passadas. Entenderam? Doutor, fale sobre os telefones.

— Hum, de acordo com o terminal do meu laboratório, os da exposição aquática ainda estão conectados ao transmissor. Os telefones do Centro de Visitantes também.

— Longe demais - Scott calculou - Podemos chegar a exposição pelos túneis?

— Podemos chegar a exposição pelos túneis? - Billy questionou.

— Todos eles estão interconectados. Também acho que posso encontrar...

— A resposta é “sim”. Obrigado. Agora todos temos a mesma prioridade: chegar a Exposição Aquática, encontrar o telefone e chamar outro helicóptero pra nos tirar daqui.

— Como vamos chegar lá? - foi a vez de Gerry falar - Os Troodons ainda podem estar lá!

— Não temos medicamentos pra tratar mordidas - Sarah explicou. - Nós temos que...

— Shhhh... - Billy interrompeu.

— Não diga “shhh” pra mim! - a loira pôs as mãos na cintura.

— A porta - o mercenário apontou. Atrás de onde Jessy estava sentada, patas de dinossauros faziam sombra pela fresta. Os ruídos tornaram-se audíveis.

— Estão vindo pela passagem! - Scott exclamou correndo para a abertura de uma tubulação de ar a um canto da sala. Ele puxou a porta de um dos armários que desmontou e bloqueou metade da abertura. Junto com a porta, uma caixa de sinalizadores caíram. Scott pegou a pá suja e bateu contra o animal até que recuasse.

Atrás, Gerry segurou a maçaneta da porta impedindo de ser aberta. Sarah ouviu passos pelo teto e subiu numa pilha de caixas, bloqueado outra abertura de ar no alto da sala. O dinossauro empurrava a grade e a garota precisava de força para não deixa-la abrir.

— Nima, abra aquela porta! - Scott indicou uma pequena grade a um canto.

— Ok! Só preciso de algo para quebrar o cadeado!

— Ali! - Sarah apontou para o cilindro de ar.

A latina ergueu o cilindro com grande dificuldade.

— Scott ! Não estou aguentando! Os sinalizadores!

— Que?!

— Jogue um pra mim!

Segurando o armário com a perna, uma das mãos prendendo o bicho com a pá, Scott se esticou para pegar um dos incendiários. Assim que alcançou um, arremessou-o para a garota. Esta acendeu o cilindro e o jogo dentro da tubulação, assustando o dinossauro que recuou.

Ela saltou das caixas e atirou um segundo incendiário no buraco que Scott tapava. Enquanto isso, Nima acabava de bater o cilindro contra o cadeado e abria a passagem.

— Consegui! Vamos!

Todos foram passando, sendo obrigados a se agachar. Scott ainda bateu com a pá num dos canos para que jorrasse água e atrasasse os bichos. Entrou por último no corredor e fechou a grade. Alcançaram um corredor mais alto e extenso e se depararam com uma bifurcação:

— Essa não... E agora?

Adiante uma placa indicava para a direita “Sala de Dessalinização”.

— Por aqui! - indicou Sorkin. - Fica perto da Exposição.

— Continuem correndo! - gritava Scott - E não olhem pra trás!

Chegaram a uma nova bifurcação:

— Não podemos parar! - Scott alertou.

— Canos vermelhos! - o cientista lembrou-se - Sigam por eles!

Correram mais alguns metros:

— James! - Gerry o chamou - Tem canos de água por ali.

— Então é o caminho!

Finalmente adentraram uma pequena sala onde havia uma mesa, um capacete de engenheiro e uma planta técnica.

— James...? - Scott o chamou mais uma vez.

— Eu já não sei mais! Devemos estar a 40 pés de profundidade! Eu não sei onde estamos!

— Bem, não podemos simplesmente esperar cair do céu - ralhou Billy.

— Eu não os escuto mais - Sorkin explicou encarando o corredor - Seu comportamento parecia territorial. Talvez estejamos bem distantes do ninho... acho que desistiram de nós.

— Podemos ter superado eles, mas não estamos num lugar seguro. Pra onde devemos ir agora, doutor?

— Acho que consigo ler isso - Sarah encarou a planta na mesa - Talvez... Bem... Eh. Ok. Estamos em um cruzamento de quatro vias. Existem apenas essas quatro intersecções. Preciso apenas de detalhes dos corredores. Ok - e ela se virou para o grupo - Precisamos apenas descobrir em qual das intersecções estamos. Olhem ao redor, os corredores tem características distintas. Vou eliminando as possibilidades.

— Talvez eu possa ajudar com as plantas - Jessy se ofereceu - Parecem simples.

— Seria ótimo - Sarah sorriu.

Scott , Billy, Gerry e Nima se posicionaram cada um num corredor diferente e acenderam seus sinalizadores.

— Há uma escada a direita e na parede ao fundo - Gerry descreveu onde estava - Parece que o corredor termina numa intersecção em ”T”. Estou vendo alguns tanques de água no final do corredor.

Sarah encarou a planta:

— Certo, escada a direita, escada a direita, escada a direita... Esse aqui já podemos descartar. - e fez um X no alvo.

— Espero que esteja certa.

— Há um conjunto de tanques de água que fazem parte do corredor à direita - foi a vez de Scott . - Estou vendo uma escada no final do corredor. E tem um cano amarelo por toda a extensão.

— Certo, aqui tem dois canos à direita e uma escada no fundo. Aqui também. Então descartamos esse porque os canos estão à esquerda. Ok.

— Tem um grande cano amarelo que desce um pouco à esquerda e em seguida cruza para o outro lado - foi a vez de Nima. - Estou vendo duas escadas à esquerda. Ah! E tem duas caixas elétricas à direita! O túnel vira pra direita!

— Droga, os dois planos tem escadas à esquerda e caixas de força... Billy! Sua dica vai desempatar!

— Esse túnel desce para um beco sem saída - foi a única coisa que ele disse.

— Beco sem saída...? Certo! Entendi! Então é aqui! Isso! - ela e Sally bateram as mãos. - Ok pessoal, acho que descobri.

— Você tem certeza? - Billy questionou.

— Positivo - ela sorriu e todos se aproximaram - Devemos estar aqui, é o único cruzamento que corresponde às descrições. Isso significa que esse túnel nos leva à Exposição Aquática.

Sorkin então se aproximou:

— Se estamos aqui, a estação de dessalinização fica aqui. Não estamos longe. Seguimos uma rota que tenha canais de água.

Enquanto o grupo discutia os caminhos, Scott ouviu ruídos de patas arranhando o piso e se aproximou de um dos corredores. Ele acendeu o sinalizador e iluminou a cabeça de vários Troodons erguendo os dentes.

— Oh, meu Deus! - Gerry avistou-os. Correram para o outro corredor, Scott mantinha o sinalizador agitado, assustando-os.

— Eles têm medo da luz! Fiquem atrás de mim! - e jogou a luz no chão - Corram! Corram!

Deixaram que a claridade bloqueasse os animais por um tempo e correram pelo corredor. Logo as criaturas já perseguiam os sobreviventes. Scott derrubou caixas bloqueando a passagem. Jessy tropeçou e Sarah a ajudou a se erguer.

Sem perceber, o grupo acabou se separando na última bifurcação.

— Está trancada! - Sarah tentou abrir a porta. Scott entrou na frente e chutou a maçaneta até que se quebrou. Jessy gritou atrás da loira que abraçou a menina, dando as costas para os dinossauros. Algo puxou Jessy para longe dos braços de Sarah e está foi puxada para dentro da sala.

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