Jurassic Park escrita por Cahxx
— Estou nessa - o grandalhão se dispôs.
— O que? Sem chance! - Scott entendeu sua ideia - É suicídio!
— Ele está certo - Sarah explicou - Os raptors não voltariam se ainda estivessem com medo de você.
— Então terei que dar a eles uma nova razão para temer.
— Podemos pelo menos debater sobre isso? - Billy tentava convencê-lo.
O barbudo virou-se para o piloto e apenas disse:
— É o único jeito.
— Oscar...
— Você sabe que sou o único que tem chances de chegar aquele painel.
— Talvez. Mas quem disse que você deve ir sozinho?
— Olha Ryans, nós temos que tirar essas pessoas daqui. O Billy sozinho não pode, ele mal sabe pilotar um helicóptero.
— Que merda!
— Ok, quero que todos aguentem firme enquanto faço isso. Vocês ficarão bem.
— Qual é o plano? - Billy perguntou de praxe.
— Estou trabalhando nisso. Logo vocês ficarão sabendo.
Ele foi a um canto do mezanino e encarou um pequeno lago de lava vulcânica preenchido por um caminho de pedras. Abaixo de onde eles estavam, os encanamentos formavam uma parede protetora.
— Certo, posso descer aqui. Já fiz pulos a essa distância. Tudo bem! Preciso que um de vocês mantenham os Raptors distraídos do outro lado enquanto eu desço.
— Ok, antes eu achava que você era corajoso, mas agora penso que é um louco - Billy reclamou.
— Você tem outro plano?!!!
Billy franziu os lábios:
— Nós podemos jogar o senhor doutor lá embaixo. Vai distraí-los bem.
Jessy correu até Oscar:
— Não vai! Você vai morrer!
— Não me descartem ainda - Oscar sorriu. - Mantenham eles ocupados - ele se dirigiu a Scott - Pelo menos alguns segundos.
— Saquei - o piloto fez que sim.
— Ei - Nima se aproximou - Obrigada.
Oscar apenas consentiu com a cabeça e saltou a grade. Scott desceu as escadas e esticou a perna, chamando a atenção dos dinossauros. Estes passaram a tentar pegá-lo dando brecha para que Oscar caminhasse poucos metros ao lado.
O barbudo saltou sobre as pedras e pulou para a grade dos canos de tubulação. Um dos raptors pareceu notar sua presença.
— Espero que ele volte... - Jessy murmurou.
— Confie nele - Nima acalmou a garota - Ele é habilidoso.
— Pensei que o odiasse - Billy ironizou.
— Mas eu admiro a habilidade dele. Se tem alguém capaz de fazer isso, é ele.
Oscar saiu detrás dos canos e logo viu-se cercado pelos animais que desistiram de Scott . O barbudo sacou a faca e os ameaçou:
— Querem se juntar ao camarada de vocês?!
— Oscar! - Scott gritou - Estou indo aí!
— Não! - Sarah e Oscar gritaram em uníssono, o barbudo erguendo a mão e Sarah segurando o piloto pela jaqueta.
O mercenário desviou de dentadas e conseguiu cortar o focinho de um deles. Scott cortou um dos canos para jorrar vapor em cima dos bichos: isso pareceu afastá-los por um tempo. Oscar aproveitou e correu até o painel. Porém, um dos Raptors o avistou e saltou em suas costas.
— Cara...! Levanta! Levanta! - Scott gritava.
O grandalhão ignorou a mordia e se arrastou até o painel. Novas vieram. Sentia sua carne ser aberta e rasgada como se levasse facadas consecutivas. Algo o motivava ainda mais. Centímetros e mais centímetros de força. As vozes de Billy e Scott gritando, o choro de Jessy... tudo parecia já distante agora.
Finalmente erguera a mão e apenas deixou que a palma caísse sobre o botão. A porta abriu, mas o grupo ignorou: suas faces misturadas em dor e horror acompanhavam o corpo do mercenário ser arrastado para dentro de um buraco na parede.
— Eles estão vindo! - Sorkin alertou a todos para seguirem em direção a passagem.
Billy estava paralisado no mezanino. Scott se aproximou do rapaz para chama-lo.
— Cara, eu sinto muito, mas precis...
Billy apenas empurrou seu braço e permaneceu encarando o buraco a espera do amigo. O grupo correu para dentro da porta. Billy deu um último soco contra a grade e seguiu Scott. Assim que o mercenário passou, o piloto e Gerry escoraram-se na porta e forçaram a fechadura, trancando-a.
— Eles estão aqui - Scott alertou, encarando um dos dinossauros pela janela da porta.
— Não - Gerry corrigiu - Agora foram embora.
— Que estranho... - o piloto se virou para Sorkin - Por que eles fogem assim, do nada?
— Tem algo aqui dentro que os assusta. Eu não saberia dizer o que.
— Você está bem, Billy? - Jessy perguntou ao rapaz que estava agachado a um canto.
— O que diabos você acha?! - ele vociferou assustando a menina. Scott se aproximou.
— Ei, calma cara.
— O... O que Oscar fez foi um ato de bravura. Quando voltarmos teremos certeza de que ele receba o devido reconhecimento por sua---
— Você acha que eu me preocupo com essa merda?!
— Vamos dar a ele um pouco de espaço - disse Gerry.
— Cinco minutos! - ironizou o rapaz - Me dê cinco minutos e estarei BEM - ele se aproximou de todos e os encarou a centímetros de seus rostos - Eu sei o que estas pessoas pensam de nós! “Um bando de mercenários! Um bando de desistentes da escola! Que somos substituíveis...!”
— Nós não pensamos isso! - Jessy contradisse. - Falem pra ele!
— Oscar vale mais do que mil de vocês! E ele sabia disso e mesmo assim ele morreu pra salvar suas bundas! Então NÃO ME DIGAM que vocês vão honrá-lo, porque vocês NÃO MERECEM ISSO!
— Chega Billy! - Scott vociferou.
— Ora! Então aqui temos o piloto perfeito que só tá empenhado em salvar essas pessoas porque quer comer a doutorazinha!
O piloto saltou pra cima dele e o prendeu contra a parede. Billy tentou se soltar. Cuspiu no rosto do adversário. Scott apenas virou a face e socou o mercenário. Jessy voltou a chorar perto do pai.
— Parem! - Sarah pediu, cansada daquelas cenas - Realmente eu não sei se estamos mais seguros com aqueles bichos ou com vocês dois aqui! Querem se matar?! Façam longe da gente! Pouco me importa o que farão daqui pra frente!
— Claro que pouco te importa! Oscar já morreu pra salvar sua vida!
— Pois eu queria que tivesse sido você...! - a garota disse por último e todos pararam de falar. Scott soltou o mercenário e este apenas puxou os braços, indo retirar-se a um canto.
— Ok, ok - Gerry tentou acalmar a todos - O que quer que a gente faça, Billy?
— Nada. Eu falei que ficaria bem, se lembra? TUDO que eu preciso... é de espaço. - e deitou a cabeça nos braços, escorado num armário.
— Ah... Eu sei que precisamos descansar - Sorkin interviu - Mas o que assustou os Raptos deve estar por perto.
— James está certo - Scott suspirou - Preciso que todos fiquem em alerta enquanto eu e ele verificamos a sala.
— Não - Sarah interrompeu, sua voz saindo mais fria - Dr. Sorkin precisa descansar. Eu faço isso.
Scott encarou suas costas e revirou os olhos:
— Você realmente vai acreditar nesse maluco?
— Pouco me importa vocês dois - ela respondeu - A mim, só importa tiramos todos daqui.
— Gente - Nima chamou a todos - O que é isso? - ela pontou para um monte de folhas a um canto da sala. Jessy se aproximou e seus olhos se depararam com um braço por debaixo das folhas.
— Jess, não veja isso! - Gerry exclamou. - Nima, pode...?
— Claro - a latina abraçou a garota - Venha, Jessy. Tente não olhar, ok?
Sarah se abaixou em frente ao corpo e começou a analisar a cena. Gerry veio logo em seguida. O veterinário encarou os olhos do homem que estavam abertos e paralisados em uma expressão de horror. Sua boca, aberta num grito. O coração do veterinário parou quando viu os olhos do ferido lhe fitarem.
— Está vivo!
— O pulso está fraco, mas tem batimento. Vejas as mordidas.
— Mordidas? Sim, se parecem com as de Nima.
— Isso. Ele está vivo, mas só tecnicamente. Está paralisado e o cérebro quase morto. Esse é o estágio final do veneno.
Gerry retirou algo dentre o mato e ergueu para Sorkin verificar:
— James, veja isto.
— Ovos...! Isso é um ninho. Pelo formato me parece ser de Casuar, talvez de Emu...
— ... ou de Raptor - sugeriu Gerry.
— Ora, não seja bobo. Sabe que todos os dinossauros do parque são...
— Fêmeas. Eu sei. Mas gosto de manter hipóteses para nossa segurança.
— Billy - Sarah chamou por ele - Esse cara está vestido como você.
— Ele tem uma tatuagem no braço como a minha?
— Sim, ele tem...
Billy socou o armário:
— Que merda tá acontecendo aqui? Ele tá vivo ou não?!
— Ele está vivo... mas em estado de coma. Alguma coisa depositou ovos em seu abdome.
— Alguma coisa O QUE?! - o mercenário se espantou.
— Ele está sendo mantido vivo por...
— DeCaf - o rapaz rosnou entre dentes.
— D o que?
— A vítima é Daniel Cafaro. Outro soldado descartado.
— Ah, meu Deus - Sorkin sussurrou - Eu sabia que eles tinham saído de alguma forma, mas nunca pensei que...
— Você sabia disso...?! - Billy se aproximou do cientista - Você SABIA?! - e sacou a faca. - Eu vou matar você!!!
XxxxXxxxX
— Billy, solte ele!
— Billy! Pare!
— Fique fora disso!
— O que você está fazendo?
— Estou te avisando! Se afaste!
— Vamos... Pare com isso!
— Pai! Faça alguma coisa!
— Calada! Fique perto dela!
— Fale-nos, doutor! - Billy mantinha a lâmina perto do pescoço do Sorkin - O que tem lá fora? Quem fez isso nele?!
— Tro... Eles são chamados de Troodon Pectinodon. Eles deveriam ser sacrificados, mas...
— O que?! Deixou eles soltos?!
— Não! Não... eu os mantive em quarentena. Para estudos. Eles... eu pensei que eles seriam levados para o confinamento alguma hora, mas eu estava errado.
— Você sabia dessas criaturas o tempo todo, enquanto estávamos lá fora andando como idiotas, procurando o helicóptero!
— Billy...
— Fomos quase mortos por um de nossos próprios homens. Provavelmente mordido por uma dessas coisas que atacou o D-Caf! Nossas suas equipes estão mortas, Oscar está morto! Tudo por causa dos seus dinossauros! Tudo por SUA causa!
— Oscar não ia querer isso - Gerry interviu - Ele morreu salvando todos nós. Não ia querer o doutor morto.
— Se ele soubesse disso, iria sim! De qualquer jeito esse imbecil é um mentiroso! Mentiu pra todos nós! Me colocou em perigo por causa dos seus objetivos e sua preciosa coisa anormal. O que mais ele está escondendo? Me perguntou - e então ele se virou para Sarah - Se sua aluna também não é sua cúmplice nisso!
E apontou a faca para a garota. Scott entrou na frente e segurou o braço do mercenário.
— Ah, claro... O senhor super herói das donzelas sempre aparece na hora certa.
— Em sua defesa - Sorkin continuou - Sarah não sabia de nada. Ela, assim como os demais, apenas veio ao parque no dia errado e na hora errada. Se eu soubesse de tudo isso antes...
— Ah, por favor!
— Sim, ele mentiu pra todos nós - Gerry tentou - Mas ele nos ajudou quando pôde. Nima está viva por causa deles e Jessy e eu também.
— Ele poderia ter avisado antes!
— Eu não tinha como saber. Na minha cabeça, eles estavam no confinamento de quarentena.
— Oh, então eu sou o inimigo agora?! Sou o cara malvado aqui?! Eu só estou tentando abrir seus olhos, fazendo alguém dizer a verdade!
— Sim, você é o cara malvado - Nima disse pegando todos de surpresa - Eu vi que Oscar tinha mudado, mas você se tornou tudo que eu achava que ele era. E está prestes a se tornar um assassino também.
— Ah, qual é! Não sou eu! Está na hora dele aprender sobre responsabilidades!
— Ele não é o único responsável - foi a vez de Sarah - Isso também cai nas mãos de Hammond e da InGen. E agora, todos nós estamos sofrendo por isso.
— Billy, solte ele - disse Scott - Precisamos de todos os corpos vivos que conseguirmos.
— Tudo que precisa dizer, doutor, é: “minha culpa”. “É minha culpa”. Vamos, doutor...! Deixe-me ouvir isso.
— Não, mas isso não é...
— DIGA!!!
Sorkin encolheu-se na parede e então suspirou:
— É... É m-minha... culpa. É minha culpa.
— Pronto, não foi tão difícil, né? Seus amigos podem ter te salvado aqui, mas pelo menos arranquei a verdade. Vocês querem ele com vida? Vocês o tem.
James deixou-se cair no canto.
— Gravem minhas palavras - Billy rosnou para Scott e Sarah - Ela vai salvar uma daquelas criaturas antes de levantar um dedo pra ajudar vocês. Agora, sejam todos úteis. Vou dar uma olhada no D-Caf.
— Ok. Não podemos ficar aqui muito tempo - Scott reiniciou as ordens - Vasculhem a sala e tentem encontrar algo útil.
Nima espiou pela janela da porta:
— Não vejo nada aqui. Parece estar limpo. - ela ainda encontrou um cilindro de ar vazio e uma pá suja de excrementos.
— Precisamos sair daqui - Sarah disse.
— Sim, eu sei - Scott se aproximou - Estão todos prontos?
— Sim - foi a vez de Nima - Não é hora de ficar velando - e todos encararam Billy ajoelhado em frente ao corpo do soldado. Billy avistou uma lata por entre o corpo e a escondeu no colete.
— Billy, você achou algo?
— Não. Estão todos prontos?
— Parece que você tirou alguma coisa dele - Gerry foi incisivo - Melhor mostrar se ele tem algo que pode nos ajudar!
— Não foi nada! Apenas pequei seus Dog Tags.
Gerry manteve o olhar fixo e o rapaz revirou os olhos:
— O seguro não pagará a família dele sem os Dog Tags - e mostrou as plaquetas em suas mãos - Satisfeito?
— Certo, desculpe por duvidar. Poderíamos traze-lo conosco?
— Por que mano? Ele já tá enterrado.
Scott e Sarah se entreolharam. O piloto então se pronunciou:
— Tudo bem, prestem atenção.
— Não, Ryans - Billy o interrompeu - Eu falo agora. Certo. Ouçam. Tudo que aconteceu são coisas passadas. Entenderam? Doutor, fale sobre os telefones.
— Hum, de acordo com o terminal do meu laboratório, os da exposição aquática ainda estão conectados ao transmissor. Os telefones do Centro de Visitantes também.
— Longe demais - Scott calculou - Podemos chegar a exposição pelos túneis?
— Podemos chegar a exposição pelos túneis? - Billy questionou.
— Todos eles estão interconectados. Também acho que posso encontrar...
— A resposta é “sim”. Obrigado. Agora todos temos a mesma prioridade: chegar a Exposição Aquática, encontrar o telefone e chamar outro helicóptero pra nos tirar daqui.
— Como vamos chegar lá? - foi a vez de Gerry falar - Os Troodons ainda podem estar lá!
— Não temos medicamentos pra tratar mordidas - Sarah explicou. - Nós temos que...
— Shhhh... - Billy interrompeu.
— Não diga “shhh” pra mim! - a loira pôs as mãos na cintura.
— A porta - o mercenário apontou. Atrás de onde Jessy estava sentada, patas de dinossauros faziam sombra pela fresta. Os ruídos tornaram-se audíveis.
— Estão vindo pela passagem! - Scott exclamou correndo para a abertura de uma tubulação de ar a um canto da sala. Ele puxou a porta de um dos armários que desmontou e bloqueou metade da abertura. Junto com a porta, uma caixa de sinalizadores caíram. Scott pegou a pá suja e bateu contra o animal até que recuasse.
Atrás, Gerry segurou a maçaneta da porta impedindo de ser aberta. Sarah ouviu passos pelo teto e subiu numa pilha de caixas, bloqueado outra abertura de ar no alto da sala. O dinossauro empurrava a grade e a garota precisava de força para não deixa-la abrir.
— Nima, abra aquela porta! - Scott indicou uma pequena grade a um canto.
— Ok! Só preciso de algo para quebrar o cadeado!
— Ali! - Sarah apontou para o cilindro de ar.
A latina ergueu o cilindro com grande dificuldade.
— Scott ! Não estou aguentando! Os sinalizadores!
— Que?!
— Jogue um pra mim!
Segurando o armário com a perna, uma das mãos prendendo o bicho com a pá, Scott se esticou para pegar um dos incendiários. Assim que alcançou um, arremessou-o para a garota. Esta acendeu o cilindro e o jogo dentro da tubulação, assustando o dinossauro que recuou.
Ela saltou das caixas e atirou um segundo incendiário no buraco que Scott tapava. Enquanto isso, Nima acabava de bater o cilindro contra o cadeado e abria a passagem.
— Consegui! Vamos!
Todos foram passando, sendo obrigados a se agachar. Scott ainda bateu com a pá num dos canos para que jorrasse água e atrasasse os bichos. Entrou por último no corredor e fechou a grade. Alcançaram um corredor mais alto e extenso e se depararam com uma bifurcação:
— Essa não... E agora?
Adiante uma placa indicava para a direita “Sala de Dessalinização”.
— Por aqui! - indicou Sorkin. - Fica perto da Exposição.
— Continuem correndo! - gritava Scott - E não olhem pra trás!
Chegaram a uma nova bifurcação:
— Não podemos parar! - Scott alertou.
— Canos vermelhos! - o cientista lembrou-se - Sigam por eles!
Correram mais alguns metros:
— James! - Gerry o chamou - Tem canos de água por ali.
— Então é o caminho!
Finalmente adentraram uma pequena sala onde havia uma mesa, um capacete de engenheiro e uma planta técnica.
— James...? - Scott o chamou mais uma vez.
— Eu já não sei mais! Devemos estar a 40 pés de profundidade! Eu não sei onde estamos!
— Bem, não podemos simplesmente esperar cair do céu - ralhou Billy.
— Eu não os escuto mais - Sorkin explicou encarando o corredor - Seu comportamento parecia territorial. Talvez estejamos bem distantes do ninho... acho que desistiram de nós.
— Podemos ter superado eles, mas não estamos num lugar seguro. Pra onde devemos ir agora, doutor?
— Acho que consigo ler isso - Sarah encarou a planta na mesa - Talvez... Bem... Eh. Ok. Estamos em um cruzamento de quatro vias. Existem apenas essas quatro intersecções. Preciso apenas de detalhes dos corredores. Ok - e ela se virou para o grupo - Precisamos apenas descobrir em qual das intersecções estamos. Olhem ao redor, os corredores tem características distintas. Vou eliminando as possibilidades.
— Talvez eu possa ajudar com as plantas - Jessy se ofereceu - Parecem simples.
— Seria ótimo - Sarah sorriu.
Scott , Billy, Gerry e Nima se posicionaram cada um num corredor diferente e acenderam seus sinalizadores.
— Há uma escada a direita e na parede ao fundo - Gerry descreveu onde estava - Parece que o corredor termina numa intersecção em ”T”. Estou vendo alguns tanques de água no final do corredor.
Sarah encarou a planta:
— Certo, escada a direita, escada a direita, escada a direita... Esse aqui já podemos descartar. - e fez um X no alvo.
— Espero que esteja certa.
— Há um conjunto de tanques de água que fazem parte do corredor à direita - foi a vez de Scott . - Estou vendo uma escada no final do corredor. E tem um cano amarelo por toda a extensão.
— Certo, aqui tem dois canos à direita e uma escada no fundo. Aqui também. Então descartamos esse porque os canos estão à esquerda. Ok.
— Tem um grande cano amarelo que desce um pouco à esquerda e em seguida cruza para o outro lado - foi a vez de Nima. - Estou vendo duas escadas à esquerda. Ah! E tem duas caixas elétricas à direita! O túnel vira pra direita!
— Droga, os dois planos tem escadas à esquerda e caixas de força... Billy! Sua dica vai desempatar!
— Esse túnel desce para um beco sem saída - foi a única coisa que ele disse.
— Beco sem saída...? Certo! Entendi! Então é aqui! Isso! - ela e Sally bateram as mãos. - Ok pessoal, acho que descobri.
— Você tem certeza? - Billy questionou.
— Positivo - ela sorriu e todos se aproximaram - Devemos estar aqui, é o único cruzamento que corresponde às descrições. Isso significa que esse túnel nos leva à Exposição Aquática.
Sorkin então se aproximou:
— Se estamos aqui, a estação de dessalinização fica aqui. Não estamos longe. Seguimos uma rota que tenha canais de água.
Enquanto o grupo discutia os caminhos, Scott ouviu ruídos de patas arranhando o piso e se aproximou de um dos corredores. Ele acendeu o sinalizador e iluminou a cabeça de vários Troodons erguendo os dentes.
— Oh, meu Deus! - Gerry avistou-os. Correram para o outro corredor, Scott mantinha o sinalizador agitado, assustando-os.
— Eles têm medo da luz! Fiquem atrás de mim! - e jogou a luz no chão - Corram! Corram!
Deixaram que a claridade bloqueasse os animais por um tempo e correram pelo corredor. Logo as criaturas já perseguiam os sobreviventes. Scott derrubou caixas bloqueando a passagem. Jessy tropeçou e Sarah a ajudou a se erguer.
Sem perceber, o grupo acabou se separando na última bifurcação.
— Está trancada! - Sarah tentou abrir a porta. Scott entrou na frente e chutou a maçaneta até que se quebrou. Jessy gritou atrás da loira que abraçou a menina, dando as costas para os dinossauros. Algo puxou Jessy para longe dos braços de Sarah e está foi puxada para dentro da sala.
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