A Princesa da Máfia escrita por A Veggie Dreammer


Capítulo 2
Capítulo 01


Notas iniciais do capítulo

Hoii gente! Que bom que pelo menos alguém viu a minha fic aqui, escondidinha. Se está gostando comente! Gostaria de pelo menos um comentário para postar o próximo, já tenho até o 10 feito! Espero que gostem!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/673287/chapter/2

A praia foi ótima. Como imaginava, meus pais não ousaram atrapalhar a felicidade que pairava sobre a família naquele dia ensolarado. Nem meus avós e nem meus pais entraram no mar, eles preferiram curtir o movimento da praia e a areia nos pés. Eu, claro, não perdi tempo e fui logo pular na água gelada da praia de Ipanema. Eu não sei como explicar, mas eu amo o mar. É como se eu fosse parte daquilo, como se tivesse nascido ali nas águas. Se eu pudesse moraria na beira mar para acordar todos os dias com o doce som das ondas do mar se quebrando, mas infelizmente eu não posso, e pior ainda, só vamos à praia uma vez por mês, e olhe lá! Apesar de a minha família ter um dinheiro consideravelmente bom, moramos no Méier, e meus pais não possuem qualquer perspectiva de expansão. Minha mãe é dona de casa e meu pai é dono de uns 4 bares aqui na região. Quando digo que quero fazer faculdade, eles sorriem com a possibilidade, mas deixam bem claro que terei que estudar muito se quiser entrar em uma federal.

Por alguma razão, esses pensamentos sobre meus pais, dinheiro e faculdade invadiram a minha cabeça o tempo todo que estava em Ipanema. Isso e mais uns assuntos não resolvidos com uma certa pessoa. Basicamente, ele me beijou, eu beijei ele e ele tinha namorada. Eu juro que não sabia, mas quando a namorada descobriu e terminou o relacionamento, ele veio brigar comigo e jogou toda a culpa em cima de mim. Um belo de um panaca, sem dúvida, mas eu preciso jogar algumas coisas na cara dele e limpar a minha mente ainda. Afinal, quando um não quer dois não beijam - literalmente nesse caso.

Antes que me desse conta, as nuvens negras começaram a aparecer e a ameaçar o fim do meu dia perfeito. Dito e feito, caiu um baita de um pé d'água no Rio inteiro. Vim praguejando o caminho inteiro. Que tipo de pessoa não olha a previsão do tempo antes de dirigir malditos 21 quilômetros e meio?!? Pelo visto, eu e minha família. Assim que chegamos em nossa rua deixamos meus avós em frente à casa casa deles e já entramos na nossa e estacionamos o carro. Meus pais só tiraram as coisas de dentro do carro e já atravessaram a rua para irem à casa da vó Judith. Dei de ombros e entrei dentro de casa, trancando a porta logo depois.

Tratei de já entrar debaixo do chuveiro e lavar o meu cabelo, caso contrário os passarinhos já estariam comprando os lotes para fazerem ninho nele. Peguei meu celular que havia esquecido em cima da minha cômoda no meu quarto e fui para o banheiro. Enquanto ia tirando a roupa eu escolhia uma playlist também para ouvir enquanto tomava banho. Assim que escolhi coloquei ela para tocar no último volume e entrei debaixo do chuveiro que eu já havia ligado.

Eu ia começar a passar o condicionador quando ouvi um barulho longe. Não me importei muito, devia ser alguém gritando na rua. Até que eu ouvi um estrondo, e desse vez estava super perto de mim.

— Mãe? Pai? São vocês? - gritei do banheiro.

Ninguém respondeu. Meus olhos procuraram por algo que eu pudesse usar como arma. Lâmina de barbear. Antes que eu pudesse pegar a droga da lâmina que estava em cima da pia, um homem alto e vestido com uma roupa que parecia de super espião de filme ou coisa parecida entrou esbaforido no banheiro. Agora, por favor, imagine a cena. Eu lá, com o cabelo molhado com uma toalha na frente do corpo cobrindo-o parcialmente um metro mais ou menos de distância de um dos caras do MIB, só que com mais equipamentos e com uma toquinha preta na cabeça e um óculos escuro nos olhos. Ah, e não esqueça a música de adolescente no fundo.

O que eu fiz? Comecei a gritar desesperada, claro. O cara tapou a minha boca, me enrolou melhor na toalha em meio segundo e me colocou sobre os ombros dele, me carregando para fora do banheiro. Só de toalha.

— I found her! Let's back! (Eu encontrei ela! Vamos voltar!)

Por que diabos o cara que, acredito eu, estava me sequestrando falou em inglês? Acho que ele me drogou e eu nem vi. É, sim, foi isso.

Assim que sai do banheiro, não por vontade própria e muito menos pelos meus pés, vi que tinha uns outros três homens iguais ao que estava me carregando! O que é isso? Será que meu pai deixou alguma dívida de jogo e eles vão me levar pra pedir resgate ou coisa parecida? Quando tentei gritar de novo, um dos capangas chegou na minha frente e tapou a minha boca com um pano, amarrando-o como uma mordaça na minha boca. E eu, muito inocente, não senti que o pano estava molhado. Parabéns, Abigail! Primeiros cinco minutos do sequestro e você já foi drogada e não consegue mais ver as coisas! Parabéns, realmente... Só os ouvi gritando - como ninguém estava ouvindo aquilo? - e apaguei totalmente. De toalha.

Quando acordei, estava no banco de trás de um carro enorme. Dois homens, provavelmente os mesmos que estavam na minha casa, estavam na frente e um no banco de trás ao meu lado. O que estava ao meu lado viu que eu tinha acordado e avisou os outros.

— What's your parents names? (Quais os nomes dos seus pais?) - disse o que estava ao meu lado, de uma forma dura, mas paciente.

— Ein? - é, eu ainda não estava 100% acordada.

— What's your parents names? - ele repetiu sem mudar o tom de voz.

— Hugo and Bianca - respondi, um pouquinho melhor depois de um minuto parada olhando para a janela do carro, que a princípio não me dava visão nenhuma.

— That's the right girl. Now let's take the plane. (Essa é a garota certa. Agora vamos pegar o avião)

O motorista fez um afirmativo com a cabeça e girou o volante com tanta força que eu cai do banco do carro. Merda. Ei! Eu ainda estava de toalha - melhor arrumada no corpo agora graças à mim. E onde eles estão me levando?

— Where you are taking me? Please don't hurt me! (Onde vocês estão me levando? Por favor não me machuquem!)

— Don't worry, we wont hurt you. And... About your the place, you will see soon, miss. (Não se preocupe, não vamos te machucar. E... sobre o lugar, você verá em breve, senhorita)

Ai meu Deus. Seria melhor se eu só acordasse quando já estivesse lá! Aqui eu não posso fazer nada! Pular do carro? Acho que ele estava a 200km por hora, não era boa ideia. Gritar? Quem me ouviria? Me sentei no banco, bem longe do homem que também estava sentado nele. Agora, uma última dúvida, porque, pelo que eu estou vendo, serão muitas a partir de agora. Por que ele me chamou de senhorita?

 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "A Princesa da Máfia" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.