One and Only escrita por AnnieLê


Capítulo 10
Capítulo 10


Notas iniciais do capítulo

Olá amores, e hoje é dia de...? Isso ai! postagem de capítulo novo. Espero que vocês gostem... muitas revelações vão ser feitas hj hehehe . Bjus



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O sol despontava no horizonte dando uma coloração rosada no céu naquela tarde. Mas nem aquela beleza da natureza seria capaz de apaziguar o humor da loira, que andava na rua como se arrastasse demônios às suas costas.

— Você vai pedir para nunca ter nascido Rose dunne! – a loira jogou os cabelos para o lado colocando um par de óculos escuro na tentativa de evitar as pessoas que passavam e acenavam. Naquele momento ela não estava a fim de interagir com aquelas pessoas cansativas.

Ela andava pela avenida quando avistou uma garota, que estava de costas, ela tinha cabelos pretos e ondulados. Ela pareceu meio familiar para a loira, que tentava buscar na memória o nome dela, era GraziJoyce?

Gaby! Isso mesmo.

Ela sorriu ao lembrar–se e pensava nisso quando a garota se virou como se tivesse lido seus pensamentos. Ela acenou de volta para a garota que dava um xauzinho ao reconhecê–la. Era nada menos do que a melhor amiga da Rose e Karen sorria alegremente, seu humor recém recuperado subiu ao nível mais elevado da felicidade. 
— Você quer brincar pequena Rose? – pensou ela ao se virar e vascular sua bolsa a procura do seu colírio anti–irritação. Ela aplicou ali mesmo.

Ao se virar percebeu que a garota atravessava a rua em sua direção, claramente ia encontrar com a Rose e o momento era perfeito.

— Karen? Você está bem? Você parece perturbada. – perguntou Gaby vendo a outra tremendo. 
— Ah eu... tudo bem... Na verdade seria chocada! Gaby eu... 
— O que aconteceu? Vem, vamos sentar ali naquele banco. – convidou a garota ajudando à loira que parecia paralisada e meio débil no meio da rua. 
— Me conta, alguém te assaltou? Fizeram–te mal? 
— Ah Gaby acho que não devo te contar, afinal a Rose é sua amiga... não quero causar confusões. 
Ao mencionar a Rose a garota a olhou preocupada. 
— Rose? O que tem a rose? O que aconteceu criatura !? 
—Ah... não, deixa pra lá, olha eu tenho que ir. 
—Hey, calma me conta o que houve?– a segurou no lugar. – Você está me deixando preocupada! 
A loira pareceu ponderar por alguns segundos antes de soltar o ar dos pulmões com pesar, ao tirar os óculos notou que a garota havia notado suas lágrimas falsas, seus olhos estavam vermelhos, ela fungou para dá mais credibilidade na historia. Se virando ela ficou de frente com Gaby que abriu sua bolsa e tirou um lenço e a ofereceu.

— Obrigada. Eu ainda estou chocada com o comportamento da Rose. Achei que ela havia gostado de mim. Alex jurou que sim, e pelo amor de deus não conta nada pra ninguém. Não suportaria estragar a amizade dos dois. Você tem que me prometer que não contará!

Gaby acenou um sim com a cabeça tranquilizando a loira.

— Eu fui hoje à loja da Rosie, dá uma olhada e conversar um pouco com ela sabe? Eu até comprei um presente pra ela. – diz ela ao levantar a sacola de grife. – eu só queria me aproximar dela é tal. Só que logo quando cheguei ela estava com um mau humor ai até perguntei se estava acontecendo algo, Ou se poderia ajuda-la. Mas ela, nossa, ela simplesmente começou a gritar comigo, dizendo que eu não servia para o Alex e se eu não o deixasse ela iria transformar minha vida em um inferno. – Ela agora olhava para o chão tentando chorar de verdade, mas como não conseguiu, ficou ali cabisbaixa. 
— Eu... acho que talvez seja ciúme do Alex, tipo, Ela deve estar achando que eu iria implicar com a amizade dos dois. É uma pena, Eu nunca tive muitos amigos, sabe, todos me odiavam na escola. O que você acha que devo fazer?

Gaby não conseguia dizer uma palavra ou emitir qualquer som, ela estava pasma, como assim sua melhor amiga gritou com Karen e pior ainda dizendo que queria o Alex? Ela sempre soube que eles se gostavam, mas estragar uma relação? Ela sabia que Rosie não fazia esse tipo e foi por ficar calada que a loira se despediu dizendo que precisava ir embora. Gaby pensou em ligar para sua amiga, mas seu celular estava sem bateria, então se levantando foi em direção do antiquário saber o que realmente teria acontecido.

 

 

Minutos depois...

 

 

 

— Senhora essa roupa ficou maravilhosa como eu disse há minutos atrás —E sim, é de marca, mas, como sabe é de segunda mão. Não vendemos roupas novas, e não, não sabemos quem foi à primeira dona. – Rosie estava tentando a todo custo manter a calma, mas aquela senhora não colaborava.

Ela foi salva pelo sino da porta que era aberta por gaby que acenava.

— Com licença, fique a vontade, já volto. – Rose se afastou da sra. Indecisa e foi ao encontro da amiga, que havia se sentado no puf e parecia ter alguma fofoca pra contar.

— Oi. – achei que estava num encontro com o Sr. Beijoqueiro.

— Ah, vou me encontrar com ele daqui a pouco, então, a Karen passou aqui?

— Menina você não imagina como tem sido esse dia na minha vida! Bizarro! E sim, ela passou, e eu já disse que a odeio!? – perguntou Rose se jogando em outro puf e massageando as panturrilhas. – Mas como você sabe?

— Eu encontrei ela na rua, estava igual a uma louca, falando que você gritou e ameaçou ela, você fez isso?

— O que? Não acredito que aquela cachorra falou isso! Você não acreditou certo? – perguntou rose vendo o olhar incriminador da amiga. – serio gaby, não acredito que você esta me questionando. Eu nunca faria isso!

— Eu sei que você não faria isso, mas puxa vamos ser realistas, desde que a Karen chegou você só fala mal da garota, diz que ela é falsa, anda ciumenta, até reclamando que sua mãe fez amizade com ela, e ela até comprou um presente pra você e caro por sinal. Porque não dá uma chance pra ela, talvez ela seja uma boa pessoa.

— Não, isso não pode estar acontecendo, até você estar o lado dela? Não acredito! – disse Rose se levantando e indo se ocupar com algo, aquilo já estava chegando longe demais, aquela desgraçada estava conseguindo acabar com sua vida. E pior é ver que a sua melhor amiga duvidava dela.

— Hey, rose, você pode deixar de ser ciumenta e imatura.

— Imatura!? Haha. Serio gaby, vamos parar de falar sobre isso, não quero brigar com você, me recuso a fazer o que aquela cobra quer!

— Ok, quando você recobrar sua consciência e ver que esta errada, a gente conversa, você é a culpada! Eu te avisei! Você vai perder o Alex desse jeito. – Diz gaby indo em direção da porta.

— Ok, tudo bem, vai lá sua traira, vai atrás da sua nova amiguinha. – gritou ela imatura e sim, muito ciumenta, era inacreditável no que aquela namorada psicopata do Alex estava fazendo. – eu colocarei você no seu lugar... garotinha. Rose sentiu um calafrio ao lembrar–se do que a louca havia dito antes de ir embora. Ela era perigosa, muito perigosa.


—Tudo bem, eu vou levar esse. – disse a cliente entregando o sobretudo para rose que respirou aliviada.

—Vou embala para a senhora, só um minuto– Ela foi aos fundos da loja pegar uma sacola e notou que seu celular estava tocando, ela foi correndo atrás do aparelho. No visou apareceu o nome da mãe do Alex e rose atendeu rapidamente preocupada, porque ela raramente ligava.

—Sra. Stewart?
—Sou eu, Karen.
— Ah. O que você quer garota? Não basta vir no meu trabalho e fazer ceninha para minha amiga, agora esta me perseguindo. Afinal porque esta com o celular da Helena? 
—Rosie, eu quero dizer que sinto muito, olha sinceramente, às vezes tenho crises de ciúmes, e não tenho noção das palavras que saem da minha boca, mil desculpas, você pode me perdoar? Serio, eu quero me dar bem com todas as pessoas importantes na vida do Alex. Eu o amo demais. Bem, só estou ligando pra te falar que Helena está fazendo um jantar e pediu que eu te ligasse, e esse é o motivo de estar com o celular dela. Ela está aqui do meu lado muito ocupada e fala que não aceita um ‘não’ como resposta. O que você me diz? Por favor!

—Moça? – A senhora chamava Rosie pela demora.
—Ok, tudo bem, eu preciso ir agora – Ela desligou rápido corendo em direção da cliente que tinha uma cara feia pela demora!

— Desculpe-me e volte sempre, e ela sabia que ela não voltaria.

 

 

 

 

07h30min: Casa dos Stewart’s

 

 

 

Ela não sabia por que, mas estava muito nervosa. Jantar com a namorada do melhor amigo que ela não gostava e os pais dele não estava nos seus planos.

Ela vestia um vestido bege acinturado e rodado com mangas longas de renda. Nos pés uma sapatilha estilo romântica completava o look. Ela não usava muita maquiagem naquela noite, havia apenas passado uma base, um batom nude hidratante e o indispensável rímel. Ela avaliou–se e concordou que estava bem.

Ela estava um pouco atrasada, a loja ficou muito movimentada, ficou aliviada quando viu sua chefa chegando carregada de sacolas, nem esperou as desculpas e correu para casa para tomar um banho e tirar todo o cansaço do corpo.

Respirando fundo ela tocou a campainha e esperou. O som de salto e depois um clique e o rosto bem maquiado e exagerado (bem exagerado) da Karen a fez urrar interiormente, a garota não sabia se ria ou chorava, ter que ser educada e fingir uma amizade com aquele ser, seria cansativo. Mas, ela fez o seu melhor e retribuiu o sorriso da loira. Que a convidou a entrar e ficou atrás enquanto Rose entrava e encarava todos. Estranho.

Tradução: muito estranho. Todos a encava com um olhar meio estranho, só a pequena lily parecia alegre de vê-la ali naquele momento e veio abraça-la.– Rose, que bom que você estar aqui!

Alex tinha a taça de vinho parada a centímetros de sua boca, olhando–a de cima a baixo, ele ficou desconfortável quando viu de relance que Karen o observava. Os pais de Alex estavam calados sem esboçar nenhuma reação, a casa estava totalmente em silêncio e pela primeira vez ela se sentiu uma intrusa ali. Foi um silencio prolongado e doloroso, Rose sentia-se como se fosse levar um sermão por uma coisa que não havia feito.


—Olhem que engraçado – Karen começou olhando especificamente para Rosie. – Vocês acreditam que eu chamei a Rosie para sair hoje à tarde, quando eu a visitei no seu trabalho. Eu a chamei para fazer compras e ela achou que eu tinha a chamado pra o nosso jantar?– Ela riu, não sendo acompanhada por ninguém. – ah, rose, a culpa foi minha.

Rose se voltou para a loira safada, nojenta, mentirosa e maldita, e a amaldiçoou em pensamentos. A raiva estava tomando conta da morena, ah como ela queria dizer umas coisas para aquela dissimulada, isso tudo foi um plano para humilhá-la. E ela como idiota que era caiu na armadilha, como aquela criatura podia ser tão maquiavélica? Doentia.
—Não, Karen você me chamou aqui para esse jantar eu tenho certeza – Ela tentou argumenta calmamente, mais sua voz vibrava de raiva.
—Porque eu te chamaria para o meu jantar especial de namoro com o Alex e sua família?– Ela a questionou cinicamente.

Isso fez Rosie explodir e ela começou a falar e se explicar, mas estava nervosa e choraria a qualquer momento, mas foi interrompida por Alex. 

—Tudo bem Rosie, erros acontecem.

— O que? Não... Eu não errei Alex! Eu tenho certeza do que eu ouv...– Ela parou quando a mãe de Alex tossiu levemente a mandando um olhar desaprovador.
—Vem senta aqui com a gente – O garoto puxou uma cadeira e a posicionou na ponta da mesa, pela reação que Karen fez, Rosie soube que ela não esperava por isso e foi com isso que a garota resolveu aceitar se juntar ao jantar.

Rosie se sentou ao lado esquerdo do Alex, Karen a olhava com um sorriso forçado, todos comiam em silencio, até a pequena lily notou o clima tenso na mesa e ficou calada. Rose sentiu o celular vibrar em seu colo quando todos haviam terminado de comer e esperavam a sobremesa que Helena e Bruno foram pegar na cozinha.

“Desculpe–me amiga, foi culpa minha, não quero que se sinta triste e nem que nossa amizade promissora seja afetada! Prometo que vou pagar esse descuido, e farei com que você se divirta quando formos ao shopping. Mal posso esperar para mostrar como sou de verdade, será muito divertido!” – Karen.

Tradução: “você vai me pagar por hoje. – sua assassina: Karen.


Rose gemeu tentando ficar calma, suas mãos tremiam loucas para arrancar o cabelo loiro e oxigenado daquela psicopata. Ela percebeu que estava impossibilitada de mostrar quem realmente era aquela doente, tudo estava contra ela. Seus amigos, seus pais e principalmente Alex cego igual a uma porta.


—Algum problema Rose? Alex apertou sua mão e percebeu que ela estava tremendo. – O que há de errado? Ele perguntou sabendo que ela so ficava assim quando assustada ou quando ela controlando seu gênio.

Karen olhava a cena com fogo nos olhos parecendo uma daquelas doidas vingativas de novela mexicana. Que seria perfeito se o que Alex percebesse, mas ele ao se virar viu a vadia rindo angelical, ela deitou sua cabeça no ombro dele e disse: – adoro isso, esse clima familiar. Obrigada por me deixar fazer parte disso. E com você aqui rose, fica tudo perfeito!

— Ah, eu acho que vou deixar a sobremesa para outro dia. – disse Rose se levantando.

— Não vai não! É muse de chocolate! – Disse ele a puxando novamente na cadeira.
— tudo bem. –Ela concordou infeliz e puxou sua mão da dele e levantou–se. –Vou ao banheiro. Quando passava pela cozinha ela não pode deixar de ouvir os Stewart’s conversando.

—Helena tenha calma, ela é uma boa menina, eu gosto muito dela, na verdade ela é como uma filha pra mim. Porque essa implicância? – Ah você não sabe de nada! Se eu te contasse o que ela fez pra Karen, estou profundamente decepcionada com ela. Nunca imaginei. Mas como prometi a karenzinha, eu não posso contar. – E ademais você não ver Bruno? Quem já se viu chegar sem avisar na casa dos outros assim?

— Mais do que você esta falando mulher? A Rose é a garota mais doce que conheço, tem alguma coisa errada. Eu não queria contar, mais não consigo me conectar com a Karen. E sobre hoje o Alex não se importou, até a convidou para ficar.



—Claro! Eu eduquei ele, convidou por educação, coisa que ela não tem, e vamos parar de falar. Quero me deitar, estou muito cansada.


Foi a gota d'água para Rosie, ver aquelas pessoas envolvidas naquela trama mexicana a machucava demais, ela nem imaginava o que ela havia dito para a sra. Stewart e nem podia imaginar.

Completamente arrasada ela saiu correndo pela porta dos fundos, lágrimas escoriam pelo seu rosto. Ela escutou Alex a chamando, mas ela fingiu que não ouviu e saiu feito uma louca pelas ruas do quarteirão da sua casa, e não podia aparecer daquele jeito em casa, não queria ter que dar explicações para seus pais. Aquilo não podia deixar aquela bola de confusão crescer mais ainda, seus pais eram amigos de longa data dos stewart e ela não queria que isso mudasse.

Ela tomou a direção do parque municipal onde brincava todos os dias da sua vida e tentou se acalmar. Tinha vários casais passeando com seus cachorros e muitos casais de namorados aproveitando a noite. Rose foi para o balanço que estava na penumbra e o que era bom, porque não queria que ninguém notasse suas lagrimas e seu desespero.

Como diabos isso pode estar acontecendo na sua vida? Como ela havia se tornado a vilã da historia? Ela se jogou no balanço deixando pela primeira vez toda sua raiva sair, ela chorava, e ficava irritada por fazê–lo.

Dizem que colocar tudo para fora é o melhor remédio e naquela noite ela não se importaria, estava cansada de segurar aquilo tudo. E ela explodiu em lagrimas, seus pequenos soluços faziam seus ombros delicados balançarem. Suas mãos cobriam seu rosto e sua cabeça estava apoiada nas pernas, ela só queria ficar ali e voltar no tempo, e ter impedido ele de embarcar naquele avião, nem que tivesse que sequestra–lo ou amarra–lo, teria contado para o Alex o que sentia por ele? Bom ela não sabia, ela só queria que tudo fosse como antes.


—Eu sinto falta daqui sabe?– A garota deu um pulo assustada reconhecendo aquela voz, e era só o que faltava. – pensou ela virando o rosto para o lado contrario dele, não queria dar explicações a ele, não queria ter de mentir de novo, que estava tudo bem, que tudo eram flores, e que estava feliz por ele encontrar o amor da sua vida. Porque seriam mais mentiras. E ela só queria que ele fosse feliz e ele merecia o melhor. E definitivamente aquela garota maluca não era o melhor para ele.

Pensando agora, ela não suportava a ideia de pensar em outra mulher que seria perfeita para o Alex, porque não existia, porque ela só visualizava ela mesma ao lado dele e isso a fez soltar um soluço. Era tarde demais.

Ele continuou ali em pé ao lado dela, ele sabia que ela estava chorando, ele a conhecia o suficiente e por isso se deixou ficar ali, em silencio. Esperando-a se acalmar. Mais o que ele queria mesmo era abraça-la, perguntar o que estava acontecendo, se poderia ajudar. Que tudo ficaria bem.


— O que você ta fazendo aqui Alex? Você devia estar com sua namorada. – disse ela tentando enxugar as lágrimas traiçoeiras, que droga, por isso odiava chorar, porque depois parecia um rio que não parava de transbordar.

Mais ele não respondeu, simplesmente sentou ao seu lado, obrigando Rose de se espremer entre a base da corda. Ela colocou seus cabelos tapando seu rosto como uma cortina os separando, mas aquilo não adiantou, porque ele pegou seu queixo e puxou seu rosto para o seu.

— Não se esconda.

Ela se libertou do aperto da sua mão e virou seu rosto novamente, vendo–a tão teimosa ele se levantou e mudou sua posição. Sentando–se na posição horizontal, rose ficou com a lateral do corpo entre as pernas dele. E aquela intimidade natural que eles tinham a deixou feliz. Pelo menos aquilo ainda existia entre os dois.

— O que esta acontecendo?

— Nada. “só sua namorada psicopata e louca querendo acabar com a minha vida.” “E eu estou louca, perdidamente apaixonada por você, a verdade tinha que ser dita, e ela era implacável e inegável: depois de todos esses anos, estou apaixonada por você, só que você tem a Karen agora e ela quer me matar”. – só estou cansada. É serio. – diz ela tentando não desviar o olhar, mas o olhar dele queima o seu e ela mexe no cabelo pra disfarçar.


—Nada?! Sério! Isso não seria a definição de “nada” para mim. Ver você chorando feito louca. duas vezes em menos de 24 horas, isso é sinal de depressão na verdade. – Ele a olhou rindo o que o fez levar um soco de leve no peito.

— Hey, quem disse que eu estava chorando? Meus olhos andam irritados ultimamente. E pode voltar, não quero estragar mais do que já estraguei nessa noite. 
—Rosie, você não estragou nada... E para falar a verdade? Eu queria mesmo fugir dali.

—Nada, serio! Na verdade estou tão envergonhada. Nunca fiquei tão envergonhada assim na minha vida! A cara da sua mãe! Seu pai. – Ela escondeu o rosto entre as mãos.

— E aquela vez que, seriamos cantores na peça, pela primeira vez daríamos um show com nossa banda. – Ele fez aspas com as mãos na palavra “banda”.

— Era na quinta série certo? E esquecemos a letra! Meu deus quase tinha esquecido isso, obrigada por me lembra disso. – A garota gargalhou se lembrando daquele dia, foi surreal. Todos a espera e eles saíram correndo totalmente envergonhados. — e depois disso a professora jamais no deixou participar de nenhuma peça! Eles riram até os olhos encherem de lagrimas, e depois o som da risada foi diminuindo gradativamente.

— Mais falando serio o que esta acontecendo? — perguntou ele.

— Rose.

— Podemos conversar sobre outra coisa? — perguntou ela.

Aquilo era terrível. Rose sentiu vontade de chorar novamente. Sempre havia sido tão fácil conversar com ele. Eles sentavam um perto do outro e passavam o tempo todo rindo, falando e se provocando e agora estavam ali, sendo educados um com o outro.

Alex assentiu. Era evidente que estava sentindo o clima estranho.

— E então? — perguntou Alex meio tenso. — Quais são as novidades? A gente não conversar direito há meses.

— Comece você — disse ela rapidamente. — Você deve ter muitas novidades.

— É. E tenho.

Ele parecia tão hesitante. Era evidente que não sabia por onde começar. Ela sentiu um frio no estômago.

— É bom ou ruim? — perguntou, tentando suavizar as coisas.

— Na verdade são apenas planos... — disse Alex depois de uma pequena hesitação.

— Você não parece muito feliz.

— Mas é bom. Eu acho...

— Tem algo a ver com a faculdade? — perguntou ela, sabendo onde tudo isso ia chegar e o que veria a seguir.

— Eu estou planejando ir para New Orleans, fazer a faculdade de direito lá, o que você acha?

Tradução: vou viver com a Karen.

Alex estremeceu ao pronunciar aquela frase, ele sentia–se culpado.

Ele olhou para Rose, sem saber como ela reagiria. Ela pa­recia petrificada, triste, decepcionada. O silencio era esmagador entre os dois.

— Rose? — chamou ele pegando suas pequenas mãos frias nas suas. Quando ela o olhou, tinha um sorriso radiante em seu rosto.

— Ora... Eu fico feliz Alex, seu pai deve estar exultante! — exclamou ela, deitando sua cabeça no peito dele, as batidas do coração dele eram rápidas, ela se segurou pra não chorar, pois esse momento, aquela proximidade podia ser o ultimo, talvez fosse uma despedida. — eu estou feliz se é isso o que você quer.

E isso foi à única verdade dita naquela noite, ela ficaria feliz com qualquer escolha que ele fizesse, mesmo que fosse estar a quilômetros de distancia e estando com aquela mulher. Nada disso importava se ele fosse realmente feliz.

— Eu queria que você fosse a primeira a saber. — Ela olhou–o, feliz por ele ainda considera–la.

— Eu sei que é um pouco repentino, mas o que você acha da Karen?

O sorriso de Rose tremeu e murchou um pouco, mas ela respirou fundo e disse:

— Você gosta dela, não é?

—Sim. — disse ele vacilante.

— Então eu gosto também. — mentiu Rose fazendo uma careta. — ela é perfeita. — falou ela, apressada mantendo o sorriso, seu maxilar começou a doer pelo esforço. — eu sinceramente espero que vocês sejam felizes.

—Obrigado. Eu realmente precisava ouvir isso. — disse ele puxando–a para um abraço.

— Eu quero que você saiba... — Ela engoliu seco enquanto seu olhar predia o dele. De alguma maneira as nuvens havia desaparecido dando lugar a lua, que brilhava resplandecente.

— Que qualquer decisão que você tome, eu e todos que te amam, vão te apoiar. Alex. ..eu nunca vou me esquecer do garoto incrível que você é, você é brilhante e pode fazer o que quiser.

Por um momento, Rosie poderia jurar que viu ele esconder seus olhos marejados, sim, aquilo era uma despedida. E ele cometeu o erro de voltar olhá-la e sorrir, seu sorriso perfeito e que ele nunca esqueceria e guardaria na memória.

Eles não saberiam como começou, mas eles estavam muito próximos um do outro, rose sentia seu calor, seu coração batia desenfreado, ela não sabia no que ele estava pensando, mas sabia no que ele faria, e por algum motivo ela não estava se afastando, na verdade estava indo de encontro a ele. Eles mereciam isso? Um ultimo beijo, era uma despedida certo? Não era tão errado assim.

Alex não estava preparado para a própria reação quando a viu se aproximar, ele não conseguia se conter, era mais forte, mesmo sabendo que não podia fazer isso com a Karen.

Karen!

Eles tinham suas testas juntas, estavam a centímetros um do outro, ela sentia a respiração alterada do garoto e ela mesma estava sem fôlego.
— Alex, nós não podemos fazer isso. – A garota falou se levantando e o olhando por segundos antes de se virar e ir embora sem olhar para trás.

 

 

Quando estavam já distante do garoto, ela sentiu seu celular vibrar. Era uma mensagem do grupo.

 

 

Grupo as que comandam vão no TRA

Rosie,Gabriela e Mary Louise

Mary Louise: HEY! VOCÊS SUAS VADIAS! PAREM DE BRIGAR! AMANHÃ NOITE DAS GAROTAS! EU DISSE GAROTAS GABY!!

Gabi : TÔ DENTO!

Mary Louise : ROSE??

Mary Louise : ROSALIE DUNNE??

Rosie : VAI TER BEBIDAS? HOMENS SARADOS E GOSTOSOS? ps: GABY EU TE AMO S2

Mary Louise : YUP!

Gabi : S2 ps: ROSE VOCÊ PAGA!

Rosie : SE ME CHAMAR DE ROSALIE NOVAMENTE TE MATO! :0


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado bastante. Mas, não se esqueçam de comentar se estam curtindo nossa fic. É muito especial para nós sabermos disso. beijocas XOXO



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