Carlisle pov.

 Na velocidade que eu estava provavelmente a viajem não demoraria quatro horas, chegaríamos a praia em pouco tempo. Esme estava quieta vendo a floresta passar pela janela, não havia dito uma palavra depois que entramos no carro, então decidi puxar assunto para acabar com o silencio desconfortável.
— Estava linda naquele vestido, perfeita na verdade. - Sua boca se curvou formando as covinhas.
— Muito obrigada, também estava lindo. Estava tudo perfeito Carlisle, a decoração, a música, o noivo, os convidados, fiquei feliz em conhecer os Denali, são pessoas boas, as loiras Tanya, Kate e Irina são mesmo irmãs?
— São sim, as três viviam junto a mãe. - Esme franziu a sobrancelha. - A algum tempo atrás, Sasha, a mãe, foi morta pelos Volturi após uma acusação confirmada de ter criado uma criança imortal, as garotas só saíram ilesas porque Aro pode ver em seus pensamentos que não sabiam de nada.
—  Por que ela criaria um e porque é...crime?
— Ninguém nunca soube. Não conseguem guardar nosso segredo, são pequenas demais para entender e nunca evoluiriam seriam para sempre crianças, um simples desentendimento com uma e um vilarejo todo é dizimado. - Expliquei a ela.
— Me fale mais sobre eles depois.
— Não quer saber agora?
— É o nosso casamento, não quero falar de mortes ou dos Volturi. -  Ela disse carinhosamente, sorri, tinha completa razão. 
 

O hotel era grande e ficava de frente a praia, a vista do quarto devia ser linda, falei para Esme que fosse na frente, eu levaria as malas, ela deu entrada pegou a chave e subiu, fui para o carro e peguei nossa bagagem, obviamente não estavam pesadas eu conseguia levar. O quarto lembrava uma choupana, chão de madeira escura, parede branca, os móveis feitos de madeira e como imaginei a vista era extraordinária. Procurei por Esme e a encontrei na soleira da porta do dormitório, nós tínhamos que conversar.
— Podemos conversar? - Perguntei a ela que me olhou instantaneamente, não tinha me percebido. Acenou a cabeça em um sim e foi se sentar a cama, fui até uma poltrona que tinha ali e coloquei as malas que ainda estavam em minhas mãos. Fui até ela e me sentei ao seu lado e a olhei com um sorriso fraco.
— Parecia nervosa o caminho inteiro.  - Ela me olhou com tanta intensidade que era quase impossível olhar para os lados, era como se quisesse me ver por dentro. - Saiba que pode falar comigo sobre qualquer coisa.
— Estava nervosa por causa da lua de mel. - Fiquei feliz que tivesse compartilhado isso comigo, geralmente era muito tímida. - Entenda, o motivo da minha recusa com o amor físico é por causa da minha rígida educação. - Compreendi o que ela me disse. As mulheres deviam ser tão impassíveis e recatadas possíveis, pois era totalmente indigno uma mulher gostar de tal ato.
— Esme, diferente de muitas pessoas, eu não penso que deva ser assim, nós nos amamos, porque seria errado, porque amar minha esposa e a mesma amar o marido é feio ou indigno? - Ela olhou para baixo pensando na questão. - Não vou fazer nada com você que não queira, não irei toca-la se não quiser, não preciso me envolver fisicamente para demonstrar meu amor, me casei com a Esme que é por dentro, não com o seu corpo, mas quero que pense no porque seria errado. - Disse gentilmente segurando seu rosto em minha mão. Ela me olhou boquiaberta, seus olhos estavam amorosos.
— Não vou estragar nossa lua de mel só por que tenho dificuldades de aceitar as coisas tão bem. -  Ela sussurrou. Seus lábios veios de encontro aos meus, minhas mãos que estavam a segurando, foi para seu pescoço, ficamos assim por alguns segundos, então tomei a iniciativa de a deita-la carinhosamente na cama, meus beijos desceram de sua boca para sua clavícula, minhas mãos foram até os botões do vestido na parte de trás, levantei o rosto para olha-la por um instante, ela me olhou com um sorriso tímido acenando a cabeça em um sim. Comecei a desabotoa-los devagar, milhares de sensações que nunca senti antes na minha vida estavam vindo átona, o controle que consegui conquistar com anos e anos de prática, estava se perdendo aos poucos naquele momento.
— Quer tira-lo você mesma? - Ela olhava para cima. Eu sabia que Esme estava tentando se controlar, sabia que tinha medo do que eu achasse se ela gostasse das sensações. A intenção da pergunta era que eu queria que a Sra. Cullen, se sentisse a vontade para fazer o que fizesse. Me olhou por alguns segundos e murmurou um sim. Ela se levantou ficando de costas e tirou o vestido ficando apenas com a anágua. Virou-se para me olhar.
— Não me sinto a vontade de ficar totalmente nua...importa se eu ficar com a lingerie?
— De forma alguma querida. - Ela se deitou novamente, enquanto eu tirava minha blusa, se pudesse ficar corada teria ficado. Voltei a beija-la depois de tirar quase toda roupa ambos estavam apenas com roupas intimas. Não toquei em seus seios tinha medo de assusta-la então beijei seus lábios e seu pescoço, enquanto minha mão a conhecia por inteiro.
— Tem certeza de que quer fazer isso?  - Perguntei.
— Tenho certeza. - Tirei minha última peça de roupa, e fui até a dela e a puxei para baixo. Abri suas pernas com delicadeza e aproximei meu tronco do seu corpo, nossas intimidades próximas. me deitei sobre seu corpo e a beijei nos lábios apaixonadamente nos unindo aos poucos. Minhas sensações estavam loucas, era quase impossível aguentar o que eu estava sentindo, minha velocidade foi aumentando a medida que o meu corpo pedia e que Esme deixasse. Fiquei sussurrando coisas em seu ouvido, o quanto a amava, que era linda e o quanto a desejava. Meu corpo não aguentou mais tantas emoções e explodiu com uma descarga elétrica maravilhosamente. Me deitei ao seu lado e a puxei aninhando-a em meus braços beijando seus cabelos e dizendo que a amava. Esme se abraçou em mim de olhos fechados sorria fracamente, ela devia estar orgulhosa de si mesma, venceu um de seus obstáculos, eu iria ajuda-la a vencer o resto. Não havia motivos para não querer aproveitar o momento, não era feio, indigno, escandaloso, era apenas amor.
— Se sente bem? - Queria ouvir o som de sua voz.
— Sim, foi maravilhoso Carlisle, pensei que eu não conseguiria. - Disse-me.
— Mas conseguiu e estou feliz por isso, isso é um bom começo. - Ela sorriu me olhando nos olhos pela primeira vez depois de um tempo.

 Eram sete horas da manhã, Esme se levantou disse que iria tomar banho e colocar algum vestido para passearmos pela praia. Nos arrumamos com roupas casuais e saímos para passear pela areia, levamos uma manta para sentarmos e ver o mar, o tempo estava nublado e não havia quase ninguém por lá, uma ou duas pessoas que estavam a vários metros de nós.
 

Estávamos abraçados lembrando do casamento, não cansávamos de lembrar de como tudo estava perfeito, Esme me contava que era estranho ser chamada de Sra. Cullen, levaria tempo para se acostumar.
— Admito que foi romântico o que fizemos e que cada beijo seu me despertou alguma sensação, não foi nada repugnante ou feio o que fizemos...foi bonito. - Disse-me ela de repente me pegando de surpresa. - Eu me sinto mal ainda a ficar nua, mas juro que estou tentando fazer meu melhor.
— Sei que está fazendo seu melhor Esme, e lhe ajudarei com o maior prazer a melhorar, não precisamos ter pressa temos muito tempo pela frente. - Ela sorriu e tocou meus lábios de leve.
— Você é o homem dos meus sonhos, sou a mulher mais sortuda deste mundo.
— E eu o homem. - Rimos juntos em sintonia e nos abraçamos novamente aproveitando um ao outro.