Excêntricos escrita por Andreza


Capítulo 2
Outono


Notas iniciais do capítulo

Amores, é mais uma contextualização do dia-a-dia das personagens, no próximo capítulo terá uma cena direta entre Draco e Luna. Espero que gostem, críticas são aceitas! Obrigada, beijos.



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           Draco olhou em sua volta e não avistou ninguém. Aproximou-se dos pertences deixado pela a loira alguns minutos antes, verificando novamente se havia alguém presente no corredor escuro de Hogwarts. Pegou o tênis e a capa molhada de Luna com as mãos, encontrando um pequeno objeto pontiagudo em volta de um cordão de fibra de unicórnio, algo tão incomum que só podia ser...Bom, algo de Luna. O sonserino depositou-o em volta de seu próprio pescoço e segurou as vestimentas de Lovegood até o fim da patrulha, guardando-a em seu armário no dormitório que compartilhava com Zabini, Nott, Crabbe, Goyle e outro garoto cujo nome Draco não sabia.

          “Devo estar maluco”, pensou. Suspirou e foi banhar-se, antes de cair em um sono profundo.

       No outro dia, Draco acordou atrasado, vestindo seu uniforme, passando desodorante e colocando seu anel da Sonserina rapidamente, junto as brigas de seus colegas para usar o chuveiro, também atrasados. Como não tinha tempo o suficiente para passar no Salão Principal, o rapaz foi correndo para a sala de História da Magia, bem distante das masmorras, sem tomar seu café-da-manhã. Ele resmungou por isso.

          A aula havia sido extremamente monótona, como todas as aulas de História da Magia, diferente dos estudos da Defesa contra as Artes das Trevas, a aula seguinte. Snape era o novo professor da matéria, então além de ser produtiva e eficiente, Draco pôde se divertir às custas dos alunos da Grifinória, tão atacados pelo diretor da casa inimiga, em especial Hermione Granger, aquela sabe-tudo irritante – nas palavras de Severo.

          Malfoy atacou a comida na hora do almoço. Sua fome era intensa, assim como a curiosidade de Blaise Zabini pelo peito do amigo.

       - O que está olhando, Zabini? – perguntou Draco como se o outro fosse um maluco internado no Hospital St. Mungus

          - Que droga de colar é esse?

         O corpo do loiro congelou. Ele havia esquecido completamente de tirá-lo, o colar da Luna! Droga.

        - Não é colar nenhum Blaise, cuida das suas jogadas de quadribol que estão horríveis – disse venenoso

     - Falou o cara que foi expulso do time pelo o que mesmo? – dramatizou – ah sim, incapacidade!

        Draco jogou um pedaço de abóbora em seu amigo, atingindo-lhe a face. Fim de papo no almoço. O restante do dia decorreu lentamente, quase fleumático, e sem entender o motivo, toda essa tranquilidade estava incomodando o loiro. Era de se esperar que este se sentisse bem com esse dia pois sua vida estava sendo turbulenta e isso o cansava demais, mas algo o fazia sentir que havia alguma coisa – que não sabia o que era – a qual estava sentindo falta, de tal maneira que ele deveria desvendar e solucionar a questão. No entanto, Draco Malfoy possui assuntos mais importante de que seus sentimentos e sua solidão para resolver.

    Assuntos referentes a Aquele-que-Não-Deve-Ser-Nomeado

 

 

    A luz entrava pelas janelas do dormitório da Corvinal, iluminando o quarto e acordando Luna. A menina se assemelhava a uma pequena criança durante a manhã de Natal, sorrindo com toda a inocência que possuía e transbordando de paz e tranquilidade. Ah, mal esperava para admirar as folhas avermelhadas das árvores novamente! Queria sentar sobre elas, sentir o vento em seu rosto e pensar sobre o universo por inteiro.

     Lovegood levantou-se lentamente, e em quinze minutos estava pronta para começar seu dia. Vestia uma meia-calça rosa por baixo da saia cinza do uniforme e também seu suéter e cachecol devido ao presumível ar gélido não só de Hogwarts, mas da estação do ano. Seguiu seu caminho até o Salão Principal, servindo-se de mingau e suco de abóbora, antes de saltitar até a sala de poções, lugar onde teria sua primeira aula com Horácio Slughorn, o novo professor.

     “Se eu pudesse ser outra pessoa, quem eu escolheria ser?” idealizava Luna enquanto preparava a pele de Boomslang* para a Poção Polissuco que preparava com Colin Creevey. O grifinório falava incessantemente sobre episódios aleatórios, poções que fez errado e como já havia fotografado serpentes amarelas, e apesar da garota parecer desatenta, ela ouvia cada detalhe com interesse e curiosidade e falava algumas poucas palavras de vez em quando. Os dois pareciam ser bons amigos.

   O resto do dia decorreu alegremente, com boas aulas, comidas deliciosas e conversas interessantes com pessoas gentis da magnífica biblioteca de Hogwarts. Luna comia um segundo pedaço de pudim na hora do jantar quando recebeu uma pequena coruja marrom-alaranjada. Ela trazia um pequeno bilhete no bico, e depois da loira retirá-lo, fez carinho no animal e o fez beber um pouco de seu suco de abóbora. Mas que corujinha adorável! Luna sorriu e continuou a saborear seu pudim.

       Lembrou-se do bilhete apenas após adentrar seu dormitório.

     - “Vá até a torre de astronomia e recupere o que deixastes para trás” - leu em voz alta – meu Spectrespecs! Sabia que alguém iria encontrar.

      A garota correu com passos largos até a torre de astronomia, não restava muito tempo até completar o horário permitido para os alunos ficarem andando pelo castelo. Chegando lá, encontrou uma caixa preta e verde com seu nome escrito em prateado, o que definitivamente prendeu sua atenção. Luna queria abri-la imediatamente, mas seguiu seu bom-senso e voltou ao Salão Comunal da Corvinal.

         Lovegood ficou um tanto decepcionada quando não encontrou seu óculos que a fazia enxergar zonzóbulos dentro da caixa, mas alegrou-se ao ver seu tênis amarelo, uma capa preta e um sapo de chocolate. Ela nem notara que havia perdido seus pertences- mesmo que tenha sido conscientemente. Comeu seu doce e sorriu ao ver a figura de Dumbledore no cartão enquanto subia as escadas para seu dormitório. Luna arrumou-se para dormir e ficou pensando nas histórias de Colin, na poção polissuco e nas folhas de outono, sem ao menos se perguntar quem havia lhe mandado o bilhete, e ela também não se lembrou do ocorrido na noite passada.

   E desta vez, a razão não era a distração de Luna Lovegood.


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Notas finais do capítulo

Boomslang* é uma cobra, ingrediente para a poção!
O próximo será melhor, e alguns fatos pontuados nesse capítulo serão retomados e explicados em breve, então mesmo meio monótono essa parte é importante para o desenvolvimento da história.
Espero que tenham gostado!



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