Excêntricos escrita por Andreza


Capítulo 3
Aranhas


Notas iniciais do capítulo

Amores, volteiiiii
Desculpa o atraso, culpa do vestibular. Mas estou de volta com esse capitulo novinho em folha, e pretendo continuar se tiver leitores. Então, se gostarem, por favor, comentem
Aceito criticas construtivas
Beijos



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Havia se passado uma semana desde o encontro de Luna Lovegood e Draco Malfoy nos corredores escuros da Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts, mas apesar disso, Malfoy não deixou de pensar no ocorrido, sentindo um estranho arrepio em sua coluna – como sentiam crianças na véspera de um sexta feira treze- toda vez que lembrava dos gritos que ouvira.

  O loiro havia mudado. Antes, ele era o filhinho do papai, mimado, sempre agitando a escola, sendo o centro das atenções e gostando disso. Nesses últimos tempos, Draco não tem chamado mais atenção, apenas segue sua rotina atrás de sua vestimenta verde escura, suas olheiras roxas e seu ar sombrio. Embora fosse um garoto popular de Hogwarts, ninguém parecia lembrar- se dele, o que não o incomodava. Ele queria ficar sozinho.

    Já passava das cinco da tarde, momento em que o céu do lado de fora do castelo adquiria diferentes cores, tornando-se uma agradável mistura de laranja com rosa e roxo, indicando o imenso frio que faria a noite. Admirando essa aquarela, estava Luna Lovegood, sentada diante do Lago Negro. A menina brincava com as pequenas pedrinhas ao seu redor, jogando-as nas águas gélidas, formando sucintas ondas cor petróleo.

    A medida que o frio aumentava, Luna se encolhia em sua capa para se esquentar. Sem resolução, decidiu se levantar e dirigir-se ao Salão Comunal da Corvinal, onde tomou um banho quente e vestiu roupas confortáveis antes de ir à biblioteca para estudar. Lá, sentou-se perto da sessão de Criaturas Mágicas, e após abrir um gigantesco livro, não notou nada a seu redor.

    Completou três horas que a Corvina lia seu livro empoeirado, admirando cada animal nele mostrado, mesmo aqueles que ela já conhecia. A biblioteca estava quase vazia, até a própria Madame Pince entediava-se. A bibliotecária não notou um barulho vindo de trás da sessão de Defesa Contra Artes das Trevas, diferente de Luna, que foi logo averiguar. Não estranhou ao encontrar Draco Malfoy ajeitando os livros que derrubara, resmungando baixinho palavras sujas.

     - Precisa de ajuda? – ofereceu a menina

     Draco não notara sua presença até então. Estava pronto para mandar quem quer que fosse a dona daquela voz doce para o Inferno, mas quando percebeu que era a Luna, sentiu um imenso desconforto em sua garganta, como um nó que nunca se desfaz. Sua voz foi interrompida, e ele, cansado, sentou no chão frio da biblioteca despovoada. 

      - Posso me sentar contigo? – sem respostas, a garota sentou-se.

  Suspirou. Malfoy sabia que aquela pessoa era pirada, completamente louca, maluca, lunática. Será que ela estaria o perseguindo? Provavelmente não. Esticou suas pernas e ajeitou a varinha por dentro de suas vestes, para se proteger caso viesse a precisar.

     - Por que está aqui, Lovegood? – perguntou, exausto.

     - Para ler, é claro.

   Antigamente, Draco reviraria seus olhos azuis acinzentados e ofenderia a resposta tola da menina, porém nem cogitara essa alternativa, tamanho medo e solidão que sentia. A companhia de Luna era inusitada, mas, estranhamente, tranquila. Malfoy pegou um livro qualquer caído no chão e fingiu lê-lo, enquanto ela tentava acariciar as miúdas aranhas das estantes de madeira. Sem manter sua curiosidade para si, o sonserino perguntou qual era o objetivo daquela ação inédita.

     - Se fosse uma borboleta ou um pássaro, você não perguntaria, não é mesmo? – sorriu a menina – Penso que algumas pessoas são mal interpretadas. As aranhas, por exemplo. Elas assustam muita gente, mas nunca me fizeram mal, então por que me assustariam? Uma até já sorriu pra mim, sabia?

   - Er... Aranhas não são pessoas, Luna – olhou atentamente a sua expressão, segurando sua varinha por precaução – e aranhas não sorriem, você devia estar sonhando.

    - Só humanos são pessoas? Conheço aranhas mais humanizadas que muita gente. Além do mais, nunca te vi sorrindo. Significa que você nunca sorri?

    Luna emitiu um pequeno sorriso sereno a Draco, como uma despedida. Levantou seguiu seu caminho saltitando para fora da Biblioteca, deixando para trás um garoto confuso.  

 


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