Real world escrita por Bi Styles


Capítulo 5
Capítulo 5


Notas iniciais do capítulo

Gente, cadê os comentários? Kkk
vejo que ainda estão bastante tímidos e/ou estão achando a fanfic muito ruim.
Mas podem comentar o que vocês acham que pode melhorar, o que vocês acham da fanfic em si. Críticas são bem vindas!
Mas bem, aqui vai um capítulo fresquinho!!



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—Então era o Brian? –perguntou Nina, na fila do almoço. –Não acredito!

—Você ouviu o que eu disse? Ele meio que me defendeu na frente da minha mãe! –exclamei, colocando uma caixinha de suco na minha bandeja.

—Ouvi e realmente não acredito. Ele te conhece á pouco tempo e já sai enfrentando sua mãe? –ela falou e nós duas saímos da fila, caminhando na direção de Rafa, que guardava nossos lugares na mesa que ele estava sentado.

—Vi Nina agitada. O que houve? –perguntou ele assim que nos sentamos.

—Sophia arrasando corações. –Nina falou e sorriu. –Acredita que Brian foi jantar na casa dela?

—Sabia. Eu estava lá. –ele respondeu, indiferente.

—Quer dizer que foi um grande jantar e você não me chamou, Sophia? Parabéns.

—Desculpa.

—Okay. Enquanto vocês estavam lá, jantando, sendo felizes, eu estava SOFRENDO em casa!

Rafa se engasgou com o suco e cuspiu boa parte dele em cima de mim. Por sorte era suco de uva.

—Obrigada Rafael. Muito obrigada. –retruquei, passando um lencinho nos meus braços e no rosto.

—Deixa eu ajudar... –ele se ofereceu e eu bati na sua mão.

—SAI. EU LIMPO SOIZINHA, OBRIGADA. –eu explodi, fazendo algumas pessoas olharem na nossa direção.

—Deixa eu ajudar porra! –ele sussurrou, tentando me acalmar.

Eu, mesmo toda emburrada, deixei ele limpar os vestígios de suco que estavam em mim. Do outro lado da mesa, Nina segurava o riso.

—Sofrendo por quem?–perguntou Rafa.

—Pelo idiota do meu namorado. Nathan ainda vai me matar. –ela respondeu e, apesar dela ter dado um sorriso, sabia que por dentro ela deveria estar destruída.

Ela namorava com o Nathan fazia uns 4 meses. Eles viviam brigando, mas como dizem: onde tem ódio tem amor. Claro que a maioria das brigas era o ciúme imenso de Nina. Mas também, não era para menos. O cara era um verdadeiro deus grego e, segundo Nina, beijava super bem.

—Quem provocou agora? –perguntei.

—Como assim quem provocou? Claro que foi ele!

—O que ele fez? –perguntou Rafa.

—Ele terminou comigo. –ela respondeu e vi lágrimas formarem nos seus olhos.

—O QUÊ? –eu e Rafa gritamos.

—Gente, estou completamente destruída. Não sei o que fazer. A gente estava indo tão bem...

—Mas ele deu motivos para o término? –perguntei.

—Segundo ele, descobriu coisas que não deveriam ter acontecido nunca. Acho que ele descobriu que eu fiquei com o Victor naquela noite. Mas eu estava bêbada! Não foi minha culpa!

—Ele deve estar com raiva, Nina. Deve ser horrível saber que sua namorada te traiu. –tentou consolar Rafa.

—Se acalme, Nina. Ele vai voltar para você.

—Eu espero. Porque o baile de calouros está chegando aí e não quero ver ele com nenhuma vadia lá, se não a cobra vai fumar! –ela disse e enxugou algumas lágrimas. –Mas vamos voltar para o assunto sophia-vai-desencalhar.

—O quê? –perguntei.

—Sophia, serio que você não percebeu que esse cara tá super afim de você?

—Ele só conhece ela á dois dias, Nina.

—A mãe dela criticou Soph por ela querer fazer faculdade de música. Ele falou que Sophia será boa em qualquer coisa que for fazer por que ela é inteligente e forte e conseguirá tudo o que quiser. E isso não significa nada?

Suspirei, meio que no automático, terminando de tomar meu suco.

—Ela já está até suspirando! Vê que lindo é tudo isso, Rafinha? –Nina bateu palminhas.

—Vai ser lindo até o momento que eu precisar dar uns tapas nesse cara.

—Deixa de ser idiota! –Nina deu um pequeno soco no ombro dele. –Vai que finalmente Soph desencalha?

—Vai que ele seja um babaca que só queira usá-la?

—Ele não faria isso com Sophia, Rafa.

—Você mal conhece ele, Nina. Deixa de querer ser a sabe-tudo.

—Eu não sou sabe-tudo. –Nina disse e fez cara emburrada. –Além disso, ele é muito gatinho.

—Tenho certeza de que ele não fará nada bem á Sophia.

—Hey! –exclamei. –Sabia que eu estou bem aqui, do lado de vocês?

—Desculpa. –falaram em uníssono.

Suspirei.

—Olha, esse menino não tem nada demais. Ele me levou duas vezes para casa e isso é bem natural. Muitos meninos já foram me deixar em casa e eu continuo sem ninguém. Eu só aceitei uma carona. Só isso.  

—Soph, não liga para Rafael. Ele não prevê o futuro. Faça o que eu digo: invista nesse tal de Brian.

—Caramba, vocês dois são chatos ein? –bati minhas mãos na mesa. –Eu quem decido o que é ou não é para fazer, okay? OKAY.

—Estressou. –Nina revirou os olhos.

—Não Nina. É porque vocês são mais apressados para arrumar alguém para mim do que eu mesma! Que coisa! Toda vez que aparece um menino você fala: Agora a Sophia desencalha. Bem, até agora, não aconteceu NADA.

—Ela tem razão, Nina. Ás vezes você pressiona Sophia demais. Deixa ela em paz.

—Sério isso? Complô duplo? Ótimo. Fiquem aí sozinhos discutindo sobre o que fazer e não fazer, enquanto eu vou chorar no banheiro feminino.

—Fizemos merda. –eu e Rafa falamos em uníssono.

...

O sinal tocou, indicando o fim das aulas. Ainda bem, porque aquela aula de sociologia estava me dando sono. Mais uma vez, me encontrei com Lucas naquela sala, mas como sempre, ele nem olhou na minha cara.

Fui para o meu armário e ele estava lá, com a porta aberta e colocando alguns livros dentro do mesmo.

Aproximei do meu armário e coloquei a combinação.

Não deu certo.

—Abre sua porta desgraçada... –falei e forcei a fechadura.

—Problemas com o armário? –uma voz perguntou e eu me virei.

—Não está querendo abrir. –falei e sorri.

—Deixa eu ajudar. –Brian falou e, depois de muito esforço, conseguiu abrir o armário.

—Obrigada. Obrigada. –respondi.

—Pra quê os dois agradecimentos? O que eu fiz não foi nada demais.

—Uma foi pelo o que disse ontem para a minha mãe. Meu Deus, eu me segurei para não rir!

—Sua mãe parece ser bem durona.

—E ela é. Por isso que eu tenho que agradecer. Você enfrentar ela foi... foi... INCRÍVEL!

—Não tem de quê. –ele riu e foi para o armário ao lado do meu.

—Seu armário é aqui?

—Sim. Seremos vizinhos de armário, pelo visto. –ele piscou e sorriu.

Sorri em resposta.  Escutei uma pancada e vi que Lucas já tinha saído.

Quando eu já terminava de colocar meus livros no armário, Brian virou e perguntou:

—Se eu te fizer uma pergunta, você responderá ela sinceramente?

—Depende muito da pergunta.

—Tipo, não vai me enrolar ou coisa do tipo?

—Depende da pergunta.

—É que... Você vai para o baile no sábado com o Rafa mesmo?

—Não sei. Depende de minha mãe.

—Ela não deixaria você vir com o Rafa?

—Acho que não. Nunca vim nas festas que tem na escola. Só naquelas que os pais vem.

—Ah. Entendo.

—Você não tem par?

—Não.

—Não desanime! –falei e sorri. –Do jeito que você é, não vai demorar para chover garotas...

—Não Sophia, tudo bem. –ele sorriu amarelo. –Desculpe se te incomodei.

—Não Brian. Não incomodou nem um pouco e...

—A gente se vê depois. Thau. –ele se despediu e partiu.

Era a segunda vez ao dia que eu fazia merda.

...

—SOPHIA GRACE, DESÇA AQUI AGORA! –berrou minha mãe, sua voz vindo da cozinha.

Eu tinha chegado da escola morta e tentado tirar um cochilo, mas como sempre tive de ser interrompida.

Desci as escadas sonolenta e me deparei com minha mãe me esperando ao pé da escada. A cara dela não era uma das melhores.

—Quero saber por que não me disse sobre ontem! –ela gritou.

Meu coração gelou. Ela sabia de Brian. Sabia que ele tinha me levado para casa. Ontem. E antes de ontem também. Mas não tinha acontecido nada entre a gente e eu nem sabia se algum dia iria acontecer. Mas...

—O quê? Não aconteceu nada... –falei, minha voz um pouco trêmula.

—O diretor de sua escola me ligou e perguntou se você havia sentido algo, devido á uma pancada na cabeça. Quero saber essa história direitinho, Sophia.

Ao invés de estar aliviada por ver que minha mãe não sabia do Brian, meu coração se encheu de raiva.

—Sabe por quê não ligaram ontem? Porque quem me machucou foi a filhinha de papai da escola! Se tivesse sido qualquer outra pessoa...

—Não estou perguntando quem foi, Sophia! Estou exigindo uma explicação para você não ter me dito! Eu deveria ter te levado para o hospital.

—Mãe, eu estou bem. Muito bem. –respondi com ironia.

Ela me pegou pelo pulso e falou, com os olhos sérios.

—Sophia, espero que essa seja a única coisa que você esconde de mim. Se não... –ela soltou meu pulso e me olhou com aquele olhar que já dizia tudo.

Engoli em seco e já ia para meu quarto quando, de repente, ela falou comigo novamente.

—E, da próxima vez que você deixar alguém te bater na escola e essa mesma pessoa não ficar com olho roxo também, você apanhará quando chegar em casa. Está me ouvindo?

Assenti com a cabeça e, involuntariamente, sorri. Apesar de tudo, eu amava minha mãe.

...

—Sophia, me passe o sal, por favor. –pediu Juan. Passei o saleiro para ele e minha mãe me olhou com cara repreensiva.

—Juan, você está comendo sal demais. –Lydia alertou. –Faz mal, sabia?

—A carne está um pouco sem sal e... –ele tentou falar, mas Lydia lançou um olhar mortal para ele. –Okay. Não quero mais o sal.

Eu ri e continuei comendo meu bife. Minha mãe lançava olhares para mim de vez em quando, mas fora isso, tudo ocorria bem.

Ao fim, quando todos já tinham comido e eu já levava os pratos para lavar, minha mãe apareceu ao meu lado.

Ela me ajudou a levar o restante da louça e, quando eu já estava lavando, ela se escorou no batente da porta.

—Sophia. –me chamou.

—Sim?

—Eu estou saindo agora.

—Tudo bem.

—Rafa ligou para mim hoje á noite. Diga para aquela criatura que eu deixo você ir ao baile com ele, antes que ele me enlouqueça.

—SÉRIO? –perguntei, deixando escapar um sorriso dos meus lábios.

—Sim. Mas nem pense em fazer nada demais. Você irá na hora que eu saio para trabalhar até a hora que eu volto. Ou seja, das 7 e meia até as 11 horas. Entendido? E, se eu souber que estava aprontando alguma...

—Tudo bem mãe. Eu nunca faria nada disso.

Ela assentiu e, antes de sair, deixou uma nota de 50 euros em cima do balcão.

—Tem uma lojinha nova no quarteirão de trás. As roupas de lá são lindas. Vá com sua avó e sua irmã lá. Compre algo para ir.

—Mãe, já te falei que você é a melhor mãe do mundo?

—Não.

Nós rimos e eu sequei minhas mãos. Abracei minha mãe e já corri para chamar Lydia e vovó.

...

—Nunca passaria pela minha cabeça que você iria com o Rafa para esse baile. Eu apostaria no Brian. –Lydia falou, enquanto olhávamos uma arara de roupas azuis.

—Por quê? –perguntei.

—Porque ele estava com cara de quem está caidinho por você.

Revirei os olhos.

—Fale baixo. A vovó está aqui. E Juan também.

—E Lydia já tinha me contado. Não se preocupe. –Juan apareceu do  meu lado, me dando um enorme susto.

—Você conta tudo para ele? –perguntei.

—Tudinho. –ela respondeu e riu. –Só acho que, você deveria prestar atenção nele sabe... Ele parece ser um fofo.

—Falou a entendedora de relacionamentos. –Juan retrucou.

—Não pedi sua opinião. Xiut. –ela deu língua pra ele. –O que eu estou querendo dizer, Sophia, é que nem sempre vão ter homens correndo atrás de você.

—Hoje todos tiraram o dia para arrumar um par para Sophia é? Me deixem em paz!

—Sophia querida! Olha que vestido lindo! –minha avó me chamou, do outro lado da loja.

Fui até onde ela estava e olhei o vestido vermelho. Ele tinha um longo decote V atrás e um decote simples na frente.

Ele era marcado na cintura e ia até os joelhos. Ao ver o preço, vi que estava com sorte. Era apenas 35 euros.

Fomos pagar e depois a vovó quis passar na lanchonete na qual Pietro trabalhava, que ficava pertinho dali.

E isso significava que eu iria ver Brian.

Continua...


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Notas finais do capítulo

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