Real world escrita por Bi Styles


Capítulo 36
Capítulo 34


Notas iniciais do capítulo

Gente, mil desculpas pela DEMORA para postar esse capítulo. Sério mesmo, estava sem total tempo de postar, de escrever, de pensar. Mas, agora estou de férias e terei tempo de sobra para postar capítulos. O meu objetivo é terminar a fic ainda nessas férias, então se preparem para ter capítulo(s) fresquinhos todos os dias.
Bem, hoje postarei dois capítulos e eu espero, do fundo do meu coração, que ninguém tenha desistido da fic.
Agradeço a compreensão de cada um.
P.S.: Não é porque pretendo acabar a fic nessas férias que serão poucos capítulos. Garanto a vocês que o ritmo da história não vai mudar, nem seu enredo, nem nada. Prometo não deixar nada a desejar.



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                                LIGAÇÃO ON

—Ah Sophia, sério que você beijou o Brian? Meu Deus. —Nina pareceu incrédula, e eu poderia ver claramente que ela estava revirando os olhos.

Não sei nem por que eu liguei áquela hora para falar com Nina. Meus irmãos estavam todos dormindo, mas eu queria dividir aquilo com alguém. Deveria ter ligado pra Rafa, não ela. Droga.  

—Foi isso mesmo. –respondi e ela suspirou.

—Odeio ter que dizer isso, mas você não acha muito precipitado? Você mal terminou com o Luke...

—Falou a pessoa que nem terminou o namoro e ficou com um garoto.

—Eu estava bêbada.

—Eu não estava namorando.

Ela ficou em silêncio por um tempo. Eu não deveria ter tocado no assunto do namoro dela com Nathan, mas meio que saiu. Agora teria que aguentar.

—Enfim, você não achou precipitado? —ela disse, apenas.

—Não. Não achei.

—Mas e aí? Vão namorar agora? Sei que Brian é esse tipo de cara que não só quer pegar.

—Na verdade, a gente não falou sobre isso.

—Então vocês só se pegaram?

—Foi.

—Não acredito que vivi tempo suficiente para ver Sophia Grace se tornar uma pessoa desmantelada.

—Só pelo fato de eu não ligar para o que eu e Brian somos, não significa que sou desmantelada. –meu tom de voz não deixou espaço para brincadeiras. Quem era Nina para falar que eu era desmantelada?

—Mas foi bom?

—É, pode-se dizer que sim. –respondi vagamente, embora tivesse sido incrivelmente bom.

—Ele pegou na sua bunda?

—O quê? Não!

—Então ele é do jeito que eu pensei. —ela disse, pensativa.

—Como?

—Santinho. Ao contrário de Luke, que tem uma pegada e é safadin...

—Não quero falar dele.

—Então não foi tão fácil assim terminar com ele, não é?

—Estou cagando pra ele. –menti.

—E por que não quer falar sobre ele?

—Águas passadas não movem moinhos.

—Virou filósofa agora?

—Estou apenas dizendo a verdade.

—Pelo que estou vendo, não está a fim de conversar. Então vou na casa do Rafa agora.

—Muito bem. Troque sua amiga por um garoto. –brinquei, fingindo estar chateada.

—Eu estou tentando conversar com você, mas você não deixa.

—Estou brincando. Pode ir. Tenho dever de casa para fazer também.

—Então, até amanhã. Beijos!

—Até, Nina.

                     LIGAÇÃO OFF

Assim que terminei a ligação, vi que havia chegado uma mensagem de Brian. Abri-a instantaneamente, ansiosa para ver o que ele havia falado.

“Hey, amanhã posso te pegar para ir pra a escola?” –enviada por Brian ás 11:35.

Refleti por alguns minutos. Se eu chegasse na escola de carro com Brian, viraria fofoca, e isso seria como uma espécie de vingança. Luke veria que eu já tinha dado a volta por cima e eu me sentiria bem. Porém, não achava justo usar Brian na minha vingança. Ele não tinha nada a ver com o que Luke fez. Além do mais, não queria igualar-me a Luke. Não, não iria.

“Pietro vai me deixar amanhã. Ele disse que tinha algo a resolver lá por perto.” –enviada por você ás 11:40.

Ele, como estava online, respondeu rapidamente.

“Ah, entendo. Então nos encontramos lá.” –enviada por Brian ás 11:41.

“Claro.” –enviada por você ás 11:41.

Suspirei. Não queria enganar Brian. Não queria que ele interpretasse que essa nossa aproximação significava alguma coisa. Eu gostava dele, mas somente como amigo. Infelizmente para mim, meu coração estava acelerando por outra pessoa.

O fato de eu ter ficado com ele essa noite foi um erro. Um erro movido pelo ciúme de ver Luke com outra. Não iria acontecer novamente. Até por que, iria tirar ele da minha cabeça e iria ficar com o coração livre para se apaixonar por outra pessoa. E que essa pessoa seja a certa.

...

Cheguei na escola mais cedo que o normal. Ou eram os outros alunos que estavam atrasados.

Fui para a sala para checar se a mesma estava aberta e vi que não.

Olhei para o relógio e constatei que faltavam poucos minutos para as portas serem abertas, então decidi esperar ao lado da porta.

Não demorou muito para que o corredor enchesse de alunos e eu avistasse Rafa, caminhando em minha direção.

—Primeiras aulas de biologia eu não aguento. –ele reclamou assim que chegou, trazendo consigo um copo da Starbucks.

—Bom dia pra você também. –respondi e sorri. –Me dá um gole?

Ele estendeu o copo, e eu o peguei sem relutância. Tomei um gole e senti o café descer pela garganta, trazendo um novo ânimo para a minha o meu corpo.

Foi nesse momento que passou um grupo de garotas, entre elas a novata, cujo nome acho que é Abby.

Elas vinham em meio à uma conversa bastante animada e eu não pude deixar de ouvir um trecho dela.

—Então você e o Luke transaram? –uma das garotas perguntou. Se dirigindo a Abby.

O café instantaneamente quis voltar e tive que me esforçar bastante pra não vomitar no meio do corredor. Elas já iam se afastando, mas pude ouvir a resposta de Abby.

—Sim. Depois da boate. –ela respondeu e ouvi risinhos.

Elas dobraram o corredor e senti um embrulho no estômago. Então era isso que eles fizeram depois que saíram da boate. Sempre soube que Luke tinha algo com aquela garota, e ali estava a prova concreta disso.

—Você ouviu isso? –perguntei, sentindo um nó se formar em minha garganta.

—É melhor deixar pra lá. Esquece ele, Soph. –Rafa disse e colocou a mão em meu ombro, afagando de leve.

—Vou ao banheiro. Não estou me sentindo muito bem.

—Não me diga que é por causa disso?

—Não. –respondi e dei um meio sorriso, como que para confirmar o que eu disse. –Na verdade, eu estava mal desde manhã. Acho que o café não me fez muito bem.

—Ok então. Eu aviso á professora que você não estava passando muito bem.

Assenti e praticamente voei até o banheiro. Por sorte ele estava vazio e eu me tranquei em uma cabine. Fechei a tampa da privada e lá me sentei, abraçando meus joelhos e deixando as lágrimas caírem. Ao contrário do que eu disse ao Rafa, o enjoo que eu estava sentindo era nojo o que eu ouvira. Sempre soube que aquela garota tinha algo com Luke, e agora tinha absoluta certeza. Outra coisa que eu tinha absoluta certeza era da inexistência dos sentimentos de Luke por mim. Ele nunca sentira nada, tudo foi apenas um poço de mentiras e ilusões.

Não sabia o que sentir. Só desprezo, nojo, raiva e um pouco de tristeza. Enxuguei minhas lágrimas com força. Não poderia desperdiça-las com quem não merecia nem metade delas.

Escutei passos no piso de mármore. Um par de pernas que eu conhecia muito bem pararam na frente da minha cabine.

—Eu sei que você está aí, Sophia. –a voz rígida de Nina ecoou no banheiro vazio. –Anda, saia e vamos conversar.

—Quero ficar um tempo sozinha. –falei, a voz falhando.

—Ou você abre essa porta em 3 segundos, ou eu derrubo ela. E, confie em mim, não vou ser suspensa sozinha.

Sim, Nina seria capaz disso. E, apesar de não querer conversar com ninguém, também não queria ser suspensa.

Abri a porta depois de exatos 2 segundos e me deparei com minha amiga se preparando para chutar a mesma.

Ela me olhou, atenta e  sua expressão se suavizou.

—Rafa me contou o que aconteceu. Sinto muito você ter que passar por isso. Luke é um canalha e, no entanto, não será o último que te magoará. Você terá de conviver com isso e, ao invés de ficar sofrendo pelos cantos, deverá aprender com cada um deles o que você não deve fazer mais.

—Mas dói, Nina. Você não tem ideia do que se está passando aqui dentro. –falei e apontei para a região do coração.

—Você gostava tanto assim dele?

—Gostava, Nina. Afinal, foi cerca de um mês e meio. E também tem o fato de eu nunca ter sentido nada assim por ninguém antes. Ele foi o primeiro garoto que eu gostei de verdade. E me dói muito ver que não foi recíproco. Que tudo o que tivemos não passou de um mero caso.

Nina refletiu um pouco. Por fim, disse:

—Bem, o que resta agora é esquecer. Não adianta ficar trancada no banheiro chorado. Você não vê o Luke andando cabisbaixo pelos cantos. Você deve fazer da mesma forma que ele! Bola pra frente! Invista no Brian, que realmente é uma boa pessoa.

—Não quero nada com mais ninguém por um tempo. Principalmente se for com Brian. Ele merece alguém inteiro, não de coração partido. –respondi e enxuguei minhas lágrimas.

—Você é quem sabe. Mas você sabe que Brian vai vir atrás de você, afinal vocês se beijaram ontem. E aí, vai dizer o quê?

—Vou dizer que não quero nada com ninguém no momento. E isso tem de bastar, pelo menos por enquanto.

Ela me olhou e deu um meio sorriso.

—Quem diria que eu iria dar consolo a você por causa de garotos?

—Eu apostaria minhas fichas no Rafa, se quer saber. –falei e sorri, sem humor.

—É nessa hora que eu te dou um abraço? –ela perguntou e eu não aguentei. Desabei no choro.

—É, Nina. É exatamente nessa hora. –falei, em meio aos soluços.

Ela me deu um daqueles abraços de urso que retiram o ar de dentro da gente. Aqueles abraços que parece que te deixam vulnerável e apta a colocar todos os sentimentos ruins para fora. E eu precisava tanto de um abraço desses. Tanto, tanto.

—Isso tudo vai passar, Soph. Confie em mim, daqui a alguns dias você vai estar sentada no colo do Brian e rindo da situação. –Nina disse e riu, baixinho.

Assenti, embora não tivesse acreditado 100%. Isso ia passar, claro. Nada dura para sempre. Mas não ia ser tão simples.

Coração machucado demora muito tempo para se curar. E, no final, ainda restará cicatrizes.

Continua...


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Notas finais do capítulo

Beijos e até o próximo capítulo :*



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