Real world escrita por Bi Styles


Capítulo 30
Capítulo 28


Notas iniciais do capítulo

Oi gente!
Trago boas e más notícias.
A má notícia é que eu voltei ás aulas, e só terei tempo de postar capítulos aos finais de semana, ou nem isso :/ Desculpem.
AGORA VAMOS AS BOAS NOTÍCIAS!
A primeira boa notícia é que uma leitora (Lu, beijão pra você ♥) me deu uma incrível ideia de como apresentar os personagens pra vocês. Uma ideia que será surpresa :x Mas que sairá daqui á algumas semanas. Aguardem!
A segunda boa notícia é que eu tenho mais dois capítulos prontos, só que da outra fanfic! ÊÊ! Eu estava tendo uma crise de criatividade com a outra fic, mas que finalmente foi embora.
SEM MAIS DELONGASSS, vamos ao capitulo!



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A expressão na cara deles era de puro espanto. Imaginem como deveria estar a minha cara.

—O que... o que... –comecei a gaguejar. As palavras não saíam. Eu já imaginava algo ocorrendo entre eles, mas não conseguia processar aquilo que eu acabara de ver.

—Sophia, a gente pode explicar... –Rafa começou e se levantou.

Eu continuei sem conseguir falar.

—É que a gente tava... é... –Rafa parecia tão perdido quanto eu.

—Se beijando. Eu percebi. –minha fala finalmente saiu.

—Mas isso foi totalmente sem querer. –Nina falou e se levantou, ficando ao lado de Rafa.

—Claro. –ironizei. –Vocês estavam sozinhos, sem ninguém, e decidiram se pegar.

—Exatamente. –Rafa confirmou.

—Por quê vocês simplesmente não assumem que estão tendo um caso há séculos e eu, como péssima amiga, nunca percebi? –eu estava sendo dramática? Um pouco.

—Não é assim, Soph... –Rafa tentou se aproximar, mas eu me esquivei.

—Claro que é! Eu devia ter percebido antes! –exclamei. –Se bem que vocês também deveriam ter me dito antes!

—Ah, falou a pessoa que escondeu de nós que estava ficando com o Luke. –Nina revirou os olhos, irritada.

—Mas é diferente! –me defendi.

—A gente só queria que isso não acabasse com nossa amizade. –Nina disse e cruzou os braços.

Um silêncio desconfortável pairou no ar. Nina, ainda irritada, saiu daquele pequeno espaço, alegando que iria conversar com um professor.

Encarei Rafa, meu melhor amigo desde sempre e senti uma decepção tão repentina que meu mundo pareceu girar. Caramba, eram praticamente 17 anos de amizade, e ele não contara pra mim. Se bem que eu também não contei pra ele... Mas mesmo assim.

—Sério isso Rafa? –falei e me sentei, sendo seguida por Rafa, que pegou no meu ombro.

—Desculpa, Soph. De verdade. –ele falou. –Eu só não sabia o que falar.

—Só era falar: Sophia, eu e a Nina estamos namorando. –falei e o encarei. Um sorriso se formou em seu rosto.

—Não estamos namorando. –notei uma pontada de decepção na voz dele.

—Então...? –arqueei uma sobrancelha.

—Nina não quer nada sério, por enquanto. Ainda está abalada com a história dela com o Nathan. –ele desviou o olhar e suspirou. –Eu realmente queria algo sério com ela, Soph. Mas ela não quer.

—Quando isso começou?

—Eu comecei a gostar dela há uns dois anos, por aí. Não te falei por que não via necessidade. Mas aí ela nem ligava pra mim, vivia cheia de garotos por perto. Não valia a pena investir nela. Quando eu finalmente tomei coragem pra falar com ela, ela disse que estava namorando com o Nathan.

—Então ela acabou o namoro dela com o Nathan e você aproveitou. –meio que concluí.

—Não. –ele respirou fundo. –Digamos que quando a Nina estava namorando o Nathan, a gente meio que ficou. –ele admitiu.

—Sóbrios?

—Totalmente. –ele afirmou. –Nina nunca gostou do Nathan de verdade. Talvez gostasse da companhia dele, ou até mesmo o fato de não querer ficar sozinha. Acho que o namoro deles só durou o tempo que durou por que a Nina sabia fingir bem.

—Então você virou um amante? –eu estava um pouco incrédula.

—Foi sem querer, Soph. Só que aí, eu não parei de pensar nela. E o pior é que nesse dia eu falei que gostava dela, não como amiga e tal. Ela só disse que eu não a merecia.

—Sério?

—Sim. –ele riu da própria desgraça.

—Foi só isso?

—Lembra quando a gente teve uma pequena briga um dia depois da Nina beijar o Luke? –ele perguntou e eu assenti. –De noite eu voltei lá. Pedi desculpas e a gente ficou. Ela disse que terminaria o namoro com o Nathan e ficaria comigo. Falou até que estava um pouco apaixonada por mim. Imagina como eu fiquei?

Sorri, feliz por eles dois.

—Mas depois dela ter terminado de fato com ele, ela ficou meio chocada. Acho que ela não imaginava que ia doer tanto, ou algo do tipo. Falou que ia continuar ficando comigo, mas que não queria que fosse público. –ele continuou. –Eu ás vezes fico irritado com isso, e a gente briga bastante. Dá pra ver não é?

—Com certeza.

—Aí hoje ele quis voltar com ela. –ele sorriu. –E ela disse “não”. Disse que estava muito feliz com outra pessoa, mais do que jamais esteve. Caralho Sophia, você não sabe como eu fiquei feliz.

Sorri e o abracei.

—Então, não vai começar esse namoro logo não? –perguntei. –Tá na cara que ela mudou de ideia.

—Quero que seja especial. E você vai me ajudar. –ele sorriu e assenti.

—Pode deixar. –falei e afaguei seu ombro.

—Mas agora vamos tirar o foco de mim. Como foi com Luke?

—Ah... –fiquei totalmente sem jeito.

—Pode me falar que vocês se pegaram loucamente na quadra. Ou nos vestiários. Sei que teve jogo hoje.

—Pois é. –falei, apenas e sorri sem jeito.

—O que foi? –ele perguntou e dirigiu aqueles olhos incrivelmente azuis para mim.

—Você acha que há a probabilidade de eu estar apaixonada pelo Luke? –perguntei e ele suspirou.

—Quer que eu seja totalmente sincero com você? –ele perguntou e eu assenti. –Acho que você se apaixonou por ele desde o dia que ele te salvou do... Você sabe. Agora só falta você admitir.

—Eu deveria sair dessa. –falei e coloquei as mãos no rosto. –Vou acabar me machucando.

—Ah, Sophia. Se apaixonar é se machucar. –ele falou e me abraçou.

...

Nas últimas aulas, como de costume, fui para a sala de música.

Pelo visto me atrasei um pouco, já que estava cheia. Poucos me viram chegar; estavam muito ocupados com suas duplas. Inclusive Luke, que sorria o tempo todo para a novata. Eu tinha que saber o nome dela.

Kaio veio ao meu encontro e sorriu.

—Se atrasou um pouco, não é? –ele perguntou.

—É. O professor me prendeu um tempinho a mais em sala. –expliquei e nos sentamos perto do piano.

—O professor nos disse que deveríamos ver qual instrumento sabíamos tocar e treinar. –ele falou e eu percebi que as duplas, cada uma, usava diferentes instrumentos. Ainda bem que a sala era ampla, se não seria muito barulho e seria extremamente desgastante.

—Digamos que não sei tocar nenhum. –falei e sorri.

—Eu sei tocar piano. Violão também. Guitarra e bateria mais ou menos. –ele falava e contava nos dedos. Fiquei surpresa.

—Muitos talentos, não é?

—Você não viu nada. –ele piscou pra mim. –Mas e aí, vamos para qual?

—Em qual você é melhor?

—Bem, eu toco piano desde os 5 anos. Sou muito bom nele.

—Então que tal começarmos por ele? –eu falei e ele nem esperou. Já sentou no banco do piano e estalou os dedos.

—Sabe cantar The Scientist? –perguntou.

—Sim. –respondi e ele começou a tocar. Na verdade, eu deveria ter dito que aquela era uma das músicas da minha vida. De verdade.

Come up to meet you, tell you I'm sorry (Vim para lhe encontrar, dizer que sinto muito)

You don't know how lovely you are (Você não sabe o quão amável você é)

I had to find you, tell you I need you (Tenho que lhe achar, dizer que preciso de você)

And tell you I set you apart (E dizer que eu escolhi você)

Foi intenso. Simplesmente intenso. Kaio tocava muito bem. E, modéstia parte, eu cantava muito bem. Formávamos uma grande dupla.

Quando cantei a última estrofe, senti os olhos lacrimejarem. Era uma música muito importante pra mim. Meu avô costumava cantar ela para a minha avó, e eu e Pietro sempre escutávamos. Sempre que escuto ela, hoje, não consigo conter a emoção.

Ouvi palmas atrás de mim e me virei, vendo meu professor olhando maravilhado para nós dois.

—Excelente! –ele elogiou. –A sincronia de vocês dois é espetacular!

—Obrigada. –respondi e Kaio fez o mesmo.

—Espero que continuem assim. Até agora, é nossa dupla mais promissora. –ele deu uma piscadela pra mim e saiu.

Olhei para Kaio e sorri.

—Podemos ter chance no show de talentos. –informei e ele sorriu.

—Com você cantando assim, não tenho dúvidas. –ele falou.

—Eu gostaria de também saber tocar, aí poderia te acompanhar...

—Se quiser, te ensino. –ele se ofereceu.

—Sério?

—Vem, senta aqui. –ele falou e deu espaço para que eu sentasse no banco do piano, do seu lado.

Sentei e senti que estávamos muito próximos. Muito mesmo.

—Primeiramente, você deve aprender as notas de cada tecla dele. –ele instruiu. –Essa é a nota dó, essa é a ré, mi, fá, só, lá, si, dó. –continuou falando das notas e eu prestando atenção. –Essas pretas também auxiliarão na construção da música. Essa aqui é a dó, ré... –ele falou e eu continuei apenas observando. –Entendeu?  

—Okay. –assenti e ele continuou na explicação.

—Nas partituras, as notas vão vir em forma de símbolos, cada uma representada por um desenho diferente. São fáceis de decorar, com um tempo você vai ver. –ele folheou as partituras que estavam no piano e pegou uma da música “Drag me Down”. Pirei só de ver. –A parte mais difícil vem agora. Que é tocar. Tem que ser rápido. E ágil. Preste atenção nos meus dedos.

Ele começou a tocar e eu tentei prestar atenção ao que ele mandou. Mas, antes que eu percebesse, comecei a acompanhar a música, e Kaio sorriu.

If I didn't have you there would be nothing left (Se eu não tivesse você não haveria nada sobrando)

The shell of a man that could never be his best (Só o casco de um homem que nunca pôde ser seu melhor)

If I didn't have you I'd never see the sun (Se eu não tivesse você nunca veria o sol)

You taught me how to be someone, yeah (Você me ensinou a ser alguém, yeah)

—Bem, parece que eu peguei uma música que você gosta. –observou.

—Eu AMO essa banda. –expliquei e continuei a música, com ele sempre tocando com seus dedos incrivelmente ágeis. Não sei por quê, mas imaginei aqueles dedos tocando minha pele, nos meus pontos mais sensíveis. Só de imaginar, me arrepiei.

Ao terminar a música, notei o olhar dele sobre mim.

—Você canta maravilhosamente bem. –elogiou.

—Obrigada. –respondi e sorri. Desviei o meu olhar do dele e olhei para o restante da sala. Luke estava bastante entretido com a novata e sorria, divertido. Estavam tão próximos que poderia se beijar facilmente.

Meu sorriso desmanchou totalmente. Me virei novamente para Kaio, que voltara a se concentrar no piano. Ele tocava um misto de notas, só para praticar. Não era nenhuma música em particular.

—O que você e o Luke tem? –ele perguntou, em baixo tom.

—Nada. –respondi.

—Você responde isso pra todo mundo, não é?

—Praticamente. –sorri fraco.

—Vocês viraram o boato da escola. Todo mundo fala de vocês.

—É complicado.

—Percebi. –ele disse e lançou um olhar para onde Luke estava, certamente vendo ele e a piranha. Quer dizer, novata.

Pressionei os lábios, unindo-os em um só. Eu queria chorar.

—Você gosta dele? –perguntou.

—Não sei. –fui sincera. –Só sei que dói, ver ele com outras garotas.

Ele sorriu.

—Abby é uma garota que parece ser inocente. –comentou, acho que se referindo a novata. –Se ele der sorte, sairá vivo dessa.

—Você a conhece?

—Somos primos, infelizmente. –ele falou, meio decepcionado. –Ela destruiu o coração de três amigos meus. Nunca mais falei com eles.

—Sério? Meu Deus.

—Pois é. Uma víbora, de fato. Alerta ele, antes que seja tarde. –pediu e vi que não estava brincando.

—Se ele me der ouvidos...

—Por quê não daria? Pelo o que eu soube, ele geralmente expõe as meninas e faz questão de sair desfilando com elas como troféu. Se ele não faz isso com você, talvez seja porque você seja diferente.

—Não entendo por quê todo mundo insiste em dizer que eu sou diferente pra ele. –falei e balancei a cabeça.

—Talvez seja por que você é? –ele me encarou. Engoli em seco.

—Eu não sou, Kaio. Nunca irei ser. Não sei de onde todo mundo tira essas conclusões, mas estão erradas.

—Será?

—Só quero aprender a tocar piano. Pode ser?

Ele ia protestar, mas ao que parece, desistiu na metade do caminho.

—Tudo bem. Vamos continuar, então.

...

Na saída da escola, notei uma coisa estranha. Onde, diabos, estava o meu ônibus?

—Cadê o seu ônibus? –Rafa perguntou, olhando ao redor. Nina, que estava do meu lado (estranhei ela não querer ficar perto do Rafa já que eu sabia de toda a verdade), riu.

—Acho que alguém perdeu o ônibus. –provocou.

—Não, não. Eu saí na mesma hora de sempre.

—Pode ser que ele tenha quebrado em algum lugar ou algo do tipo, Soph. Quer que eu te dê carona? –Rafa ofereceu.

—Pode ser. –aceitei, sem nem pensar.

Ficamos esperando na calçada, nós três, como nos velhos tempos. Nina foi a primeira a ir embora, indo com o pai. Ela não se despediu do Rafa da maneira que eu esperava, me deixando desapontada.

A mãe dele chegou minutos depois. Ao analisar o carro, pude ver que eu não poderia pegar a carona.

Os seus 5 irmãos mais novos estavam praticamente se espremendo no banco de trás. Não dava para eu ir, para a minha infelicidade.

—Ah, Sophia... –Rafa se virou e pediu desculpas silenciosamente.

—Não, não tem problema. –sorri. –Minha casa é pertinho daqui. Dá para eu ir a pé.

—Tem certeza? Se quiser eu vou com você...

—Eu estou bem, Rafa. –falei e senti meu braço se arrepiar.

—Tudo bem. –ele falou e me abraçou. –Qualquer coisa, minha mãe está com o celular dela.

Assenti e ele foi embora. Eu iria pra casa sozinha. Sozinha. Sozinha.

Já passavam das 5 horas, daqui a pouco iria anoitecer. E eu iria sozinha para casa. O que deu na minha cabeça para querer ir a pé?

Comecei a andar rapidamente, respirando ofegante. Parecia que o ar estava faltando em meus pulmões. A minha garganta parecia estar fechando devagar, me sufocando aos poucos. Comecei a hiperventilar, procurando um ar que não queria vir.

A cada esquina que eu dobrava, a cada rua que eu atravessava, parecia que eu sentia a morte se aproximando.

Eu não vou morrer, não vou morrer. Está tudo bem. É tudo coisa da minha cabeça. Não há ninguém me seguindo. Não há ninguém me querendo fazer mal. É só coisa da minha cabeça. Da minha cabeça.

Minhas mãos começaram a ficar dormentes e comecei a sentir calafrios. O que estava acontecendo comigo?

Parecia que o caminho até a minha casa estava mais longo que o normal. Eu estava andando em círculos, será? Ou estava enlouquecendo a ponto de não saber onde morava?

Olhei para trás, tendo a leve impressão de estar sendo seguida. Eu queria gritar por socorro, mas sabia que ninguém viria. Luke não estava aqui para me salvar novamente.

Vi um vulto atrás de mim. Corri.

Entrei em uma rua que não daria para a minha casa e dobrei duas, três, quatro, cinco, seis esquinas correndo. Quando dei por mim, não sabia mais onde estava.

Olhei ao redor. Não tinha a mínima ideia de onde estava. Era uma rua esquisita, com casas escuras e muita sujeira. E o pior era que estava quase escurecendo. Mais alguns minutos e eu iria ficar perdida em uma rua escura e estranha.

Me sentei no chão e comecei a chorar.

A sensação de medo havia passado, mas eu estava perdida. Isso nunca tinha acontecido antes.

Massageei minhas têmporas, tentando clarear meus pensamentos.

Foi então que eu lembrei do meu celular.

Vasculhei minha bolsa á procura dele e o achei.

Pra quem eu ligaria? Minha mãe não, ela estava no hospital com minha avó. Pietro... não sei. Ele viria, com certeza. Mas me perguntaria o por quê de eu ter me perdido, e isso iria acabar com eu contando da noite do desastre. E eu não queria isso.

Rafa disse que eu podia ligar para ele, mas ele não sabia dirigir. E a mãe dele vindo me pegar significaria ela contando a minha mãe. Brian estava totalmente fora de questão.

Só sobrava a pessoa que eu não queria ver. Luke.

Liguei sem nem pensar para ele.

                           LIGAÇÃO ON

—Sophia? —a voz dele soou antes de eu falar qualquer coisa.

—Luke... Eu preciso da sua ajuda. –minha voz soou abafada, embargada pelo choro.

—O que aconteceu? Você está bem? —ele estava preocupado, sem dúvidas.

—Não Luke. –comecei a chorar. –Estou perdida.

—Me diga exatamente onde você está. Irei aí agora. —ele falou e ouvi o barulho de uma porta batendo.

—Não sei. É uma rua esquisita, escura.

—Não tem nada de diferente nela?

Olhei ao redor.

—Tem uma espécie de garagem. Nela, tem uma placa que diz “Autopeças Clark”.

—Chego aí em cinco minutos.

                      LIGAÇÃO OFF

Eu contei 4 minutos e 10 segundos, até que avistei um carro se aproximar.

Luke desceu dele e correu na minha direção. Enquanto fazia isso, meu corpo todo reagiu de uma forma tão boa que eu não tive mais medo. Meu coração disparou quando ele me abraçou forte e beijou o topo da minha cabeça.

—Está tudo bem. Estou aqui agora. –falou enquanto eu soluçava.

Só de vê-lo ali, me senti segura. Seus braços me segurando, seu perfume incrivelmente cheiroso. Não tinha outro lugar onde eu quisesse estar.

Eu queria tê-lo só pra mim. Queria que ele pudesse enxergar isso. Que ele pudesse ver que eu era a pessoa perfeita pra ele. Que eu precisava dele. E que ele precisava de mim.

E foi ali, no escurecer da noite, que eu percebi que estava apaixonada por Lucas Layght. E que isso acabaria comigo.

Continua...


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Notas finais do capítulo

Podem pirar, eu deixo.