The Woods escrita por The Wanderer


Capítulo 30
Persuasão


Notas iniciais do capítulo

Oi gente, dessa vez consegui postar mais rápido hahaha.
Esse capitulo está todo com um formato diferente, mas é porque não é do ponto de vista da Lucy, então está todo em 3ª pessoa.
Aproveitem!!



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Finas gotas de chuva caiam preguiçosamente sobre eles e sobre a rua a frente, fazendo com que o asfalto molhado reluzisse, combinando com o cheiro maravilhoso de chuva. Eles estavam andando em silêncio havia algum tempo agora, Luke não sabia dizer quanto, se contentou momentaneamente em apenas seguir Elinor e apreciar a chuva. Ela por sua vez andava rápido, provavelmente por causa da chuva, que molhava levemente seus cabelos fazendo com que alguns fios grudassem ao longo de seu pescoço e rosto.

A chuva a deixava surpreendentemente linda.

Elinor, virou levemente o rosto para o lado, como se tivesse ouvido os pensamentos do garoto e viu que Luke a encarava, sorriu travessa para si mesma de modo que ele não visse. Provavelmente ele nem havia notado que a fitava deliberadamente.

— Chegamos!

Ela parou na frente de uma loja pintada de rosa claro com bolinhas marrons e uma placa que trazia letras grandes e redondas. Nada mais de acordo para uma loja de bolos e doces.

— Aqui tem o melhor bolo da cidade inteira. — Ela disse enquanto se virava para entrar na loja. — E também, é claro, onde eu trabalho.

Luke entrou na loja sentindo como se estivesse entrando dentro de um bolo gigante decorado, era quase assustador.

— Hoje é meu dia de folga.

Ela se sentou em uma das mesinhas e apontou a cadeira a sua frente para que ele se sentasse. Luke se sentou ainda olhando ao redor da loja tentando digerir todos os detalhes da decoração.

— Presumo que trabalhar aqui com essa decoração seja questão de costume?

— Acertou em cheio. — Ela riu.

— E o que te levou a trabalhar aqui?

— A loja é da minha mãe, vai ser minha um dia. — Elinor deu de ombros e olhou em volta. — Talvez eu de uma redecorada quando isso aqui for meu.

Luke sorriu com a ideia. Ficou imaginando como Elinor a redecoraria.

— Quantos anos você tem? — Luke perguntou.

— Que indelicadeza! — Ela ergueu uma sobrancelha fingindo estar ofendida. — Sua mãe não te ensinou a nunca perguntar isso a uma dama?

— Desculpe-me. — Respondeu Luke entrando na brincadeira. — Mas não, ela não me ensinou não.

Ele sorriu quando viu que ela estava surpresa e sem resposta.

— Bem de qualquer forma, não passo informações pessoais para estranhos. — Replicou ela, permanecendo na personagem.

— Estamos dentro da loja de doces da sua mãe. — Luke enfatizou “da sua mãe” e ergueu uma sobrancelha.

Ela apertou os lábios tentando não rir. Ele havia ganhado essa.

— Ok, ok, você venceu, tenho 20 anos.

— Nossa não parece mesmo, diria que você tem uns 17. — Disse Luke espantado.

— Não sei se isso é bom ou ruim. — Ela abriu um meio sorriso inclinou a cabeça e olhou desafiadoramente pra ele.

— Só um comentário. — Devolveu o sorriso.

— E você sr. Espertinho, quantos anos tem?

Luke fingiu uma expressão afetada e levou uma de suas mãos ao peito.

— Mas sua mãe não lhe ensinou que não é educado perguntar a idade de cavalheiros?

Elinor gargalhou.

— Não e isso nem é falta de educação.

Ele fingiu ficar emburrado.

— Hunf mas deveria. — Cruzou os braços. — Eu tenho 18 anos.

—Nossa mas como você é novinho.

— Falou a moça 2 anos mais velha.

— Exatamente meu caro, 2 anos porém mais velha. — Ela disse o provocando.

— Noossa como ela é velha, tragam uma bengala. — Replicou ele em um tom zombeteiro.

— Só se for pra dar na sua cabeça.

Os dois riram.

Eles continuaram a conversa pela manhã toda, almoçaram por lá e depois Elinor sugeriu que dessem uma volta para conhecer a cidade. Luke pediu para que ela lhe mostrasse algum lugar onde ele poderia arranjar um emprego e eles passaram por todas as poucas e pequenas lojinhas do vilarejo. O dono da vendinha local acabou se mostrando bastante interessado em dar o emprego a ele. Luke prometeu que voltaria no dia seguinte com seu currículo em mãos, currículo esse falso, porém crível.

Antes que ele se desse conta, o céu, antes plúmbeo, agora estava escurecendo em tons mais fortes. Já estava anoitecendo.

— Como pode já estar anoitecendo? — Disse dando voz a seus pensamentos.

— Não viu o tempo passar? Cuidado que eu vou presumir que foi porque você tava comigo e vou começar a me achar o máximo.

Luke deu um meio sorriso, pensando “e não é?”

Ela sorriu de volta e se aproximou dele.

— Sabe, as noites aqui são bem frias, acho melhor nós irmos para um lugar mais quente, a não ser que você queira morrer congelado aqui. — Ela disse baixando o tom de sua voz consideravelmente.

Elinor olhava de uma maneira um tanto quanto sugestiva para Luke, que por sua vez, não era ingênuo e já havia entendido o recado, só que entender não era o problema. Se fosse com ela agora, ele sabia que não haveria volta, não poderia mudar de ideia mais tarde. Claro que, ele talvez, só por uma pequena parcela de chance, estivesse pressupondo de uma maneira apressada e extrema e as coisas acabassem de um jeito bem mais inocente, como com chocolate quente e filme, mas do jeito que as coisas tinham se encaminhado até o presente momento, era improvável.

Todo o impasse dele quanto a aceitar o convite dela ou não passou tão rápido por sua cabeça que ele não conseguiu se fixar a nenhum pensamento. Ele não tinha resposta, não sabia o que fazer, inclusive, estava levemente nervoso, sensação extremamente estranha a ele.

Então, pensando o mais rápido que conseguiu, escolheu o caminho mais seguro, mesmo que ele não estivesse certo disso, que na dúvida, é sempre o melhor.

— Acho melhor eu voltar pro albergue nesse caso. — Disse evasivo.

Mas ele hesitou.

E ela percebeu.

— Bom, claro, você pode voltar ao seu albergue e eu a minha casa e nós dois passarmos o resto dessa noite fria e chuvosa sozinhos e tentando nos aquecer... — Ela se aproximou mais dele até chegar ao pé de seu ouvido e sussurrou: ­— Ou você pode vir comigo.

Foi naquele momento que Luke soube que havia perdido e que seguiria ela acima de qualquer empecilho que qualquer parte de sua mente queria impor. De certa forma, mesmo não conseguindo manter seus pensamentos no lugar, ele estava consciente do que estava fazendo e de que a olhou de forma tão profunda, quase agressiva, que soube que suas próprias intensões estavam tão legíveis em seu olhar como nas páginas de um livro.

Ele apenas concordou com a cabeça e ela pegou sua mão e o conduziu todo caminho até sua pequena casa. Quando chegaram ela pegou suas chaves e rapidamente abriu a porta fazendo um gesto para que Luke entrasse.

— Essa é minha casa. — Disse fazendo outro gesto para o espaço a sua frente. — É pequena mas é aconchegante.

Assim que ela virou para encarar ele, Luke a surpreendeu e apoiou suas mãos na parede uma de cada lado de Elinor, de forma que a prendesse.

— Aham, parece bem aconchegante, espero que seja mesmo.

Elinor sorriu com a insinuação dele e não teve tempo de responder nada porque ele a beijou logo em seguida.

Foi um beijo intenso, urgente, quase bruto, reflexo do desejo dos dois. Luke agarrou os cabelos dela enquanto apertava a cintura dela com a outra mão. Ela por sua vez, arranhava a nuca dele enquanto a outra mão se ocupava de passear por seu abdome. Luke passou seus beijos para o pescoço dela, atacando aquela área impiedosamente, provavelmente ficaria marcado no dia seguinte, mas ele não se importava e muito menos ela. Fez um gesto de tirar a blusa dela e Elinor ergueu os braços para ajudá-lo, fazendo o mesmo com ele logo em seguida.

— Será que tirar as roupas é um bom jeito de ficar aquecido? — Ela disse levemente ofegante em um tom ingênuo.

Luke abriu seu meio sorriso mais perverso.

— Sim, eu te mostro.

Dizendo isso, a ergueu no colo do modo que ela entrelaçasse suas pernas envolta da cintura dele e tomou o caminho para o quarto dela.


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Notas finais do capítulo

AEEE FINALMENTE!
Vcs me entenderam... hahahaha.
Até a próxima, beijoss.



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