No Dia Seguinte

Angel literalmente não saiu da cama, Alasca ficou com ela no quarto. Ela passou o domingo inteiro na cama sorrindo a toa. Acordou no dia seguinte com sono, jogou o celular na mochila, tomou um longo banho e nem viu o que colocou, prendeu o cabelo de mau jeito, jogou a mochila nos ombros e saiu de casa, outra vez estava sem fome ou pelo menos não queria comer. Começou a sentir uma tontura, mas deu tapa na própria cabeça e melhorou um pouco. Entrou na escola ainda um pouco tonta, agora com dor de cabeça. Ela repara que alguns ficavam a olhando com um olhar estranho, alguns riam baixo outros pareciam ter pena, aquilo era beem estranho, mas Angel preferiu ignorar. Guardou suas coisas no armário e foi pro pátio onde algumas pessoas ainda a olhavam estranho, ela colocou seu fone de ouvido, fechou os olhos, presa em seus pensamentos. A música parou e seu celular vibrou, viu que era uma ligação, ela foi por clube de jardinagem e atendeu.

Angel – alo?
Xxx – ola pirralha. – disse com voz de nojo, Angel logo reconheceu aquela voz.
Angel – Selma?
Selma – olha, a borralheira aprendeu meu nome? Que bonitinho.
Angel – o que você quer? – disse brava.
Selma- calma. Só estou te ligando pra avisar.
Angel – avisar o que?
Selma – que se você contar sobre a Lua para o seu pai, você vai ver só.
Angel – Lua? – Lua era uma irmã mais de nova de Angel que Selma avia mandado para o internato quando pequena, ela era uma garota de 10, nasceu meses antes da morte da mãe. O pai de Angel não sabia que Lua ainda estava no internato, nem se lembrava mais dela. (absurdo isso)

Selma – ela mesma.
Angel – há, pois ele vai saber logo, logo. Caso não saiba, faz um tempo que eu pedi a transferência dela.
Selma- FOI VOCÊ? POR ISSO QUE AQUELA PIRRALHA VAI SAIR?
Angel – claro, por que acha que eu fui embora daí do nada? Fazia um tempo que eu vinha trabalhando nisso, Lucy ficará sobe minha guarda. Você não vai mais poder fazer nada pra ela.
Selma - você vai se ver comigo, vou contar tudo pro seu pai. Que você roubou a menina de lá.
Angel – eu não a roubei, eu vou tira-la daquele inferno que você quase me colocou lembra? Mas eu consegui sair em menos de meses.
Selma- e quem você acha que ele vai acreditar?
Angel – pouco importa, a opinião do meu pai não me interessa. Preferiu ficar na lua de mel com você do que ficar com a própria filha na morte recente da mãe.
Selma- talvez porque você seja uma inútil.
Angel – você vai ver.

Angel desligou transtornada. Era por isso que ela avia se mudado de volta para o Brasil então? Nenhum motivo a mais? Ela se sentou no chão, estava furiosa com Selma. Pelo menos veria sua irmã em pouco tempo. Ouviu um barulho, se virou e viu Castiel.

Castiel – tá tudo bem? – perguntou se aproximando.
Angel – tudo, claro.
Castiel – e que eu ouvi você gritando, pensei que estivesse com problemas.
Angel – affs. Me diz... Por que tudo tem que ser tão complicado?
Castiel – complicado como?
Angel – slá, quando você resolve um problema aprece outro e isso faz você lembrar de outros problemas que já tinha esquecido.
Castiel – nossa, está com tantos problemas assim?
Angel – acho que exagerei um pouco.
Castiel – hum, mas por que essa preocupação toda?
Angel – to esperando uma visita. Uma visita muito especial, que eu não vejo há muito tempo.
Castiel – quem seria? Alguém lá de Miami? – perguntou com uma ponta de ciúmes.
Angel – não, mas vocês vão se conhecer. Acho que vai c=gostar dela.
Castiel - (dela?) – pensou aliviado.
Angel – bem, eu acho que a gente deve ir pra sala.
Castiel – vamos, então.

Eles saem e Castiel pega sua mão, Angel olha, mas tenta agir normalmente. A aula de história passa rápida, alguns alunos ainda olhavam pra Angel, e aquilo começava á incomodar. O sinal tocou e ela foi pro pátio acompanhada de Castiel e Lyssandre.

Angel – é impressão minha ou as pessoas não param de me olhar?
Lyssandre – também percebi.
Castiel – estranho.

Peggy, a “repórter” (intrometida em outras palavras) da escola, chega dando um jornal para Angel.

Peggy – acho que vai gostar dessa edição, hi, hi, hi. – ela sai.

Angel começa a ler e vê logo na segunda pagina. “Novata Misteriosa”. Tinha uma matéria inteira sobre Angel, começava falando sobre ela tocar e cantar, falava de sua mãe, seu pai e até mesmo sua irmã.

Angel – isso explica. – Angel joga o jornal e pra Lyssandre e sai.
Castiel – eu não acredito nisso. – disse lendo a reportagem.
Lyssandre – como que alguém poderia ter essas informações da Angel?
Castiel – eu já sei. – Castiel sai e Lyssandre o segue. Eles se deparam com Angel discutindo com Nathaniel e Peggy.
Angel – você não pode sair escrevendo o que acha dos alunos no jornal! – disse enfurecida.
Peggy – eu só disse o que sei sobre a nova aluna, os outros merecem saber.
Angel – NINGUÉM PRECISA SABER DA MINHA VIDA. ISSO SÓ INTERESSA A MIM OUVIU?
Peggy - ... Eu não acho.
Angel – Nathaniel, como você deixa uma pessoa entrar na sala dos representantes e depois postar tudo sobre um aluno no jornal? Cadê a responsabilidade?
Nathaniel – mas a Peggy não entrou na sala, eu estava o tempo todo.
Angel – ta me dizendo que você tava o tempo todo e ela pegou e sem vo9ce a ver? Ta com a cabeça nas nuvens? – Nathaniel fica vermelho, mas disfarça.
Peggy – e quem disse que eu entrei na sala dos representantes?
Nathaniel – ham?
Peggy – foi a sua irmã que me contou tudo. Ela entrou na sala dos representantes e pegou o histórico da Angel e me deu. Eu só publiquei.
Angel - ... - Angel passa a mão nos cabelos com raiva. – Eu ainda mato aquela idiota.
Nathaniel – calma, ninguém precisa matar ninguém. – Castiel vai até eles.
Castiel – eu e que devia te matar.