Anjo Rebelde - Amor Doce escrita por Anjo Rebelde


Capítulo 3
Capítulo 3 - Lágrimas De Um Anjo


Notas iniciais do capítulo

Você posta um história com dois capítulos, dai no dia seguinte você vai postar o terceiro e vê que já tem duas pessoas acompanhando e umas 27 visualizações... Por essa eu não esperava :D

Espero que gostem.

Boa Leitura.



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No Dia Seguinte

Angel acordou com seu celular tocando, hora de acordar. Fez suas higiene matinais e colocou a primeira roupa que viu: uma calça moletom preta, blusa vermelha de ombro caído, sua tradicional jaqueta preta, um All Star vermelho e um boné branco. Pegou sua mochila e seu skate. Desceu pulando os degraus, passou reto pela sala e cozinha, estava sem fome, pra variar. Saiu cantando Complicated de novo. Estava com essa música na cabeça, ela iria cantar com Lucy no mês que vem num show entre eles, mas como viajou. De repente, por algum motivo, se lembrou de seu pai, o quanto ausente foi e como nem se importou ao dizer que iria tocar em sua banda, viajar para o Brasil, ela chegou a dizer que ia comer uma cobra pra tentar chamar a atenção dele, e ele nem ai...
Angel – pai! Vou comer um jiboia e me jogar de um penhasco. – cruzou os braços.
Sr.Sans – que ótimo filha. Se divirta.
Começou a chorar. Estava distraída em seus pensamentos, que mal percebeu que estava no meio da rua com o skate, um carro veio em alta velocidade, Angel escutou ele buzinar se assustando, o carro estava praticamente em cima dela. Ela sentiu seu corpo sendo jogado pra calçada com uma enorme força, ela abriu os olhos e viu Castiel agarrado a ela. Ele avia empurrado ela se jogando junto, Angel estava literalmente ao seu lado em cima de um de seus braços, jogada na sua rua.

Castiel – você ta bem? – perguntou levantando a cabeça olhando ela pra ver se via algum ferimento.
Angel – estou bem. – disse não se importando com o fato de estar com a testa e joelhos sangrando. Castiel reparou e se sentou pegando no rosto dela observando o sangue escorrer.
Castiel – isso – disse apontando pro sangramento – não é estar bem.
Angel – foi só um machucadinho de nada. – disse, ainda ignorando o fato de estar doendo e ardendo.

Castiel – teimosa! – Castiel ajudou Angel a se levantar, ela estava tonta, com o corpo doendo. – Por que foi se enfiar no meio da rua?... Você tava chorando?
Perguntou pegando em seu braço a olhando, ela olhou pro lado escondendo o choro e sua cara vermelha e inchada.

Castiel – ei – a virou de frente pra si, viu que ela voltou a chorar, ela limpou as lágrimas.
Angel – que é? - Castiel preferiu não tocar no assunto, viu que ela não estava afim de falar.
Castiel – vamos pra escola, a gente cuida desses machucados no pátio mesmo.

Angel não queria sair de onde estava, Castiel começou a andar pensando que ela iria o seguir, mas quando viu que ela continuava no mesmo lugar olhando pra baixo, voltou se colocando ao seu lado.

Castiel – que foi?
Angel – que te importa? – disse um pouco brava. Castiel respirou fundo e a olhou nos olhos.
Castiel – posso te conhecer só desde ontem, mas fico preocupado. Somos amigos neh? E amigos ficam preocupados, mesmo que de curta data.
Angel – sei. – disse ainda caibaxista.
Castiel – vem. Vamos ir cuidar desses machucados. Sua louca (risos) – disse tentando anima-la.
Angel – meu tornozelo dói. Não quero andar, acho que vou ficar aqui mesmo.
Castiel – isso não é desculpa nem motivo.

Angel ainda estava com a mochila nas costas, Castiel pegou seu skate e ficou com ele embaixo de um dos braços. Ele a pegou com um dos braços pelas pernas e a jogou nos ombros, segurando seus dois pés pra não cair pra trás.

Angel – você tá louco? – disse agarrando em seu pescoço com medo de cair.
Castiel – nossa, você é bem mais leve do que eu imaginava.
Angel – é, você é louco! – concluiu fazendo Castiel rir. – ri não, se eu cair eu te quebro.
Castiel – hahahaha. Pode deixar. – ele começar a andar e Angel automaticamente se agarra a ele com medo de cair, Angel sempre teve um certo medo de altura, por um motivo até que bem obvio, mas Castiel desconhecia esse motivo. Ele brincava fingindo que ia derruba-la e ela sempre se agarrava ao pescoço dele ou puxava os cabelos com medo. Castiel sente uma gota de sangue cair em sua bochecha, ele olha pra cima e vê que Angel ainda estava muito machucada. Eles chegam em frente a escola, Angel tenta descer de Castiel, mas quase cai, ele a ajuda e os dois sentam no chão do pátio. Castiel vai até a enfermaria e volta em instantes.

Castiel – levanta o rosto – disse a pegando pelo queixo, ele molha um pequeno pano com um pouco de álcool (não façam isso, arde MUITO, até água oxigenada é melhor) e passa na testa de Angel, ela na mesma hora se afasta com dor.

Angel – esse troço arde.
Castiel – mas precisa limpar.

Lyssandre chega.

Lyssandre – o que aconteceu com você Angel? – perguntou preocupado, vendo que ela estava sangrando.

Angel – nada demais.
Castiel – essa maluca quase foi atropelada. – Angel dá língua.
Lyssandre – como?
Angel – eu tava vindo de skate um pouco... Distraída! O carro veio do nada, daí o Castiel me jogou pra calçada pro carro não passar por cima de mim.
Lyssandre – mas que perigo Angel! – a repreendeu.
Castiel – agora eu to tentando limpar, mas ela não deixa.
Angel – porque arde!
Castiel volta a passar o pano com ela se contorcendo e fazendo cara careta. Lyssandre senta em frente os dois segurando o rosto de Angel, para que Castiel limpasse seu machucado, que era teimoso em insistir a escorrer o sangue de Angel.

Angel – daqui a pouco to sem sangue, hahaha. – Riu, Angel conseguia se divertir com tudo aquilo, até que Nathaniel chegou, percebendo o estado de Angel.

Nathaniel – o que aconteceu aqui? Espero que não tenha havido briga sem eu saber.
Castiel – o representantesinho, será que dá pra parar de só pensar na sua pose de melhor aluno e não ficar dando bronca sem saber o que aconteceu?

Disse pegando a perna de Angel com cuidado, subiu sua calça moletom até o joelho pra limpar o tornozelo e o joelho que também estavam machucados, mas o sangue da testa ainda escorria.

Lyssandre – temos que pegar alguma coisa pra esse sangue parar de escorrer. – argumento, tentando fazer os dois pararem.
Angel – depois eu cuido melhor em casa, por enquanto Castiel já ajudou muito com o álcool. – disse dando um leve sorriso
Nathaniel – mas o que aconteceu afinal?
Angel – não foi na escola, não é da sua conta. – disse emburrada.
Nathaniel – só queria ajudar.
Angel – ajudar a si mesmo. Só porque é representante de turma não precisa se preocupar comigo viu. Nunca dependi de representantes certinhos pra me ajudar. – disse já um pouco brava.
Nathaniel – veja lá essa boca. – Angel revirou os olhos, odiava pessoas certinhas e Nathaniel se incluía nessa categoria.

Angel – a boca é minha não é? Então! – disse batendo de frente com Nathaniel.
Nathaniel – você está em seu segundo dia de aula.
Angel – i daí? Vou continuar sendo a mesma, daqui dois minutos e daqui a dois anos. – exclamava ainda batendo de frente com Nathaniel corajosa.
Lyssandre – vamos parar, por favor? – Angel olhou pro céu e pegou seu boné o colocando.
Angel – o sangue vai manchar meu boné branquinho, mas pelo menos não escorre na minha cara. – disse mostrando a língua, ignorando o fato de Nathaniel estar ali, ele percebeu e saiu.
Castiel – você deu uma lição no metidinho, eu nem quis dizer nada, mas... É a verdade neh.
Angel – não gosto de gente desse tipo e eu amo dar uma lição de moral quando posso. – disse com um sorriso.
Lyssandre – se sente melhor?
Angel – uhum, alias. Eu tenho quase certeza que perdemos as duas primeiras aulas! – disse olhando em seu celular que estava em seu bolso, ela olha as horas – é, perdemos as duas primeiras, vai bater o sinal daqui 1...2...3 e agora!
Disse e eles escutam o sinal tocar e os alunos saírem feito loucos das salas.
Castiel – acho que ninguém percebeu que não aparecemos.

Eles se levantam, Angel pisa no chão e sente um pouco de dor, mas suportável.

Angel – agora eu to de boa, valeu. – disse dando um abraço de lado nos dois com um enorme sorriso.
Lyssandre – er.. Eu não fiz nada. – disse um pouco envergonhado.
Castiel – precisando... Tamos ai, rsrs. – disse também um pouco envergonhado, Angel os solta e eles vão pro corredor.
Angel – a próxima aula é de que mesmo?
Lyssandre – acho que educação física.
Angel – hum.

Ela vê Ambre de longe e começa a dar meio volta com tédio, mas quando ela vira a mesma á chama.

Ambre – Angel?
Angel – Ambere? – se virando.
Ambre – eu já disse que é AMBRE!
Angel – não tenho a obrigação de saber.
Ambre – você é sempre assim?
Angel – assim como? Sendo eu mesma? Sim, com muito orgulho. – respondeu ainda com um pequeno sorriso irônico.
Ambre – sempre esfarrapada, olha. Toda suja e ralada.
Angel – o jeito que eu me aparento não te interessa. – disse dando dois passo as frente.
Ambre – você se acha muito pra quem acabou de chegar – disse também se aproximando.
Angel – olha só quem fala.

As duas continuavam avançando, até que pararam se encarando. Ambre pulou em cima de Angel, a mesma deu uma rasteira na patricinha.

Ambre – agora você vai se ver comigo sua metida.

Ambre empurrou Angel, ela caiu, mas se levantou na mesma hora sem mostrar dor alguma. Ambre tira o boné de Angel a puxando, Angel se solta e todos veem seu rosto com o sangue do machucado escorrendo, um pouco menos. Angel coloca a mão na testa e pega seu boné o colocando de volta e Nathaniel aparece.

Nathaniel – o que está vendo?
Ambre – Nath, essa louca estava querendo me bater. – se fez de vitima se colocando atrás de Nathaniel, o mesmo olhou para Angel incrédulo.
Nathaniel – você o que?
Angel – não veem me acusando não Sr.certinho. Alias Ambere, aprendeu a fazer essas lágrimas com o quem? Conversou com crocodilos?
Nathaniel – eu não acredito que você fez isso Angel.
Angel – você nem sabe o que aconteceu
Nathaniel – minha irmã esta dizendo que você a bateu.
Angel – é você por acaso viu? – disse já ficando brava.
Ambre – não acredite nela Nath.
Angel – cala a sua boca.
Nathaniel – vamos pra minha sala. – disse pedindo pra que Angel o seguisse, pegando em seu braço.
Angel – NÃO! – disse se soltando bruscamente.
Nathaniel – eu não vou discutir com você.
Angel – NEM EU. NÃO CONVERSO COM PESSOAS MESQUINHAS ASSIM! – disse quase gritando.
Nathaniel – olha como você... – ele ia dizendo ficando bravo com tudo aquilo, mas Angel o interrompe.
Angel – olha aqui você. Defende Ambere só porque é sua irmã. SE ELA MATAR ALGUÉM E DIZER QUE A CULPA FOI DA PESSOA VOCÊ ACREDITA!... Você não viu nada pra dizer que a culpa e minha e eu não vou levar culpa de algo que não fiz. – disse se acalmando um pouco.
Nathaniel – não fale assim comigo. – disse um pouco assustado com a coragem de Angel.
Angel – POR QUÊ? VOCÊ É MEU CHEFE POR ACASO?
Ambre – NÃO GRITE COM MEU IRMÃO SUA MAL-EDUCADA.
Angel – O PAPO AINDA NÃO FOI PRO SACO DE BATATAS!
Ambre – SUA SEM CRIAÇÃO. APOSTO QUE SUA MÃE DEVIA SER UMA IDIOTA PRA TER TE CRIADO, SEU PAI A MESMA COISA... – Ambre foi interrompida por enorme tapa na cara de Angel.
Angel – FALA MAIS UMA VEZ DA MINHA MÃE PRA VOCÊ VER O QUE ACONTECE.
Ambre – A VERDADE DOÍ NE? Que você é uma sem criação. Eu sei que sua mãe não ta aqui. Deve ter quebrado o avião de propósito pra se livrar de você.

Angel deu um soco na barriga de Ambre com toda a fúria em seus olhos, que se enchiam de lágrimas. Nathaniel na mesma hora foi ver a irmã que estava no chão. Angel saiu correndo chorando, todos deram passagem pra ela, se afastando.

Lyssandre – ANGEL!
Castiel – eu vou atrás dela.

Castiel saiu correndo procurando por Angel, mas não a encontrava. Ouviu alguém chorando, o choro vinha do clube de jardinagem. Ele chegou de mansinho, se deparou com Angel jogada no chão chorando. Ela odiava se lembrar da morte da mãe. Ela estava com os joelhos dobrados pra trás com o corpo curvado pra frente, com as mãos escondendo seu rosto e suas lágrimas.

Castiel – Angel?

A chamou se aproximando, ela continuou na mesma posição chorando, fingindo que não tinha escutado. Castiel se sentou ao lado dela, a puxou com um braço fazendo ela chorar em seu peito.

Castiel – desculpa, eu não sei o que dizer. – disse baixinho. Angel não disse nada, continuava chorando. Castiel a abraçou de lado enquanto fazia carinho em seus longos cabelos com a outra mão. – não ligue pra Ambre, é uma boboca assim mesmo.
Angel – normalmente sou forte com esse tipo de coisa, mas quando ela falou da minha mãe... – ela dizia baixo parando de chorar um pouco, olhou pra cima vendo Castiel. – obrigado por vim atrás de mim. Eu tava precisando de um ombro.
Castiel sorriu pra ela. Os dois ficaram em silencio, olhando pro nada. Todo aquele silencio e compreensão de Castiel fazia ela se sentir melhor, era incrível de como avia se tornado amigo dela tão rápido. Principalmente pra Castiel, que sempre foi mais fechado. Eles ficaram lá, esquecendo que o mundo existia, Angel estava se sentindo melhor aos poucos, ela realmente precisava de um ombro pra chorar e alguém pra limpar suas lágrimas de anjo.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado.

Até o próximo