Dangerous escrita por americafanfiction


Capítulo 6
The one with the cricket


Notas iniciais do capítulo

Oizão, queria antes falar que fiquei decepcionada com a quantidade de comentários, mas como eu cumpro minhas promessas, postei rápido.
O próximo capitulo é Bônus, mas eu só posto se tiver um bom numero de comentários, se não eu posso pular pro outro.
Enfimmmm, espero que gostem da leitura ♥
(Sim, eu coloquei o Título do capítulo no estilo Friends, pq sim)



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Thalia levantou—se do chão com uma cara horrenda. Por um lado, eu adorei ter deixado uma marca roxa em seu rosto, mas por outro lado, eu acabara de bater em Thalia Grace.

Thalia Grace.

O pessoal presente na festa não fazia a mínima ideia de onde eu tinha me metido, exceto por Jason, é claro.

—Você perdeu o juízo? –Jason apareceu atrás de mim e puxou—me. –É a única explicação.

Eu olhei para ele com uma cara incrédula, era como se ele não tivesse noção das palavras que tinham saído da boca dele, ou até das que saíram da sua querida irmã.

—Sai daqui, porra. –Falei, esquivando—me de seu braço, que fazia grande força contra a minha pele.

Thalia me encarava enraivecida, seu rosto estava completamente vermelho e eu sabia que não era por causa do soco que a mesma acabara de levar, e sim por ter sido humilhada na frente de praticamente todo o seu império.

Ela começou a caminhar lentamente em minha direção, esbravejando palavras que eu não conseguia entender a cada passo que dava. Eu, estranhamente, já estava familiarizada com essa situação.

“—Thalia, acalme—se! –eu gritei, mas ela continuava a me ignorar.

—Eu vou quebrar sua cara, garota. –ela gritava enquanto avançava—se em Zoe, minha outra melhor amiga.

Zoe e Thalia eram minhas melhores amigas há um longo tempo, mais do que eu me lembrava, mas as duas sempre se odiaram.

Sempre.

Thalia era a pessoa mais explosiva que eu conhecia, e eu só tinha quinze anos na época. Ela me conhecia melhor do que ninguém, até mais do que Zoe, mas a questão era que  eu não a conhecia mesmo. Nós éramos inseparáveis, mas ela não era do tipo que falava o que fazia durante os dias que ela estranhamente sumia ou até mesmo o que fez com tal pessoa em tal situação. Eu pensava que já estava acostumada, mas cada vez que ela fazia um de seus ‘episódios’ eu reagia de formas diferentes.

—Tente quebrar minha cara, Thaliazinha, nós duas sabemos muito bem que você é do tipo que só fala e nunca faz merda nenhuma. –Zoe falou, com seu tom de voz aumentado.

Eu estava prestes a me levantar e fazer as duas pararem com a briga estúpida, tal tipo de briga que as mesmas tinham praticamente todos os dias, quando, de soslaio, vi Thalia puxar alguma coisa de trás dela, encaixada em sua calça e por debaixo de sua blusa. Um ‘clique’ encheu meus ouvidos, e foi o único barulho que o ambiente tinha naquele momento. Zoe parara de falar, não estava nem mesmo se mexendo, foi então que eu percebi que algo estava errado.

Levantei—me, silenciosamente, e pude ver o que acontecia: Thalia sacara uma arma e estava apontando—a para Zoe.

—Você está louca? –Eu gritei, desesperada, mas ela fez algo que eu não imaginaria.

Ela virou a arma em minha direção.

—Você. –ela disse, com sangue nos olhos. –Você foi a culpada de todas as merdas que estão acontecendo. E, apesar de não saber de nada sobre minha vida mais –e estar pouco se fodendo para isso— ainda está dormindo com meu irmão.

Eu gelei. Não sabia que ela tinha até mesmo uma noção do que acontecia.

—Thalia, por favor, abaixe essa arma. –E          u falei, e ouvi Zoe sair correndo. –Não é assim que isso vai ser resolvido.

—Ela é uma covarde, não é mesmo? –Ela falou com um sorriso cínico. –Acho melhor você começar a rever quem suas melhores amigas são.

—É, eu acho mesmo. –Falei, olhando fixamente para ela para que ela entendesse minha deixa. A arma dela continuava apontando em minha direção, mas agora ela fraquejava.

—Eu entendi. –ela falou, mas eu olhava única e diretamente para cano da arma, suando frio. –Você acha que eu não fiz isso antes? –ela disse, e riu. –É só fazer um pequeno movimento, e bam, você pode acabar com a vida de alguém, ou fazê—la recomeçar a vida do zero.

—Cale a boca. –foi tudo o que eu consegui falar.

—Não se preocupe, eu nunca faria isso com você, mas acho que você deve ir atrás de Zoe e nunca mais vir atrás de mim. –Ela falou e virou—se, deixando—me sozinha.

—É exatamente isso que eu vou fazer.”

 

Jason continuou a me puxar, tentando impedir-me de fazer algo que iria me arrepender. Eu ainda tentava livrar-me de suas mãos, mas a verdade é que eu não queria que ele me soltasse. Tinha medo de fazer algo que eu fosse me arrepender justamente com a garota que em um ano passou de minha melhor amiga para a minha pior inimiga.

—Solte ela, irmãozinho, sabe muito bem que ela não te quer mais, já deve ter fodido com todos os seus amigos apenas em três semanas. –Thalia disse, e Jason acreditou nela e acabou por me soltar.

—Cale a boca, Thalia, você não sabe nada sobre mim. –cuspi as palavras com desgosto.

—Eu sei mais sobre você do que você jamais imaginará. –Ela disse, e em seguido avançou em minha direção.

Fechei os olhos por um segundo, achando que a garota iria tentar me socar ou apontar um calibre 22 em meu rosto. Mas ela não fez nenhum dos dois.

Quando abri meus olhos, sua mão estava posicionada em meus cabelos, puxando algo. Quando o que ela estava em suas mãos entrou em meu campo de visão, me assustei pela presença de um grilo.

—Quando quiser ficar chapada, não faça isso no banheiro da rua. –ela disse, com uma falsa voz doce. –Está lotado de insetos lá. Tchau, querida.

Ela desceu do pequeno palco estalando seus saltos pela madeira do ambiente, enquanto todos que estavam envolta dela abriam caminho até a saída mais próxima do prédio.

—É isso? –Piper, que estava agora ao lado de Jason, perguntou. –Ela vai sair de sua própria festa, na qual ela levou um soco na cara, e simplesmente não fazer nada?!

Pelo visto, era exatamente isso. Thalia não se rebaixou tanto quanto eu, e acho que era exatamente isso o que ela queria. Ela queria cutucar tanto a ferida que, ao tirar totalmente o bandeide, a única que sairia exposta seria eu. Ela só sairia como a garota que levou um soco na cara de uma possível prostituta e eu sairia como, apenas por agir impulsivamente, a possível prostituta.

Exausta de ficar boquiaberta no meio de quase toda a escola, eu desci do palco, ignorando totalmente as pessoas ao meu redor que tentavam falar alguma coisa, e saí da festa o mais rápido possível.

Eu estava sentada em um pequeno ajuste de tijolos, que aparentava ter sido um vaso de plantas antigo, e não estava me importando se iria sujar a roupa de Rachel. Antes mesmo de completar esse pensamento, vim um tufo de cabelos ruivos vindo em minha direção.

—Ai está você. –Rachel disse, e sentou-se ao meu lado. —Por que sumiu?

—Não sumi, só fui embora. –ela arqueou as sobrancelhas para mim, dando a parecer que sabia do ocorrido. –O quão ruim foi? –perguntei, desistindo.

—Eu só peguei o final. –ela disse. –A parte do grilo e tal. Aquela parte foi ruim, muito ruim, mas disseram que você deu um soco na cara dela!

Ela falou a ultima sentença tentando parecer animada, mas a atitude que ela estava tendo era exatamente o que eu temia.

—Por que você está fazendo isso? –perguntei direta.

—Eu estou tentando ajudar você. –ela respondeu calma, e eu levantei.

—Eu acho que você não entendeu uma coisa muito bem, Estranha. –eu disse, grossa. –Eu lembro muito bem de ter te dito para não esperar qualquer tipo de amizade vinda de mim, não disse? –ela arregalou os olhos e levantou as sobrancelhas, surpresa.

—Não achei que você estava falando sério, assim como acho que você está blefando agora.

—Olha só, sapatão, eu não faço a mínima ideia do porquê de você ter me dito seu segredinho, mas você significa menos do que nada para mim, e eu não sei nem por que você está aqui! –esbravejei.

Ela levantou-se de onde estava e ficou na minha frente, olhando diretamente para meus olhos, por alguns segundos. Depois de silenciosamente opor-se à mim, ela virou as costas e começou a caminhar para longe de mim.

Eu ia voltar a sentar, mas percebi que ela parou, sem virar-se.

—Eu confio em você. –ela falou alto o suficiente para eu conseguir escutar.

—O quê? –perguntei confusa.

—Eu te contei meu segredinho porque eu confio em você. –ela disse, e voltou a andar.

—Talvez você não devesse. –eu disse, e caminhei para o lado oposto do dela, querendo ir embora dali.

Eu estava perdida nos corredores da mansão masculina, buscando em vão o quarto da única pessoa que eu conhecia que podia me dar um abrigo. Quando finalmente achei o quarto 211, dei três batidas de leve na porta. Já se passava das quatro da manhã, não esperava que o moreno estivesse acordado depois da confusão que teve na festa, mas fui surpreendida assim que ele abriu a porta.

—Annabeth! –ele disse, e parecia estar nervoso. –O que você está fazendo aqui?!

Eu sorri meio sem jeito.

—Desculpa se eu te acordei, é que... –fui falar, mas fui interrompida.

—Não, de jeito algum, eu não estava dormindo. –ele falava ainda nervoso, tentando ocultar o lado de dentro do quarto. –Porque você está aqui? Digo, todos pensaram que você já tinha sumida há muito tempo.

—Eu estava em outro lugar, mas de qualquer jeito, não quero ir para o meu dormitório e dar de cara com Rachel. –disse. –Eu lembro que você me disse que ainda não tem colega de quarto, então você se importa se eu dormir aqui?

—Não! –ele falou rápido, e eu me assustei. –Digo, não. Sabe, eu realmente estou ocupado aqui, e se você entrasse só iria atrapalhar mais.

—Ah, sério? –eu perguntei irônica. –Desculpa por te causar transtorno então.

—Espere! –ele falou, puxando meu braço enquanto eu virava as costas para ele. –Castellan.

—Que merda é um Castellan? –perguntei incrédula. Ele dizia que eu estava o incomodando, mas depois me puxava para falar aquela merda?!

—Luke. Luke Castellan. –ele disse, esperando que tudo ficasse claro para mim, o que não aconteceu. –O quarto dele é o último do corredor, no lado esquerdo. Seu colega de quarto, Nick, foi para a Austrália na semana passada com seus pais, então Luke tem uma cama vaga.

—Eu nem conheço o cara! –exclamei.

—Bata na porta dele três vezes, depois uma, depois duas. –ele disse sério. –Exatamente nessa sequência. Ele irá achar que sou eu e, digamos que ele me deva algumas coisas. Diga que você dormir lá é parte de favor.

—Oh, agora eu sou um favor? –perguntei irônica.

—Loira, não seja criança. –ele disse. –Esse favor faz parte de algo muito maior, você deveria sentir-se lisonjeada por fazer parte dele.

—Ah, cale a boca.

Percy. —eu ouço uma voz sendo sufocada pelo barulho do chuveiro que até então eu não havia escutado. –Você vem ou não?

—Isso é a Drew? –perguntei com um sorriso safado, e ele assentiu. –Você não perde tempo, moreno.

—Bom, o dever me chama. –ele disse, e virou-se para o seu quarto. –Luke Castellan, último quarto à esquerda. Só não se apaixone.

—Não vou. –eu disse sorrindo, e o moreno fechou a porta em frente a mim.

Girei os calcanhares, indo em direção ao quarto do tal Luke Castellan.

—Quem é você? –o loiro perguntou quando apareci em sua porta.

—Sou um favor. –eu disse, mas ele continuou estranhando. –Um favor de Percy?! –tentei.

—Ah. –ele disse, e percebi por seu lindo sotaque que ele não era daqui. Deveria ser britânico, ou algo do tipo.. –E qual seria o favor?

—Me empresta sua cama? –eu disse, passando por baixo dos braços do loiro, que estava apoiado no batente da porta.

Mi casa es tu casa. —ele disse. –Posso saber seu nome?

—Annabeth. –eu disse enquanto dava uma olhada no quarto. Parei em frente a escrivaninha e vi várias fotos espalhadas pela mesma, de modo decorativo. –Quem é esse? –eu disse com um sorriso safado.

—Definitivamente não sou eu. –ele disse. –Eu sou mais bonito.

—Duvido. –eu disse, enquanto encarava a foto do garoto. –É seu namorado? Por acaso você é gay? Tomara que não, porque ele é gostoso demais para ser gay.

—Não, ele não é meu namorado, e eu não sou gay. –ele disse, rindo, e seu sotaque fazia-me ficar arrepiada. –Esse é Nick, meu colega de quarto. Ele está fora da cidade, só volta na semana que vem.

—Ah. –eu disse, bocejando. –Eu vou dormir na cama dele então. Que bom.

Ele sorriu. Eu fui até a cama que estava aparentemente arrumada, e abri espaço entre os cobertores e logo me deitei. O loiro olhou estranhamente para mim, e sentou-se em sua cama.

—É isso? –ele perguntou. –Você, uma loira gostosa pra caralho, chega no meu quarto as cinco da manhã dizendo que é um favor e vai dormir? E ainda pergunta se eu sou gay?

—Desculpa, estou com sono. –foi só o que eu disse.

Nós poderíamos estar transando agora. ­—Ele disse baixo, mas eu consegui ouvir.

Eu estava quase apagando de sono, a noite fora exausta e caminhar perdidamente pela mansão masculina cansou meus pés e tornozelos. Quando senti que o sono estava realmente vindo, certifiquei—me de não deixar o loiro triste.

—Estou cansada demais para transar. –disse sonolenta. –E eu só queria ver se você estava disponível mesmo, um dia desses eu bato na sua porta e te convido para ter a melhor transa da sua vida.

Garota, você não é um favor, é um presente de Deus. -Ouvi ele sussurrando antes de eu cair profundamente no sono.

 

 

 

 


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Notas finais do capítulo

LUUUUUKE ♥
Eu gosto muito desse capítulo porque mostra um pouco mais dos personagens, mostra que o Percy não é sempre flores, mostra que a Annabeth é uma tremenda vadia com os outros quando tá irritada, e mostra o Luke (sim, esse capitulo é bom pelo simples fato de ele aparecer) E O NICK FOI MENCIONADO HMMM
Então, o que vocês acham que o Nick vai ser? Ps: o Ator que interpreta ele é o Nick Robinson mesmo, que faz A Quinta onda e Jurassic World.
RESPONDAM NOS COMENTSSSS
O que acham de eu sempre fazer uma pergunta relacionada com o capítulo e vocês responderem?? amoadoruuu
bjsss