Recomeço escrita por Cris de Leão


Capítulo 10
Confronto Com Um Velho Inimigo


Notas iniciais do capítulo

Volteei! Mais uma vez o Percy enfrenta um inimigo, vamos ver o que vai acontecer.



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Depois do que aconteceu a Peleu, o acampamento ficou em alerta. Percy mandou que patrulhassem o perímetro em turnos. Ele encarregou Clarisse de organizar os grupos.

Os filhos de Hécate verificavam a barreira minuciosamente. Quiron e os filhos de Apolo estavam com Peleu. Ele desconfiou que o dragão tivesse sido envenenado, pois o local do ferimento estava enegrecido. Por isso colheu uma amostra de sangue do dragão e deu a um dos filhos de Apolo para verificar.

— O que você acha Quiron? – perguntou Percy.

— Não sei lhe dizer. Se o veneno for o mesmo usado em você, ele pode não ter chance.

— Veneno de píton, foi o que Kelli falou – disse Percy lembrando do que acontecera consigo. – Mas para envenená-lo teriam que entrar através da barreira.

— Nem tanto. Às vezes Peleu sai quando sente a aproximação de um monstro. Seja quem for, esperou que ele fizesse exatamente isso.

— Então você acha que pode ter sido um monstro? – perguntou.

— Quem sabe? Não podemos descartar nada.

Nisso Will chega com o resultado dos exames.

— Quiron, já tenho o resultado. Você tinha razão, é veneno. A boa notícia é que não é mortal, apenas causa uma terrível dor. O chalé de Deméter já está preparando o antídoto.

— Obrigado Will, bom trabalho.

Will se retira.

— Parece que a intenção não era matar o dragão, apenas incapacitá-lo – diz Quiron.

— Mas por quê? – pergunta Nico.

— Eis a questão – responde Percy.

Após isso passaram-se dias e nada mais aconteceu. Os filhos de Hécate informaram que não havia nada de errado com a barreira. Os patrulheiros de Clarisse também informaram que não houve nenhuma ocorrência.

Enquanto isso, o dragão se recuperava do envenenamento. Os filhos de Deméter ministravam todos os dias o antídoto, resultando na recuperação rápida do animal.

Isso deixou Percy mais tranquilo.

Durante o sono, Percy sonhou com sua mãe. Ela estava na lanchonete em que trabalhava preparando lanches. Estava feliz conversando alegremente com suas colegas enquanto trabalhava.

Um cliente entra e senta em uma mesa que ficava de frente para a cozinha. Percy nota que ele não tirava os olhos das mulheres. Sua visão é bloqueada quando a garçonete se põe à sua frente.

— Qual o seu pedido senhor?

O homem lhe dá um olhar estranho e depois sorri.

— Só um café, por favor.

Ela se retira e ele volta a olhar para a cozinha. Percy franze o cenho. “Qual é a desse cara?” – pensou. Resolveu ficar de olho nele.

A garçonete volta trazendo uma xícara e a jarra de café. Ela o serve e se retira, mas o homem não reage, continuava de olho no pessoal da cozinha. Nisso sua mãe aparece na janela e bate na campa.

— Pedido! – ela chama.

O sujeito estreita os olhos. Ele ainda não havia tocado no café. Cada vez que Sally aparecia, ele a olhava com olhos ferozes. Percy então concluiu que o alvo era sua mãe.

Ele acorda assustado, levanta-se apressado, veste suas roupas, verifica se Contracorrente está no bolso e se teletransporta para a lanchonete. Ele chega bem na hora em que sua mãe estava saindo. Ela se despedia das colegas e segue caminho até o ponto de taxi.

Percy que estava à espreita, esperou um pouco para ver se o sujeito aparecia. Não precisou esperar muito, o mesmo homem que ele viu em seu sonho seguia sua mãe. Percy foi atrás. Ele temia pela segurança dela, mas precisava saber quem era o cara e o que ele pretendia com ela.

Sua mãe seguia seu caminho sem suspeitar que estava sendo seguida. O sujeito apressava o passo a fim de alcançá-la. Quando estava perto de fazer isso Percy aparece e lhe dá um soco violento no nariz fazendo o cara voar pra cima das latas de lixo, o barulho fez Sally se virar assustada. Ela viu um sujeito alto tentando se levantar, de repente o homem se transforma numa criatura horrenda, Sally dá uns passos para trás, corre se escondendo atrás de uma caçamba com o coração acelerado.

Percy por sua vez retira Contracorrente do bolso e avança para o sujeito que havia se transformado num monstro. Um manticore, um velho conhecido seu.

— Agora deu pra caçar mortais, Espinheiro? – escarneceu Percy.

— Percy Jackson – rosna o monstro. – Ah, mas não é qualquer mortal. É a sua mãe.

— O que quer com ela? – pergunta. – O seu problema é comigo, deixe minha mãe fora disso.

— Oh, não mesmo. Principalmente porque ela é sua mãe. E por esse motivo ela tem que morrer.

— Vai ter que passar por mim primeiro – diz Percy em guarda.

— Será um prazer – ele diz avançando contra o herói que se defende do jeito que sabe. Os dois lutam ferozmente, Percy tinha que se dobrar em dois, pois tinha que se manter longe da cauda espinhenta do monstro. Aqueles espinhos eram paralisantes, isso poderia ser um grande problema.

Enquanto isso Sally continuava escondida rezando por um milagre, ela não podia lutar com uma criatura daquelas, mesmo que estivesse armada. Então só podia esperar que algo ou alguém pudesse lhe ajudar.

A luta entre os dois estava cada vez mais violenta. O monstro estava resolvido a acabar com aquele maldito semideus que frustrou seus planos várias vezes. Dessa vez ele queria se vingar dele matando sua querida mãe. O monstro consegue desequilibrar o semideus, Percy cai de costas, mas se levanta rapidamente mantendo distância. O monstro lança um espinho, mas o herói desvia.

— Sabe, eu queria mesmo era pegar a sua namoradinha – diz o monstro com um sorriso diabólico. -, mas aquele dragão idiota me atacou antes que eu pudesse chegar perto da barreira. Se eu tivesse conseguido, ia deixá-la irreconhecível e mandar de presente pra você cada pedacinho dela. Mas não deu, eu tive que desistir, então eu pensei na mãezinha. Um alvo fácil, hehehe.

Percy ouvia tudo com o semblante fechado. Ele apertou o cabo da espada de modo que os nós de sua mão ficaram brancos. Ele estava tão furioso com as palavras do monstro que não se deu conta de que as sombras ao seu redor estavam em movimento. Ele então olha para o monstro e as sombras se alongam até ele se enroscando em seu pescoço, pernas e braços. O monstro tenta avançar, mas não consegue se mover.

— O que está acontecendo? Não consigo me mover! – pergunta o monstro surpreso.

Percy não lhe deu atenção, uma poça d’água que estava ao lado de uma das latas de lixo foi tomando a forma de um tridente. Percy manipulou o objeto de modo que este apontava para o monstro.

A criatura começou a se desesperar. Tentou se soltar, mas as sombras a seguravam. Percy acoplou a espada de bronze celestial no tridente de modo que a ponta da mesma ficasse na seta do meio. E então lançou o tridente na direção do monstro que se debatia furiosamente. Ele deu um último rosnado e então transformou-se em pó. A espada entrou até o cabo no corpo do monstro. Percy se acalmou e respirou fundo, pegou Contracorrente e correu procurando a mãe.

— MÃE! – chama. – MÃE, ONDE VOCÊ ESTÁ?

Sally que permanecia no mesmo lugar, ouve a voz de seu filho e então sai do seu esconderijo.

— PERCY! – ela grita correndo em direção ao filho.

Percy olha em direção a voz de sua mãe e corre até ela.

— Graças aos deuses – ele diz a abraçando. – Você está bem?

— Sim estou – ela diz. – O que era aquilo?

— Um manticore. Ele e eu somos velhos inimigos. Ainda bem que eu cheguei a tempo.

— Eu rezei por um milagre e mandaram você – ela diz sorrindo incrédula. – Como soube?

— Eu sonhei com você e vi um sujeito lhe encarando. Então eu vim o mais rápido possível.

— Obrigada filho – ela diz aliviada.

— Eu te levo em casa.

Os dois vão até o ponto de taxi e entram no primeiro que encontram.


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Notas finais do capítulo

É isso. Mais uma vez o Percy vence mais um inimigo. Até o próximo capítulo,



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