Como pai e filha escrita por CleanLee


Capítulo 3
Capítulo 3 - Eu interrompi alguma coisa?


Notas iniciais do capítulo

Mais um capítulo!!!!
Sei que os comentários são pouquíssimos, mas vou continuar a escrever mesmo assim, pq eu estou amando a ideia dessa fanfics... Obrigada também a Sophie Starkiller por comentar
E boa leitura!!!!



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Han acordou com a luz do sol na sua cara. Percebera que já era de manhã, e suspirou longamente. Odiava quando as cortinas não cobriam perfeitamente a janela, deixando a luz do sol entrar. Ele virou para o outro lado e puxou o seu lençol até a altura do seu nariz.

— Leia, fecha as cortinas. — disse em uma voz sonolenta.

Quando se virou, Leia não estava mais ali deitada com ele. Han levou alguns segundos para compreender isso. Era bem incomum. Leia sempre acordava Han cedo, começando por abrir as cortinas e dar um beijo no marido. Han se levantou. Alguma coisa estava acontecendo. Desejava ter o seu blaster em suas mãos...

Han caminhou até a sala de estar, pronto para algum golpe.

— Leia? — chamou.

Quando chegou na sala de estar, viu a mesma dormindo em uma cadeira sobre os livros abertos. Han suspirou de alívio. Leia havia estado praticamente a noite inteira acordada, pesquisando mais sobre Padmé. Não conseguiria dormir depois daqueles pesadelos, além de aterroriza-la, parecia fazer ela perder o seu sono.

Han se aproximou dela. Balançou ela e chamou pelo seu nome.

— Leia, acorda.

Por um momento Han se assustou pois ela não estava acordando, mas logo ela foi recuperando a consciência. Leia bochechou e olhou para o seu marido.

— Bom dia, princesa! — zombou Han. Leia arregalou os olhos.

— Já é de manhã? — perguntou.

Han olhou para a janela da sala, onde a luz refletia e iluminava boa parte do cômodo, com o sol aparecendo no horizonte, que dava para Leia ver muito bem.

— Acho que não. — respondeu irônico como sempre e Leia deu uma pequena risada, esfregando os seus olhos.

— A quanto tempo você ficou acordada? — perguntou Han, percebendo as olheiras que se formavam abaixo de seus olhos.

— Acho que... A noite toda! — respondeu Leia parecendo ser uma coisa nada importante.

— O que você estava fazendo? — perguntou Han se sentando ao lado dela. Deveria ser um motivo bem importante para Leia estar acordada durante a noite toda.

— Eu estava lendo alguns livros sobre as rainhas mais importantes de Naboo. — respondeu.

Leia queria poder falar para Han o que aconteceu nessa noite. Sobre Obi-Wan. Sobre o seu pai. Sobre a sua mãe... Mas por enquanto queria poder manter isso em segredo. Achava que Han não poderia entender o que ela estava se sentindo. Tinha que conversar com Luke urgentemente. Além do mais, não queria ter que preocupar ele.

— Por que? — perguntou Han novamente.

— Eu não estava com muito sono e... Precisava de alguma coisa para me distrair! — respondeu Leia querendo mudar de assunto.

Han ergueu a sobrancelha. Leia sabia que aquelas não seriam respostas o suficientes para ele.

— Tem alguma coisa a ver com a República? — perguntou Han, insistindo por uma resposta mais decente para ele. Leia não queria tocar no assunto da República de novo. Estava com problemas demais na sua cabeça. Tudo que queria era a companhia de Han e de Luke. Repassou tudo que havia acontecido na noite passada, e nem havia percebido que ficou calada por um bom tempo. Han então pegou a sua mão. — Leia, você sabe que pode me contar qualquer coisa. Estamos juntos nessa!

— Não foi nada, Han. — respondeu Leia em meio as risadas, que esperava que poderiam amenizar a situação que ocorria ali. — Está tudo bem. — ela acariciou o seu rosto. A cara de Han continuava séria. Leia então resolveu mudar de assunto. Se aproximou do rosto de Han e disse: — A sua preocupação por mim é fofa!

Han se afastou imediatamente de Leia. Ele suspirou.

— Leia, eu só quero te ajudar. E não tem como eu te ajudar se você mentir para mim. — Ela já ia abrir a boca para falar, mas Han a interrompe. — Eu sei que você está mentindo.

Leia suspirou. Sabia que aquela discussão não levaria a lugar algum.

— É só que... — Leia não sabia que palavras ela deveria usar. Olhou fixamente para um dos livros e continuou. — Tem muita coisa acontecendo. A República. A invasão...

— É, eu sei disso. — interrompeu Han. Ele esperou para Leia continuar. A mesma percebeu que teria de falar de algum jeito sobre essa noite. — Tem mais alguma coisa te incomodando. E é mais do que a República e sobre a invasão do Senado.

Como ele conseguia fazer isso? Pensou Leia consigo mesma.

Reuniu coragem. Ele era o seu marido, e ele tinha total razão sobre isso. Os dois prometeram que seriam honestos um com o outro daqui para frente.

— É sobre a minha mãe. — respondeu. Leia explicou para Han o que havia acontecido.

Han olhou para ela, perplexo. Leia estava prestes a chorar quando se lembrava de sua mãe e de seu pai. Mas segurou as suas lágrimas e se manteve firme.

— Meu pai estragou tudo... — disse olhando para o chão. — Ele foi covarde achando que o Lado Sombrio resolveria tudo. Eu respeito às decisões de Luke, mas eu não seria capaz de perdoar o meu pai depois de tudo o que ele fez.

Han continuou olhando para ela.

— Isso vem me incomodando desde que partirmos de Endor.

— Por que você não me falou isso antes? — perguntou Han preocupado.

— Por que... Eu não queria te preocupar, Han. Eu não queria deixar você preocupado comigo por minha causa.

Ele pegou as suas duas mãos. Ele suspirou.

— Leia, você não precisa ficar assim comigo. Se um de nós está com problemas nós dois podemos resolver juntos. Me deixa mais preocupado que você está chateada com alguma coisa sem eu saber o motivo. — Han atravessou o seu braço pela nuca de Leia até encostar no seu ombro.

Leia não falou nada. Apenas o abraçou.

— Obrigado, Han! — agradeceu Leia se apoiando no seu ombro.

Han olhou para os livros abertos. Quando soube quem era o pai dela Han perguntou se ela estava bem, mas Leia nunca tocou nesse assunto. Não sabia que ela sentia isso tudo pelo seu pai.

Depois de alguns minutos somente abraçados Leia se desfez do abraço rapidamente. Han estranhou está ação vinda dela.

— Não vamos pensar nisso agora! — disse Leia forçando um sorriso. — Não quero pensar nele agora. É um novo começo para nós dois.

Leia o beijou suavemente. Han retribuiu o beijo. Com os beijos de Han, Leia não conseguia mais pensar em seu pai, e estava muito feliz por isso.

— Bom dia, senhor e senhora Solo! Desejam alguma coisa? — perguntou uma voz robótico ao lado deles.

Leia rompeu o beijo, e os dois olharam para o lado. Han olhava com um olhar de raiva.

— Hã? Eu interrompi alguma coisa? — Leia riu, enquanto Han suspirava.

— Você sempre sabe a hora certa de aparecer, C3-PO.

Leia se afastou de Han, e o mesmo bufava. Se virou para C3-PO e respondeu:

— Não, obrigada. Não precisamos de nada agora.

C3-PO se afastou deles, e Leia se dirigiu a Han. Observando a cara do marido, Leia caiu de rir. Han a puxou para mais perto.

— Onde a gente estava?

— Na parte que você faz o café da manhã e eu me arrumo. — Han riu e selou os lábios dos dois.

R2-D2 apareceu apitando até C3-PO, observando a cena.

— Silêncio, R2. O senhor e a senhora Solo estão ocupados!

Leia se afastou de Han novamente. Fechou os seus livros que estavam abertos e os colocou de volta na estante. Sorriu para si mesma. A presença de Han era ótima para ela. Até a de C3-PO a fazia se sentir feliz. Pôs de volta os seus livros na prateleira. Os únicos meios em que Leia conseguiu saber mais sobre a sua mãe.

Ela realmente foi uma heroína e uma verdadeira Rainha. Realizou grandes eventos e alianças. Participou de inúmeras guerras. E ainda por cima, foi eleita rainha aos 14 anos de idade. Leia se espelhou nela a partir de agora. Por isso essa paixão por política. Ela herdou disso de sua mãe, e o sonho de alcançar os mesmo objetivos que ela.

Leia continuou o resto do dia com este nome na sua mente. Amidala Padmé...

....

O homem caminhava sobre os montes de areia. A sua cabeça se mantinha erguida e o seu olhar para frente. Andava um pouco desajeitadamente, pois com os danos que sofrera durante a batalha, a sua armadura estava danificada. E precisava de algum lugar para que pudesse consertá-la.

Não parecia sentir calor. A sua respiração podia ser ouvida a vários metros. Ouviu pessoas atrás dele, e algumas vozes grossas.

— Aquele cara acha que pode falar assim comigo. — disse uma das vozes. — Eu vou dar um jeito nele.

— Esquece ele. — ordenou outra voz, mais grossa do que a outra. — Nós temos uma missão aqui. Vamos nos separar e...

— Olha ali! — disse outra voz, gritando. — Aquele cara.

— HEY, VOCÊ!!!! — chamou outra voz. O homem parou no mesmo instante. — É COM VOCÊ MESMO!!!! — ele não se mexeu. Continuou olhando para frente. — QUEM VOCÊ ACHA QUE É PARA...

Quando o homem se vira, o dono da voz parece ter se engasgado. A respiração foi ouvida melhor por eles. A sua armadura refletia na luz do sol. O dono da voz grossa piscou os olhos várias vezes. Era ele.

Apontou o seu blaster, com as mãos tremendo. Os caras que estavam atrás dele andaram para trás de costas.

— Algum problema? — perguntou com a sua voz mecânica. Um fim de voz calmo e suave, mas que não deixava de dar arrepios pelo corpo.

— O-O que você está fazendo aqui? — a sua voz saiu trêmula, enquanto tremia a sua mão segurando o blaster. — V-Você está morto.

Vader não falou nada. O homem atirou nele, mas Vader foi mais rápido. Pegou de seu cinto o seu sabre de luz e o acionou, desviando do tiro. O homem deu mais tiros, e todos Vader desviava, indo diretamente para os seus companheiros atrás dele. O último tiro atingiu o atirador, o fazendo cair sem vida na areia escaldante.

Haviam vários corpos caídos na sua frente. Vader desligou o seu sabre de luz e o pôs no cinto, olha do em volta. Continuou o seu caminho calmamente, como se nada tivesse acontecido. Ninguém poderia saber que ele estava ali. Aqueles homens apenas o atrasou. Vader sabia o porquê daqueles homens estarem naquele lugar. O que eles faziam só iria atrapalhar ainda mais. Não duvidava que daqui alguns dias, já estariam descobrindo a existência deles, e Vader queria estar fora disso...

 


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Notas finais do capítulo

Comentem!!!!