Como pai e filha escrita por CleanLee


Capítulo 2
Capítulo 2 - Um rosto conhecido


Notas iniciais do capítulo

Obg pelo comentário, Witcheress!!!! Me alegrou muito!!!!
Apareçam leitores fantasmas!!
Desculpa pela demora, mas eu tive alguns problemas com a parte política. Tentei fazer uma reunião da República mas não ficou muito bom...
Boa leitura!!!! :) SZ



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Leia acorda em um baque novamente. Essa foi a segunda vez. Com sorte, não acordou Han, que estava deitado ao seu lado. Leia deitou a sua cabeça de novo no travesseiro. Esperou pelo sono bater novamente, mas percebeu que não conseguiria dormir mais naquela noite. Estava muito inquieta e com medo de ter um pesadelo novamente. Se levantou e foi direto para a cozinha. Precisava de um pouco de ar nos seus pulmões, se sentia sufocada.

Já se faziam 3 dias desde que teve este pesadelo novamente. Leia agora queria começar uma nova República. Se reerguerem depois do fim do Império. Tinha o mais possível convencer a galáxia da nova República, antes que seja tarde demais. Antes do Império reerguer. Precisavam de planetas aliados, afim de apoiarem a Nova República.

Estão prevenindo para que o Império não apareça, mas vários boatos dizem o contrário. Alguns falam que o Imperador não morreu. Outros que ainda há Lorde Siths. Que estão construindo outra base da Estrela da Morte e há herdeiros do Imperador. Todos falam que o Império ainda está vivo e está mais forte do que nunca. E a República está querendo prevenir isso, pois também pode haver a possibilidade de terem herdeiros do Império.

Atualmente, estava em Coruscant, resolvendo as coisas com a República. Haviam à chamado para uma reunião. Ainda se lembrara das palavras ditas hoje. Uma nova ameaça estava por vir. Não se sabe ao certo se é verdade ou não, mas isso comprova com uma invasão ao senado. Um impostor estava querendo roubar os arquivos do Senado. Os seguranças chegaram a tempo. Ela foi interrogada algumas horas atrás, tudo que retiraram dela foi o seu nome. Katri Denem. Ninguém sabe ao certo quem ela é. Não conseguiram tirar informações dela, mas vivia falando que eles voltaram. Há uma nova ameaça.

Relembrar o seu dia a fez sentir dor de cabeça. Não era possível. O Império mal acabou e já tem outro grupo que quer destruir a República? Bebeu um gole de água. Estava muito ativa para ficar deitada na cama. Não queria falar com Han sobre isso. Precisava ficar um tempo sozinha. Se sentou no sofá da sala. Estava perdida em seus devaneios quando R2-D2 apita. Leia leva um baque de novo. Percebeu que precisava se acalmar.

— Estou bem, R2. — disse, tentando tranquilizar o seu droide.

Resolveu ir para a varanda, precisava de um pouco de ar fresco. Admirava as luzes dos prédios de Coruscant. Sempre achara a cidade linda. Isso a fez se lembrar de Alderaan. Era conhecida pelas suas belezas e por sua cultura. O seu antigo lar que foi destruído por uma certa pessoa...

Imaginou se as coisas fossem diferentes. Se havia realmente alguma maneira de salvar Alderaan. Se poderia ter outra alternativa. Ou se aquele fosse um beco sem saída. Sentiu o ar fresco da noite bater em seu rosto. Fechou os olhos. Era bom fazer aquilo. A fazia se acalmar. Retirar todos os pensamentos ruins de seu dia-a-dia e encontrar a sua tranquilidade. Livrou de todo o peso das suas costas. Se sentiu flutuar e ficar mais leve. Era como se ela meditasse. Nunca foi de fazer uma coisa dessas.

Apenas pensava em Han, Luke, Chewie, R2-D2, C3-PO...

Abriu os olhos novamente. Naquele momento, era somente ela e o ar frio e fresco da noite. E mais nada. Nada de República ou política. Apenas ela. Logo um vento forte bateu nela, a fazendo se arrepiar toda.

— Não acha que está muito frio aqui fora?

Leia já estava cansada de levar tantos baques. Mas dessa vez, a voz era diferente. Não parecia ser a de Han. Seguindo seus instintos, Leia se virou rapidamente e gelou na mesma hora. Não acreditava no homem que estava na sua frente. Era azulado. Estava usando a mesma roupa de antes quando se encontraram. Leia prendeu a respiração, pensando na possiblidade de ser apenas outro sonho.

— Obi-Wan? — a sua voz pareceu surpresa. O mesmo sorriu para ela. Não sabia o que fazia. Se sorria de volta. Se tentasse se beliscar para ver se não estava sonhando novamente. Ou simplesmente faz perguntas.

— A quanto tempo, Leia.

Leia estava ciente de que não era um sonho. Continuava paralisada. Havia muitas perguntas que queria fazer.

— Mas como... Você morreu. — Leia estava com a língua presa.

— Está certa. Eu morri. — Leia ainda formulava em sua mente o que estava acontecendo. — É isso que a Força pode fazer.

— Você morreu. — repetiu. — Você está morto. Como pode falar comigo?

— Não só você, mas o seu irmão também. A Força pode fazer isso, mesmo estando morto.

Uma conexão? Pensou Leia. Já tivera ouvido falar nisso. Nunca acreditara nesse tipo de coisa. Mas o que estava acontecendo?

— É você mesmo? — Leia não deixou de dar um pequeno sorriso.

— Sim, Leia. Você não está sonhando. — Obi-Wan retribuiu o sorriso.

Obi-Wan lutou junto com o seu pai nas Guerras Clônicas. Leia já o conhecia e se lembrava de ter pedido ajuda a ele quando foi capturada pelo Império, depois de roubar os planos da Estrela da Morte.

— Luke sabia disso? Ele falava com você? — perguntou Leia.

— Acalme-se Leia. — consolou Obi-Wan percebendo que a jovem estava muito nervosa. — Sim, ele sabia. Ele falava comigo. Vocês dois tem esse poder.

Leia respirou fundo. Todo esse tempo ele conversava com Luke, e ele nunca falou para ela?

— Então você sabia que nós dois somos irmãos?

— Sim, eu sabia disso.

— E por que está aqui? — perguntou antes de Obi-Wan falar alguma coisa.

— Acho que já era hora de você saber disso. — disse. — Você ja está desenvolvendo as suas habilidades. — ele fez uma pausa. — Você está em conflito.

— Há muita coisa acontecendo nesses dias. — disse se referindo a República.

— É algo a mais do que a República, não é?

Vasculhou a sua mente. Sabia do que ele estava falando. Do seu sonho. Esta foi a segunda vez que teve este sonho. Não havia o por quê de mentir para ele. Tentava ao máximo não pensar neles, deveria era se concentrar na República e no Senado. Havia muita coisa acontecendo e se sentia mal pensando em sua mãe e em Vader.

— Sim, é sim. — respondeu. — Você sabia o tempo todo! Você mentiu para mim desde que eu nasci! — sentiu a raiva crescer de dentro dela. — Por que você não me contou todo esse tempo?

Obi-Wan suspirou.

— O Império não podia saber sobre você e Luke. Era para o seu próprio bem.

— Separar meu irmão de mim é para o meu próprio bem? — disse Leia irritada.

— Era mais seguro, Leia. — disse Obi-Wan. — Aquele não era o seu pai. O seu pai morreu antes de vocês nascerem e se tornou Darth Vader. Anakin era uma boa pessoa e era um de nossos melhores Jedi. Ele amava a sua mãe.

— Você conheceu a minha mãe? — os olhos de Leia brilhavam.

— Sim, eu a conheci. Seu nome era Padmé Amidala. Ela foi um nome importante na política. Você é parecida com ela.

Ele também sabia sobre a sua mãe. Padmé Amidala. Ela já ouviu falar desse nome. Foi a rainha mais nova que Naboo já teve. Mas de repente a sua alegria foi embora, quando imaginou a cena de Vader a matando. Será que ele a matou?

— O que aconteceu com ela? — perguntou Leia, com medo de ouvir o pior.

— Quando a sua mãe engravidou de vocês dois, Anakin estava com medo de perder-lá durante o parto. O Imperador estava o enganando, dizendo que o Lado Sombrio poderia salvar a sua mãe. Ele queria salvá-la, estava muito desesperado.

Quer dizer que a sua mãe era um dos motivos dele se tornar o que era hoje? Ele queria apenas salvar ela? Salvar Padmé? Leia estava perplexa. Raciocinava tudo que ela tinha ouvido. Seu pai tinha uma esposa e era um Jedi. E largou essa vida para ir ao Lado Sombrio.

— É difícil de acreditar que o meu pai já foi uma boa pessoa. — disse com mágoa na sua voz. — Ele destruiu a vida dele. Como ele pode pensar que o Lado Sombrio poderia salvar a minha mãe?

— Ele estava desesperado...

— E o que aconteceu com ela? — perguntou Leia o interrompendo. Obi-Wan demorou alguns segundos para responde-lá.

— A sua mãe morreu depois que deu à luz a você e a Luke.

Leia queria chorar, mas conteve as suas lágrimas. Por causa do seu pai. Por causa dele eles não eram uma família unida. Por causa dele, ela foi criada afastada de seu irmão. E o que o seu pai fez depois? Ah, sim. Explodiu o que ela chamava de lar.

— O meu pai sabia disso? Bail Organa?

— Sim, ele sabia. Eles quiseram te adotar. Sempre queriam ter uma filha. — disse.

— Ele é o meu pai. Mesmo que ele não seja de sangue, ele é a minha figura paterna. — Leia abaixou a cabeça. — Eu, sinceramente, não vejo Vader como uma figura paterna para mim. Luke pode até tê-lo perdoado. Mas para mim, ele sempre será Darth Vader.

As feições de Obi-Wan demonstravam tristeza.

— É uma pena que você pense isso.

— Eu não quero mais me lembrar dele. — disse Leia, ainda de cabeça baixa. — Eu não quero me lembrar de Vader. Eu quero me lembrar de meu pai, Bail Organa. Eu quero me esquecer dele. Fingir que ele não existe para mim. Eu quero continuar a minha vida sem pensar nele. Ficar com Han, Luke e Chewie. Por que eles são a minha família agora.

— Eu entendo. — assentiu Obi-Wan. — Mas eu espero que você saiba que ele continuará sendo o seu pai.

— Eu não acho que eu seja capaz de perdoá-lo, Obi-Wan.

Um silêncio durou alguns segundos, até que Leia levanta a sua cabeça. Ele desapareceu. Obi-Wan não estava mais lá. Leia olhou ao seu redor. Nada. Não imaginou aquilo.

Entrou novamente. A raiva e angústia estavam presentes nela. Como o pai dela pode fazer isso? Ela não tinha palavras para descrever o que sentia. Queria falar tudo em voz alta, mas não queria ter que acordar Han. Queria pensar sozinha. Sentia ódio de seu pai. Como ele pode?

Agora sim que não conseguiria dormir mais. Estava muito curiosa. A sua mãe. Padmé Amidala. Ficou a noite toda imaginando a sua mãe. Deitou a cabeça no seu travesseiro, com a esperança de que o sono batesse nela...

 


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Notas finais do capítulo

Comentem!!!! :) :D



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