Como pai e filha escrita por CleanLee


Capítulo 4
Capítulo - A traição


Notas iniciais do capítulo

Eu sei que eu demorei, e não vou mentir. Eu estava sem criatividade e perdi a vontade de escrever. Tava muito eufórica com os Vingadores e acabei de assistir o segundo filme SZ.
Mas agora a vontade chegou e estava louca para postar esse capítulo, e me desculpem pela demora.
Espero que gostem! :)



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— Eu? Vocês querem que eu vá? — perguntou Leia, confusa.

— Claro, por que não? Você já foi Senadora de Alderaan, e entende sobre política. E você é uma das sobreviventes da batalha de Endor. Isso lhe garante mais vantagens. — disse o comandante — A população de Naboo te conhece. Seria bem aceita por lá. Poderá me substituir na missão, vossa alteza.

— Seria uma honra, senhor! — agradeceu Leia, dando um aperto de mão amigável. Ele sorriu.

— Eu conheci Bail Organa. Ele era um grande amigo meu e sempre me falava sobre você. — Leia sorriu de volta. Um de seus assistentes o chamaram e o Senador se despediu da princesa.


Leia sorriu para si mesma e depois deu uma risada bem baixinha. Estava muito feliz. Foi convocada para fazer uma missão no lugar do Senador em Naboo. Um reunião sobre a Nova República. Foi uma honra para Leia. O Senador conhecia o seu pai. Leia teve boas lembranças com o seu pai de consideração. Leia queria ele com ela agora. Para dividir a alegria junto com ele. Ele sim é o seu pai de verdade, e não certas pessoas...

Mas ela estava agora nervosa. Já fez vários discursos em sua vida, mas esse será o mais importante de todos. Estava a bordo de sua nave, a caminho para Naboo. Em sua cabine, olhava pela janela as estrelas como se fosse a primeira vez em que viajava com uma nave, com a companhia de R2-D2 para acalmá-la. Estava tentando decorar o seu discurso, mas estava muito ansiosa e muito nervosa o bastante para tirar a sua atenção.

Em menos de algumas horas estaria em uma sala de reunião e todos voltavam a sua atenção para ela. Leia ficava toda hora levantando a cabeça, olhando ao redor do quarto. Caso Obi-Wan apareça de novo. Pretendia enterrar tudo aquilo e esquecer esta noite.

Leia parou de repente o que ela estava fazendo. Ficou imóvel por alguns segundos. Havia sentido uma sensação esquisita. Não sabia descrever está sensação. Era como se a sua alma estivesse te avisando alguma coisa, ou algo parecido com isso. O coração de Leia dava para ser ouvido a vários quilômetros. Havia sentido essa sensação em algum lugar... Na batalha de Endor. Com Luke. Mas dessa vez foi algo diferente. Dava para ela perceber isso. Correu até a cabine do piloto. Mas no caminho sobressaltou-se.

Um barulho foi ouvido por toda a nave. Um barulho de choque. Alguma coisa bateu contra a nave, que a fez balançar e as luzes piscarem. Leia chegou na cabine do piloto, ouvindo R2 apitando.

— O que está acontecendo? — perguntou Leia para o piloto e o co-piloto. O radar estava piscando.

— Detectamos uma nave próxima. Ela está vindo em nossa direção e atirou próximo nos motores. — disse o piloto mexendo em alguns botões e tomar posse da nave.

— Um tiro? — Leia se preocupou. Achava que poderia ser um simples asteroide, mas não. Ela olhou no radar. Uma nave estava se aproximando deles. A sensação de Leia foi aumentando cada vez mais, ela percebeu que não eram contrabandistas.

Outro tiro!

— Alteza, eles estão nos atacando! — avisou o co-piloto.

A nave ficou desviando dos tiros das naves.

— Princesa, vamos ter que desviar do nosso percurso, há um mar de asteróides à frente! — avisou novamente o piloto.

A nave estava recebendo vários tiros. Eles começaram a desviar dos tiros. Não, não poderiam serem contrabandistas. Seja lá quem for, reconheceu a nave por ser do Senado.

— Alteza, fique dentro da sua cabine até despistar...

— Eu ficarei aqui! — ordenou Leia, se mantendo firme. Não queria ficar fora da ação. Estavam correndo perigo e não iria virar as costas e se esconder. O piloto suspirou longamente.

— Princesa, o Senador mandou você para uma missão para a Nova República. Se você morrer agora, não haverá ninguém que possa representar o Senado. — avisou o piloto, sem paciência. — Vossa Alteza deve ficar segura e no seu lugar.

— Eu não ficarei em lugar algum. Não tem como eu ficar segura. — retrucou Leia. Agora era ela que já estava sem paciência.

— Vossa Alteza só vai criar mais problemas. Vá agora para a sua cabine e não se intrometa...

— Não pode me mandar o que fazer, comandante! — interrompeu Leia. — Não irei virar as costas agora.

O piloto bufou.

— Faça o que você quiser! Se quer morrer, a é escolha sua! — disse o piloto rudemente e se concentrando na nave atirando neles.

Leia se segurou para não retrucar, mas deu uma bufada. Odiava quando faziam isso com ela, mandar ela o que fazer contra a sua vontade. Leia poderia dar conta daquilo, já esteve em várias batalhas. Isso não significa que ela falhará em uma perseguição. Não queria estar fora disso tudo.

Ela se segurou firme, enquanto a nave balançava conforme os tiros que a nave recebia. Leia ainda sentia a sensação esquisita, mas foi diminuindo até que a nave se afastou, e por fim, sumiu. Mas alguma coisa a incomodava, ainda não estava tudo bem. Leia queria estar agora armada, pegou o seu blaster na sua cabine e voltou até onde estavam os pilotos. No caminho. Eles estavam parados no corredor. Ela achou isso estranho.

— Nós falamos para você ficar na sua cabine! — disse o piloto Leia viu o piloto e o co-piloto, com os seus blaster nas mãos, apontando para ela. R2 apitou.

— Comandante, o que esta fazendo? — perguntou Leia, tocando na região onde ficava o seu blaster.

— Fazendo o que deveria ter feito desde que entrou nesta nave! — Leia pegou o seu blaster e pegou no pulso do piloto, antes do mesmo apertar o gatilho. O co-piloto a segurou, mas Leia tentou atirar. Se escondeu atrás da parede e começou a atirar. Leia acertou o braço do piloto, e um tiro de raspão na perna do co-piloto.

Luzes vermelhas começaram a piscar no teto. A nave começou a balançar e Leia se desequilibrou. Leia olhou para os dois homens, mas tentava avistar R2. Eles a traíram. Pela suas caras, não pareciam serem da Aliança Rebelde. Leia ouviu eles falando que acertaram os motores da nave, e o piloto estava xingando bem alto.

— Que droga! Foi uma cilada. Eles querem que nós sejamos mortos também!

— Vamos dar um fora daqui! — disse o piloto ajudando o co-piloto a se levantar.

— Vamos para a cápsula de fuga! — disse o piloto apontando para a mesma. — Pega o droide. Ele vai ser de muita utilidade.

— Mas e a princesa? — perguntou o co-piloto.

— Deixe ela aqui. Não temos tempo para matá-la. Ou nos a montamos e vamos junto ou a deixamos morrer na queda!

Os blasters do piloto e do co-piloto caíram longe. Somados entraram na cápsula de fuga, deixando a Princesa sozinha. Caída no chão.

Outros tiros estavam vindo. Eles tentavam acertar a nave. A mesma girou descontroladamente. Leia perdeu o equilíbrio e bateu com a cabeça em um dos painéis da nave. Eles estavam indo em direção até um planeta com coloração laranja. Leia reconheceu o ligar. Tatooine. O antigo lugar de Luke Skywalker, seu irmão. Ele poderia estar lá.

Leia se levantou imediatamente.

Leia ficou completamente cega. Um clarão cobriu nos seus olhos e a sua visão ficou muito turva lara enxergar qualquer coisa. Sentia o seu corpo levitando e batendo em lugares que Leia não reconhecia.


....


Um barulho entrava e saía de seus ouvidos. Estava totalmente tonta. Deveria sentir o frio da nave, mas ao invés disso, sentiu um calor queimar a sua pele. Não estava de dentro da sua nave. Estava no calor escaldante de Tatooine, ela sabia disso. Leia lentamente abria os seus olhos, sentia um líquido na sua testa. Suor. Mas havia outro escorrendo no lado direito do seu rosto. Depois veio uma dor desconfortável na sua cabeça.

No início, sentiu tontura, mas então começou a recuperar a sua consciência. Leia sentia dores no seu corpo inteiro. A palma de suas mãos seguravam grãos de areia quentes. Leia se levantou. A sua roupa branca estava toda suja,tocou no seu rosto. Havia sangue. Seu cabelo, antes prendido em dois coques, estava quase caindo.

Olhou em sua volta. Nada além de montes de areia. E uma nave caída alguns metros distantes de Leia. A mesma correu até a nave. Mas na mesma hora, a nave fez um barulho esquisito. Explodiu do nada. Leia foi jogada para trás. Gritou de dor.

Se levantou novamente. O seu blaster continuava com ela. Ouviu apitos a poucos metros dela. Se armou rapidamente, pois não se sabia se era um daqueles homens. Procurou por eles, mas avistou R2-D2 apitando ainda mais, tentando acalmar Leia. A mesma suspirou aliviada. Caminhou até ele e se agachou. Ela sorriu para ele. R2 não havia se ferido tanto assim. Ale as estava com alguns amassados e estava sujo.

Ela estava com traidores. Haviam infiltrados na Aliança Rebelde e no Senado. Leia tinha que avisar para eles. Se contorceu, sentindo a sua cabeça ainda latejando. Estava com uma dor de cabeça insuportável. Ainda cambaleava. Seria inútil continuar correndo até a nave, estava tudo em chamas, e não poderia fazer absolutamente nada.

Estava no meio do nada, ferida, com um dor de cabeça desconfortável, tonta, desorientada, sem abrigo e sem água e comida. E já estava ficando com sede. Claramente que não daria para ficar ali parada esperando por ajuda, mas pelo menos estava com R2.

— Vamos, R2! Temos que achar ajuda!

Leia começou a se movimentar. Havia uma pequena cidade por perto, o antigo lar de Luke. Começou a andar, sem rumo a lugar nenhum.

Leia mal andou alguns metros, já achara a cidade. Por sorte, a nave caiu perto, mas não teria como ser consertada a esse ponto. Sabia que o povo de Tatooine é hostil, mas tinha que tentar.

Sorriu para si mesma. Mas não dava para se alegrar agora, precisa se comunicar com alguém para que pudesse resgatá-la daquele lugar. Mas antes um pensamento lhe ocorreu na sua mente, e se Luke estivesse na verdade em Tatooine? Leia já pensou esta possibilidade na nave, antes da traição e do pouso forçado. Agora, sentia aquela sensação esquisita de novo. A cada passo que se dava, mais está sensação aumentava. Sorriu ainda mais, poderia ser Luke, mas não sabia ao certo. Seja lá quem for, deve ter sentido ela também.

Foi de cabeça erguida e confiante de si mesma. Vai ficar tudo bem! Luke poderia estar lá em Tatooine junto com ela! E isso era ótimo para ela. Tinha que desabafar como ele, e muito. Ele era o único que poderia entendê-la naquele momento! 

 

 


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Notas finais do capítulo

Espero que gostem e comentem!
Parabéns se conseguirá ler até aqui ! :)



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