Por Esparta, até a morte. escrita por Manu


Capítulo 7
Ver a Grécia queimar




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Em formação! Artemísia ordenou aos soldados que se organizassem. Rapidamente levantaram-se puxando as espadas, e indo de encontro ao inimigo. Não eram persas, mas gregos. O ódio que Artemísia sentia, aumentou ainda mais. Ver a Grécia queimar era seu maior desejo. A primeira linha de defesa desabou em cima dos inimigos, mas os bárbaros se defenderam com técnicas arcaicas e mataram muitos dos homens de Artemísia. Ela mesma foi em busca de sangue, e correu em direção ao inimigo. Ao encontrar o possível chefe dos bárbaros que os atacavam, enterrou a espada em seu coração, puxou a espada de volta, e separou a cabeça do pescoço de outro maldito grego. A batalha se tornou árdua, e quando o amanhecer começou, a exaustão dos homens havia causado muitas baixas, mas depois de um tempo os Persas mataram o maior número de seus oponentes e o restante que sobrou fugiu, causando assim, a glória aos persas. Mesmo com a retirada dos inimigos, a mesma intensa preocupação era preservada na mente da comandante.

—Prossigam, ela ordenou aos homens.

—Senhora. Um dos homens teve coragem para falar.

—Não temos muitas provisões, e os homens estão exaustos, se formos agora, não vamos conseguir voltar. No momento em que ouviu isto as lembranças chegaram, e com elas a dor. Ela ouviu os gritos, viu sua família morta, o fogo que estava ao seu redor e a cegava e também a face da morte que a encarava sorridente, como se a desejasse. Ela relembrou tudo outra vez, ela precisava da irmã perto de si.

Emma. Ela sussurrou enquanto segurava firme seu cavalo em que já havia montado. -Não vou abandonar você, eu vou te encontrar minha irmã, eu juro.

—Voltem. Ela ordenou entre dentes. Os homens montaram seus cavalos, e partiram com ela de volta para a Pérsia. Quando Emma acordou, não se sentia feliz, não era a sensação de sempre. Ela estava amargurada devido aos acontecimentos. Dilios tinha alguém, esse seria um fato que ela teria que aceitar, não importando o que sentisse. Neste momento, foi necessário que ela entendesse que não poderia mais negar seus sentimentos. Estava apaixonada, e pelo homem errado. Sem vontade de ir para o mar, e muito menos de comer, se concentrou em bordar um vestido novo. As linhas e os tecidos haviam sido comprados em dias anteriores. Ao menos iria fazê-la não se sentir tão inútil. Dilios havia saído mais cedo, o suficiente para chegar à casa do rei antes que ele saísse para o treinamento diário.

—Dilios, que surpresa. O rei falou saindo pela entrada de sua casa. Dilios fez uma reverência rápida. De certo que era seu amigo, mas também era rei de Esparta.

—Aconteceu alguma coisa?

—Eu só não queria ficar em casa, não posso me arriscar.

—Tenho me preocupado com você meu amigo, vai enlouquecer no rumo em que está indo.

—Não sei mais o que fazer, quando eu a vejo eu... Perco o controle, não posso mais suportar. O rei apoiou a mão no ombro de seu amigo.

—Quando ordenei que ela ficasse em sua casa, nunca poderia imaginar que chegaria a este ponto.

—Meu rei, se me permite saber, quando dará a permissão para que ela decida se vai ficar em Esparta?

—Em breve, sei que ela não é nenhuma ameaça, muito o oposto, é uma moça adorável. Mas, qual o motivo disto? Quer que ela vá embora?

—Não! Não vou aceitar que ela vá embora.

—Cabe a ela decidir, Dilios. Acalme seu coração e se concentre no treinamento. Os dois seguiram para a arena. Quando já era quase no fim da tarde, Emma preparou o jantar para quando Dilios chegasse. Um impulso de ir até o mar onde se banhava veio de uma forma estranha, ela já havia ido depois que havia decidido deixar a tristeza de lado, mas o jantar estava pronto, então nada a impedia. Ela caminhou num ritmo médio até o mar, mas para sua surpresa ao chegar lá, viu Dilios que estava se banhando, a excitação apareceu no mesmo instante Emma parou para observar aquele corpo, os músculos definidos, seus cabelos loiros caídos sobre seu rosto, e... Todo o resto. Ela se sentia culpada por desejá-lo tanto, mas não havia o que se fazer. Percebendo que não poderia continuar ali, ela voltou para casa a passos lentos pensando nele. Quando chegou decidiu esperar na sentada na frente de casa, apenas para cumprimentá-lo, o sol estava se pondo, sinal de que ele chegaria em breve. Emma estava distraída quando Dilios apareceu. -Milady. Por que está aqui fora?

—Eu queria ver o por do sol. Dilios sentou-se ao seu lado. Emma sentiu seu corpo tremer um pouco.

—Você está bem?

—Estou sim. Ela se concentrou nos momentos finais do acontecimento no céu.

—É tão lindo. Ela observava fascinada. Dilios viu em seu rosto toda a beleza que nunca vira tanto em alguém, os olhos azuis dela refletiam o vermelho do sol que se ia embora, e em suas bochechas um leve tom de vermelho. Ali, Dilios decidiu que não adiantava mais se controlar. Ele a queria. Agora. Naquele instante. Então puxou sem força o rosto dela de encontro ao seu, e tocou seus lábios de uma forma rápida, mas contínua. Ela não ofereceu resistência, era o suficiente para envolver suas mãos em volta da cintura pequena da moça. Ele a quis deitar no chão.

—Dilios... Emma gemeu enquanto ele beijava seu pescoço. Os olhos dela estavam fechados, por conta da excitação que estava sentindo naquele momento, mas se abriram quando sentiu as mãos dele abrindo sua roupa.

—Não. Isto não está certo. Ela se endireitou, e foi obrigada a olhar nos olhos dele. Dilios se arrependeu no mesmo instante, ela estava chorando.

—Me perdoe. Ele falou enxugando suas lágrimas. -Eu não queria assustar você, não vou lhe forçar a nada, não chore, eu lhe peço. Emma se levantou e caminhou apressadamente para dentro de casa.


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