Por Esparta, até a morte. escrita por Manu


Capítulo 4
Milady




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Está tudo... certo.

–Onde está o Dilios?

–Ele está em casa.

–Sabe dizer se ele não vem para o treinamento?

–Estou certa que ele vem.

–Vocês estão bem?

–Sim, claro. Ela mentiu.

–Não está sendo sincera.

–O senhor percebe tudo não é? Ela deu um sorriso leve.

–Geralmente.

–Eu acho que não deveria ficar lá, provavelmente ele está se sentindo incomodado com minha presença.

–Mas ele aceitou que você ficasse lá.

–Aceitou porque o senhor ordenou.

–Acredite em mim, lá é o lugar mais seguro para você. Ela tremeu. Se lá é lugar mais seguro, caso saísse dos portões de Esparta então já estaria morta.

–É claro, senhor.

–Com o tempo vai melhorar. Eu o conheço bem, até fizemos o agogê juntos.

–Eu vou... manter distância, ficar no meu quarto e não ficar em seu caminho. Acho que assim não vou importuna-lo tanto.

–Crianças...

Ao voltar para casa, Dilios não estava em casa. Ótimo! Ela pensou. Emma foi diretamente para o quarto, fechou as cortinas, e tomou uma quantidade considerável de água, decidiu que não iria comer nada, já que estava enjoada devido o que aconteceu. Aquela cena não saia de sua cabeça, ela se deitou e tentou dormir. Quando Dilios chegou, ela se cobriu com o lençol e se encolheu na cama, não queria ver aquele rosto tão perfeito, mas que havia a machucado tanto.

–Emma? Ele chamou com o tom de voz baixo, sem entrar no quarto. Ela apertou os olhos. Sua presença não estava mais ali.

Algumas horas depois, a fome ficou insuportável, então ela saiu do quarto, foi até uma bandeja com frutas, e pegou algumas uvas. Quando ela terminou de comer, Dilios se aproximou.

–Milady. Ela apenas olhou para ele.

–Eu preciso falar com você.

–Outra hora quem sabe, com licença.

–Quero que aceite minhas desculpas.

–Por que? Emma não costumava ser orgulhosa, mas neste momento, ela precisava ouvir dele.

–Por tudo.

–Você me machucou. Dilios se aproximou devagar, e pegou o rosto dela entre as mãos.

–Eu prometo que isto não acontecerá novamente. Também não vou perder o controle outra vez. Dou-lhe minha palavra. Ela se perdeu ao olhar dentro de seus olhos. Emma tirou suas mãos de seu rosto, e se afastou numa distância de dois passos para trás. Não havia o que falar, Emma não sabia se decidir entre perdoá-lo e ficar tudo bem, ou passar a mão entre seus cabelos e o puxar para si, o beijando até faltar o ar, perdendo o resto da sanidade.

–Se isto não acontecer mais, então está tudo bem. Embora a primeira opção fosse completamente tediosa, parecia a mais sensata.

–Não irá acontecer, a não ser que você queira.

–O que disse?

–Apenas irá acontecer se você pedir, com todas as palavras.

–Tenha uma boa noite, Dilios.

No dia seguinte, Emma havia acordado com disposição, já faziam três dias em que estava em Esparta, e talvez pudesse ter uma convivência amigável com Dilios enquanto estivesse em observação.

Não haviam coisas a serem feitas em casa, então passear um pouco pareceu o certo a se fazer.Conforme Emma observava as moças espartanas, via que suas vestes eram diferentes, eram mais abertas, e com cores mais leves, possivelmente devido ao calor que fazia apenas na parte da manhã. As suas eram mais recatadas, de longe se poderia observar que era uma estrangeira. Devido a isto, rapidamente ela disparou a procurar lugares onde vendiam vestidos prontos. Ao encontrar, se agradou de 5 vestidos, e os comprou. Ela trocou de roupa num lugar escondido,agora usava um vestido com a cor vinho e se parecia um pouco com uma espartana. Com exceção do fato que seu manto preto continuava a lhe cobrir o rosto. Dilios treinava com Leônidas, no final da luta, o vencedor foi o rei.

–Meu velho amigo, está meio distraído hoje.

–Realmente. Não dormi muito bem na última noite. O rei olhou desconfiado.

–Por qual motivo?

–Ontem eu bebi demais e eu acabei...

–O que você fez Dilios?

–Fiquei em uma situação constrangedora com Emma. O rosto do rei expressava que não precisava de detalhes.

–Então você... a possuiu?

–Não! Bom, não que eu não gostaria mas, ela ficou com medo, e aquilo me enlouqueceu.

–Cuidado meu amigo, não faça nada que ela não queira. Sabe, tenho a impressão que ela gosta de você.

–Nos conhecemos a 3 dias. Dilios falou enquanto bebia água.

–Então neste pouco tempo você não pensou nela de nenhum outro jeito?

–Não posso dizer que não.

–Você está péssimo. Talvez devesse voltar a se encontrar com Aurora.

–Não tenho vontade.

–O que é isso? Ela não lhe levanta mais? O rei perguntou num tom de zombaria. Dilios não se incomodou.

–Só consigo pensar em Emma.

–Boa sorte Dilios, fim do treinamento. Até amanhã.

Dilios saiu sem se despedir. Quando procurava o caminho de casa,Emma observou num dos jardins suspensos uma rosa,com o tom de cor vermelho sangue, realmente bela. Seu cheiro era o aroma mais encantador que havia encontrado na vida. Ela colheu apenas uma. Quando chegou em casa, estava perto da hora que Dilios chegaria. Como já haviam se resolvido, não havia necessidade de se esconder ou protelar este encontro. Ela colocou as roupas em cima de sua cama perfeitamente arrumada e sentou-se na frente de casa, se distraindo enquanto brincava com a rosa.

–Belíssima. Dilios elogiou

–Desculpe?

–A rosa é belíssima não é? Dedica tanto assim sua atenção a ela?

–É uma linda rosa sim. Disse Alina girando a flor.

–Apenas não pode competir com sua beleza.

Emma sorriu como se ele contasse histórias engraçadas.

–Por que está rindo?

–Por que você troca de humor com muita rapidez.

–Tenho tempo livre agora. Não gostaria de conversar?

–Na verdade, eu realmente não posso conversar agora. Tenho que fazer o jantar.

Ela entrou em casa.

–Emma, espere.

–Sim?

–Depois que acabar o período de observação, você vai continuar em Esparta?

–Eu ainda não sei, mas penso em ir mesmo para Atenas. A expressão de Dilios voltou a parecer com a de dias atrás,como se Emma o tivesse ofendido.

–Eu disse alguma coisa errada?

–Não, em absoluto. Quero saber se vai me conceder a honra de sua companhia durante o jantar.

–Claro, se você quiser. Dilios saiu pela porta.

–Ei! Onde o senhor vai?

–Em direção ao mar. Ela não iria pensar, não iria imaginar, até que... tarde de mais. Ela sentiu a parte inferior por dentro de seu vestido umedecer. Ignorando a sensação, se concentrou em continuar o jantar.


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Notas finais do capítulo

Digam o que precisa ser melhorado na estória, por favor.



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