Por Esparta, até a morte. escrita por Manu


Capítulo 3
Está com medo?




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Emma foi acordada bruscamente, com o som de uma chuva muito forte, os trovões rasgavam o céu, e ela percebeu que seu corpo tremia descontroladamente, ela havia passado muito frio durante a viagem, e estava acostumada com o clima da Pérsia. Mas nunca tinha sentido tanto frio antes. Seus dentes se batiam repetidamente, e a sensação era das mais desagradáveis.O que eu faço? Ela pensou. Tudo bem,ela teria que se acostumar, sabia muito bem que enfrentaria riscos ou talvez necessidades quando saísse das ordas asiáticas. Sua aceitação acabou quando Dilios entrou passando pelas cortinas, e lhe estendendo um lençol longo, visivelmente feito de pele de urso. Seus olhos brilharam. -Está muito frio. Dilios afirmou.-S-sim. Emma tentou dizer enquanto tremia. Ela pegou o lençol e o envolveu em seu corpo. Ao sentir o calor a envolvendo, soltou um pequeno gemido de satisfação. Dilios virou-se para sair do quarto. -Dilios! -Sim? -Não vai lhe fazer falta? Você não está com frio? -Não. Tudo bem. Ele saiu do quarto sem se despedir. Emma percebeu o quanto o seu tom de voz era triste. Será que sua presença o incomodava? Agora sua mente estava perturbada. Mas não tanto quanto seu corpo estava cansado, e ela caiu em sono profundo. Amanheceu. Emma lavou o rosto e trocou seu vestido, que já estava praticamente em retalhos. Felizmente, o manto o escondia.
Quando olhou pela janela, viu que ainda era muito cedo. Mesmo assim, ela havia perdido o sono, e foi caminhar pela casa. Coincidentemente, Dilios estava saindo de casa.
—Dilios eu posso falar com você?
—Tenho que treinar.
—Não vou demorar muito, eu prometo.
—O que deseja? Precisa de alguma coisa?
—Preciso tirar uma dúvida. A minha presença está o incomodando?
—O rei pediu que ficasse aqui por um tempo.
—Eu não quero ofendê-lo mas não foi o que eu perguntei.
—Você não incomoda.
—Então por que você me trata deste jeito? Você nem olha pra mim.
—Tenho que chegar na hora. Ele abriu a porta. -Se quiser conversar quando eu chegar, estarei de volta antes do por do sol.
A porta foi fechada.
Era mais reconfortante. Emma esperou o tempo passar arrumando a casa, e preparou o jantar. Ela não fazia se ele gostava de ovelha assada na lenha mas resolveu arriscar.
O sol estava se pondo.
Ela caminhou um pouco até encontrar o caminho do mar, não ficava muito longe. Da casa mesmo se tinha uma linda vista do mar. Ela se banhou, colocou suas roupas rapidamente e seguiu para casa. No meio do caminho ela se encontrou com Dilios. Ela estava sujo de sangue, e com o suor escorrendo pelo corpo. Não apagou nenhum pouco sua beleza.
—Onde você estava? Ele perguntou tirando o cabelo da testa.
—Eu só fui no mar.
Ele olhou o vestido colado contra o corpo molhado. -Percebe-se.
Ela corou imediatamente, devia ter ido mais cedo. Emma andou a frente e entrou em casa primeiro.
—Eu fiz o jantar! Por favor me diga que gosta de ovelha.
—Sim.
—Que alívio. Então... Está servido.
—Emma.
Ao ouvir seu nome ser pronunciado, um arrepio percorreu seu corpo.
—Você não é obrigada a fazer isso. Não é uma escrava, nem veio aqui para trabalhar.
—Eu queria agradecer a você.
—Vejo que sim. Metade das palavras que você fala são agradecimentos.
Aquilo foi uma pontada em seu coração. Ela sentiu os olhos ficando úmidos mais que o normal.
—Bom é que... Você merece.
Dilios já estava sentado, apoiado no banco em que se alimentava.
Emma caminhou lentamente até o quarto. Até o ouvir perguntar.
—Não vai comer?
—Não estou com fome. Ela parou no meio do caminho. E se apoiou na parede.
—Mas precisa comer.
—Não. Eu estou bem assim.
—Eu não perguntei. Ele se levantou e caminhou até ela.
Emma correu para o quarto e se encolheu na cama, ela só queria chorar até dormir.
Dilios a fez se sentar na cama, e colocou as mãos nos seus ombros. Ela olhou no fundo de seus olhos. Sua boca estava quase na dela. O cheiro de vinho denunciou que ele havia bebido demais.
As lágrimas em seu rosto insistiam em cair, ela soluçava, e pedia que ele a soltasse.
—Você está me machucando. Ela falou olhando para baixo. Como estavam próximos, foi possível ver que ele estava excitado.
—Me solte, Dilios.
—Xerxes violou você? Ele a apertou com mais força.
—O quê?
—Responda a pergunta.
—Ele não chegou a fazer isto.
—Mas ele tentou não foi?
—Dilios você está me assustando.
—Você está com medo? Ele deu um sorriso que a fez tremer.
—O que você quer?
Ele sorriu novamente. A soltou e saiu do quarto.
Emma observou seu próprio braço, estava com uma mancha vermelha.
Sem pensar,ela se levantou e o seguiu. Viu que ele entrava no quarto, as cortinas que felizmente eram brancas se fecharam.
Ela viu ele jogar a capa no chão, se despir totalmente e se deitar na cama.
Ele tocou seu membro com força. O apertando e descendo sua mão para cima e para baixo, várias vezes.
—Emma... ahhh Emma.
Ela não aguentou vê-lo fazer isto. E voltou para o quarto e se cobriu com o lençol. Foi difícil dormir depois de ver aquela cena.
Ela acordou quando ouviu seu nome.
—Emma?
Havia amanhecido. Ele estava parado ao lado de sua cama. Ela não lhe respondeu e se levantou, saindo de perto dele.
Ele a puxou de volta. Pela cintura. E a empurrou na parede.
—Vai me dizer por que está chateada comigo?
—Você não se lembra? Ela lhe mostrou a marca em seu braço. -Ainda está doendo.
Ele se separou dela. -Eu sinto muito.
—Não importa. Emma abriu a porta e saiu antes que ele fizesse outra pergunta.
Emma caminhou por Esparta, observou sua belas paisagens,os templos dedicados aos deuses. Uma voz familiar lhe cumprimentou.
—Como vai moça?
—Meu rei. Ela fez a reverência -Bem, na medida do possível.
—O que aconteceu?


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