Por Esparta, até a morte. escrita por Manu


Capítulo 12
Aurora


Notas iniciais do capítulo

Artemísia e Emma tendem á suas emoções estarem interligadas em determinados momentos.



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O que deseja com o Dilios? Emma perguntou tentando não chorar.

—Isto não lhe diz respeito, quando ouvi os rumores de que você estava morando aqui, achei suspeito que o Dilios tenha desaparecido.

—Eu ouvi falar de você.

—Espero que tenham falado bem, ora, se foi ele então disse coisas maravilhosas.

—Ele falou-me sobre você, sim. Nunca me escondeu nada.

—Realmente, nada? -Aurora questionou, aproximando-se de Emma. -Ele contou o que nós fazemos? Como nós fazemos?

—Faziam. Ele não a procurou mais, não foi o que acabou de confessar?

—Estou certa de que em breve ele procurará, afinal, eu sei do que ele gosta.

Estava impossível para Emma de controlar a tristeza que sentia quando ouvia as palavras de Aurora.

—Escute moça, você sabe que Dilios não está aqui agora. Então se retire, e fale com ele mais tarde.

—De certo que sim, mas me tire uma dúvida, você deixou que ele a fodesse? Emma sentiu-se corar, mas era de raiva.

—Acho que isto também não lhe diz respeito. Vá embora.

—Então pensa que é agora dona desta casa?

—Pelo que eu sei você também não é, e não sou obrigada a suportar sua presença odiosa nem mais um minuto. Emma bateu a porta.

—Até breve, querida. Aurora disse do lado de fora da casa. O dia de Emma que antes havia começado alegremente desmoronou de uma vez com aquela visita. Ela não queria chorar, não valia a pena já que era este o propósito daquela prostituta. Emma passou as mãos pelo seu rosto devagar, o enxugando de maneira que não ficasse vermelho, tudo ia ficar bem, tudo. Enquanto arrumava o quarto de Dilios da bagunça que haviam feito, a imagem de sua irmã veio a sua memória. Sua amada Artemísia, talvez ela nunca a perdoasse por ter fugido, e tudo que ela precisava naquele momento era de um abraço de sua irmã. Uma dor lhe veio, em suas costas sentiu um desconforto enorme, como nunca antes havia sentido. Emma decidiu ignorar, torcia para que sua irmã estivesse bem, mas ao mesmo tempo não aguentava de saudades. Aurora caminhou até a arena, chegou na hora em que Dilios quase foi derrotado por Stelios.

—Cuidado, meu amor. Ela disse.

Dilios caminhou a passos lentos até ela, e Steliostomou seu lugar para treinar junto ao rei.

—Aurora. -Dilios cumprimentou num tom amigável.

—Está tão frio hoje, estou espantada, você costuma ser tão quente.

—Nunca deixei de ser. Qual o seu propósito aqui?

—Saber por que não me procurou mais... Estou com saudades.

—Aurora, não tem outros clientes para atender?

—Devo encarar isto como uma rejeição?

—Se assim desejar.

—Está nervoso, posso acalmar você. Ela puxou a capa dele lentamente, e se aproximou devagarzinho dele. Dilios soltou-se dela.

—Tenho que voltar para o treino.

—Me procure mais tarde. Aurora disse ao piscar um olho. Dilios voltou ao treino, já certo de que iria ser mais incomodado. Fandral fez piadas sem graça no momento em que voltou, mas Dilios decidiu relevar, caso desse atenção aquele inútil, provavelmente quebraria o nariz dele, e criaria discórdias com Rei Leônidas. Dilios assistiu o seu amigo vencer a luta, e quando ele afastou-se da arena, caminhou para perto dele.

—Era apenas o que faltava. Falou Dilios.-Não estou disposto a lidar com isto.

—Vai se encontrar com ela? O rei perguntou.

—Não. Emma nunca mais olharia em minha face. Antes que Leônidas pudesse falar, Fandral interrompeu a conversa.

—Então estão juntos outra vez? Formam um casal exemplar.

—Agora não, Fandral.

—Está cego Dilios? Não vê como aquela mulher é maravilhosa?

—Que inferno! Então vá foder ela se a acha tão perfeita assim.

—Mas ela não se compara a Emma, és um homem de sorte.

—Não ouse fazer comparações, e se refira com respeito à Emma.

—Acalme-se Dilios. O rei falou.

—Fandral, você não se farta de incomodar o Dilios? Tenho mais o que fazer do que apartar brigas entre meus melhores soldados. Fandral afastou-se de perto deles, e Dilios e o rei continuaram a conversar mais um pouco antes de voltarem para a arena. O treino finalmente acabou, e Dilios pôde voltar para casa. Quando abriu a porta, deparou-se com a casa limpa, impecavelmente arrumada, mas não encontrou Emma á primeira vista.

—Emma! Dilios chamou. Não houve resposta. Ele caminhou até seu quarto, também estava arrumado, nas cobertas ainda havia o cheiro dela enroscado num suave aroma. Dilios partiu para o quarto dela, a moça estava na cama, soluçando de tanto chorar. Ele correu até ela, e a puxou para perto dele. No que não foi um abraço, mas apenas um sinal de que ele estava ali, para ela.

—Esteve... Aqui. Emma falou cortando as palavras

—Quem esteve aqui?

—Aurora. Ela havia tido a coragem de ir a sua casa falar com Emma? Um temor veio para Dilios.

—O que ela disse? Ele perguntou.

—Que estava procurando você.

—Ela também foi até a arena, não deveria ter vindo aqui.

Por mais que tivesse tentado, Emma não havia conseguido esconder as outras lágrimas que caíram naquele momento.

—Não chore. Eu realmente deveria ter ficado em casa hoje, com você. O dia foi horrível. Dilios parou para acariciar o cabelo da moça.

—Ela é linda. -Emma choramingou.

—Sabe que ela não a supera em nada, em nenhum sentido. Dilios continuou a acariciando. -Venha cá. Ele disse quando a beijou. Emma agarrou-se a ele, procurando esquecer todo aborrecimento provocado num único dia.

—Você deveria ir procurá-la, pelo que ela falou você gosta da companhia dela.

—Isto é passado. Agora você é a única que eu quero.

—Mas...

O soldado a interrompeu com um beijo.

—Dilios, pare, estou realmente confusa.

—Mas não deveria.

—Como posso saber se você não vai se aproveitar de mim agora e depois vai se encontrar com ela?

—Acha que eu faria isto?

—Você é um homem.

—Sim, e estou completamente louco por você, não por ela. Esqueça isto.

Emma sorriu. -Vou tentar.

—Achei que tinha dito que iria me ajudar a me acalmar quando voltasse.

—Você quer que eu o ajude? Ela perguntou subindo por cima dele e afagando seu corpo.

Ele sorriu, agora esquecendo de todas as pertubações do dia, ao sentir o calor do corpo da moça sobre o dele.


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