Coloquei um vestido leve e me sentei na cama. Pensei em fugir, mas estava tão cansada disso, que apenas me sentei ali e esperei. Rick saiu do banheiro pouco tempo depois com a tolha enrolada na cintura. Ele pegou uma roupa e entrou no banheiro novamente. Ele saiu pouco tempo depois vestido. Ele suspirou e venho caminhando até a cama. Ele se ajoelho na minha frente e ficamos nos olhando por um tempo sem dizer nada. Podia senti meu coração batendo forte no meu peito. Estava tão rápido que fiquei com medo de ter um enfarto ou coisa parecida.
– Eu sinto muito. – ele disse segurando minhas mãos. – Eu não sei o que está acontecendo com você, não sei pelo que você está passando. E sei que isso é minha culpa. Eu deveria te apoiar, estar ao seu lado. Eu vou mudar isso. Vamos conversar, eu vou ser um marido presente. Sei que deve me odiar, mas vou fazer de tudo o que puder para mostra para você que podemos ser felizes. Eu te prometi que ia cuidar de você, que podíamos ser felizes juntos, mas não fiz nada para isso e sinto muito por isso. Tudo o que peço é uma segunda chance. Eu vou mudar. Eu vou passar mais tempo com você, vou te escutar e te ajudar. Eu deveria ver que tinha alguma coisa errada assim que casamos, deveria ver que você estava triste e que está mais magra, mas estava sendo tão egoísta pensando apenas em mim que me esqueci que você também está sofrendo com tudo isso. Eu sinto muito, querida. E vou mudar isso. Apenas preciso saber se você quer que eu mude e o que. Eu preciso da sua ajuda, assim como você precisa da minha.
Eu não disse nada. Meus pensamentos estavam à milhão. Tanta coisa se passava pela minha cabeça de uma vez. Rick estava ajoelhado na minha frente pedindo uma chance. Falando que nosso casamento podia dá certo. Eu queria acreditar nele, mas estou tão ferida, que não conseguia.
– Eu estou com medo. – sussurrei sentindo meus olhos se encherem de lágrimas. – Eu estão me sentindo tão sozinha. Eu tenho estado sozinha nesses meses. Meus pais e minhas amigas não falam comigo. Eu mal te vejo. Não consigo comer, já pensei em me matar. Hoje mesmo enquanto estava sentada naquela ponte estava pensando em como seria mais fácil me joga e acabar com tudo ali mesmo. Sem mais dor, sem mais tristeza. Mas eu não podia fazer isso sem matar o bebê também. Mas por outro lado, não pensaria que ele pode nascer e sofre o mesmo que eu. Eu o amo com todas as minhas forças, Rick. Mas sei que apenas meu amor não será o bastante. Eu fui ao médico hoje e a doutora disse que estou abaixo do peso. Eu estou com medo. Não como direito, ela disse que eu estou depressiva e eu a deixei falando sozinha. Eu tenho medo de fazer alguma coisa que eu não deva e não vai ter ninguém para me parar. – comecei a chorar nessa hora. – Eu sei que não vou conseguir sozinha. Sem ninguém para me apoiar e me dizer o que estou fazendo de errado. Eu tentei, Rick. Fiz o meu melhor para aguada a todos. Você e meus pais pensaram que o casamento seria a melhor solução e eu aceitei me casar. Você disse que ia ficar ao meu lado, assim como as meninas e minha mãe. Mas eu tenho estado só esses meses e não sei se vou conseguir lidar com isso por mais tempo. Eu sei que preciso de ajuda, mas ninguém me estende a mão. Ninguém me pergunta como estou, se estou precisando de alguma coisa, se tenho alguma dúvida. Ninguém. Eu quero saber o que fiz de tão errado para todos me odiarem, mas não sei. Não consigo descobri. Apenas sei que a cada segundo as pessoas me odeiam mais e mais.
– Oh, querida, você não fez nada de errado. – Rick me abraçou forte. – Eu e todos os outros que estamos errando. Você precisa de apoio, amor e carinho. E a gente não estar te dando nada disso. Eu não posso falar pelos outros, mas eu vou mudar. Vou fazer minha parte. Vamos dá um jeito nisto juntos. Tudo bem? Eu vou estar aqui para você agora, como eu deveria ter estado desde que isso começou. Eu estou aqui, não precisa se preocupa.
Apenas concordei com a cabeça enquanto chorava no ombro dele. Rick deixou que eu colocasse o que estava sentindo para fora. Ele me deixou chorar até não aguentar mais. Rick me deitou na cama e saiu do quarto. Ele voltou pouco tempo depois com um prato na mão.
– Você tem que comer. – ele se sentou ao meu lado. – É uma sopa leve. Minha mãe deixou a receita quando veio para cá para o casamento. Quando você me disse que estava sem fome e enjoada aquele dia fui atrás, preparei para você, mas nunca te via. Você é boa em fugir das pessoas.
Me sentei e passei a mão no rosto antes de pegar o prato.
– Precisamos conversa. – ele disse quando comecei a comer. – Tenho que saber tudo o que se passa na sua cabeça, tenho que saber onde e o que devo mudar. Preciso que você se abra comigo. Pode confiar em mim querida. Vai ficar tudo bem. Por que não começa me falando sobre as meninas? Por que elas não estão falando com você.
Enquanto comia, contei tudo para ele. Falei tudo o que estava sentindo desde que descobri que estava gravidade. Contei como me sentia em relação a ele. O que tinha acontecido com as meninas, o fato da minha mãe não querer falar comigo. Enquanto falava Rick me olhava atentamente. Ele não me interrompeu, deixou que eu falasse. Apenas nessa hora notei como eu precisava disso. Precisava apenas falar.
– E por fim, Lori voltou para a cidade. – disse colocando o prato de lado. – Sei que não temos um casamento de verdade. Mas ver você conversando como ela, enquanto mal olhava para mim, me fez me senti pior do que já estava. Eu desisti. Não queria mais lutar. Ficava me perguntando, para que isso? Para que lutar? Ninguém se importa mesmo. E hoje quando estávamos conversando e escutei a voz dela apenas pensei. Ele está com ela, então por que não terminar tudo? Estava pensando em pegar minhas coisas e ir embora. Minha tia mora em Nova York e eu poderia passar uns dias com ela até me organizar. Começar uma vida longe daqui. Longe de tudo. Apenas eu e o bebê.
– Eu sinto muito por te passado por tudo isso. – ele disse passando a mão em meu rosto delicadamente. – Eu vou cuidar de você agora, não precisa se preocupar com isso. Primeiro de tudo, amanhã vamos na sua médica e ver se ela te encaixa. Vamos conversar com ela e ver se ela tem um psicólogo para indicar. Depois vou conversa com o diretor e pedi para ela tomar providências quando as brincadeiras e piadas que estão fazendo.
– Rick...
– Não. – ele não me deixou terminar. – Você mesma disse que está deprimida. Tem que passar com um especialista. Eu disse que ia cuidar de você e vou. Vou falar com seus pais também e posso pedir para minha mãe vim passar uns dias aqui. Vou passar mais tempo em casa. Seu pai tem outros policiais. E quanto a Lori. A gente nos encontramos em um restaurante. Shane e ela decidiram sentar juntos. Eu apenas me juntei a eles e escutava a conversa. Você é minha esposa, Ally. Não vou lhe trair. Posso estar sendo o pior marido do mundo nesses últimos meses, mas eu lhe respeito. E vou provar isso.
– Tudo bem. – falei sabendo que ele não mudaria de ideia. – Você não tem que ir trabalhar?
– Tenho, mas não vou. Quando fui pegar a sopa liguei para seu pai e disse para ele que você não estava se sentindo bem e que eu ia ficar com você. Ele não gostou muito da ideia, mas sabia que eu não ia mudar de ideia. Então de deu o resto do dia de folga. Não vou te deixar sozinha depois disso. Hoje foi um dia muito estressante para você.
– Certo. – disse colocando o cabelo atrás da orelha.
– Tem mais alguma coisa que eu deva saber?
– Acho que não. Isso era tudo. – disse sorrindo um pouco. – Obrigada. Eu precisava disso. Sabe, falar sobre como estava me sentindo e como estava sendo difícil tudo isso para mim.
– Eu deveria ter falado como você antes. Quer fazer o que agora? – Rick perguntou depois de um tempo em silêncio.
– Podemos assisti algum filme, não sei. – dei de ombros.
– Certo. Vamos para a sala ou ficamos aqui mesmo?
– Podemos ficar aqui.
– Certo. Vou levar isso lá para baixo e depois venho ficar com você. – ele disse se levantando e pegando o prato. – Por que não preocupa alguma coisa para assisti?
Concordei com a cabeça e liguei a televisão. Passei pelos canais até que encontrei um filme que estava começando. Deixei nele e em pouco tempo Rick estava de volta no quarto. Ele se deitou ao meu lado e me puxou para o peito dele. Fiquei tensa, já que esse era o primeiro contato que tínhamos desde que casamos, mas relaxei aos poucos. Rick começou a fazer carinho nas minhas costas enquanto assistíamos. Chegou certa parte do filme que notei ser uma comedia romântica que o sono falou mais alto e dormi. Quando acordei estava sozinha na cama e a televisão estava desligada, cheguei a pensar que tinha sonhado. Passei a mão pelo rosto e me sentei na cama. Não tinha sinal de Rick no quarto.
– Ei. – Rick disse entrando no quarto quando ia me levantar. – Dormiu bem?
– Dormi. Que horas são?
– Sete. Eu já vinha te chamar para comer. Preparei uma sopa e comprei uma torta de sobremesa. De limão. A sua favorita.
– Você fez o jantar? – perguntei surpresa.
– Fiz. Eu disse que ia cuidar de você e vou. – ele disse me ajudando a levantar. – Vamos comer e assim podemos conversar.
– Conversar sobre o que?
– A escola. Quero o nome de todos que te provocam. – ele disse enquanto saiamos do quarto. –Estava falando sério quando disse que você falar com o diretor sobre o que estão fazendo na escola com você. E se ele não fizer nada quanto a isso, você vai mudar de escola.
– Não acho que isso seja preciso.
– É e pode ter certeza que vamos falar com a psicóloga sobre isso. – a gente descemos as escadas e ele pegou minha mão me levando até a cozinha. – Isso não está te fazendo bem e eu não vou deixar mais nada te machucar. Eu estava falando sério quando disse que vou mudar e que vou fazer de tudo para que nosso casamento dê certo.
– Tudo bem.
Nos sentamos na mesa e falei alguns nomes de pessoas que mexiam comigo. Eu não conhecia todas as pessoas, mas sabia quem eram as principais. Rick assentiu com a cabeça e não disse mais nada sobre isso. Terminamos de comer e eu ajudei Rick a arrumar a cozinha. Quando subimos, Rick apagou as luzes e foi direto para o banheiro. Fui para a cama e me deite. Eu olhava para cima. Rick saiu do banheiro pouco tempo depois e se deitou do meu lado. Eu não disse nada, apenas continuei olhando para cima.
– Rick? – o chamei depois de um tempo.
– Sim?
– Podemos falar qualquer coisa um para o outro?
– Claro que sim, Ally. Apenas assim podemos ter um casamento estável. O que foi?
– É que... Não, deixa para lá. É besteira. – me virei quando senti meu rosto esquentando.
– Ei, o que foi? – Ele se apoiou o cotovelo na cama e levantou o tronco para poder olhar para mim. – O que queria me falar?
– Eu... Você vai rir de mim. – falei querendo enfia minha cabeça em um buraco.
– Te prometo que não. O que foi?
– Eu... Eu... – fechei os olhos com força, respirei fundo e com toda a coragem que eu tinha disse. – Eu quero saber se podemos transar.
Apertei meus olhos com mais força enquanto esperava a resposta dele. Tinha medo de falar isso, mas ele estava sento tão gentil comigo que simplesmente saiu. Eu precisava saber isso. Meus hormônios precisavam saber disso. Rick me virou delicadamente.
– Olhe para mim. – ele disse suavemente. Fiz o que ele pediu e abri os olhos. – É isso que você quer?
– Eu não posso te dizer com cem por cento de certeza que quero. Eu sei que é isso que meu corpo quer. Eu tenho quinze anos e estou gravida. Meus hormônios estão a mil. Toda vez que olho para você, tenho eu me segurar para não te atacar e agora com você tão perto, eu... apenas preciso saber.
Rick ficou um tempo em silêncio. Lentamente, ele foi se aproximando de mim e os lábios dele tocou os meus. O beijo começou lento, mas aos poucos foi aumentando a intensidade. Rick foi subindo em cima de mim delicadamente.
– Tem certeza que quer isso? – ele perguntou quando quebramos o beijo para respirar.
– Tenho. Não é como se eu tivesse que me preocupar em engravidar. – falei tentando normalizar a respiração. – Eu quero isso.
– Certo. – dele me deu outro beijo e sorriu para mim. – Vou fazer como deveria ter feito na sua primeira vez. Como calma, sem presa e sem medo. Eu vou te amar, Ally. – ele começou a beijar meu pescoço. – Você te ama, do jeito que eu venho sonhando desde que casamos. Você não sabe como foi difícil para mim me controla por todo esse tempo. Por isso tive que me afastar de você. Não podia te ter como queria. E te ver me deixava louco. Como eles deixam você usar aquele pedaço de pano na escola? Aquela saia é minúscula.
– É o uniforme. – disse tentando respirar. – Todas as meninas têm que usar.
– Logo você terá que parar de usar. A barriga vai começar a crescer e aquilo vai ficar horrível. Vai aperta a barriga e te deixa desconfortável. Sem comentar que vai ficar mais curto do que já é. – Rick aspirou no meu pescoço e se afastou tirando a blusa. – Agora chega de conversa, vamos ao que realmente. Importa.