Nostro Impero escrita por Yas


Capítulo 7
Capítulo 7


Notas iniciais do capítulo

Me perdoem pela demora, faltou internet aqui em casa sexta feira e só foi voltar hoje. Foi bom que pelo menos eu tive paciencia para voltar a assistir meus doramas e consegui terminar dois que eu estava morrendo de vontade de ver ♥
É isso, espero que gostem do capítulo
Boa leituraaa



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Eu quero que você saiba que eu estou com você
Mesmo quando toda a fundação parece rachada
Duas crianças punks contra o mundo
Ei problema, lá vai o problema
Nós poderíamos ser rei e rainha do luar
Dois jovens amantes
E quando estivermos de bom humor
Me ouvirá dizer 'eu quero você'

Mikky Ekko - Pull Me Down

Todos já haviam tido suas vezes na música, e mais uma vez eu estava ali, cantando enquanto balançava meu corpo ao ritmo da música lenta de I Believe I Can Fly.

If I can see it, then I can do it— Cantei, sentindo algumas lágrimas escorreram pelo meu rosto – If I just believe it, there’s nothing to it.

— Ela está chorando! – Disse Klaus um pouco chocado. Eu me virei para eles, vendo-os me olharem como se eu fosse estranha. Eles não entendiam o quanto aquela música era tocante... – Marcel, você está bem?

I believe I can Fly— Marcel cantou, erguendo o rosto molhado de lágrimas assim como eu – I believe I can touch the sky. I think about it every night and day.

Spread my wings and fly away— Marcel se levantou e veio até mim, passando o braço pelo meu pescoço, cantando junto comigo – I believe I can soar. I see me running through that open door.

I believe I can fly— Ele continuou após um soluço arrastado que me fez rir, tornando a chorar quando ele tornou a cantar – I believe I can Fly, I believe I can fly.

See I was on the...— Parei por causa de um soluço e continuei, sentindo minha cabeça rodar – verge of breaking...

Down ­– Ele cantou. Nos encaramos como se estivéssemos em um filme de drama onde ocorria a morte do personagem principal – Eu não consigo... mais – Ele soluçou, limpando as lágrimas – Essa música é demais... para mim.

— Meu Deus... – Ouvi Damon nos encarar como se quisesse não nos conhecer naquele momento. Ele era o mais sóbrio de todos, ele disse que não beberia para amanhã chegar morrendo no serviço. Bobagem! Tinha que ser como eu, bebi horrores e ali estava eu de pé, completamente bem!

— Marcel! – Gritei após limpar minhas lágrimas – Você não pode parar no meio, esse é o êxtase da música.

— Elena... Acho que vou vomitar – Ele correu para o banheiro que havia ali, sumindo das minhas vistas.

— Fraco! – Gritei o olhando indignada – Você! – Apontei o dedo na cara de Klaus, que me olhou confuso – Você é o meu novo parceiro – Eu sorri largo, fechando os olhos, me sentindo tonta quando os abri.

Coloquei a música Let Her Go e puxei Klaus contra sua vontade. Comecei cantando – completamente desafinada e gritando quando não deveria. Klaus parecia envergonhado. Passei meu braço por seu pescoço mesmo com muita dificuldade por ele ser muito alto e encostei a cabeça em seu ombro enquanto eu cantava.

Staring at the ceilling in the dark — Cantei, começando a chorar, era inevitável já que todas as músicas tocavam tanto meu coração. Universo, por que eu sou tão sentimental? – Same old empty feeling in your heart. Sua vez, Klaus!

Ele me olhou chocado, rindo em seguida, mas cantou mesmo assim, tão horrível quanto eu. Ele já não estava sóbrio mais, assim como Marcel. Eu? Eu estava ótima! Completamente sóbria, totalmente!

Cause love comes slow and it goes so fast— Ele imitou minha dancinha ridícula, fazendo-me gargalhar e me sentar no chão, sem forças para levantar – Você vai perder, Elena!

— Perder? Você não me conhece, meu querido Klaus – Eu disse, me levantando... na verdade, eu tentei, mas tornei a cair no chão, dessa vez deitada. Todos começaram a rir e eu não me aguentei, me rodando no chão. Ah por acaso, quando foi que o chão se tornou tão confortável? Eu só podia imaginar uma boa noite de sono aqui...

— Tudo bem, vamos embora! – Ouvi a voz de Damon dizendo.

— Embora? – Indaguei, abrindo os olhos – Mas está tão legal aqui! Vamos ficar!

— Amanhã ainda é seu segundo dia de trabalho, Gilbert – Ele disse, sorrindo de canto. Droga, precisava disso? Assim não dá para manter meu... o resto do meu autocontrole. Acho que eu comecei a sorrir como uma idiota para ele... – Gilbert, está me ouvindo?

— Hã? – Eu ainda o olhava abobada – Ah, aham!

— Sei! – Ele revirou os olhos – Vamos embora!

— Acho que é melhor mesmo – Disse Stefan fazendo uma careta após terminar uma latinha de cerveja – Ah, nada como uma noite dessas depois de longos meses de trabalho. Sabe, Damon, adoro quando você contrata alguém.

— É, porque não é você que paga essa farra toda!

Eu não sei como aconteceu, mas de alguma forma todos acabaram indo para casa. Pelo que eu me lembro, Elijah levou Marciel que não conseguia ficar em pé. Completamente idiota beber ao ponto de não conseguir se aguentar...

— Elena, o quanto você comeu? – Damon me perguntou... Ele estava me segurando e eu rodeando meus braços por seu pescoço.

— Eu vou para sua casa? – Perguntei, o abraçando. Ele me olhou estranho, tentando me afastar – Eu quero conhecer nossa futura casa.

— Nossa casa? O que? – Ele indagou. Que ruguinha linda! Foi impossível não gargalhar, quase me fazendo cair, mas ele me segurou antes, me puxando pela cintura – Onde você mora?

— Minha casa? – O olhei confusa – Acho que para esquerda.

— Não lembra o endereço? – Damon suspirou.

— Esquerda – Repeti.

Ele assentiu, virando para esquerda após me ajeitar para me segurar melhor. Ah, essas mãos! Foi impossível não ter outros pensamentos.

— Por que você está com essa cara? – Ele perguntou – Não está tendo pensamentos impróprios, está?

— Pensamentos impróprios? Talvez – Eu sorri maliciosa passando meu dedo indicador por seu rosto esculpido pelas mãos de Deus, sério, com certeza ele levou mais atenção do que qualquer ser humano.

— Mereço – Ele revirou os olhos – Por que mesmo eu fiquei com o trabalho de leva-la em casa?

— Porque você é o mais sóbrio – Eu ri, caindo novamente, dessa vez de bunda no chão já que Damon esqueceu que me segurava.

— Ah! – Ele suspirou – O que eu faço com você?

Eu o olhei com a mesma cara de Archie quando está interessado na minha comida e estendi os braços. Damon balançou a cabeça, me dando o vislumbre de um sorriso divertido. Ele se agachou na minha frente, indicando com a cabeça as costas.

— Suba – Ele disse.

Meus olhos brilharam e eu não pensei duas vezes. O abracei pelo pescoço e quando ele tornou a se levantar, segurou-me pelas pernas. Encostei minha cabeça em seu ombro e sorri.

— Direita – Eu disse – Não, esquerda novamente.

— Dá para voltar a si, Gilbert? Nunca mais deixarei você beber álcool na minha frente – Ele disse.

— Você parece um velho. Sorria! – Eu disse rindo. Puxei sua bochecha o fazendo virar para mim no mesmo instante que eu virei também, rindo. Nossos rostos ficaram extremamente próximos, dessa vez sim eu conseguia sentir sua respiração pesada em meu rosto – Sorria! – Eu repeti. Sua expressão era indecifrável, ele estava com os olhos arregalados e parecia... não sei, nunca havia visto aquilo, mas por alguma razão, eu me senti bem ao olha-lo nos olhos.

— Você é louca – Damon sussurrou.

— Vou levar como um elogio – E beijei sua bochecha, tornando a deitar a cabeça em seu ombro – Esquerda! – Apontei, quase gritando quando eu disse.

— Meu ouvido, Gilbert – Ele reclamou, me ajeitando em suas costas – E pare de pular – Mas mesmo que falasse com aquela voz fria, eu pude perceber suas bochechas coradas, por mais que bem pouco, o que me fez sorrir ainda mais.

Damon andou e andou, mas quando abri meus olhos, aquele lugar não se parecia nada com a minha vizinhança.

— Você errou – Eu disse em um sussurro quase caindo no sono.

— Você que não disse o caminho certo – Ele retrucou.

O lugar em que estávamos era, basicamente, um parque. Haviam arvores, muita grama, bancos e balanços. Pulei de suas costas e corri para o balanço, me sentando e sorrindo como uma criança. Damon pareceu aliviado quando eu sai, eu não era tão pesada assim, ele que precisava de exercícios!

— Vem me empurrar! – Eu o chamei com as mãos. Ele revirou os olhos contrariado, mas mesmo assim se aproximou, segurando as correntes do balanço e começando a empurra-lo.

— Me diz que está ficando sóbria – Damon disse como se fosse uma prece.

— Você prefere a Elena sóbria? – Ergui a cabeça para encara-lo, ele também me olhava. Seus olhos rodearam o parque e ele sorriu.

— Na verdade, a sóbria e a bêbada não tem nenhuma diferença, mas pelo menos não tenho que ficar carregando a sóbria porque ela não se aguenta em pé – Ele respondeu.

— Calunia! – Eu retruquei com um bico – Claro que eu me aguentava em pé, só não...

— Não conseguia se manter em pé, claro, totalmente compreensível – Ele revirou os olhos divertido – Ah, e a sóbria sabe onde ela mora. Como alguém pode esquecer isso?

Eu apenas fiz bufar, emburrada, ouvindo-o gargalhar as minhas custas... Espera, ele estava mesmo rindo! Ria sem tentar segurar dessa vez. Eu tornei a olha-lo, completamente admirada por aquela expressão que o fazia parecer um garoto de dez anos ao ganhar o melhor presente do mundo, não que estar comigo fosse um presente para ele, mas... ah, enfim, acho que todos entenderam!

— Você deveria rir mais – Eu disse quando ele parou.

— Não tem porque viver rindo – Ele deu de ombros, indo se sentar no balanço ao lado. Damon ergueu a cabeça, olhando para o céu estrelado.

— Eu gosto de rir – Respondi, começando a me sentir sóbria.

— Notei – Ele disse.

— Tudo bem, chef, vamos para casa – Eu me levantei em um pulo do balanço, estava começando a me sentir nostálgica, e odiava isso.

— Lembrou seu endereço? – Ele perguntou com um sorriso irônico. Revirei os olhos, balançando as mãos.

— Sim. Sua missão como chefe: me levar até em casa em segurança.

— Eu devo ter sido um assassino cruel em outra vida – Ele disse irônica, se levantando do balanço.

— Com certeza, você era um vampiro que matava as garotinhas indefesas. Será que eu fui uma dessas garotinhas indefesas? – Meus olhos brilharam em expectativa, começando a criar várias possíveis histórias na minha mente, mas fui interrompida quando Damon me deu um peteleco na testa.

— Não seja mais louca ainda – Ele disse, colocou as mãos nos bolsos e começou a andar. Eu corri para alcança-lo, enlaçando meu braço no seu – O que está fazendo? – Ele perguntou com uma sobrancelha erguida, apontando para meu sutil agarro.

— Não me sinto muito bem ainda, são medidas de precaução – Eu respondi sorrindo, completamente feliz e animada.

— De uma coisa eu tenho certeza – Damon começou, olhando para a frente com um meio sorriso – Você é a pessoa mais louca que eu já conheci.

— Já notei que você acha isso – Revirei os olhos. Ele vivia falando isso – Mas dependendo do ponto de vista, isso pode ser algo bom.

— É, você não é toda ruim – Damon se virou para encarar – Isso... – Ele apontou para minha cara, fazendo círculos como se enfatizasse aquela área – isso é bom.

— Está dizendo que sou bonita? – Meu coração quase saiu pela boca quando constatei, meus olhos devem estarem brilhando de felicidade.

— Nunca disse isso – E voltou a andar como se não houvesse dito nada, mas o que estava feito, estava feito, no caso, dito. A felicidade percorria por eu inteirinha, Damon me achava bonita, e nada mais importava, novamente corri para alcança-lo, grudando meu braço no dele, sorrindo como uma criancinha no natal.

Me ponha para baixo se quiser
E eu espero que você queira
Porque eu quero ser seu homem
E eu quero dizer isso alto
Você pode me mostrar onde o problema vai
Diga-me segredos que apenas os problemas conhecem
Porque você quer ser minha garota
E você quer dizer alto
E você quer dizer alto


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Notas finais do capítulo

Sobre essa música do capítulo: estou apaixonada, obrigada pela moça que me recomendou Mikky Ekko, sobre a música que você me passou, não acho que ela combine com a fic, mas outras dele sim, irei usa-lo muito. Obrigadaaa!
Espero que tenham gostado desse capítulo, espero vocês nos comentários.
Bjs! S2