Nostro Impero escrita por Yas


Capítulo 21
Capítulo 21


Notas iniciais do capítulo

Pessoaaaaaal ♥
Me perdoem pela demora, quase um mês sem postar... Eu só tenho mesmo desculpas a pedir, porque eu estava completamente desanimada e sem inspiração. Fiquei com a mente em branco todo esse tempo e sempre que eu abria o arquivo da história, saia duas palavras e olhe lá!
Mas agora finalmente consegui e acho que ficou muito bom. Meus planos era fazer esse "tempo" mais corrido, mas achei que ficaria legal mostrar a interação dos personagens sem o Damon. Meus planos, também, era fazer ele voltar no final desse capítulo e falar o porque da viagem, não rolou também e eu não sei se ele vai aparecer ainda no próximo, então não prometo nada. Porque na verdade eu pretendia fazer esse capítulo maior ainda, mas fiquei ansiosa para postar hahha
Enfim, espero que gostem ^^
Boa leituraa!



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Sou apenas um ser humano comum
Mas não me sinto tão normal hoje 

OneRepublic - Ordinary Human

A primeira coisa que eu constatei quando acordei foi: quero continuar dormindo. A chuva caia forte do lado de fora da casa, nada parecido com as semanas passadas onde o sol e calor predominava.

Mas como eu tinha responsabilidades, me levantei e fui direto para o chuveiro, tentar despertar de uma vez. Deu certo. Quando eu voltei, enrolada na toalha, vi Astrid deitada na minha cama, eu não tinha visto ela antes de tão dispersa que estava. Ela abriu os olhos preguiçosamente, miando fraco, mas tornou a fechá-los, mudando sua posição para uma que parecia mais confortável. Eu não fazia ideia da onde Archie estava.

Vesti uma calça jeans, uma blusa listrada de mangas longos e um moletom por cima, com tênis. Meu humor para me arrumar estava ótimo, sim, e por fim, coloquei uma touca preta para amansar meus cabelos.

Eu desci alguns minutos depois, encontrando o café pronto posto sobre a mesa e um bilhete de Stefan encostado na garrafa, avisando que já havia saído para trabalhar porque sairia mais cedo.

Eu tomei café e praticamente voei para o restaurante, eu sabia que sem Damon, aquilo viraria uma zona, mesmo que Elijah fosse tão bom quanto o chef. Eu encontrei todos já com a mão na massa, dando o seu melhor. Eu logo estava fazendo a minha parte, na verdade, mais que a minha parte, já que a correria era enorme, e toda ajuda era necessária.

No fim do dia, eu me sentia esgotada, morta. Os outros não estavam diferente. A coisa só piorou quando Stefan foi embora, antes do expediente acabar, ele tinha algum compromisso na faculdade. Elijah estava estressado, cansado, e aquele era só o primeiro dia.

Eu me abaixei para poder fechar o trinco da porta, e acabei ficando por lá, apoiei os cotovelos nas pernas e passei as mãos pelo meu rosto. Eu sentia algo em meu peito, uma angustia que não sabia explicar, mas coisa boa não era. Disso eu tinha certeza.

— Elena? Você está bem? – Ergui meu rosto, vendo Marcel ao meu lado, com uma mão sobre meu ombro e me olhando preocupado. Eu sorri, por mais que não fosse completamente verdadeiro.

— Acho que sim – Dei de ombros.

Marcel estendeu a mão e eu a segurei, então nos levantamos juntos. Elijah e Klaus me encaravam, pareciam tão preocupados quanto Marcel. Eu sorri, correndo até eles e me joguei sobre Klaus, abraçando-o meio de lado pelo pescoço.

— Estou ótima, gente, pra que essa cara de enterro? – Indaguei irônica, rindo em seguida.

Elijah sorriu, bagunçando meus cabelos. Marcel colocou as mãos nos bolsos da jaqueta, com um pequeno sorriso e suspirou em seguida.

— Vamos logo, vamos te deixar em casa – Klaus disse, passando seu braço pelo meu. Ele sorriu cumplice e eu sorri de volta, deitando a cabeça em seu ombro.

— Obrigada, pessoal – Eu disse.

Enquanto caminhávamos em silencio até a minha casa, eu notei o quanto aqueles quatro homens – Stefan também se incluía – haviam se tornado importantes para mim, ao ponto de eu não me ver mais sem eles. Mesmo Elijah, que não tínhamos tido um começo muito boa. Todos eles, sem exceções, eram como irmãos, eu me sentia parte dessa família tão incrível que era o restaurante. Isso me fez pensar que, se um dia eu acabar saindo o restaurante ou até mesmo da vida de Damon, eu quero continuar com esses homens incríveis que já se tornaram parte da minha vida.

Depois de longos minutos em silencio, finalmente chegamos na pensão Salvatore. Klaus foi o primeiro a se despedir, me dando um beijo na testa e apertando meus ombros, sussurrando um “se cuida” como se eu tivesse dez anos. Eu apenas assenti, rindo, e beijei sua bochecha em despedida.

— Mocinha, não se reprima tanto – Elijah sussurrou quando veio se despedir. Sua expressão era estranha, eu sabia que ele sabia de algo e não queria me contar, algo sobre Damon, algo que provavelmente me chatearia – Você estava estranha hoje e eu sei que isso tem nome e sobrenome.

— E um sorriso maravilhoso – Eu sorri maliciosa, e rimos. Elijah sabia que eu estava brincando, e assentiu com um sorriso, dando tapinhas em meus ombros.

— Agora estou indo, espero te ver melhor amanhã.

— Eu queria que você me dissesse o que está louco para contar – Ele ergueu uma sobrancelha, curioso, mas logo sua expressão se tornou compreensiva e ele negou.

— Se eu não te contei, é porque tem um motivo.

— Esse motivo é você não querer que eu sofra antes da hora? – Indaguei. E o seu silencio foi a resposta positiva que eu temia.

— Se cuida, Elena – Como o irmão, Elijah me deu um beijo na testa e se afastou, me deixando aborrecida, não com ele exatamente.

— Não fica com essa cara – Marcel disse, apertando a ponta do meu nariz, eu fiz uma careta, afastando sua mão – Elena, não quero que sofra por Damon, ele não merece isso.

— Quando você gosta de alguém, é inevitável sofrer por ele – Dei de ombros.

— É, acho que sim. Mas, para te ajudar, o que acha de sairmos no final de semana? Você precisa de alguma distração.

— Me parece uma ótima ideia. Combinado então – Eu sorri, então apertamos nossas mãos, rindo em seguida – Obrigada, Marcel, por sempre se preocupar comigo, de verdade.

— Somos amigos, né? Independentemente de qualquer coisa, você pode contar comigo, Gilbert – Ele respondeu.

No fim, todos eles foram embora, e minha noite com eles foi terminada marcando um encontro com Marcel no final de semana. Mas a semana estava na metade ainda, e pelo visto, ela seria bem longa.

De noite, eu não dormi bem. Archie passou a noite inteira no jardim latindo para Deus e o mundo ouvir, houve momentos em que ele até rosnou. Se fosse outro cachorro, eu não ouviria por estar a dois andares de distância dele, mas Archie possuía um latido alto e forte.

E minha quarta-feira foi assim!

Na quinta-feira eu acordei pior que um caco. Meu cabelo estava em pé, e mesmo após lava-lo e saca-lo – acordei extremamente cedo exatamente pelo motivo de praticamente não ter dormido – ele não ficou bom. Naquela manhã, nenhuma roupa ficou boa, e a chuva do lado de fora não ajudava nada. Apesar de amar o frio, eu era a favor de um solzinho. Acabei usando uma blusa bege de mangas longas, um short de cintura alta preto meio folgadinho e uma meia calça grossa por baixo, com uma bota baixinha. Novamente tentei ajeitar meu cabelo colando a touca, deu meio certo, pelo menos.

Minutos depois eu desci, com a bolsa no ombro. Archie estava na sala, e rosnava para o nada. Ele parecia extremamente estressado, pior que eu. Eu me aproximei, preocupada. Me sentei na poltrona e o chamei, só então ele me notou e veio até mim choramingando.

— O que houve, amigão? O que você tem? – Perguntei acariciando sua cabeça – Você está com saudade da nossa casa? Não se preocupe, não acho que vamos ficar aqui por muito tempo – Ele latiu em resposta – Eu logo vou começar a procurar um lugar para a gente, ok? Agora eu tenho que ir, mas logo, logo estou de volta e a noite podemos brincar, vou até te levar para passear, afinal estou te devendo né? Nos vemos a noite, bebê – Eu beijei sua cabeça e me levantei, saindo de casa.

Eu chamei um taxi pelo celular e em menos de dez minutos ele chegou. Dei o endereço do meu apartamento – ou do meu antigo apartamento, como você preferir chamar. Quando desci e olhei para o prédio, me senti triste, lembrei de vários momentos em que passei aqui que eu sentiria falta. Como eu amava morar aqui!

Eu pedi para o taxista me esperar e subi para o meu apartamento. Quase não havia mais nada meu, Jack fez questão de empacotar quase tudo no dia em que me chutou daqui. Os moveis não eram meus, eu havia alugado o apartamento já com eles embutidos. Não haviam muitas coisas de decoração que eu mesma havia comprado, afinal nunca fui uma pessoa organizada, então preferia manter minha casa “neutra”. Peguei uma caixa – eu havia conseguido várias com o porteiro que gentilmente que concedeu elas, dizendo que sentia minha falta no prédio – e comecei a arrumar tudo. Dentro de três caixas haviam coisas como quadros, papeis, meu notebook, carregadores, fones de ouvido, coisas como calculadora e canetas – o que eu possuía de monte – e etc.

Eu tive que fazer três viagens para levar as caixas para o taxi, onde o taxista me ajudou a ajeita-las no porta-malas. Eu acabei subindo novamente para montar uma mala com algumas roupas que haviam ficado e coisas como maquiagens e sapatos. Andei por todo a apartamento várias vezes, não querendo sair dali, o lugar que foi meu refúgio durante tanto tempo, mas uma hora tudo acaba, eu havia aprendido isso da pior forma.

Eu me sentei no chão coberto por um tapete fofinho, e liguei a TV. O canal a cabo havia sido cortado, como já era de esperar. Passava uma novela repetida, que anos atrás, quando eu ainda era adolescente, eu era completamente viciada, não perdia um capítulo. Sorri com as lembranças. Assisti o episódio inteiro, e me senti pronta quando ele terminou. Desliguei a TV, e me levantei, me sentindo bem pela primeira vez desde Damon havia viajado misteriosamente.

— Que bom que veio buscar suas coisas, Senhorita Gilbert, assim eu posso alugar o apartamento novamente – Disse Jack na porta do apartamento logo quando eu estava saindo. Ele possuía um sorriso confiante e satisfeito, os braços cruzados.

— Claro, mas nas condições em que tudo ocorreu, eu não acho que você tenha o direito de exigir algo de mim, principalmente tirar meus pertences do meu apartamento, até porque na última vez em que eu fiz o pagamento, eu adiantei dois meses do aluguel. Eu espero esse dinheiro na minha conta em três dias, Jack, ou então nos encontraremos no tribunal. Acho que você tem motivos para temer ficar em frente a um juiz.

Eu sorri satisfeita ao ver a expressão dele murchar e se tornar raivosa. Ele foi incapaz de responder. E eu passei por ele, me sentindo ainda melhor.

Voltei para a pensão Salvatore, onde o taxista me ajudou a levar todo para a porta, e de lá eu levei para o meu quarto, tendo Astrid em meus pés, era incrível ela já estar acordada àquela hora, já que ela costumava dormir o dia todo, o tempo todo.

Astrid me observava atentamente enquanto eu ajeitava algumas coisas no quarto e deixava outras nas caixas, coisas que não valeriam a pena tirar, apenas fariam uma bagunça desnecessária. Ela se animou quando me viu tirar da caixa um novelo de lã rosa que eu havia comprado especialmente para ela alguns meses atrás. Eu o joguei no chão, vendo ela brincar com a lã, feliz. Eu sorri, acariciando seu pelo e recebendo uma mordidinha por tê-la interrompido no meio da brincadeira.

Estava quase na minha hora de sair para o trabalho, e só então eu fui sentir fome, depois de quase três horas acordada – acordada de verdade, e não rolando na cama em um sono desconfiado.

Desci para a cozinha, e lá estava Stefan preparando o café. Dessa vez, eram panquecas doces.

— Eu vi que você acordou cedo, está bem? – Ele me perguntou após o bom dia.

— Sim, sim. Não consegui dormir direito a noite por causa do Archie que passou a noite inteirinha latindo, ai acabei levantando cedo – Expliquei, achando desnecessário dar mais detalhes.

— Pra onde você foi? Eu vi você saindo de um taxi.

— Fui para o meu antigo apartamento, ainda haviam algumas coisas minhas lá – Respondi. Stefan colocou algumas panquecas em um prato e entregou para mim, eu sorri agradecida, recheando-as com mel, e em uma xicara depositei o café amargo.

— Espero que tenha ajeitado tudo por lá – Ele disse.

— Sim, ajeitei, agora está tudo do jeito que eu queria – Eu me lembrei do que falei a Jack. Eu não pretendia levar aquela situação toda a justiça, não valia a pena, mas assustá-lo não custava nada – Como foi ontem na faculdade?

— Ah, foi corrido – Stefan realmente parecia cansado – Hoje eu resolvi não ir, acabei deixando o restaurante na mão e quero compensar.

— Stefan, não faça isso! Você é muito importante no restaurante, mas sua faculdade é ainda mais. Vá para a faculdade e nós cuidamos do restaurante. Não subestime nossas capacidades, por favor – Eu disse.

Stefan sorriu agradecido, assentindo. Então nos sentamos para comer.


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Notas finais do capítulo

Espero que vocês tenham gostado S2
E mais uma vez, me desculpem pela demora em postar, prometo que dessa vez vou tentar postar o mais rápido possível.
Bjs!