Nostro Impero escrita por Yas


Capítulo 18
Capítulo 18


Notas iniciais do capítulo

Me desculpem pela demora, acabei me empolgando com algumas coisas e esqueci de escrever. Sim, pior motivo da história de fanfics, mas fazer o que né, pelo menos o capítulo está pronto e sendo modesta, muito bom ♥
Espero que gosteem!



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Para você, que está triste e chorando. Para você, que está lutando
Cantarei essa canção para você com todo o meu coração
Quando você acha que está sozinho
Quando você começa a chorar de repente
Quando você sente como se ninguém estivesse próximo de você
Lembre-se que você não está sozinho
Mesmo que o mundo sempre te machuque

I'll Listen To What You Have To Say - Yoon MiRae

A segunda-feira não foi como as outras: eu não levantei da cama correndo para o chuveiro por estar atrasada para o trabalho, porque não iriamos trabalhar. Damon disse que os caras estavam de ressaca e não trabalhariam bem, então ele preferia deixar todos em casa logo.

Eu me sentia bem, relaxada, como se tivesse tirado um peso das minhas costas ao conversar com Damon na noite passada. Era bom saber que ele não me odiava – o que havia ficado óbvio por causa dos beijos, eu acho – mas ao mesmo tempo, eu queria mais, queria mais daquele Damon, queria descobrir seus medos e ansiedades, suas manias mais estranhas, queria ouvir mais uma vez sua risada gostosa... bom, não aconteceu nada disso até então.

Eu me levantei um pouco tarde, admito. Archie estava sobre mim e Astrid corria atrás de uma bolinha de papel no chão que eu não fazia ideia na onde ela havia arrumado.

Tomei um banho e vesti uma roupa simples vendo que não fazia o sol escaldante de costume. Só aquilo já me animou; calcei meus chinelos e corri escadas a baixo, vendo apenas Damon na mesa, tomando um café e lendo o jornal. Não era um pouco tarde para aquela cena?

— Boa tarde – Eu disse, afinal já passava das uma da tarde.

— Boa tarde – Ele respondeu – Stefan foi mais cedo para faculdade.

— Ele faz faculdade de que? – Perguntei curiosa.

— Enfermagem – Damon respondeu, me deixando surpresa.

— Enfermagem? Uau, nunca pensei que Stefan estivesse nessa área, achei que ele quisesse seguir a sua carreira.

— O restaurante é apenas um hobbie para ele, ele começou a trabalhar lá para juntar dinheiro para a faculdade. Nossa mãe sempre nos colocou na cozinha, desde pequenos.

— Uau, isso também é surpreendente – Eu ri – Mas então, como você vai passar seu dia de folga?

— Trabalhando – Ele deu o último gole do café e se levantou, indo até o escritório que na noite passada eu descobri ficar naquela área.

— Trabalhar no dia de folga? Isso não é meio, sei lá... entediante?

— Quando você é o chefe, você tem que fazer alguns sacrifícios – Damon continuou andando até o escritório, e eu o segui, confiante.

— OK, justo, mas que tal hoje, só hoje, você deixar de ser o chefer, e ser apenas... Damon? – Eu me coloquei em sua frente, impedindo ele de entrar no escritório. Damon me encarou com o cenho franzido, segurando a maçaneta da porta ao lado de minha cintura.

— Não tenho tempo para suas brincadeiras agora, Elena – Ele revirou os olhos.

— Não estou brincando, Damon, você está estressado e trabalhar só vai piorar. Por favor, deixa eu te animar, só por hoje, juro que você não vai se arrepender.

— Ah, eu definitivamente vou me arrepender disso – Ele suspirou, massageando as têmporas.

— Isso é um sim? – Eu bati palmas animada, o olhando esperançosa.

— Ok, Elena Gilbert, eu aceito! – Contestando com suas palavras, ele revirou os olhos novamente e me olhou entediado logo em seguida.

— Que olhar é esse, homem? Tá pior que o meu avô, e acredite, é difícil de se conseguir essa proeza, e antes que me pergunte, assim que conhecer minha estimada e adorada – meu tom era pura ironia, claro que eu a amava, mas Dona Elizabeth podia ser um pouco... bem, animada demais – avó, você entenderá – Eu dei tapinhas em suas costas, como se o reconfortasse. Eu não queria que Damon conhecesse minha avó, mas minha avó sendo minha avó, eu sabia que ela daria um jeito, e meu pobre avô, lá do céu ou onde quer que ele esteja, ele sabia também.

— O que você vai fazer? – Damon me perguntou enquanto eu subia as escadas. Ele parou no primeiro degrau, me olhando desconfiado... ele sempre me olhava desconfiado.

— Confie em mim, vai ser divertido. Vou me arrumar, prometo não demorar.

Damon não pareceu acreditar muito, mas eu o ignorei completamente e segui meu caminho até meu mais novo quarto. Astrid parecia ter cansado da bolinha e estava sobre uma poltrona fofinha, dormindo, para variar. Já Archie não estava mais no quarto e eu comecei a imaginar o que ele poderia estar fazendo, nenhuma das opções eram boas, só espero que Damon não o vejo fazendo algo... suspeito!

Tirei isso da minha mente e fui até o guarda-roupa que até agora estava arrumado, mas não prometo nada daqui a três dias... peguei uma calça jeans e uma blusa de botões com o colarinho alto, e um sapato Oxford creme. Amarrei meus cabelos em um rabo de cavalo, deixando duas mexas caírem nas laterais do meu rosto. Fiz um delineado fino em meus olhos e coloquei um batom vermelho, mas não ficou nada extravagante ou “arrumado” demais.

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Isso tudo aconteceu em vinte minutos... provavelmente, mas comecei a desconfiar das minhas contas quando desci as escadas e vi Damon no mesmo lugar que o deixei, e pela expressão que ele carregava, não estava nada feliz por me esperar.

— De novo, parece que você comeu maçã pobre – Eu disse, dando tapinhas em seu ombro. Ele não usava as mesmas roupas desleixadas que antes, agora estava com uma camisa preta e uma jaqueta de couro, com calça jeans, ele parecia um daqueles caras que participavam de gangues, e não Damon, O Cozinheiro! Eu soltei uma risadinha enquanto observava o seu look.

— Perdeu alguma coisa? – Ele perguntou parecendo irritado.

— Nada, mas você está... diferente com essa roupa – Eu tinha uma leve impressão que dizer “engraçado” não o deixaria feliz e eu não estava a fim de irrita-lo mais.

— Diferente... sei! – Ele bufou – Vamos logo.

Damon enfiou as mãos nos bolsos e tirou de lá a chave do carro, mas antes que ele pudesse me impedir, eu a peguei, girando-a em meus dedos, sorrindo maliciosa para ele.

— Dessa vez, eu dirijo.

— O que? Você está louca, Gilbert? Nem morto eu deixo você dirigir meu carro!

— Parece que você não tem tanta escolha assim, querido chef — Zombei, mas como sempre, Damon não aceitou a derrota facilmente e veio para cima de mim em busca das chaves, mas eu fui mais rápida e corri para fora da casa, rindo de sua expressão. Archie nos viu correndo e quis participar da brincadeira, correndo atrás de Damon, que não gostou nada quando percebeu.

Eu finalmente cheguei na garagem, ignorando a expressão horrorizada de Damon que ofegava. Parece que alguém precisa de exercícios... Archie também não parecia nada feliz ao notar as chaves do carro em minha mão. Qual é! Eu não sou uma louca dirigindo!

— Gilbert, até seu cachorro está assustado com a possibilidade de você dirigir, então por favor, me devolva a chave – Damon disse pausadamente, como se estivesse falando com um cão raivoso. Eu apoiei meus braços no teto do carro, olhando-o entediada.

— Achei que você fosse melhor que isso, Salvatore – Desdenhei – Mas a Elena aqui não liga, então para de reclamar e entra logo nesse carro, vamos dar um passeio.

Eu entrei no carro, no banco do motorista, claro. Da janela, pude ver Damon olhar para Archie quase em busca de socorro, mas Archie bufou e correu de volta para o jardim. Damon suspirou, derrotado, e como um condenado a morte, ele entrou no carro, olhando-me apreensivo.

— Você tem mesmo carta de motorista, né?

— Pode confiar, eu sou a ótima dirigindo essas maravilhas – Orgulhosamente eu passei a mão sobre o painel de instrumentos como se acariciasse um cachorro. Damon não pareceu aliviado, revirei os olhos, resolvendo ignorar sua reação exagerada – Ok, vamos lá antes que você me chute do seu precioso carro.

— Você leu meus pensamentos, Gilbert.

— Um dos meus talentos – Eu disse ironicamente, saindo da garagem e automaticamente fechando-a.

Eu adorava a felicidade, esse era um fato sobre mim. Abri o vidro e acelerei, sentindo o vento bater na minha cara. Era incrível! Ao meu lado, Damon não parecia satisfeito, ele possuía uma expressão de puro terror como se estivesse caminhando para a morte e segurava firmemente no puxador de teto (sério, que nome ridículo, eu sempre preferi “gancho”, mas né, fazer o que).

— Falta muito pra chegar? Estou com medo de perder a minha cabeça!

— Que exagero, não é como se fossemos morrer porque eu estou dirigindo, por favor, vamos ser sensatos.

— Podemos ser sensatos quando você aprender as regras de direção, como por exemplo... NÃO ULTRAPASSAR OITENTA QUILOMETROS POR HORA NESSA AREA!

— Tá bom, não precisa gritar – Eu olhei para ele irritada, diminuindo a velocidade – Sabe qual é o seu problema? Você é muito prático, você pensa e planeja demais, por isso você nunca se diverte, e quando tem oportunidades, você não se permite. Na minha humilde opinião, você é um saco.

— O que? – Ele me olhou ofendido, e para variar, irritado. Ótimo!

— Não foi para ofender, juro. Mas a sua personalidade faz as pessoas se afastarem de você antes de te conhecerem. Você se irrita muito fácil, não tem paciência com muitas coisas, nunca dá uma risada... nos conhecemos já faz algum tempo, e você gargalhou suas vezes, no máximo.

— Ah é, e qual é sua dica de mestre? – Ele não parecia satisfeito ao perguntar isso.

— Se diverta hoje, jogue todas suas barreiras pro alto e seja apenas... um cara qualquer que está com uma garota qualquer.

— Você é tudo, menos uma garota qualquer, Gilbert – Ele me encarou.

— Estamos fingindo, não é? – Eu sorri – E então, o que me diz?

— Tudo bem, por hoje, tudo bem.

— Você não vai se arrepender, chef — E parei o carro no nosso primeiro lugar incrível do dia.

Eu iria transformar Damon hoje, e ele se divertiria ao ponto de esquecer de todo o trabalho e preocupações. Mesmo irritado, gritando comigo ou me olhando com aquele olhar de “vou acabar cedendo para ela a qualquer instante”, Damon não perdia a tensão do dia a dia. Mesmo com tantas coisas a sua volta, Damon continuava querendo carregar o mundo nas costas. Mas não hoje, não com Elena Gilbert por perto!


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Notas finais do capítulo

Essas músicas "auto-ajuda" combinam tanto com a história quando os capítulos são mais focados no Damon e na Elena hhahaha
Espero que vocês tenham ouvido e ela, e se não ouviram, voltem lá em cima onde tem o link anexado, e ouçam, ela é muito linda, além de ser ost de um dos meus doramas favoritos S2
Enfim, espero que tenham gostado do capítulo tanto quanto eu gostei de escrevê-lo. No próximo teremos mais cenas fofas dos dois S2
Dessa vez nem vou prometer nada sobre não demorar, acho que vocês já perceberam que isso não dá muito certo com a Yasmy...
Até mais, pessoal S2