Nostro Impero escrita por Yas


Capítulo 11
Capítulo 11


Notas iniciais do capítulo

Estou vindo postar muito tarde né? Acabei o capítulo só agora, me desculpem, e ele está bem pequeno, mas contém "muitas informações" ~aspas porque não são informações, apenas muitos acontecimentos :v
Espero que gostem
Boa leituraaa



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Vai diminuindo a cidade
Vai aumentando a simpatia
Quanto menor a casinha ia ia
Mais sincero o bom dia

Simplicidade - Fernanda Takai

— Elena, o que sabe fazer? – Damon apareceu de repente no vestiário quando eu colocava o uniforme no armário, me dando um susto já que eu achei que todos já estavam lá fora.

— Quer me matar do coração, homem? – Perguntei com a mão no peito e a respiração afoita.

— Me desculpe – Ele sorriu.

— O que quer dizer com isso? – Indaguei confusa.

— Na cozinha, o que sabe fazer?

— Lamen, meu lamen é o melhor – Eu ri de sua careta e fechei o armário, vendo-o revirar os olhos.

— Você trabalha em uma cozinha e não sabe cozinhar – Ele riu como se fosse algo cômico.

— Eu não tenho ambições – Sorri, até um pouco chateada por esta ser a verdade. Eu nunca havia tido um sonho.

— Aqui todos querem levar a cozinha como seu futuro – Ele disse, se encostou no armário e cruzou os braços, encarando o nada – Elijah está quase montando seu próprio restaurante.

— Isso é ótimo – Eu bati palmas – Mas se você quiser me ensinar, eu estou completamente disposta a aprender – Pisquei um olho e sorri maliciosa, ele me encarou por dois segundos até revirar os olhos e desencostar do armário.

— Eu acho que se eu for mesmo te ensinar, perderei a paciência na primeira hora – Ele ergueu uma sobrancelha e sorriu como se estivesse certo.

— Está dizendo que eu sou uma completa inútil cozinhando? – Indaguei cruzando os braços.

— Eu não disse isso – Ele ergueu as mãos em sinal de inocência – Vamos embora logo.

Damon se virou e saiu, me deixando ainda encafifada. Eu ser ruim na cozinha era uma verdade, mas ele não precisava ter tanta certeza assim. Damon Salvatore, você verá que eu posso ser muito boa! E isso foi o que me levou ao momento presente. Eu estava usando um avental de ursinhos, os cabelos amarrados e luvas de borracha – precaução nunca era demais. Em minha frente estava a pia, sobre ela vários legumes e mais algumas coisas que eu não saberia dizer o nome sem olhar a etiqueta, e na minha mão, por mais perigoso que fosse, estava uma faca.

Eu comecei pelo pimentão, mas notei que era impossível fazer aquilo com a luva, então a tirei e seja o que Deus quiser! Respirei fundo e posicionei a faca sobre... aquela coisa vermelha. Mas não era tão fácil assim, eu não possuía o jeito e depois de dez minutos eu ainda não havia acabado de cortar tudo. Novamente coloquei a faca sobre ele, segurando-o com minha outra mão, mas acabei cortando meu dedo ao tentar cortar o legume.

— Era só o que me faltava! – Eu chiei, colocando o dedo debaixo da água corrente. Ao meu lado, no chão, Astrid me olhava curiosa. Se sua dona fosse outra pessoa, ela poderia estar esperançosa em receber um pedaço de carne crua, mas como era eu, ela só queria saber o que raios eu estava fazendo – Nem me pergunte, Astrid. Mas eu sou uma pessoa que fico realmente muito... teimosa com desafios, e o que Damon disse realmente pareceu um desafio. Será que era mesmo?

Ela apenas miou em resposta. Bom, pelo menos ela não me ignora.

No dia seguinte eu acordei no mesmo horário de sempre, o tempo, como os dias anteriores, estava quente, então novamente eu fui tomar um banho gelado logo pela manhã. Ainda no banheiro, meu corpo enrolado em uma toalha e meu cabelo em outra, coloquei outro band-aid sobre o machucado que eu havia feito com a faca no dia anterior.

Vesti uma blusa rosa e um short de tecido preto, com uma sapatilha. Fiz uma trança em meu cabelo mesmo com ele molhado, estava muito calor para eu deixa-lo solto.

Eu suspirei aliviada quando cheguei no restaurante e recebi o ar gelado do ar condicionado.

— Deus abençoe o criador do ar-condicionado! – Eu disse sorrindo de olhos fechados, aproveitando o momento.

— O que você fez no dedo? – Olhei para o lado vendo Marcel curioso olhando para o meu dedo com o curativo. Seria vergonhoso admitir que eu tinha feito aquilo tentando cortar legumes.

— Foi... – Eu tentei encontrar uma desculpa – cortei com a gilete enquanto depilava a perna. Péssimo né?

— Ahh, isso dói! E fica um tempão sangrando – Ele fez uma careta, mexendo o corpo como se houvesse acabado de sentir um arrepio – Odeio quando isso acontece enquanto eu faço a barba.

— Pois é, né! – Ainda bem que quem notou foi o Marcel, que é um pouco tapado e desligado da vida, se Damon visse... ele com certeza saberia que a verdade só olhando para o band-aid.

— Gilete é? – Damon sorriu cínico com as mãos nos bolsos – Estou tentando alguém cortando o dedo com a gilete enquanto depila a perna, nada vem na minha cabeça – Ele fez uma expressão pensativa, arqueando as sobrancelhas.

— Bom, aconteceu comigo – Ele virei o rosto, sabendo que se eu o olhasse nos olhos, me denunciaria na mesma hora.

— Sei – Ele ainda me olhava desconfiado como se soubesse da verdade. Suspirei quando ele finalmente parou de me encarar e foi para a cozinha. Eu corri até o vestiário, fugindo dele, mas acabei encontrando Elijah terminando de vestir o uniforme.

— Bom dia! – Eu disse animada.

— Bom dia – Como sempre, ele foi seco. Ele fechou o armário e se virou para sair, mas antes que ele o fizesse, eu o chamei pelo nome – O que?

— Isso está ficando ridículo – Apontei para nós dois – Você deve estar me confundindo com a Katherine, é a única explicação para esse seu tratamento comigo. Mas deixa eu te dizer uma coisa, eu não sou ela, na verdade, somos o completo oposto, então por favor, não me trate como se fosse a mim que você deu o toco ou sei lá o que aconteceu entre vocês dois.

Elijah me olhava um pouco chocado, parecia processar tudo o que eu disse, por fim, ele notou que eu tinha razão e assentiu, soltando um pequeno e quase imperceptível sorriso, saindo do vestiário.

A manhã passou rápido, e após o horário de almoço, eu fui para a cozinha lavar os pratos, Damos estava ao meu lado, lavando algumas verduras.

— Sua mão parece melhor – Ele disse sem me olhar.

— Passei uma pomada ontem – Respondi – Não está mais doendo – Dei de ombros.

— Que bom – Damon sorriu, voltando ao balcão e com maestria começou a cortas as recém lavadas verduras. Mesmo sem notar, eu acabei parando o que fazia e me virei para observar seus movimentos. Ele fazia aquilo rapidamente e em poucos minutos já estava levando tudo aquilo para a panela.

Damos parecia um rei enquanto cozinhava, a cozinha era seu reino, e os garotos seus súditos que o seguiam e o respeitavam, acatando casa ordem, por menor que fosse. Aquele parecia ser seu ambiente natural, onde ele se sentia bem e vivo, o lugar que ninguém poderia lhe tomar. Era lindo de se ver!

— Para de babar, Gilbert, e vai lavar a louça! – Klaus gritou, me fazendo acordar. Eu ri, espichando água nele e voltei ao trabalho.

No fim do dia eu estava morta, sonhando com minha cama, mas antes que eu pudesse ir ao vestiário buscar minha roupa, Damon me chamou. Todos o olharam amedrontados por sua voz séria, assim como eu. Era agora que eu seria despedida?

— O que estão olhando? Não vão se trocarem? – Damon perguntou. Eles assentiram e foram para o vestiário, me deixando sozinha. Era hoje. Era agora. Adeus, emprego!

— Eu juro que eu vou melhorar! Vou parar de enrolar e vou realmente ser uma ótima funcionaria – Eu comecei a falar rapidamente, com as mãos juntas como se eu fosse rezar, mas só estava implorando por meu emprego – Então não me despeça!

— Eu adoraria que você cumprisse tudo o que está dizendo – Ele riu, encostado na bancada da pia – Mas eu duvido muito.

— Por favor, me dá mais uma chance! – Eu segurei suas mãos nas minhas, só então percebendo que havia me aproximado demais, mas não me afastei e o encarei nos olhos.

— O que você está pensando? – Damon indagou, quase rindo, segurou minha mão que possuía o dedo machucado e apontou para ele – Eu não vou te despedir, vou te ensinar a cortar direito para que não se machuque – E me deu um peteleco na testa, pegou sua faca e foi até as gavetas, pegando os ingredientes que haviam sobrado e que não poderiam usar no dia seguinte e os colocou sobre a mesa, finalmente me encarou, mandando com os olhos que eu me aproximasse.


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Notas finais do capítulo

Eu adorei esse capítulo, apesar de pequeno, achei ele muito fofo. Será que temos uma Elena começando a realmente querer fazer algo? Essa história vai tratar muito ainda sobre o amadurecimento dos personagens, principalmente o da Elena, vocês acham que ela está mais diferente que no inicio da história? Me digam suas opiniões nos comentários.
Bjs!