Nostro Impero escrita por Yas


Capítulo 12
Capítulo 12


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem do capítulo!
Boa leituraaa



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De tempos em tempos
Você cruza a minha mente
Boa companhia é difícil de encontrar
De tempos em tempos
Você cruza a minha mente
Então fique comigo
Apenas por esta noite

Twin Forks - Cross My Mind

— Temos mesmo que fazer isso? Eu estou muito bem sem saber – Eu disse, encarando a faca em sua mão. Damon revirou os olhos, e me puxou para ficar de frente a mesa e as verduras.

— Não é nenhum bicho, Gilbert! Se você trabalha em uma cozinha, você tem que ao menos saber fazer isso – Ele respondeu.

— Mas...

— Comece pela cebola.

— Cebola? Por acaso você me odeia? Eu vou acabar chorando com a cebola. Me dê um óculos, pelo menos.

— Se você colocar um óculos, não vai enxergar a cebola direito e provavelmente se cortará novamente – Damon disse como se fosse óbvio – Comece – Ele colocou a cebola sobre a tabua e me deu a faca na minha mão – Segure a faca com firmeza.

— Ok – No cabo da faca havia as inicias de Damon. Todos os cozinheiros possuíam sua própria faca, cada uma em seu estilo.

— Tire a casca primeiro e deixe a extremidade da raiz para que a cebola não se desfaça, e depois corte-a pela metade.

Damon falando parecia fácil, mas foi só eu começar que ele me deu bronca dizendo que estava errado, pegou a cebola e a faca da minha mão e me mostrou como fazer, me entregando novamente. Dois minutos depois eu estava chorando, meus olhos ardiam e eu não podia seca-los porque senão pioraria. Ótimo!

Coloquei a cebola sobre a tabua novamente e posicionei a faca, mas quase me cortei com o susto quando Damon colocou suas mãos sobre as minhas. Ele me fez segurar a lateral da cebola e com a outra mão empurrar a faca no meio para corta-la.

— Você estava fazendo errado – Ele disse. Só então notei o quanto estávamos próximos. Ele estava atrás de mim, e nossas bochechas quase se tocavam, sua boca estava colada em minha orelha enquanto ele falava. Coração, se segure no lugar! – Entendeu?

— S- Sim!

— Agora separe as duas partes e segure firmemente, faça cortes horizontais até a raiz, mas sem cortar a cebola em si – Ele instruiu, saindo de perto de mim, infelizmente.

— Ok!

— Você não está segurando a faca com firmeza – Ele disse – Se continuar assim, vai continuar se cortando novamente.

Se você não ficasse tão perto e fizesse meu coração parar de bater assim, quem sabe eu poderia segurar com firmeza e não me cortar... Mas, por outro lado, eu amava tê-lo tão perto assim.

Depois de muitas broncas  de Damon, eu finalmente consegui terminar de cortar cebola, meus olhos ardiam e escorriam lágrimas, meu rosto provavelmente estava terrível, mas apenas a cebola havia levado quase uma hora, e pela expressão de Damon, ele não estava nada satisfeito.

— Como você pode ser tão ruim? – Ele estava encostado no armário, e apertava as têmporas. Eu já disse que ele ficava maravilhoso com aquela expressão e o avental preto amarrado na cintura? – Seus pais não são chefs?

— Só porque eles são, eu tenho que ser também? – Eu franzi o cenho, indo até a pia lavar minhas mãos e tentar tirar todo o cheiro de cebola.

— É, talvez não tenha sentido mesmo – Ele suspirou.

— O que os seus pais fazem? – Perguntei, jogando agua em meu rosto logo em seguida, sequei-me com um pano que Damon me estendeu e depois fui me encostar ao seu lado.

— Meu pai é juiz e minha mãe é presidente de uma empresa de marketing – Ele respondeu.

— Uau, parece que você nasceu em berço de ouro, ein – Eu ri.

— Seria ótimo se a vida fosse como parece, não é?

Eu o encarei. Damon olhava para frente sem encarar nada, parecia imerso em pensamentos e lembranças. Nunca antes havia visto aquela expressão nostálgica, mas pela primeira vez imaginei como havia sido a infância de Damon. Ele havia sido feliz? Ele brincava com outras crianças no parque? Ou ele era tão quieto quanto hoje em dia?

— O que é?

— Hã? – Só então notei que eu o encarava fixamente sem dizer nada, e ele já havia reparado.

— Isso é assustador, não faça novamente – Ele disse, rindo em seguida – Ainda mais com sua maquiagem toda borrada, não é uma cena bonita de se ver.

— Maquiagem borrada?

Eu corri até o lugar onde as panelas ficavam estendidas, e em uma delas olhei meu reflexo, vendo como eu estava horrível. O rímel havia escorrido por meu rosto e parecia que meus cabelos não eram lavados há dias.

Eu olhei de Damon para meu reflexo, gemendo em desgosto logo em seguida. Com a mão no rosto, passei por ele e fui até o banheiro, podendo ouvir sua risada alta e escandalosa. Ele amava me irritar!

Quando eu saí do vestiário já trocada de roupa, encontrei Damon do lado de fora, ele também havia se trocado, e seus cabelos estavam molhados, denunciando que ele havia tomado banho.

— Vamos, eu te deixarei em casa.

Eu assenti feliz e o segui alegremente até a saída do restaurante, ele apagou as luzes e trancou as portas, mas diferente do que eu pensei, não fomos caminhando. Atrás do restaurante estava um carro branco, alto e grande, essa era a melhor descrição que eu poderia fazer de um carro, mas com certeza não parecia nada barato.

— Está tarde para irmos andando, entre – Damon disse após ligar o carro.

Ainda impressionada, eu entrei. Como tudo ali dentro, o banco era enorme fazendo eu me sentir como uma formiguinha ali dentro, mas diferente de mim, Damon ficava extremamente bem no volante.

— Eu já disse que você me olhando assim é assustador – Ele murmurou concentrado na direção.

— Me desculpe, apenas não acho justo você ser tão maravilhoso assim – Eu sorri maliciosa, erguendo minha mão para tocar seu rosto, mas tornei a abaixa-la, rindo. Damon revirou os olhos.

— Está tendo pensamentos estranho novamente, né?

— É quase impossível não tê-los, não é? – Eu gargalhei, ajeitando a bolsa em meu colo.

Damon apenas riu, parando o carro em frente ao meu prédio.

— Durma bem, e não se atrase amanhã – Ele disse.

— Você sempre fala isso, mas eu nunca me atrasei – O encarei, prestes a abrir a porta – Ah, eu queria te perguntar, você foi convidado para a festa dos meus pais?

— Nostro Impero foi convidado, os outros também estarão lá. Seus pais convidaram muitos chefs – Ele – Desça logo.

— Ok, ok, não precisa me expulsar. Sonhe comigo, ok?

Antes que ele respondesse, eu sai do carro e corri para o meu prédio. O porteiro estava dormindo, já passava da meia-noite e não havia ninguém no saguão, mesmo sem disposição, eu fui obrigada a subir os três andares para chegar em meu apartamento.

Novamente, ele estava uma bagunça. Eu tentava entender como aquilo acontecia sendo que eu quase não ficava em casa. Archie estava ligado no duzentos e vinte e não parava de pular e latir, eu sabia que logo me ligariam mandando eu fazer ele parar, mas no momento eu estava cansada demais e apenas cai na cama, dormindo.

Eu não acordei com o despertador no dia seguinte, muito menos com Archie lambendo minha cara, invés disso, minha campainha tocava insistentemente. Levantei e me arrastando fui até a porta, não gostando nada de quem eu encontrei do outro lado. Jack, um cara velho, barbudo e gordo, ele, na verdade, era o sindico do prédio e vivia me irritando sobre meus filhos.

— O que você quer logo pela manhã, Jack? – Perguntei, minha voz rouca por eu ter acabado de acordar.

— Ontem o seu cachorro não parou de latir, ele irritou muitos moradores, e como sempre, você não faz nada – Esse era seu discurso de sempre – Gilbert, você sabe que seu daqui a algumas semanas seu contrato chegará ao fim, ou você se livra desses bichos ou definitivamente... RUA!

E simplesmente se virou e foi embora para seu apartamento.

Me livrar de Archie e Astrid? Ele era louco? Meu contrato estava chegando ao fim, mas com certeza eu assinaria novamente... se eu saísse daqui, minha única opção seria voltar para casa, o que estava fora de questão. Tudo bem, é só convencer o Jack, certo? Certo! Elena Gilbert, esta é sua próxima missão. Definitivamente eu não seria expulsa do meu apartamento!  


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Notas finais do capítulo

Me perdoem pelo capítulo pequeno, mas eu tive que parar ai hahah
Eu só postarei novamente na sexta porque vou dormir na casa da minha prima e como vocês sabem, meu pc quebrou e eu estou escrevendo pelo do meu pai, não posso levar o do meu pai, então... não poderei escrever nem postar. Mas sexta ou sabado eu postarei novamente.
É isso!
Espero que tenham gostado do capítulo.
Bjs!