Triangle of life escrita por Shadowwriters


Capítulo 1
Mustang 67


Notas iniciais do capítulo

Oi, pessoal! Essa fanfic foi criada por duas pessoas, porémmmm, somos duas pessoas em uma só conta. Tudo isso para não nos perdermos com todas as informações lçsdaklsdk
Eu vou assinar como Bonn e a outra miga como Laryin.
Boa leitura, bejas ♥

— Bonn



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POV's Rosalya

Reabri a oficina logo que cheguei do almoço e me pus ao trabalho, que não era pouco. Esses adolescentes retardados têm feito o sustento deste estabelecimento com todos esses acidentes de festas que, geralmente, não são realmente graves. Pena que as férias estão acabando, vou sentir saudades das desculpas sem sentido que os adolescentes contavam para os seus pais pedindo dinheiro para pagar o conserto. Bando de idiotas. Não dão valor ao esforço de seus pais. Se eles ao menos soubessem como é dar duro pra se manter à beira da falência... Meus avós passam por isso e eu nunca faria desfeita da luta deles, por isso trabalho nesta oficina. Faço tudo para dar conta das minhas próprias despesas e ter minha autonomia.

Depois de recolher umas ferramentas que ficaram espalhadas pelo chão, notei a chegada de Dake, um garoto metido a garanhão que frequenta o meu colégio. Antes mesmo de poder vê-lo, percebi um som estranho se aproximando, provavelmente vindo de sua moto. Ele adentrou a oficina com sua V-Max com detalhes em vermelho. Sua aura irritadiça chagava a ser engraçada.

— Lá vem mais uma... — ele vem aqui quase toda semana, sempre com um problema diferente. Aposto que fica mexendo na moto sozinho como se soubesse o que faz. Garotos... — O que foi dessa vez, Dake? — falei já desanimada. O loiro me olhou com um leve de desespero.

— Cara, minha moto tá com algum problema, ela perde a potência logo depois que eu acelero e faz um barulho bem estranho. Acho que é algo no acelerador. Deve estar ruim.

Assim que Dake terminou sua fala entrou um Mustang 67. Era bem conservado para um carro antigo, só possuía alguns enferrujados no pára-choque, normal. Esperava que saísse de lá alguém bem velho ou um daqueles típicos homens que usam carros antigos para parecerem mais machos, porém, foi o total contrário. Uma garota de altura média, que tinha a idade aparentemente próxima da minha, era a que estava lá.

— Olá, sou Valentina — sorriu. — Gostaria de saber se vocês consertam carros antigos... Bem antigos, na verdade.

— Gata, tô na frente para ser atendido. Mas se quiser passar na frente eu não ligo... — Valentina sorriu e se preparava para dizer algo, um agradecimento talvez. — Só terá que me pagar depois de um jeito pouco convencional.

Depois disto, Dake lançou um sorriso malicioso para a garota. Nada anormal vindo dele, sempre foi um babaca com todas as garotas, algumas caíam na lábia, já as outras... A garota olhou para ele com certo nojo e revirou os olhos, o quê me fez rir da cara de Dake e pensar um ''bem feito, trouxa!''

— Dake, depois eu vejo o seu problema, você nem tem nada pra fazer o dia inteiro mesmo! — falei entendiada. — E sim, Valentina, eu conserto carros antigos.

Esperava uma expressão de surpresa vinda dela, não são todas as pessoas que acham normal uma mulher trabalhar na oficina. De novo, um erro. Ela sorriu e perguntou quanto custava. Antes que eu pudesse responder, o idiota do Dake me cortou.

— Porra, você quer que eu ande por aí desse jeito? Toda hora essa moto do inferno perde a droga da potência! E também tô cansado do barulho que ela anda fazendo!

— Hum... Você percebeu se ela tem gastado mais gasolina ultimamente? — Dake fez que sim com a cabeça para a pergunta de Valentina. — Bom, acho que sei o que pode ser.

— Por favor, né? Uma garota como você dizendo que sabe sobre motos? — Dake ria enquanto falava. — Já não basta a Rosalya cada vez causando um problema diferente na minha moto. Eu conheço seu tipo, não tem problema. Não precisa querer pagar de foda pra mim, amor — sorriu malicioso novamente para Valentina. — Se quer mesmo me impressionar, terá que...

Eu até ia me defender, mas para a minha surpresa (de novo!), a garota deu um leve empurrão em Dake, pegou alguma ferramenta qualquer e abriu o motor. Deu uma olhada rápida e riu.

— Eu querendo pagar de foda? Você não sabe nada sobre motos, garoto. Você é quem está querendo pagar de foda sem saber de nada. O único problema da sua moto, além de ter você como proprietário, é que a válvula está frouxa, por isso a válvula fica batendo. Esse é o barulho que você tem escutado, "amor" — debochou ela tratando Dake igualmente.

Me aproximei da garota e dei uma breve olhada. Realmente, ela estava certa, e além de tudo havia dado um tapa nas falas de Dake. Rimos juntas da cara dele. Fala sério, foi um fora merecido. Ele ficou tão puto que saiu de lá quase marchando de tanto bater os pés.

[...]

Depois que Dake foi embora, eu e Valentina começamos a conversar sobre seu carro. Parece que ela quer reformá-lo e vender para algum colecionador de carros antigos. A menina até que entendia bastante do que falava, até mais que alguns mecânicos da região.

— Mas me diga, com quem aprendeu tudo isso? — perguntei ainda um pouco surpresa.

— Digamos que meu pai me ensinou praticamente tudo que eu sei, inclusive, esse carro foi dado a mim por ele — seu olhar se fez perdido, talvez até um pouco melancólico. — Ele era do meu avô, que deixou para o meu pai, que passou essa belezinha para mim. Mas digamos que o tempo não fez muito bem à ele... — deu uma leve risada.

— Já peguei piores, pode acreditar... Relaxa, não há nada que a Rosalya aqui não conserte — sorri confiante e Valentina correspondeu. — Sou muito boa no que faço e sei disso, mas esse carro vai dar trabalho pra restaurar. Ainda mais que eu meu avô está com alguns probleminhas de saúde convencionais de quem não se cuida e vou ficar uns meses cuidando da oficina sozinha. Se bem que, pode ser que leve um tempo maior que o esperado, já que eu estou cuidando da oficina sozinha, por enquanto. Se eu estivesse com alguém para cuidar dos outros clientes com certeza seria bem mais rápido.

— Olha, eu realmente estava para começar a procurar um emprego de meio período. Eu poderia te ajudar a dar conta dos clientes, e quando sobrasse tempo, trabalharíamos no meu carro — ela começou a se animar. — Ah, e as despesas da restauração poderiam ser descontadas do meu salário.

— É uma ótima ideia! Finalmente vou poder ter alguém pra me ajudar — dei um suspiro de alívio.

Com alguém comigo, poderemos atender muito mais pedidos e eu não me sentirei tão sozinha. Espero que nos demos bem ao longo do tempo como nessa primeira conversa. Valentina parece ser uma ótima pessoa e competente também, não acho que vá atrapalhar ao invés de auxiliar

— Quando pode começar?

— Só não começo hoje por ter que arrumar algumas coisas da mudança... Mas eu posso segunda-feira, logo depois da escola.

— Feito. Meu nome é Rosalya Barnes, muito prazer! — estendi a mão em cumprimento.

— Valentina Elliot. O prazer é todo meu! — ela correspondeu aperto de mão.

Depois de conversarmos sobre como ela trabalharia aqui, nos despedimos. Eu voltaria para a minha casa e pelo o que ela disse, iria para a casa da tia à pé, pois o carro ficaria aqui mesmo. Ofereci uma carona, mas ela negou, disse que a casa era perto.

Antes de chegar em casa, mandei umas mensagens para o pessoal perguntando se queriam ir a alguma lanchonete. Apenas Castiel, Armin, Alexy, Lola e June aceitaram. Como eu e Leigh havíamos brigado ontem, preferi deixar tudo quieto e não chamá-lo, consequentemente, Lysandre não poderia vir, acho que June entenderia se eu explicasse.

Quando cheguei eles já estavam reunidos lá. Lola e Alexy gritaram meu nome quando me viram, fazendo todos se assustarem e olharem para eles e para mim. Eles sempre fazem esse tipo de coisa, era engraçado. Quando não era comigo, claro!

— Ei, Rosalya! — olhei para Alexy. — É verdade que o Dakota levou um fora e foi humilhado por uma garota na sua oficina hoje?

— Como sabem disso? — arqueei a sobrancelha e logo depois dei de ombros. — Foi isso mesmo, o que ela falou foi quase um tapa na cara dele.

— Queria conhecer ela! Adoro garotas assim.

— Ah, você não adora garotas assim, Lola. Você simplesmente adora garotas! — gritou Alexy, novamente chamando atenção.

Rimos daquilo enquanto Lola e Alexy se estapeavam.

— Armin, saca só aquela ali. — Castiel apontou para uma garota que adentrava a lanchonete. — Acho que vou chegar nela, hein.

— É ela. É a garota que deu um fora no Dake.


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Notas finais do capítulo

Críticas? Só comentar! Viu algum erro? Só comentar! Espero que tenham gostado, até o próximo!

— Bonn



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