Uma Canadense em Nova York escrita por Mia Colucci


Capítulo 7
7. A fragrância Nico.


Notas iniciais do capítulo

GALERA LINDA, NEW CAPÍTULO! :)



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P.O.V – Annabeth

— Prezados alunos, estamos muito felizes pelo começo do semestre, para aqueles que não me conhecem me chamo Fuffy, sou a secretaria e...

— Ahh, chega Puffy não precisa disso, esse blá blá todo ano. – Disse um homem pequeno de cabelo cacheados.

— Claro que precisa. – Ela respirou fundo e continuou – Esse é o Sr. D nosso diretor, mais não é importante.

O Sr. D a encarou.

— É claro que é importante... – Fuffy suspirou. – Mais não era isso que eu queria falar. Além das boas vindas, queria avisar da nossa corrida interativa, TODOS os alunos devem participar sem exceção. A escola em parceria com o estado decidiu patrocinar uma corrida pelo central park, para estimular a atividade física e a interação com os novos alunos.

Todos soltam um muxoxo.

— Ainda não terminei. – Fuffy balançou os braços. – Iremos distribuir pulseiras informativas e haverá monitores nos perímetros para ver se cumprirão a tarefa, aqueles que não participarem, não chegarem ao fim ou arrumarem confusão, terão detenção durante um mês. Lembrem-se eu estou de olho. Vocês não podem me enganar.

— E vamos ganhar pontos por isso? – Perguntou alguém no fundo do auditório.

— Pontos com a interatividade. – Respondeu Fuffy reluzente.

Todos voltaram a murmurar.

— Silêncio, silêncio. – Gritou o Sr. D. – Ai eu não aguento essas pestes. – Murmurou. – O que importa é que quero vocês no sábado ás 8 da manhã no parque.

— O trecho que irão percorrer está nesse folheto informativo. – Disse Fuffy mostrando um folheto. – Podem pegar comigo na secretaria. Até o final da aula de hoje quero que passem na minha sala e me deem os nomes das duplas competidoras.

— Pronto, voltem para suas vidinhas patéticas. – Falou o Sr. D. abrindo uma garrafa de água contra gosto.

— Nossa que mau humor. – Comento olhando para o Sr. D.

Thalia riu.

— Aposto que a esposa dele o proibiu de novo de tomar Coca Diet.

— Por quê?

— Porque ele fica alucinado. – Respondeu Bianca. – Uma vez ele ficou dizendo que era o Capitão Gancho e que iria nos mandar para a terra do nunca.

— Credo.

— Ah minha próxima aula é Literatura com o Luke. – Resmungou Thalia.

— Humm... A minha é Inglês.

— Que coincidência a minha também... Poderia me dar a honra de sua companhia? – Connor magicamente brotou ao meu lado.

— Ah... er.

— Claro que ela dá. – Disse Thalia me empurrando e me mandando uma piscadela.

Connor enlaçou seu braço em volta do meu e fomos.

— Então... – Falou ele tentando puxar assunto. – O que achou da corrida?

— Cansativa. – Disse e ele riu. – Sou meio que sedentária.

— Sei... Mais não parece com esse corpão.

Corei e ficamos em silêncio até entrar na sala. Logo Percy e Luke também entraram. Me sentei na terceira cadeira e Connor ao meu lado na fila ao lado. Comecei a pensar sobre Connor, não que ele fosse feio, pelo contrário ele é lindo, mais não senti aquela atração inicial. E quando pensei em atração inicial pensei logo em Percy, e imediatamente o olhei, e me surpreendi ao vê-lo me encarando, desviei o olhar quando um papelzinho para na minha mesa. Olhei curiosa para os lados e Connor estava sorrindo. Abri.

‘’Rosas são vermelhas

Violetas são azuis

Seja minha dupla

Que eu te dou um cuscuz’’

 Comecei a rir baixinho. E assenti, afinal não seria tão ruim ir com ele, só como amigos. E no final eu ainda ganharia um cuscuz.

O resto do dia foi tranquilo, passamos na secretaria para deixar os nomes e encontramos Percy e Rachel.

— Argh, eu odeio esportes. – Disse Rachel. – Gente suada, e melada.

— Olha, dá pra você... – Percy parou de falar assim que nos viu entrar na secretaria.

Ele e Rachel nos encararam.

— O que foi? – Perguntou Connor.

— Quero que mantenha sua namoradinha longe do Percy. – Disse Raquel.

— Eu não sou... – Comecei dizendo mais fui interrompida.

— Porque isso? – Connor perguntou.

— Ela além de contar mentiras. – Ela apontou para meu nariz. – Machucou ele.

— Como?

— Ela deu um chutão no saco dele. – Ela bufou. – Ele desmarcou nosso cinema pra por gelo, o resto do dia.

Então eu comecei a rir, e logo depois Connor também e depois o Percy. Rachel ficou séria e deu um murro no peito do namorado.

— Argh, cansei. – Rachel colocou a mão na cintura. – Estou te defendendo criatura. – Ela puxou ele pelo braço e saiu.

Quando eles saíram Connor fez uma cara de quem tinha muito o que perguntar e me apressei logo em dizer.

— Vem, vamos dar nossos nomes.

— AAAAAAAAAAAAAAHHHHHHHHHHHHHH – Escutamos um grito vindo do estacionamento.

— Mais o que... – Ia perguntar Connor.

— Vamos. – Puxei ele pelo braço.

Ao chegarmos ao estacionamento, havia um amontoado de pessoas em uma rodinha entre elas estavam Percy, Leo, Luke, Nico e Chris e eles estavam vermelhos de tanto rir, me aproximei e Bianca estava deitada no chão com a mão no rosto, fedendo muito por sinal.

— Isso é o que eu chamo de essência irmãzinha. – Disse Nico se recuperando das risadas. – Senhoras e senhores apresento-lhes minha mais nova fragrância. – Ele apontou para Bianca. – Bianca ao molho de cebola, ao vivo.

Todos começaram a bater palmas e a rir, pouco depois Thalia, Calipso, Katie e Clarisse apareceram com baldes de água e caras muito furiosas, pareciam o quarteto fantástico.

— Querem guerra, guerra terão. – Gritou Thalia, logo jogando uma bexiga cheia de água na cara de Luke.

E a multidão logo se dispersou, muitos foram embora, outros se esconderam dentro do carro restando apenas os meninos, ‘nós’ e alguns curiosos. Luke rapidamente se recuperou e foi para cima de Thalia pegar o balde da mão dela, me surpreendi quando Bianca rapidamente se levanta, ainda fedendo muito, e vai em direção ao carro de Calipso e sai de lá com uma nerf. Sério isso?! Era um plano?! Porque quem anda com uma nerf no carro. Bianca mira em cheio na cara de Nico, um líquido perfumado. Chris se desvia de Clarisse, e Leo empurra Calipso de pega o balde da mão dela, levando para o campo do ‘inimigo’. Fiquei brisando lá naquela guerra e me liguei que Connor não estava mais ao meu lado, estava atacando Katie, mais ai apareceu outro Connor por cima dela, a defendendo, gente, dois será que as vitaminas da Tia Afrodite estão me drogando. Fui tirada dos meus pensamento por uma bexiga voadora que acerta minha barriga, Percy, corri para cima dele e o empurrei caindo por cima dele, logo ele me vira e fica por cima me prendendo, paraliso até que escuto o grito de Thalia.

— Anniiieeeeeee, pega o frasco.

Frasco? Que? Fiz uma cara de sonsa.

— Ali criatura. – Ela aponta para perto da roda de um carro.

Percy parece que se recompôs e olhou na direção onde Thalia apontava, ai me liguei, o frasco acebolado, a essência do Nico. Me remexi tentando levantar, ele pareceu perceber o que eu queria porque rapidamente me empurrou e se levantou indo em direção ao frasco, levantei cambaleante e fui atrás dele, ele se abaixou e pegou e virou-se para mim com uma cara esquisita e mirou em mim, me afastei e comecei a recuar, até que meus pés que não gostam de me ajudar, tropeçaram numa suposta formiga e cai, ele veio com tudo e despejou todo o resto da fragrância em mim. Ele saiu correndo, senti meus olhos lagrimejarem por causa da cebola e corri atrás dele até que escutamos uma voz vinda de um mega fone berrar.

— Parados jovens, parados. – Era o diretor, o Sr. D. – Mãos para o alto.

— O quê?! – Perguntou Calipso. – Não somos bandidos.

— Cuidado se Annabeth e Bianca levantarem os braços, vocês morrem. – Disse Percy.

Todos riram.

— Até que agora cairia bem aquele Rexona não é loirinha. – Disse Leo fazendo todos voltarem a rir.

— Silêncio. – Berrou o Sr.D na cara de todo mundo. – Peter Johnson, Leko, Thalita, Annibell, Beatrice, Leandro e Carly para a minha sala agora. – Disse apontando para cada um de nós.

Olhei em volta procurando os outros envolvidos e nada, suspirei e seguimos para a sala do Sr. D. No caminho o ouvimos resmungar.

— Crianças, crianças, eu devia estar á frente de um exército não dessa patética escola.

Ao chegarmos ele se sentou pegou uma garrafa d’água e disse.

— Expliquem-se.

Todos se calaram.

— Eu quero que me digam o porquê da Sr. DeAngel e da Sr. Chester, estarem cheirando a cebola. – Disse colocando a mão no nariz e fazendo um sinal com a mão para ficarmos mais no fundo. – Agora!

— Bom senhor. – Começou Leo. – Elas queriam ficar igual ao Cebolinha da turma da Mônica para a peça, estavam até falando ‘elado’, e o cheiro é só pra se assemelhar mais.  

— Ah entendo Leandro. – O Sr. D colocou a mão no queixo, pensativo. – E vocês estão representando o quê?

— Humm, o Cascão. – Disse Luke.

— O Cascão é? – Perguntou desconfiado. – Que eu saiba ele não gosta de água Leko e vocês estão molhados.

— Um Cascão moderno. – Disse Thalia. – Sabe igual o Cebolinha, as pessoas podem até sentir o aroma do nome.

— Sei... – Ele disse ainda desconfiado. – É por isso que eu odeio teatro, essas bobeiras e fingir se alguém que não é.

— Mas você também... – Bianca começou.

— Calada menina cebola. – Disse ele se levantando. – Detenção por um dia, amanhã, apenas porque eu odeio crianças, ainda mais as fedorentas. – Abriu a porta e começou a empurrar Bianca e eu para fora. – Vamos, vai, Puffy traga-me o bom ar, pelos deuses essa apresentação não vai segurar ninguém. – Começou a abanar o nariz.

Todos voltamos para o estacionamento.

— Annie, você está... – Começou Piper.

— Eu sei, eu sei. - Digo brava. – Agradeça ao namoradinho da sua amiga.

— Nico, seu infeliz. – Grita Bianca. – Vai ter volta.

— E o feitiço se virou contra o feiticeiro. – Disse ele rindo com deboche. – Nico nunca perde uma. – E começou uma risada maléfica.

 Revirei os olhos e disse a Piper.

— Podemos ir?

— Ahm, é que eu não trouxe nenhum plástico para colocar no banco e muito menos um bom ar. – Essa última parte ela falou mais baixo.

— Pips...

— Deixa que eu levo ela. – Apareceu Percy ao nosso lado. – Afinal a culpa toda foi minha... 


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