P.O.V – Annabeth

— Ande você pensa que vai moça? – Pergunta Piper, assim que saio do banho.

— Na casa da Bianca.

— Humm. – Ela se levantou e foi em direção ao banheiro. – Vou no shopping com a Rachel.

— A namorada do Percy?

— É... Olha Annie, eu nem levaria a sério esse rolo deles, sabe nem eles mesmo levam á sério.

— Ta, eu não to nem ai. Sério.

— Mas...

A encarei com cara feia. E depois perguntei.

— Quando a Silena chega?

— Daqui a um mês, ela está terminando o semestre e vem.

— E sobre o bebê?

— Ela ficou desesperada, quis até abortar, mais minha mãe á convenceu do contrário. Ela e o namorado um tal de Charles estão vindo.

Assenti e fui me arrumar.

Resolvi ir andando para a casa da Bianca, problema: eu não sabia onde era e nem conhecia o bairro. Então fiquei tipo uns cinquenta minutos procurando a bendita rua. Parei em frente a uma casa azul claro de dois andares, bati na porta.

— Oi Annie! – Disse Nico com uma cara azeda, ele estava cheirando ao perfume da Britney Spears Fantasy.

— Oi. – Reprimi um riso. – Humm, você esta cheiroso.

— É... Sou um pacote completo, lindo e cheiroso.

— Nico para de se vangloriar, o cheiro desse perfume é enjoativo e você é irritante. – Gritou Clarisse.

— Ah, pelo menos eu estou mais feminino que você.

Todas caímos na gargalhada e Clarisse fechou a cara para logo em seguida pegar uma almofada e jogar nele.

— Hey meninas, desculpem a demora eu não estava achando a casa.

— Era só você seguir o cheiro do perfume, ia achar rapidinho. – Disse Thalia

— É, foi meu perfume praticamente todo. – Choramingou Calipso.

Passamos a tarde toda vendo filme e comendo gordices, Nico saiu com Percy e Leo, mesmo depois de três banhos segundo ele, o cheiro não saiu. E disse que prometia vingança.

Já estava anoitecendo e todos estavam indo embora, resolvi ir também. Assim que me afastei um pouco da casa, começou a chuviscar levemente, ‘ótimo’ pensei e disse a famosa frase ‘não podia ser pior’ e os pingos engrossaram e comecei a correr, a casa da Piper não era tão longe assim, uns quinze minutos se eu não errasse o caminho. Logo depois um carro preto tenta parar ao meu lado, como eu estava correndo foi quase impossível, ai ele buzina, tomo um susto tão grande que tropeço, essa foi à chance do motorista sair e auxiliar, na minha mente, mais o motorista saiu e começou a rir, aquela risada familiar, Percy.

— Ta tudo bem? – Ele perguntou rindo um pouco ainda.

— Parece tudo bem? – Respondi ironicamente.

— Vamos, eu te dou uma carona.

— Ah, pra que? Pra você me largar em algum lugar bem longe, desculpe não dá, não tenho migalhas de pão para jogar pelo caminho.

— Sério, vou te ajudar.

Ele abriu a porta do passageiro e entrei, olhei meu joelho, estava ralado, os dois, que beleza. Ele entrou e deu partida no carro. Depois de um tempo começou a rir.

— Ta rindo do quê? – Perguntei impaciente.

— Nada é só que... – Ele riu mais. – Só te encontro em situações embaraçosas.

— Lá no colégio a situação não estava embaraçosa, quando me deixou perdida.

— Ah, isso só foi o troco por domingo.

Bufei.

— Está nervosa por quê? – Perguntou ele virando á direita.

— Ah, oras porque... – Percebi um caminho diferente do qual eu vim. – Aonde você ta me levando? – Perguntei me remexendo no banco.

— Ei, ei calma, não vou te sequestrar. Só vou abastecer.

— Ata...

Paramos no posto, ele saiu do carro, fiquei tamborilando o dedo no painel esperando...

— Perseu Jackson, OMG!!! – Gritou uma morena de cabelo curto.

— Sarah! Ai meus Deuses, você voltou. – Perguntou ele, claramente surpreso e estranhamente assustado.

— Claro, my love. – Ela deu um risinho. – Não podia te deixar esperando por muito tempo.

Ela foi se aproximando e ele se afastando, eles começaram a conversar e depois Percy apontou o dedo desesperadamente para onde eu estava, fazendo sinal para que eu saísse do carro.

— O que... – Fui andando até eles.

— Amor, quero te apresentar a Sarah, minha amiga de infância. Sarah, essa é Annabeth.

‘Amor? Que palhaçada é essa.’

— Ahm? – Disse confusa.

Ele passou o braço pelo meu ombro e me deu um beijo no rosto.

— Já estamos juntos faz 6 meses.

— 6 meses? Isso é muito tempo pra você não é Jackson? – Perguntou Sarah cruzando os braços.

— Sim, porque é amor de verdade. Bom, então foi bom te ver mais temos que ir, minha sogrinha vai ficar preocupada, tchau. – Me puxou rapidamente em direção ao carro. Ela continuou nos observando de cara fechada, ao entrarmos no carro perguntei.

— Que merda é essa?

— Essa menina é louca. Nossos pais são grandes amigos e namoramos e tal, só que ela é insuportável, só consegui terminar com ela porque ela ia para a França morar com a tia.

— Nossa! O que ela viu em você?

Ele riu.

— Te falei tudo isso, e olha o que você me pergunta. Assim posso jurar que está caidinha por mim e adorou fingir ser minha namorada.

— Nada a ver, você é muito convencido. Me leva pra casa.

Ele me encarou.

— Por favor. – Digo.

O resto do caminho foi silencioso, logo chegamos ao frente ao prédio da Piper.

— Obrigada pela carona e.... Tchau.

— Espera! – Ele segurou meu braço.

Me virei e ele se aproximou, foi chegando perto, conseguia sentir seu hálito de bala de menta. Paralisei, não queria me mexer, muito pelo contrário queria chegar mais perto, e então aconteceu uma coisa imprevisível ele se afastou e mostrou seu sorriso sarcástico.

— Rá, eu sabia que estava afim de mim.

Droga, eu cai na armadilha do século.

— Deixa de ser iludido, caramba. – Dei um soco de leve no ombro dele.

— Ahm, se isso não for verdade eu sou o Batman.

— E eu estou saindo. – Sai e bati a porta com força.

Subi e entrei no quarto também batendo a porta.

— Que isso? – Perguntou Piper dando um pulo da cama.

— Percy Jackson é um idiota, não sei como eu fiquei afim dele.

— Humm, então você realmente está afim dele? – Perguntou ela com um sorriso malicioso.

— Não, não mais ele é um idiota.

— Que bom, porque tem outra pessoa afim de você.

— É... Quem?

— Connor Stoll.