Uma Canadense em Nova York escrita por Mia Colucci


Capítulo 10
10. Minha ilha paradisíaca.


Notas iniciais do capítulo

Milagres existem? Existem se eu estou postando um capítulo em plena quinta-feira, tendo uma prova enorme amanhã, hahaha
Boa Leitura! :3



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 P.O.V – Annabeth

Chase, me passe o purê. – e pelo canto do olho, o canto mesmo, porque eu estava praticamente cega de tanto pó que Piper passou no meu rosto para cobrir os hematomas, Sarah cara de banana me chamou, olhei em volta procurando algo parecido com algo pastoso. – Você sabe o que é purê? – perguntou impaciente, como se eu fosse

Claro que sei.

Vi uma bandeja de alumínio com o purê que estava a consideráveis centímetros me mim.

— Tá ali ó. – apontei.

— Obrigada. - ela rangeu os dentes.

— Então Annabeth, você é do Canadá certo? – perguntou Louise, a mãe da cara de banana.

— Sim, Vancouver. – disse encarando o prato e tentando espetar uma ervilha. Percy que estava ao meu lado direito me encarou, olhei sem entender nada e ele baixou o olhar, fiz o mesmo e vi em seu colo três ervilhas.

— Quer ajuda, bebe? – Percy sussurrou.

— Quero sim, quero que você suma!

— E onde vocês se conheceram? – questionou a estúpida do purê – Quer dizer, se namoram já á seis meses, e a Annie veio pra cá somente há um mês.

Primeiramente, como ela sabia tantas coisas sobre mim, tipo que vim pra cá á um mês, segundo, que menina ousada, é assim que ela quer começar guerra. Pisquei umas três vezes e pisei no pé do Percy, que tomava suco de morango, despreocupadamente. Oh, que menino lerdo.

— Percy conta tão bem essa historia, vou deixar para ele. – disse empurrando a cadeira para trás. – e dar uma passadinha no toilet. – mas no exato momento em que me levantei da cadeira, um garçom com uma bandeja de macarrão com brócolis estava passando atrás de mim, bati minha cabeça no ombro dele e ele automaticamente jogou o macarrão para frente. Caindo na maravilhosa menina que estava na minha frente. Seu olhar para mim era de fúria, tinha um brócolis gigante na cabeça dela. Tudo que eu conseguia ver era, banana caramelizada! E no fundo da minha alma e na minha pouca visão momentânea, um sorriso brotou nos meus lábios, e uma risada fraca saiu, eu não queria, juro, foi totalmente sem querer, e enquanto o macarrão escorria, ela rangeu os dentes e num momento de distração minha, jogou a bandeja de alumínio de purê na minha cara. Foi aí que eu realmente fiquei cega. Comecei a tatear a mesa em busca de algum prato pra tacar na cara daquele ser, quando senti uma mão em meu ombro, não esperei saber quem era, peguei um copo e joguei na pessoa. Começou um bate boca pra lá e pra cá, voltei a enxergar e vi a roupa de Percy com um líquido vermelho.

— Você é uma hipócrita Annabeth. – nem deu tempo de me virar direito e ver a cara da cara de banana, quando milhares de grãos de arroz voaram na minha direção. E minha paciência acabou como docinho de brigadeiro em festa de criança. Me inclinei sobre a mesa, disposta a procurar algo, mas senti mãos me puxarem pela perna e me pegar no colo, me arrastando para fora da casa.

— ISSO AINDA NÃO ACABOU! – gritei saindo da sala, gesticulando os braços ferozmente.

— PODE VIM BOLINHO DE ARROZ!

— O que foi isso? – Percy perguntou quando passamos pela porta da sala.

— Guerra. – rangi os dentes, tentando mexer as pernas. – Me coloca no chão! – ele apenas balançou a cabeça em negativa. – Agora, Jackson!

— Ui, estressadinha.

— Agora!

— Senão ficar quietinha, vai ter consequências!

— Ficar vestida de purê já não é consequência o bastante.

— Não. – e com isso voltei a me remexer. – Não, não Annie, vai ganhar palmadinhas.

— Não se atrev... – parei de falar quando na minha visão de cabeça para baixo, eu vi o mar. – Onde... – comecei, mais ele me interrompeu.

— Na minha piscina. – e me jogou na areia, não delicadamente como um cavalheiro, mas como uma jaca podre que caiu da árvore. – Meu lugar favorito. – olhou sonhador para o mar.

O encarei, nunca havia o visto tão... melancólico.

— Porque me trouxe aqui? – perguntei me levantando.

— Pra você se lavar. – e de supetão me pegou e me jogou na água.

— Hahaha, engraçadinho, mais eu não sou a única que precisa se lavar. – comecei a chutar água na direção dele, jogando bolinhos de areia, até ele se render e entrar. Estávamos iguais crianças, jogando água um no outro, até meu olho machucado começar a arder.

— Ai! – interrompo e coloco a mão no olho.

— Deixa eu ver. – ele se aproxima e tira minha mão delicadamente. – Os dedinhos do pai do Simon, são ligeiros hein. – dei um sorriso fraco, estava paralisada com a pouca distância que havia entre nós. Aqueles olhos, tão escuros com o luar da lua, mostravam tanta coisa. Eu podia ver o reflexo da sua alma, e eu queria ir muito além, queria ver mais.

— Percy...

— Shiu. – ele me silenciou com o dedo nos meus lábios. – Hoje, vamos apenas ser um garoto e uma garota perdidos numa ilha paradisíaca. E como isso ele me beijou, com o barulho das ondas, fracas, o vento gélido da noite e mil e um pensamentos.  

 


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