Uma Qualquer História Especial escrita por UQPE


Capítulo 53
Capítulo 53 - A Oportunidade




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Lia, que ainda estava no período de transição entre o choque e a surpresa, deixou-se beijar. No entanto, e talvez porque estivesse frágil, beijou-o de volta.
Não souberam quanto tempo ficaram ali, aos beijos, sem dizer nada. Não se descolaram. Lia, tinha sempre visto Gustav como um amigo; ele tinha-a começado a ver como algo mais. Ignoravam o facto de ser de madrugada e do TourBus ter começado a andar. Iam para Nuremberg.
Segundos, minutos, horas, dias, anos depois, passado o tempo que tivesse passado, Lia e Gustav separaram-se.
- Hey! What was that? – perguntou Lia.
- Didn’t you like it? – perguntou Gustav.
- Yeah, I did, but I meant what was that I-love-you-so-much thing? – voltou ela a perguntar.
Gustav corou, violentamente.
- I... I... – começou ele, atrapalhado.
- Is it true? Gustav! – disse ela.
- Shh! They are sleeping. I thought you liked me too, you kissed me back.
- I’ve just found out I’m not pregnant. I’m out of myself. – confessou ela.
- So you don’t like me?
- Sorry, but no. – respondeu Lia.
- But we are sleeping together... – afirmou Gustav.
- We are not sleeping together. We are sleeping in the same bed. You know I like Tom.
O autocarro travou e fez um favor a Gustav, impedindo-o de responder. Era de noite e Lia não conseguiu ver os olhos, vermelhos, de Gustav.
Ele, que oferecera a sua cama a Lia, porque todas as outras do staff estavam ocupadas. Ele, que ficava todas as noites a vê-la adormecer... Ela, que nunca tinha percebido os seus sentimentos. Nunca tinha reparado em ninguém, para além de Tom.
Gustav voltou-se, pronto para se ir deitar. Lia não impediu. Como é que ela não tinha percebido? Ofereceu-se para lhe emprestar metade da cama, ajudou-a em tudo...
Lia não tinha lata para ir dormir na cama de Gustav, por isso, foi dormir para a zona de estar. Deitou-se, puxou uma almofada. Não tinha com que se tapar, mas acabou por adormecer.
Gustav, que ainda estava acordado pois tinha estado a pensar no que havia sucedido, levantou-se. Foi à zona de estar, pois tinha ouvido Lia passar para lá. Pensou como ela era bela a dormir. Tapou-a com um cobertor que foi buscar à sua cama. Foi-se deitar.

O dia, ao contrário dos últimos, amanheceu cinzento. Desta feita, foi Lúcia que acordou Bill:
- Hey, sleeper. – disse-lhe ela.
- Good morning.
- If you want, we can finish what we’ve started yesterday. – propôs Lúcia.
Bill sorriu-lhe. Inclinou-se sobre ela. Beijou-a. Lúcia achava que Bill ficava querido quando acordava despenteado.
Ao mesmo tempo, Georg e Anna acordavam a levantavam-se. Foram até à zona de comer, discutindo, numa conversa animada, o que iam oferecer aos membros da banda, agora que se estava a aproximar os aniversários dos outros três.
Lúcia e Bill foram, mais uma vez interrompidos, não de propósito, desta vez, mas sim porque decidiram que ali não iam ter privacidade com pessoas do outro lado da cortina. Ficaram-se pelos beijos.
Lia acordou com o sol a bater na cara, entrando pelo tecto panorâmico. Gustav, como sempre, também acordou cedo. Lia viu-o a descer do seu compartimento. Chamou-o.
- We need to talk. – disse ela.
- About what? – retorquiu ele.
- About us.
- There is no us. – disse Gustav, friamente.
- Why are you talking to me that way?
- Which way?
Ele percebeu que estava a ser duro de mais. Recuou o tom de voz.
- What do you want? – perguntou, mais calmamente.
- I want to explain it to you. I thought that you knew that I like Tom... – começou ela.
- It’s always about Tom, isn’t? – perguntou-lhe a ela.
- Please, don’t...
Gustav passou para um tom de súplica.
- Please, I beg you. Please, give me a chance.

To be continued...

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