Uma Qualquer História Especial escrita por UQPE


Capítulo 52
Capítulo 52 - O Teste




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Lúcia, que não estava nada à espera, permaneceu estática. Lá recuperou.
- Lia! Tu o que? Mas tu andas a brincar? Vocês não usaram preservativo? – perguntou ela.
- Usámos. Das primeiras vezes sim. Depois não. Entretanto a pílula acabou e eu não ia pedir que me mandassem isso de Portugal!
- Não interessa. Vocês deviam...
- Sim, sim. Eu sei o que nós devíamos. – respondeu Lia, que parecia já ter pensado sobre o assunto.
- E agora? – perguntou Lúcia.
- Bem, eu ia pedir a Anna para ela comprar um teste mas não sei como lhe pedir...
- Eu nem acredito. – dizia Lúcia, entre dentes,
Elas foram interrompidas por Gustav que acabara de acordar. Estranhou vê-las ali, tão cedo.
- Is everything ok? – perguntou ele.
- Yeah... I need to talk to you. – disse-lhe ela, tendo uma ideia.
Lúcia percebeu e decidiu sair. Não era fácil falar disso em frente a muita gente. Voltou para a cama de Bill, que agora dormia. O mais tarde que antes havia sido prometido, fora adiado.
Na zona de estar, Lia falava com Gustav.
- I need you to do me a favor.
- Say it. – disse ele.
- I need you to ask Anna if she could buy me a pregnancy test.
Gustav, só não caiu dali abaixo porque estava sentado num sofá. Ficou petrificado, gelado, com as palavras de Lia.
- You... need... a pregnancy test...?
- Yeah, I need one. Please I’m scared. Help me.
Ele percebeu, então, o quão assustada ela estava. Lia explicou-lhe tudo e ele ouvia. Não comentava, só anuía. Ficaram a falar horas até que Georg e Anna se levantaram. Lia foi com Georg até à cozinha com a desculpa de lhe perguntar como estava a correr o namoro com Anna.
Gustav, no andar de cima, realizava o pedido de Lia. Pediu a Anna que ela comprasse o teste de gravidez, uma vez que ela falava alemão e podia ir à farmácia sem ser reconhecida. Ela estranhou que Gustav quisesse um teste e até desconfiou dele, mas ele disse que era para uma brincadeira e ele acreditou. Ficou combinado que o compraria depois do concerto.
A tarde passou, bem como a sessão de autógrafos e a hora do concerto estava à porta.
No backstage, Gustav estava nervoso. Nem mesmo o facto de Lia o acalmar ajudava. Passada a meia hora antes do concerto em que eles deviam estar juntos, chegou a hora de subirem ao palco.
- Good luck. – desejou Lia.
- Yeah, for you too. – respondeu-lhe Gustav.
O concerto começou. Tom, Georg e Bill não sabiam o que se passava para Gustav se estar a enganar tanto. Até os fãs perceberam. Não era normal; ele era o mais profissional de todos, o que mais treinava.
Na cabeça de Gustav pairava a conversa que tinha tido com Lia. Se ela estivesse grávida, podia ser o fim da banda, o fim d...
Enganara-se outra vez. Bill até se virou para trás e Gustav encolheu os ombros.
Lá acabou o concerto, a muito custo para Gustav. Os restantes membros não aguentaram, e perguntaram:
- Was ist los? (Que se passa?)
- Nichts. (Nada.) – respondeu ele, disfarçando.
Os outros perceberam que se ele não queria dizer, era porque tinha os seus motivos.
No backstage, Gustav olhou à volta. Viu-a. Ali estava Anna. Foi até ela, discretamente. Esta estendeu-lhe um saco, ele guardou-o.
- Danke. (Obrigado.)
- Bitte. (De nada.)
Desta feita, os autógrafos, o jantar, a conversa na zona de estar, pareceram demasiado longas para Lia e Gustav. Quando ficaram só os dois, ele falou-se.
- I want to you to know that, regardless of the result, I will help you with everything.
- Thanks, I...
- You don’t have to say anything. – disse-lhe ele.
E começou a traduzir para inglês o que vinha no folheto. Todo ele tremia. Ela não lhe ficava atrás. Foram os dois para junto da casa de banho. Ela entrou. Fez o que tinha que fazer e saiu. Esperam os dois, juntos, aquilo que pareceu uma eternidade, mas que eram só 3 minutos. Nenhum dos dois queria olhar. Decidiram fazê-lo ao mesmo tempo.
Olharam, viram. Estava negativo.
Gustav, foi o primeiro a manifestar-se; podia-se ver a felicidade nos seus olhos, fosse lá porque fosse. Lia, ainda em estava estática. Ela, quase tinha as lágrimas nos olhos. Olharam um para o outro.
Então, numa fracção de segundo, Gustav, sem pensar, agiu.
- Oh Lia, I’m so happy. I love you so much.
E beijou-a.

To be continued...

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