Uma Qualquer História Especial escrita por UQPE


Capítulo 42
Capítulo 42 - As Ligações




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A groupie, que também tinha reparado que eles estavam ali, encaminhou-se para o elevador de cabeça baixa, e nem reparou em Lia ou em Lúcia. Percorreu a distância tão rapidamente que Georg, que estava mais perto do elevador, foi ter com ela para ver se estava tudo bem.
- So, are we going? – perguntou Tom, um pouco espantado por estarem todos a olhar para ele. Bill fez que sim com a cabeça e dirigiu-se para os elevadores. Os outros seguiram-no. Lúcia estava verdadeiramente surpresa pelo que Tom fizera. Ele e Lia não tinham... uma ligação? Desde que percebera que a groupie e Tom tinham estado no mesmo quarto que olhava para a sua amiga, tentando ler as suas expressões e perceber se ela estava chateada ou magoada, mas Lia parecia calma e serena. Lúcia resolveu mais tarde falar com ela. Chegaram ao andar pretendido, um andar inferior que funcionava como garagem do hotel. Estava lá o carro que os tinha levado ao hotel, à sua espera. Estavam a encaminhar-se para este quando apareceu Georg a correr.
- Sorry to keep you waiting, I was just taking care of something.
Ninguém lhe prestou muita atenção. Entraram, sentaram-se, e passados alguns minutos chegaram ao seu destino. Saíram, e entraram no TourBus, ambientando-se ao que de certa forma era um lar. O manager cumprimentou-os, e Jutta avisou animadamente que a comida estava na mesa. Enquanto os rapazes se dirigiam com entusiasmo para a refeição algo tardia, Lúcia fez sinal a Lia para permanecer.
Assim que já não tinham ninguém em redor, Lúcia olhou seriamente para a amiga e perguntou:
- Lia... Tu estás bem?
Lia olhou para a amiga, confusa.
- Porque é que não havia de estar? – disse ela
- Por causa... Sabes... da groupie. Por ela e o Tom terem...
- Ah, isso! Não! – e riu-se – Esquece, Lú, eu e ele não temos compromisso nenhum, estamos juntos quando queremos e é só.
Lúcia continuava algo preocupada.
- Tens a certeza, Lia? A sério?
- Sim, Lú. – sorriu. – Não te preocupes.
Lúcia acreditou, e foram as duas até à zona de jantar. Tinham na mesa uma pizza com uma mistura do que todos gostavam, cogumelos, banana, etc. Tom estava à frente de Georg, discutindo algo sobre partituras. Ao lado estava Bill, e Lúcia sentou-se ao seu lado, como habitualmente. A seguir a Georg estava Gustav; Lia sentou-se ao seu lado, perguntando se estava muito cansado. Com o passar do tempo, estavam todos animados, a comer e conversar, apesar de já serem quase três da manhã. Georg e Tom agora falavam sobre uma qualquer cantora alemã. Gustav e Lia ainda falavam sobre o quanto desgastante eram os concertos para ele. Lúcia e Bill falavam sobre as raparigas que subiam ao palco:
- Today it didn’t really work out like it usually does, right? – dizia Lúcia, metendo-se com ele.
Bill ria-se para ela.
- You know that now it doesn’t really matter to me.
- But still, having the girl all over Tom must have been tough.
- Worse things have happened. – disse Bill, ainda a sorrir.
- Like what?
- Well, once I called this girl onstage, and she was really nervous! I wanted her to loosen up, so I gave her the microphone, but I guess I was a bit too forceful, because I…
- Yeah? – perguntou Lúcia, entusiasmada.
- …I kind of hit her with it, with the microphone! And she started bleeding right there, it was so embarrassing, I had no idea of what to do…
Lúcia ria-se a bandeiras despregadas, e cedo Bill juntou-se a ela. Já eram quatro da manhã quando todos decidiram que se iam deitar. Tinham outro concerto amanhã, em Lübeck, a cerca de 50 quilómetros de Hamburgo. Fariam a viagem durante a noite.
Os rapazes foram-se deitar, Lia e Lúcia foram à casa-de-banho tentar vestir os pijamas naquele pequeno espaço. Lúcia despachou-se mais depressa e foi logo para onde todos dormiam. Georg e Gustav já dormiam. Tom estava virado para o lado mas falava com Bill. Assim que percebeu que Lúcia chegara, achou por bem calar-se. Bill estava sentado na cama. Lúcia subiu para a cama, deitando-se e cobrindo-se com o lençol, esperando que ele fizesse o mesmo. Bill ficou um momento a olhá-la, mas depois imitou-a. Deitou-se e pôs um braço em torno dela.
Lia acabara de vestir o pijama. Saiu da casa-de-banho, e subiu para a cama de Tom. Tom chegou-se para o outro lado para arranjar espaço. Lia deitou-se ao seu lado, virada para ele.
Baixinho, perguntou-lhe num tom para o fazer entender:
- Are you tired?
Tom sorria no escuro.
- Kind of, but I’m still up for another one.
Lia puxou a cortina cor-de-laranja enquanto se encostava a Tom.

To be continued...

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