NejiTen? Sempre! Uma Comédia Romântica escrita por AFM


Capítulo 18
Consequências do passado


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal, sejam bem-vindos à mais um capítulo!!! Agradecimentos aos que acompanham e comentam, fico muito feliz mesmo.

Bom, este capítulo ficou um pouquinho mais longo do que o de costume, mas acho que ficou bacana de se ler. Resolvi ousar um pouco na história e colocar algo inusitado, mas não vou contar agora, né? Senão estraga a surpresa, kk! Espero que curtam, foi uma ideia bem diferente, mas acho que vão gostar. Mas gostando ou não, quem puder, deixe sua opinião sobre o capítulo nos comentários, ok? Abraços e tenham uma boa leitura!!!



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Neji e Hinata voltaram ao quarto onde encontraram Naruto, Sakura, Ino, Tenten, Lee e Sasuke sentados no chão, prontos para começar o jogo.

—Prontos? -perguntou Ino.

—Só se for agora -respondeu Neji.

—Eu vou colocar essa garrafa aqui e quando eu girar, a pessoa em que parar diz se quer verdade ou desafio, tá bom? -disse Sakura.

Sakura girou a garrafa de vidro e esta parou apontada para Naruto.

—Verdade ou desafio? -indagou a rosada.

—Verdade.

—É verdade que você espalhou pela escola toda que o Sasuke beijou a nossa antiga professora de biologia?

—Como você sabia disso? -indagou Sasuke para a surpresa de todos os presentes.

—É verdade? -perguntou Tenten.

—Não -respondeu o garoto envergonhado.

—É sim, eu vi vocês dois na biblioteca -acusou Naruto.

—Olha, não é o que parece -retrucou Sasuke.- Ela era só a substituta, tinha praticamente a nossa idade. Vamos seguir com esse jogo idiota logo.

—É a sua vez, Naruto, gira -disse Sakura rindo.

Naruto girou a garrafa e esta parou em Tenten.

—Verdade ou desafio? -perguntou o loiro.

—Uhm... verdade.

—É verdade que você gosta do Lee como namorado? Lembre-se fale somente a verdade, nada mais que a verdade.

O quê? Esse loiro cabeçudo! Eu vou chutar esse traseiro dele!

—Não. Gosto só como amigo -respondeu a garota sorrindo para Neji.

—Que decepção -disse o loiro.- Gira -falou passando a garrafa para Tenten.

Tenten girou e parou em Ino.

—Verdade ou desafio?

—Desafio.

—Vejamos... beije o Naruto -disse Tenten maliciosamente.

—O quê? -perguntou a loira indignada.- Mas nem se o futuro da humanidade dependesse disso.

—Mas são as regras do jogo.

—Não me importa!

—Não sabe o que tá perdendo -disse Naruto sorrindo.

—Cala a boca.

—Bom, ninguém pode obrigar você, agora gire a garrafa -falou Tenten.

Ino girou e esta parou apontada na direção de Hinata, que logo ficou corada.

Ih... daqui a pouco ela começa a dar um piti.

—Vejamos... -começou Ino.- A aniversariante do dia vai querer verdade ou desafio?

—Verdade. Não. Desafio. Ah, eu não sei fazer isso. Deixa, é desafio mesmo.

—Tudo bem então -disse Ino maliciosamente.- Já sei! Eu te desafio a beijar o Neji na boca.

—O quê? -disse Hinata avermelhada.

—É isso que ouviu, esse é o seu desafio.

—Fala sério, Ino, você não tem mais o que fazer? -indagou Neji.- É o desafio mais idiota que já ouvi e, além do mais, você também não cumpriu o seu, então... -disse o garoto, mas sem conseguir terminar.

Era Hinata. A garota o interrompeu com um beijo na boca, para a surpresa de todos, inclusive de Tenten.

O que ela está fazendo? Ela ficou louca?

—Mas o que é que está acontecendo aqui? -gritou Hiashi escancarando a porta do quarto da filha, fazendo ela e Neji se afastarem.

—Acho que vai dar encrenca -disse Naruto.

—Alguém quer me explicar? -perguntou Hiashi furioso, não recebendo resposta alguma.- Isso... já é demais! A festa acabou, vão todos para suas casas -disse apontando para a porta.

Naruto, Sasuke, Lee, Tenten, Sakura, Ino e Neji levantaram-se e caminharam em direção à porta.

—Você não -disse Hiashi impedindo a passagem de Neji.- Já teve tempo suficiente longe de casa fazendo o que queria. Vocês podem sair pelo lugar que entraram -falou grosso fazendo com que todos saíssem, exceto Neji e Hinata.

—Eu não vou ficar aqui -exclamou Neji.

—Não te perguntei nada -disse o homem arrastando o garoto para o quarto deste, deixando Hinata sozinha.

—Ai, você está me machucando -protestou Neji ao tio, que o segurava pelo braço.

—Pronto, agora nós vamos ter uma conversa séria -disse Hiashi entrando no quarto de Neji, com o garoto.

—Olha, eu sei que o que viu não foi a cena que todo pai idealiza para sua filha, mas eu posso explicar.

—Você não vai explicar nada, vai apenas ouvir calado.

—O quê? Vai me colocar pra fora de casa? Até que eu me demorei convivendo com vocês. Sinceramente, achei que você fosse tomar essa decisão bem antes.

—Não é nada disso. Agora calado e me escute. Neji, você não podia ter beijado a Hinata -disse decepcionado.

—Eu também acho e se serve para a minha defesa...

—Calado!

—Tá -disse o garoto sentando na cama emburrado.

—Você se lembra que quando era pequeno, seu pai e eu brigávamos?

—Ah, não, vai começar com esse papo de novo? O que é que tem haver?

—Você se lembra ou não?

—Pouco, mas sim.

—Bom, não era pelo motivo que você imagina.

—Claro que é. Seu pai deixou toda a empresa da família para você porque era o mais velho e meu pai ficou sem nada, mas não ache que esse era o motivo da raiva dele. Ele sempre trabalhou, nunca precisou nada de mão beijada, mas, é claro, que ficou chateado, eu também ficaria.

—Como você disse, seu pai não se importava que a empresa ficasse para mim, ele sempre trabalhou por conta própria, mas esse nunca foi o ponto principal de nossas discussões.

—E qual foi, então?

—Bom... eu e ele...

—O quê? -perguntou Neji curioso.

—Eu prometi que jamais tocaria novamente nesse assunto, mas não vejo outra alternativa.

—Qual era o motivo da briga entre vocês?

—Era você.

—Eu? -indagou Neji surpreso.- Por que eu seria o motivo?

—Bom... porque... existe uma possibilidade de eu ser seu pai -confessou o homem deixando Neji sem fôlego.

O quê? Ele só pode estar maluco? Não, isso é impossível!

—Você está brincando comigo? Isso não tem a menor graça -disse Neji esbaforido.

—Não é brincadeira, agora me escute -disse Hiashi se aproximando do garoto.

—Se afasta de mim!

—Neji, se acalme, me deixa explicar a situação.

—Não! Não tem que explicar nada, é tudo mentira.

—Entendo que esteja em choque, mas desse quarto você não sai até eu mandar.

Não pode ser... ele só está falando isso pra confundir a minha cabeça. Não... não é verdade.

—Por favor, me deixa ir embora, não quero mais ouvir nada disso -disse Neji se encolhendo no canto da cama.

—Desculpe, mas vai ter que me ouvir. Vou tentar simplificar a história para não ficar confuso para você entender.

—Não falar mais nada é bem melhor do que simplificar -disse Neji confuso.- Eu não quero ouvir.

—Mas você vai. Foi tolice esconder isso por todos esses anos. Olha, quando eu e Hizashi estávamos na escola, conheci uma garota. Mas ela gostou de Hizashi e não de mim. Era a sua mãe. Eles namoraram por um tempo e depois se casaram. Depois de algum tempo, eu também já tinha casado com a mãe das meninas e esqueci de meus sentimentos pela sua mãe, mas, certa vez, nós nos encontramos e eu acabei contando à ela que na época da escola eu a amava. Ela, claro, não quis mais ouvir, já era casada com o meu irmão, mas com o tempo... não conseguimos mais ficar longe um do outro, mas eu não tinha coragem de terminar com a minha esposa para ficar com a mulher do meu irmão e ela sentiu o mesmo.

—Você traiu meu pai? -indagou Neji com os olhos marejados.

—Não no começo. Mas, em uma festa, nós não conseguimos mais ficar longe um do outro, então ficamos juntos. Uma vez só, eu juro, mas, pouco tempo depois ela descobriu que estava grávida de você. Eu não podia falar nada, até porque ela era casada com meu irmão, mas a dúvida se o bebê era meu ou não estava me matando. Mas tive medo de estragar a minha relação com Hizashi que já estava desgastada e minha esposa já estava prestes a dar a luz à Hinata, então resolvi esquecer esse assunto de uma vez por todas.

—É mentira, está contando isso só para me castigar.

—Não, Neji. Me dói falar disso, pois Hizashi era meu irmão e pensar na possibilidade de você ser meu filho acabaria com nossa relação. Mas a sua mãe não conseguiu viver com a culpa, então contou para Hizashi sobre o acontecido. Isso estragou de vez o que restava da nossa relação, no entanto, mesmo que você não tivesse nascido ainda, ele já o amava demais, era o primeiro filho dele, então, se recusou a saber de quem você era e eu concordei com isso. A mãe das meninas jamais soube da minha traição.

—Era por isso que meu pai odiava quando você chegava perto de mim?

—Era sim, apesar de nunca ter tido certeza de quem realmente era seu pai. Quando ele morreu, não consegui pensar direito. A sua mãe já tinha falecido no parto e agora você tinha perdido Hizashi, então tratei logo de pegá-lo para ficar comigo.

—Por culpa?

—Não... também, mas se você fosse meu filho, não poderia deixá-lo sob cuidados de estranhos e se não fosse, seria parte da família do mesmo jeito.

—E você não sabe se eu sou ou não seu...

—Não, eu nunca fiz o teste. Apenas a sua mãe sabia, mas ela nunca quis dizer. Hizashi não se dispôs a fazer o teste de paternidade com medo de perder você e, por mais que essa dúvida me consuma, eu quis respeitar o desejo de meu irmão.

—Então por que está me dizendo isso agora?

—Bom -disse Hiashi suspirando e sentando na cama ao lado de Neji-, eu não acho que esteja preparado para a verdade e prometi a Hizashi nunca contar, mas, depois que beijou Hinata... não podia continuar assim. Vocês podem ser irmãos!

—Você é o maior idiota que eu já conheci -disse Neji limpando uma lágrima que descia de seu rosto.

—Entendo que esteja com raiva, mas...

—Não é isso! Você podia ter levado esse seu segredo sujo para o inferno, eu e a Hinata não temos e nem nunca vamos ter nada!

—Mas vocês dois estavam se beijando agora há pouco.

—Era só uma brincadeira. Era verdade ou desafio, você deve conhecer, é um jogo antigo. A Ino desafiou a Hinata a me beijar e eu, claro, achei besteira, mas a sua filha está tentando provar que não é uma garota covarde, então aceitou o desafio. Eu mesmo fiquei surpreso, fiquei duro feito pedra!

—Então, era só uma brincadeira?

—Era.

—Vocês dois não estão apaixonados nem nada do tipo?

—Claro que não!

—Ohw... eu perdi uma boa oportunidade de ficar com a boca fechada. Por que não me avisaram?

—Como? Você entrou gritando e expulsando todo mundo do quarto! Eu até tentei dizer, mas me mandou ficar quieto.

—Bom... há males que vêm para o bem. Eu sempre quis te contar isso, essa dúvida está me matando há quatorze anos da minha vida. Não há um dia sequer que eu não pense nesse assunto.

—O que está falando?

—Vamos fazer o teste para acabarmos de uma vez por todas com essa dúvida.

—Não, eu não quero fazer teste nenhum! Eu já tenho um pai, não preciso de outro.

—Mas, Neji, quer viver com isso?

—Eu não me importo!

—Mas eu sim. Se der negativo, você continua sendo da família, mas se der positivo, bom, então você vai ser meu...

—Não, não vou ser nada seu! Eu não consigo mais pensar -disse Neji passando a mão na testa.- Eu quero ir embora -falou se levantando.

—Você não vai a lugar nenhum -disse Hiashi segurando o garoto pelo braço e jogando-o sentado de volta na cama.- Vai ficar aqui aonde eu possa ficar de olho,  já foi muita irresponsabilidade minha ter deixado você ficar uma semana na casa de um amigo fazendo sabe-se lá o que.

—Nós não fizemos nada demais. Só estava na casa de um amigo! Por favor, me deixa ir.

—Achei que não sabia falar "por favor". Por esses anos todos que conheço você, nunca o ouvi dizer.

—Tá achando a situação engraçada, é? -perguntou Neji com raiva.

—Não, claro que não, me desculpe. Mas não vai mais sair de casa. Você é bem escurregadio, sabia, garoto? Se eu deixá-lo sair, talvez nunca mais o veja na vida.

—Pode ter certeza!

—Pois então, estou certo. Deite e vá dormir, descanse um pouco, acho que foi informação demais para você por hoje -disse Hiashi tentando acariciar a cabeça de Neji, mas sem sucesso, pois o garoto se esquivou.

—Por que a minha janela sumiu? -indagou o garoto observando que a janela não se encontrava mais no lugar.

—Eu mandei tirar enquanto você estava fora, eu sei que adora fugir por ela, bom, não mais. Agora vá dormir, amanhã conversaremos mais. Sei que isso pode fazer com que sinta mais raiva de mim, mas essa noite, você dorme de porta trancada e a chave fica comigo. Tem comida e água no seu criado-mudo. E eu vou ficar com o seu celular, pelo menos por hoje -disse pegando o celular que estava na mão de Neji.

—Você ficou maluco? Quer dizer que agora sou prisioneiro nessa casa?

—Eu sei que parece autoritário demais, mas você não me deixa alternativas -disse se levantando da cama.- Boa noite -falou encarando os olhos furiosos de Neji e saindo do quarto, trancando a porta.

Tudo bem, foi só um pesadelo, nada disso é real.

—Eu não acredito nisso -disse Neji em um grito chutando o criado-mudo, derrubando a água, as comidas e o abajur que estavam nele.


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Notas finais do capítulo

Então, gostaram? Espero que sim!!!
Obrigada por lerem e se puderem, deixem suas opiniões aqui, ok? Beijos!!!



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