Lost Stars escrita por Isa


Capítulo 7
Love


Notas iniciais do capítulo

Olá gente, como vão? Espero que bem e felizes por mais um capítulo hahaha Aproveitem :)



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A viagem trouxe um amadurecimento para o relacionamento. Ron e Hermione estavam experimentando um novo nível de intimidade, o convivo em casa era mais leve, sincero e menos forçado e travado. O lado negativo veio por meio da imprensa que assim que soube da estadia deles em Nova York os perseguia a qualquer lugar, tudo por um registro de um momento intimo do casal. Ter várias fotos nas capas de revistas de celebridades não era novidade para nenhum dos dois, mas essas fotos impulsionaram os pedidos por entrevistas exclusivas com o casal que negava todos, pois não se sentiam confortáveis falando sobre suas vidas privadas.

—Oi, atrapalho? –perguntou Gui ao entrar no estúdio do irmão.

—Não. –Ron deixou de lado o violão e cumprimentou o irmão. –Só não consigo seguir com esse álbum.

—Por quê? –o irmão mais velho perguntou preocupado, pois Ron tinha muita facilidade de compor e escrever músicas. –Será que a sua magica ficou no meu sofá?

—Pode ser. –ele se lembrou do inicio da carreira, logo que saiu da casa dos pais, era no sofá de Gui que dormia e fazia suas músicas. –Posso voltar?

—Não acho que o sofá é grande o suficiente para você e Hermione? –Gui brincou fazendo o irmão rir. –Falando em Hermione, onde ela está?

—Gravando um filme, praticamente não a vejo mais. –Ron não conseguiu esconder como estava chateado por isso.

—Alguém tem quem trabalhar nessa casa. –Gui sorriu, a falta de Hermione era o motivo por Ron estar passando por um bloqueio criativo. –Por que não escreve sobre ela?

—Hermione? –Ron não entendeu. –Ficaria muito obvio que as músicas são sobre ela.

—E daí? –ele insistiu, às vezes o irmão precisava de uma ajuda para enxergar o obvio. –Suas músicas sempre foram sobre pessoas, Ron. E a maioria eram namoradas.

—Mas desta vez é diferente. –Ron não estava certo sobre revelar seus sentimentos sobre Hermione em suas músicas que seriam tocadas no mundo. –O que as pessoas irão dizer? Esse casamento tem data para terminar, minhas músicas não. Por anos as pessoas irão escutar e lembrar-se dessa mentira. Acho que não é certo com Hermione também.

—Vamos fazer o seguinte. –Gui o tranquilizou. –Escreva o que quiser sobre Hermione, o céu, a Rainha, qualquer coisa. Você tem três meses para criar suas músicas. Nesses três meses nós não falamos sobre isso, eu cuido de tudo com a gravadora e você só tem que escrever.

—Tudo bem. –ele concordou, odiava ter que fazer suas músicas sob pressão. –Daqui três meses nós nos encontramos aqui e decidimos.

—Ótimo! –Gui já estava esquecendo a razão pela sua visita. –Ron, eu não vim aqui para falar sobre seu bloqueio musical por causa da Hermione, mas sim sobre a última turnê antes das suas férias.

—Andei pensando sobre isso, Gui. –Ron se animou ao contar à ideia que teve. –Podemos fazer a turnê de ônibus!

—Você realmente está apaixonado, Ronald. –ele riu da ideia do irmão que não gostou nem um pouco do deboche. –O que você quer?

—Nós começamos essa turnê há um ano em Londres. Por que não termina-la em Londres, mas antes rodar a Europa de ônibus. –Ron estava realmente empolgado com a ideia. –Eu, você, Harry e a banda dentro de um ônibus. Podemos convidar o papai, Fred e George!

—Você é louco, mas a sua ideia é interessante. –Gui não escondeu a sua animação com a perspectiva de passar mais tempo com os irmãos. –Acha que em um mês está pronto para colocar o pé na estrada?

—Pode apostar que sim!

Seguindo o conselho do irmão, Ron começou a escrever suas letras sobre o que estivesse sentindo fosse por Hermione ou não. As primeiras músicas começaram a tomar forma e Ron sentiu estar caminhando para o caminho que queria.

—Ron? –Hermione o chamou. –Ainda acordado?

—Já chegou? –Ron estava tão concentrado na composição que não percebeu ela entrando no estúdio.

—Sim, são três horas da manhã. –Ela olhou para ele preocupada. –Desde quando está aqui?

—Não sei, Gui veio aqui e nós conversamos. –ele contou. –Depois não vi o tempo passar.

—Vamos, chega por hoje. –Hermione pegou em sua mão. –Uma parada na cozinha antes de dormir?

—Você leu meus pensamentos. –Ron a fez rir. –Vai cozinhar para mim?

—Achei que você seria um cavalheiro. –ela sorriu. –Posso preparar um sanduiche.

—Tudo bem, adoro seus sanduiches. –ele concordou feliz.

Depois de semanas trabalho várias horas por dia, Hermione teria o final de semana de folga. Não que ela tivesse planos, mas só de saber que não precisaria sair de casa, poderia ficar 48 horas de pijama era uma alegria. Um lado preguiço estava se desenvolvendo com força em Hermione e a culpa disso era Ron. Antigamente Hermione acordava cedo, fazia uma atividade física, correr ou andar de bicicleta e yoga, tinha a alimentação mais saudável. Mas essa vida preguiçosa que Ron a apresentara estava a agradando, gostava de passar o dia de pijama fazendo nada, apenas deitada assistindo televisão e comendo besteiras.

—Bom dia. –Hermione acordou com um delicioso aroma que a fez sair da cama e ir para a cozinha ver o que era.

—Bom dia. –Ron estava tirando uma travessa do fogão. –Quer tomar café e almoçar?

—É isso mesmo que eu estou vendo? –ela olhou para a torta que estava na mesa e Ron afirmou. –Como fez?

—Pedi a receita para a sua mãe, pois vi o quanto você ficou feliz quando ela trouxe semana passada. –ele a serviu com um pedaço generoso. –Espero que esteja tão bom quanto à da sua mãe.

A torta de legumes era uma receita que Jane Granger sabia fazer com perfeição, Hermione amava a torta, mas nunca conseguiu fazer igual e também nunca comeu uma tão gostosa. Até que comeu a feita por Ron.

Depois de passarem o resto da tarde no sofá assistindo os seriados que Hermione não conseguira assistir nas últimas semanas, ela propôs um passeio. Sair pelo bairro andando de bicicleta. Ron não sabia que tinha uma bicicleta, mas Hermione o mostrou a bicicleta que encontrou na garagem quando trouxe a sua. Sem nenhuma desculpa para dar, Ron tirou o pijama e foi andar de bicicleta.

Hermione sentia falta da sensação de pedalar com o vento batendo no seu rosto, sentia-se livre, poderia seguir reto, virar à esquerda ou a direita, nada importava. Era apenas uma mulher como qualquer outra andando de bicicleta pelo bairro em que morava. Foi difícil para Ron que não tinha nenhum preparo físico acompanhar Hermione, mas não pode negar que se divertiu. Antes de voltarem para casa, pararam em um café e repuseram as energias gastas com chá e bolo de chocolate.

—A ideia de fazer atividade física é perder calorias e não ganhar. –Hermione explicou com diversão quando voltavam do café empurrando as bicicletas.

—E foi o que nós fizemos. –Ron riu da expressão perplexa feita por ela. –Você leva tudo muito a sério foi só uma fatia de bolo com chá.

—Agora você vai chegar em casa e vai querer pedir pizza. –ela afirmou. –Estamos casados há pouco tempo senhor Weasley, mas eu te conheço muito bem.

—Tem certeza que me conhece? –ele apoiou a bicicleta no banco da praça em que passavam e se aproximou dela.

—Ron... –Hermione sussurrou com o toque dele em seu rosto. –Alguém pode tirar uma foto nossa.

—Não me importo. –ele respondeu antes de beija-la.

O barulho da bicicleta de Hermione caindo no chão não interrompeu o beijo, mas sim um latido fraco seguido por outros latidos.

—Você está escutando? –perguntou Ron após o beijo.

—Sim, parece filhotes de cachorro. –Hermione se recuperou rapidamente do beijo, colocou a sua bicicleta ao lado da de Ron e começou a seguir os latidos.

O casal saiu à procura da origem dos latidos e encontraram dentro de uma caixa uma cachorra e seus quatro filhotes. Ron imediatamente pegou a caixa e conferiu como os animais estavam, eles aparentavam estar bem, apenas com fome, principalmente a mãe que estava bem fraca.

—Vamos leva-los para casa. –eles falaram ao mesmo tempo.

—Eu levo a caixa. –Ron falou segurando a caixa com os filhotes latindo. –Consegue levar as bicicletas?

—Claro. –Hermione guiou uma bicicleta de cada lado. –Não estamos longe de casa.

Chegando em casa, Ron ligou para o pai, pois ele cresceu cercado de animais e era veterinário, para saber o que deveria fazer. Arthur rapidamente atendeu ao pedido do filho e foi ajuda-lo com os animais.

—O que podemos fazer? –perguntou Hermione preocupada.

—Eles estão fracos. –Arthur terminou de examinar os filhotes. –Principalmente a mãe.

Arthur trouxe a ração que deveria ser dada para os filhotes que misturada com leite morno formaria uma papinha já que a mãe estava debilitada demais para amentar. Ron e Hermione cuidaram de preparar a papinha e alimentar os filhotes enquanto Arthur cuidava da mãe.

Já era madrugada quando Arthur foi embora, os filhotes estavam alimentados e dormiam na cama improvisada com uma gaveta e cobertas. A fêmea dormia cercada pelos filhotes, Arthur gostaria de a ter levado para ser tratada no hospital, mas ao tentar separa-la dos filhotes a cachorra não quis ir e começou a latir muito.

—Como vamos cuidar de cinco cachorros? –perguntou Hermione sem saber o que fazer. –Nunca tive nenhum animal de estimação em casa.

—Sério? –Ron duvidou. –Nem um peixe?

—Não. –ela falou. –Acho que nunca pedi um para os meus pais. Deve ser legal ter um em casa.

—Bom, agora você tem cinco. –ele brincou. –Eu quero ficar com eles, Hermione.

—Você está louco? –Hermione achou que era brincadeira até ver que Ron estava sério. –Nós pouco ficamos em casa e depois que nos separarmos, quem irá ficar com eles?

—Não deveria falar sobre separação na frente das crianças, querida. –disse Ron rindo e Hermione não pode deixar de rir. –Podemos ter a guarda compartilhada, uma semana comigo e outra com você.

—É sério, Ron. –ela precisava deixar a brincadeira de lado e pensar seriamente. –Você faz shows ao redor do mundo e eu passo longos períodos longe de casa.

—Você tem razão, não podemos deixa-los sozinhos, mas também não podemos abandona-los novamente. –Ron falou pensativo. –Vamos dormir e amanhã conversamos, tudo bem?

—Tudo bem. –Hermione concordou.

Durante toda a noite eles precisaram acordar e cuidar dos cachorros. Os filhotes precisavam ser alimentados a cada quatro horas e a fêmea precisava de monitoramento e alimentação constante. O dia já havia amanhecido quando Hermione acordou para vê-los, era a sua vez de cuidar da alimentação. Os filhotes estavam dormindo no tapete enquanto a cachorra dormia na cama improvisada.

—Oi. –Hermione se aproximou dela, mas algo não estava bem. –O que foi?

A cachorra respirava lentamente e fechava os olhos por longos períodos. Hermione a acariciou e sentia as batidas do coração ficando cada vez mais fraca.

—Tudo bem. –ela sentou ao lado do animal e sussurrava. A fêmea virou a cabeça devagar para olhar para os seus filhotes. –Nós vamos cuidar deles, vai ficar tudo bem.

Hermione chorava quando o animal lambeu sua mão e fechou os olhos pela última vez.

—Hermione? –Ron desceu a escada ainda sonolento. –Já é a minha vez de fazer a papinha?

—Ron... –ela murmurou. –Ela não resistiu.

Ron olhou para Hermione e para a gaveta e entendeu o que a esposa quis dizer. Ele foi abraça-la, Hermione chorava em seu ombro e se deu conta de que também estava chorando.

Os filhotes começaram a resmungar com fome. Hermione foi preparar a papinha enquanto Ron ligava para o pai. Agora Hermione, Ron e os quatro órfãos cachorrinhos eram uma família.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Fofo? Triste? É, foi tudo isso hahaha Obrigada por todos os comentários, eu sei que nem sempre respondo, mas é que estou um pouco sem tempo, mesmo assim leio todos e agradeço as palavras e elogios. Não parem, por favor haha Aah, aceito sugestões para os nomes dos cachorrinhos :) Até o próximo, beijos!



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