Nunca Fui Beijada 2 escrita por Larissa Carvalho, MorangoeChocolate


Capítulo 2
Everything


Notas iniciais do capítulo

Olá galera, mas um capitulo quentinho para vocês
Beijooos
Boa leitura



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Eu fitei-a de modo que Jade não percebesse que sua avó voaria dali se alguma janela permanecesse aberta. Olhei enquanto Jade permanecia pendurada no colo de Olena e respirei fundo.

Olhei para sua babá e sorri.

— Você pode levar a Jade para o banho? – perguntei. A senhora de cabelos brancos sorriu para mim e seguiu até Jade, que foi para o seu colo sem resistência.

Esperei até as duas saíssem do nosso campo de visão e me virei para Olena. Tinha uma enorme caixa rosa ao lado do seu pé e eu revirei os olhos, não importando se ela tinha visto ou não.

— Sério? – perguntei.

— Sim. – disse Olena. – Ela é a minha neta, Rose.

— E minha filha, Olena. – falei. – Você podia ter ligado.

— Quis fazer uma surpresa. – falou. – Além do mais, eu comprei no meio do caminho esse presente para ela, sabia que não ia gostar.

— É claro que não. – falei, ainda parada. – Você mima a Jade.

— Ela pode ser mimada, Rose. – disse. – Você é rica e mora em uma cobertura divina, seu pai é dona de uma das maiores empresas do mundo, e eu... Sou a mais nova sócia dele.

Eu respirei fundo.

Tinha odiado a ideia de Olena ser sócia do meu pai com todas as minhas forças. Mas além de Derick, ele não tinha herdeiros para assumir a empresa. Eu, Tony e Lissa não pretendíamos assumir seu lugar e de acordo com seus pensamentos, Derick ainda era muito jovem.

Então, ele vendeu a metade para Olena. Tecnicamente 20% das ações, mas se ele morresse, a família Belikov assumia. Eu não me importei pelo dinheiro. A IL noivas era um bom rendimento e eu tinha boas condições. O problemas todo era que eu queria manter Jade bem distante.

— Olena... – comecei. – Não pode trazer um presente sempre que vier ver Jade. Eu tento ensinar o valor das coisas para a minha filha.

— Rose, querida... – começou, sentando-se no meu sofá azul. – O aniversário de cinco anos da Jade está chegando, nada mais justo que lhe dar um presente por ano de vida.

Eu gargalhei.

— Espera ela fazer cinquenta então. – falei, malcriada.

— Oh, por favor... – disse Olena, de modo revoltado. – Deixe-me mimar minha neta.

Eu bufei.

— Okay. – falei, levantando a mão em rendição. – Mas da próxima vez, não verá a Jade. Deve me avisar antes, como as outras vezes.

— Sim. – disse Olena.

— Pode ir até o quarto dela. – falei. – Você sabe o caminho. – murmurei.

Ela sorriu, levantando-se em um pulo. Olena caminhou com seu salto até o corredor que levava até os quartos e virou-se para mim, ainda sorrindo.

— Alias, Rose... – eu estava começando a caminhar para o sofá quando virei-me para ela. – Sinto por meu filho não saber da Jade.

Eu assenti, compreensiva.

— Sinto muito, Olena. – falei. – Já disse que prefiro assim.

— Claro. – disse. – Mas não se pode fugir de um destino que não é apenas seu.

Eu assenti, deixando que ela sumisse pelo corredor.

                                                  ***

Lissa ainda tinha aqueles cabelos loiros e seus olhos verdes.

Depois de quase um ano sem vê-la, eu sorri ao ligar a web can. Jade já ido dormir. Beth estava em seu quarto também dormindo e só me restava a madrugada e Lissa. Jason estava em uma reunião pelo celular com alguns caras importantes do Japão e eu só atrapalharia.

— Heey... – gritou Lissa. Eu sorri.

— Como está Montana? – perguntei.  Ela sorria do outro lado do computador.

— Bem. – disse. – Na verdade, não é nada sem você e minha afilhada. Quando vão vir?

— Quando o Jason parar de inventar reuniões no meio da noite.

Lissa gargalhou, ela tinha os braços apoiados em uma mesa que eu não conseguia ver direito. Peguei o vinho ao meu lado e levei até a boca na taça que eu ganhei de aniversário da mamãe. Era um jogo de copos lindo e eu fazia aquilo quando estava solitária.

— Preciso que venham. – disse Lissa. – Tenho novidades.

— Quais? – perguntei depois de levar a taça até a minha mesa de vidro perto da enorme e silenciosa sala.

— Vou me casar. – disse, empolgada. Ela mostrou seu anel em sua mão direita pela câmera do computador e eu sorri.

— Como ele fez o pedido? – perguntei. – A mão estava suja de massa de macarrão?

— Oh, Rose... – lamentou Lissa. – Não estrague. – eu sorri.

— Tudo bem, Lissa. – eu falei. – Ele te faz feliz, e isso é bom.

Ela sorriu, ainda analisando o anel.

— Mamãe quer dar um jantar de noivado. Disse para você vir ou ela te assa junto com o pernil.

Eu sorri, confusa.

— Eu não sei. – resmunguei. – Não gosto de ir pra Montana com a Jade.

— Eu não faria um jantar de noivado sem ter certeza que Dimitri estaria fora da cidade.

— Não sei se é uma boa ideia... – comecei.

— Como eu vou me casar sem minha irmã aqui, Rose?

— Lissa...

— Não. – disse, com a cara fechada. – Sem desculpas. Ele não vai estar aqui, então você vai vir para Montana.

— Quanto tempo? – perguntei, quase me dando por vencida.

— Três semanas. – disse Lissa. – Organizaremos um casamento em três semanas.

— Aonde eu vou ficar? – perguntei.

— Na casa da mamãe. – falou. – Ela já disse que a neta e a filha ficarão com ela. E eu já disse, Dimitri não virá.

— E se ele estiver ai?

— Rose, Jade tem cinco anos... Pode ter acontecido muita coisa depois que você entrou naquele avião.

Respirei fundo.

— E o Jason também virá certo? – perguntou, eu assenti. – Então está decidido. Vocês virão para Montana.

                                                 ***

Fechei a porta do quarto de Jade depois de garantir que ela estava dormindo perfeitamente. Caminhei até meu quarto e tranquei-me nele. Eu tinha escolhido à anos um tema clássico que me fizesse relaxar. Escolhi tons de branco e gelo e cortinas rosadas.

Meu quarto era principalmente direcionado às luzes de Nova York. Olhei para todos aqueles prédios e lembrei da conversa anterior com Lissa. Ela e a mamãe querendo que eu voltasse para Montana, enquanto eu apenas queria fugir de lá.

Fui cegamente até a gaveta da minha escrivaninha e peguei a caixinha que eu tanto escondia de todos. Quando eu descobri que estava grávida eu escrevia para Dimitri todos os dias. E depois que a Jade nasceu, eu apenas fazia uma carta com os acontecimentos que me deixavam boba.

Selecionei uma aleatoriamente e sentei-me na minha enorme cama de casal, de modo que a luz do abajur cinza me ajudasse com a leitura.

Abria-a e lá estava, a minha caligrafia antiga.

Eu sorri ao ver o amarelado das cartas.

Querido Dimitri,

Hoje Jade deu seu primeiro passinho. Ela estava na sala, enquanto eu via alguns catálogos de vestido de noiva. Como já disse nas cartas anteriores, estou nesse ramo agora. Hoje ela faz um ano e três meses. Ela tem seus olhos.

Ela estava ao meu lado. Com seus cachinhos e seu vestidinho vermelho grande o suficiente para seu corpinho. Ela continuou sentada me examinando, enquanto eu olhava atenta para o trabalho e então reclamou. Eu fitei-a e sorri.

Ela sorriu para mim, o sorriso que você tem. Mas quando eu voltei-me para o que estava fazendo ela reclamou ainda mais alto e quando eu fui encará-la, Jade já estava forçando para ficar de pé. E conseguiu. Ela ficou de pé e deu seus primeiros passinhos até mim.

Sei que não precisava estar escrevendo.

Mas eu tinha que contar para alguém.

                                                                            Com amor, Rose.


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Notas finais do capítulo

Gostaraaam??
Comentem, comentem
BEIJOS