Bed Of Blue Roses - DaenerysTargaryen/Jon Snow escrita por Bruna Herrera


Capítulo 27
Capítulo 27


Notas iniciais do capítulo

EU SEI. Sumi, porém tô de voltaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa. Comentem por favor que estou insegura quanto a continuar depois de tanto tempo, nem sei se me querem mais. hahahahahahaha!



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Na clareira do que restou do grande Septo de Baelor, Daario estava esperando o que poderia ser seu fim, Dany sentava-se uma cadeira cravejada de adornos preciosos, num camarote distante, ao lado de Jon. A coroa pesada da mãe reluzia ao Sol da tarde, fazendo dela o baluarte da beleza. A coroa de Aerys era perfeita para a cabeça de seu Rei, um sinal de que ninguém seria melhor do que ele para governar seu povo. O rosto tão jovem que sempre parecia admirado a cada dia com aquilo que já deveria ser sua rotina. Nada sabia de governar um povo, Dany tudo o explicava sobre formalidades, com carinho e paciência. Duro como um nortenho poderia ser, porém quente como o Sol dornês.

Como um piscar de olhos, perdera o brilho do Sol, diante da sombra negra que tomava conta do ar, seu barulho estridente assustou toda a multidão presente para ver o julgamento do traidor dos reinos. Drogon apareceu imponente e mesmo distante em seu vôo, era possível sentir o calor que ele emanava. Dany segurou forte a mão do esposo, incerta se aquele seria o momento de vê-lo tão perto da multidão.

Jon ainda estava aturdido com a imagem daquela criatura. Nunca havia visto nenhum dos dragões de Daenerys, por medo de constatar que eram realmente de verdade.

Ele, que deveria ser corajoso, com medo dos Dragões? A sombra negra no céu, fez seu coração disparar e desejar voar junto à ele, algo que nunca sentira antes. Preferia guardar aquilo a sete chaves no peito, sabia que como rei, jamais poderia partilhar isso, um desejo que geralmente só crianças tinham. Não queria desonrar de nenhuma forma, sua esposa com tolices de menino ou fazerem os nobres rirem dela e duvidarem de seu reinado pelo que quer que fosse.

 

— Daario Naharis! - Dany levantou-se e gritou a todos os presentes. - Essa é a sentença pelo crime de traição à coroa e pela injúria aos seus suseranos. A Casa Targaryen pune com veemência os homens que traem por qualquer motivo. Investir contra uma mulher e seu filho, ainda no ventre é inadmissível e seja em qualquer reino. Todas as mulheres nas mesmas condições serão protegidas e os homens, julgados e condenados. Assim como este, que diante dos deuses aceita seu destino a partir da consequência de seus atos. - Dany desceu as escadas com a ajuda de Jon.

 

Logo o vapor quente parou ao lado de ambos, gigante e impotente. Jon sentiu o calor através da proximidade. E o estrondo retumbou desde as extremidades da clareira. Os outros filhos de Daenerys tomaram o céu para si, arrebentaram as correntes e irromperam o azul, tão ao longe, que somente pareciam-se pássaros. Porém se aproximavam a cada segundo, o que assustou a multidão mais uma vez. Muitos corriam de medo, os outros ficaram desesperados e começaram o pandemônio, onde se apertavam dentre as pessoas. Daenerys levantou a mão direita e fechou-a abruptamente, fazendo-os pairar no ar imediatamente, em silêncio. A multidão aos poucos se acalmou, estupefatos com a obediência que as feras tinham por sua dona.

 

— Por atentar contra a vida de seu Rei Jon, Da Casa Stark, o Primeiro de Seu Nome. Contra mim, sua Rainha e seu príncipe, legítimo ao Trono de Ferro, a sua sentença será a sentença dada pelos dragões. Dê-me as cordas. - Dany pediu para que os três dragões pousassem e amarrou as cordas às patas dos gigantes de fogo. Jon olhava os cada um deles de perto, ferozes e imponentes. Drogon era uma fortaleza negra que não poderia mensurar, Viserion com escamas coloridas em creme, Rhaegal em cores verdes e brilhantes. Eles também eram filhos de sua esposa, estava apaixonado. - Levem-o daqui!

 

Os dragões imensos bateram as asas, prontos para alçar vôo, os gritos desesperados de Daario, assustavam a multidão. Logo toda a clareira do Septo retumbava ao som pavoroso de quem antecipava seu fim. Imediatamente os três seguiram como um raio em direção ao céu, fazendo com que o corpo do antigo comandante parecesse uma pena de corvo, diante do vento ateu. Ele gritava no céu, cada vez mais distante, de ponta cabeça como uma trouxa de carga. Dany sabia que ele demoraria a morrer, os dragões se divertiram com ele primeiro, era um pensamento ruim de se ter, ainda que não se importasse em pensar num doloroso ponto final para ele. A idéia a fez sorrir como uma criança, ele merecia aquilo, havia sido traída por ele que pagaria triplamente agora, de uma forma literal e um pouco poética.

Jon a viu sorrir sem motivo, indo até ele para se juntarem em um só espaço, ele acariciou a barriga que se movimentava a medida em que se ouvia os dragões grunhido no céu em distância. Era o fim de seu sofrimento e o começo dos terrores dele. Queria que aquilo soasse como justiça para seu povo e não como tirania.

 

— O bebê parece tão contente quanto você. - Ele lhe beijou o rosto.

— Isso lhe dá medo? - Ela o perguntou desconfiada.

— Isso significa que ele tem as mãos da mãe para governar. - Ele disse apenas, sorrrindo-lhe.

— Logo ele chegará, posso sentir. -  Ela acariciava a barriga. Jon lhe fazia massagem nos pés, enquanto aguardavam o jantar no quarto.

— Precisamos pensar nos nomes, não acha?

— Eu quero o nome de minha mãe, se for uma menina. Rhaella. - O violeta dos olhos de Daenerys se encheram de alegria e satisfação. Passava as mãos pela barriga com um olhar terno e sonhador. - Será tão forte quanto ela foi, e será uma rainha como ela.

— Será como você diz. - Lhe sorriu com carinho. - Então posso escolher se for menino.

— Certamente. - Ela o chamou para perto. - Que nome seria?

— Eddard, como meu pai. - Disse com um sorriso orgulhoso. - Meu pai teve carinho por mim, cruzou terras e uma guerra me carregando em seus braços, provavelmente me livrando de uma vida mais difícil.

— Parece-me justo, meu amor. - Ela sorriu e acariciou seus cabelos cacheados que tanto amava. Sentia que agora eram uma família e pelo primeira vez estava completa.


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Notas finais do capítulo

E aí, o que acharam? pode rolar a próxima?

BEIJONES AMORES MEUS! ♥